Professora Lucélia Muniz, da EEEP Wellington Belém, tem texto publicado no Blog TV Escola


O portal do professor, site vinculado ao Ministério da Educação, a partir da temática “Professor, Chegou a sua vez de publicar no Blog da TV Escola” está desenvolvendo a campanha intitulada “Uma postagem para chamar de minha”, onde os profissionais do ensino das redes públicas e particulares podem externar suas experiências desenvolvidas em sala de aula, além de suas aventuras inter/trans/multidisciplinar que desenvolveram ao longo do ano e transformá-las em um post para o blog já referido.

Professora Lucélia ao lado dos alunos Raimundo Oliveira e
Jane Erika, do Curso Técnico em Agronegócio, durante a
exposição do projeto.
Foi o que fez a professora do Laboratório de Informática da EEEP Wellington Belém de Figueiredo, em Nova Olinda, Lucélia Muniz que relatou de forma sintetizada o projeto “Recortes da Literaura Nordestina” desenvolvido junto aos alunos desta instituição de ensino em 2014.  O projeto teve o propósito de identificar e analisar dados sobre as competências desenvolvidas no ensino de literatura em sala de aula, dando a oportunidade do aluno ter contato com a experiência cultural que emana da Literatura nordestina e toda sua riqueza expressiva, quanto à articulação de várias linguagens – verbal oral, verbal escrita, musical e visual e quanto aos diversificados temas que a abordam.

Lucélia explica no Blog Tv Escola que foram realizadas oficinas de fotografia objetivando desenvolver no aluno um novo olhar sobre sua realidade e que dentro da temática fotografia foi lançada a Série Olhares (grifo meu), onde fotógrafos puderam compartilhar suas experiências. “Ainda, passamos a desenvolver uma campanha para arrecadação de livros para compor o acervo de nossa Biblioteca. A leitura das obras literárias passou a ser discutida em sala de aula, pensando nosso contexto histórico e cultural, bem como os elementos que constituem tais obras. Montamos nossa Biblioteca Virtual, onde postamos nossos e-books feitos a partir de releituras de obras caracterizando-as no cenário nordestino”, frisou.

Clique aqui e saiba como publicar no Blog TV Escola.

Deza pede cancelamento de licitações e diz que não há outra saída a não ser ir ao MP contra Lélia de Oliveira


O poder legislativo de Altaneira realizou na tarde desta sexta-feira, 20, sessão ordinária. Foi a primeira reunião neste dia desde que foi aprovado no último dia 13(treze) o projeto de resolução mudando os dias das sessões ordinárias da terça para a sexta, de autoria da presidente da casa, a vereadora Lélia de Oliveira com mandato pelo Partido Comunista do Brasil – PCdoB.

No encontro de ontem, um dos assuntos mais discutidos no últimos meses se repetiu – as críticas do demais edis a forma como Lélia conduz o legislativo e os “desmandos” e os “desrespeito” aos documentos bases da Câmara Municipal. Desta vez, as ações se concentraram nas críticas do líder do Solidariedade, o vereador Deza Soares.

Segundo informações constantes nos portais de comunicação “A Pedreira” e “Blog de Altaneira”, Deza se fundamentou na Lei Orgânica Municipal para tecer duras críticas a forma como vem sendo realizado os processos licitatórios. Para o vereador, tendo isso como premissa, foi necessário requerer administrativamente junto a presidência o cancelamento de todos os processos de Licitação na modalidade Pregão em virtude da ilegal nomeação do Pregoeiro. O mesmo arguiu ainda que inexiste lei municipal criando cargo ou função de Pregoeiro e que a designação de uma pessoa para atuar como tal, através de Portaria da presidente da Casa, é uma afronta a legislação e ao plenário do Legislativo.

Ainda segundo informações dos portais supracitados, o líder do solidariedade afirmou que não tem a intenção de criticar por criticar, mas que estas sirvam como uma oportunidade para que Lélia reveja seus atos e os corrija. Porém, frisou também que se não surtir efeito, não há outra alternativa a não ser ir ao Ministério Público – MP apresentar mais uma representação contra Lélia de Oliveira objetivando apurar a responsabilidade da gestora em mais essa agressão à Constituição e a Lei Orgânica do Município.

Impeachment para entregar o governo a Temer ou Renan é inaceitável, seria um desastre total, diz Luciana Genro




Hoje o Brasil teve muita gente nas ruas. Pelo Brasil afora centenas de milhares falaram, se expressaram. Isso em si mesmo exige uma reflexão sobre o que ocorre. É preciso escutar, a partir daí julgar e se posicionar. Em São Paulo a Polícia Militar ( comandada por Alckmin) estimou em 1 milhão( número alardeado pela Globo por horas), o que seria uma grande surpresa para todos, e o Data Folha estimou em 210 mil, um número mais razoável e dentro das previsões.

Luciana: As ruas por si só não garantem soberania popular.
Foto; Fábio Rodrigues  Pozzebom/Agência Brasil.
É claro que ainda teremos que medir o que ocorreu hoje. O que salta aos olhos é que a situação exige uma mudança profunda.Mas nem tudo o que as ruas falam sugerem um bom caminho. As faixas em favor do golpe são um sintoma claro de que mesmo que milhares tenham tomado as ruas, não se abriu um caminho novo e progressista. Não tenho dúvida de que a maioria dos que estavam nos atos não querem uma saída fascista e nem querem ser controlados por aparatos burocráticos. Por isso Bolsonaro e Paulinho da Força Sindical foram hostilizados. As pessoas querem mudanças, mas para que a direita não ganhe na inércia é preciso avançar em um programa. A questão é que mudanças são necessárias e quem são os agentes desta mudança.
O que vimos pelo Brasil foram atos contra o governo Dilma e contra o PT que expressaram uma indignação geral contra a corrupção e a carestia. Entretanto, ao não ter uma ideologia crítica, anticapitalista, o que predominou foi a ideologia da classe dominante, e no guarda chuva desta ideologia as posições de direita e extrema direita também se expressam.

É neste caldo que a grande mídia atua, instrumentalizando e direcionando. Em junho de 2013 a Rede Globo foi questionada nas ruas por ser claramente identificada com a manipulação ideológica. E é, de fato, o grande partido da classe dominante brasileira. Neste 15 de março a Rede Globo estimulou, promoveu a ida às ruas. Este é um dos motivos pelos quais os atos de hoje, embora fortes, são um simulacro de junho de 2013. Não podemos ser ingênuos quando a Rede Globo estimula um movimento. Querem sangrar o governo e liquidar qualquer ideia de esquerda, usando o PT para por um sinal de igual entre esquerda e PT, e desta forma derrotar os projetos igualitários da esquerda socialista.

Quando as ruas começam a ter mais peso que o Parlamento pode ser o sinal de uma mudança positiva. Entretanto dezenas de milhares nas ruas não basta. É preciso um programa. E neste momento as ruas não estão indicando apenas um caminho. E se a estrada errada for a escolhida, ao invés de se progredir e superar a crise, poderemos retroceder e permitir que os grandes empresários,bancos, empreiteiras e corporações midiáticas façam valer sua agenda de defesa dos privilégios e de uma sociedade ainda mais desigual.

Os grupos que na manifestação defendiam abertamente a intervenção militar revelaram o sentido profundo de uma das tendências que este movimento pode promover se não se interpor a discussão do programa e se ganhar força a ideia de que temos uma saída fácil para um problema que na verdade é difícil. E a saída não é fácil justamente porque ela exige enfrentar as classes dominantes.

O PT traiu os interesses históricos da classe trabalhadora e foi muito útil à classe dominante, controlando as greves e protestos e sendo o agente de aplicação dos interesses econômicos da burguesia, deixando migalhas para o povo. Mas junho de 2013 mostrou que o PT já não tem mais esta serventia e a crise econômica exige um ajuste brutal contra os trabalhadores e a classe média. É natural, portanto que a burguesia prefira governar através do seu filho legítimo, o PSDB . Mas seria cair em impressões falsas achar que a burguesia abandonou totalmente o PT. Basta refletir sobre o fato de que o PSDB defende a mesma política econômica que Dilma está aplicando e está envolvido nos mesmo escândalos de corrupção para perceber que eles não querem o impeachment. Como já disse FHC e Aloísio Nunes, eles querem sangrar, render totalmente o governo para garantir que o ajuste de Levy seja devidamente aplicado e os interesses do grande capital preservados neste momento de crise econômica.

Por isso é preciso compreender que as ruas por si só não garantem a soberania popular. É preciso dizer quais interesses fortalecem. E quais pontos de programa alavancam.

As propostas do PSOL para superar a crise partem da necessidade de se combater a corrupção, apoiando as investigações da lava jato e defendendo a punição para todos os corruptos, seja de que partido forem. Também é fundamental terminar qualquer possibilidade dos políticos esconderem sua evolução patrimonial. Precisamos de uma nova legislação na qual os políticos não tenham mais direito a sigilo bancário e fiscal. Igualmente, a lista dos sonegadores do HSBC deve ser revelada e os recursos resgatados.

Mas a luta contra a corrupção não é suficiente. Na economia é preciso impedir que sejam os trabalhadores e as classes medias que paguem pela crise. Basta de arrocho salarial e de demitir trabalhadores para garantir o lucro. Basta de cortar recursos da educação e da saúde e manter o pagamento dos juros da dívida pública aos bancos e grandes especuladores. Basta de extorquir o trabalhador e a classe média com impostos e não cobrar o Imposto sobre as Grandes Fortunas e manter os privilégios fiscais dos bancos. É preciso fazer o ajuste nas costas dos milionários e promover o controle público das corporações privadas.

Ha uma crise de legitimidade geral. É claro que é melhor um canal eleitoral do que continuar como está. Mas novas eleições simplesmente não resolvem. Precisaríamos sim reorganizar todo o país, através de uma constituinte democrática. Impeachment para entregar o governo a Michel Temer ou Renan é inaceitável, seria um desastre total. E para que as eleições representem de fato uma mudança teriam que ser realizadas sob novas regras, sem o dinheiro das empreiteiras e sem as desigualdades abissais na disputa.

A bancada do PSOL no Parlamento tem sido atuante e combativa na luta contra a corrupção e as medidas de ajuste contra o povo. O PSOL tem propostas. Nós as apresentamos na campanha eleitoral e vamos seguir apresentando e lutando por elas. Além disso, nosso papel, como um partido de oposição de esquerda, é ajudar a construir uma alternativa que não seja a manutenção do que está aí, mas que também não coloque água no moinho do PSDB, ou mais absurdo ainda, de uma intervenção militar.

Esta alternativa só pode ser construída a partir de uma agenda de luta contra o ajuste de Dilma/Levy construída pela classe trabalhadora e pela juventude, nos locais de trabalho, nas escolas, nas universidades, lutando por democracia real e construindo um programa anti capitalista. O exemplo da greve dos servidores do Paraná, dos garis do Rio de Janeiro, dos caminhoneiros e tantas outras, é fundamental pois este é o método de luta e o método de se construir uma oposição de esquerda. Estas lutas vão seguir. É desta forma que as ruas precisam falar.

Momento de dificuldade que o país enfrenta é “passageiro” e “conjuntural”, diz Dilma em evento




A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (20) que o momento de dificuldade que o país enfrenta é “passageiro” e “conjuntural”. Ao discursar em evento no Rio Grande do Sul, Dilma disse que o Brasil sairá da crise no curto prazo, desde que o ajuste fiscal proposto pelo governo seja aprovado pelo Congresso.

Dilma, na 12ª Abertura da Colheita do Arroz Agroecológico
e inauguração da unidade de armazenamento e secagem.
 O nosso desequilíbrio é momentâneo, nós juntos, aprovando o ajuste, saímos disso no curto prazo. Por isso é que é importante aprovar os ajustes. Sabe por quê? Ajustar é dar vida, todo mundo faz isso. Nós não estamos ajustando porque gostamos de ajustar. Estamos ajustando porque o país tem que continuar crescendo, gerando emprego e fazendo políticas sociais”, disse.

Hoje, o governo reenviou ao Congresso Nacional, na forma de projeto de lei, a proposta que reduz desonerações da folha de pagamento. O texto havia sido encaminhado ao Congresso Nacional na forma de medida provisória e devolvida ao Executivo pelo presidente do Senado, Renan Calheiros.

Segundo Dilma, nos últimos anos o governo tomou as medidas possíveis para que a crise não atingisse a população, mas agora é preciso fazer os ajustes. “Nós aumentamos os subsídios, reduzimos os juros, desoneramos uma porção de coisas. Entre essas coisas, desoneramos a cesta básica, desoneramos a folha de pagamento, tomamos medidas para reduzir o custo da energia no Brasil. Absorvemos tudo isso. Pois bem, agora nós não temos como continuar absorvendo tudo.”

A presidenta também voltou a defender o diálogo para aperfeiçoar medidas e programas do governo. “Nós queremos diálogo, muito diálogo, nós queremos sugestões, nós queremos que vocês digam para nós o que está dando certo e o que não tá dando certo, por quê? Porque só assim que se aperfeiçoa. Nada nasce pronto, tudo é fruto do esforço e do trabalho.”

No Rio Grande do Sul, Dilma participou da 12ª Abertura da Colheita do Arroz Agroecológico e da inauguração da unidade de armazenamento e secagem. No discurso, ela destacou a importância da agricultura familiar e da agroindustrialização para agregar valor aos produtos deste setor.

O exercício desafiador de “dialogar”, por Carlos Alberto Tolovi


A redação do Informações em Foco recebeu via correio eletrônico na noite desta quinta-feira, 19 de março, artigo de Carlos Alberto Tolovi,  professor universitário , doutorando em ciências das religiões e idealizador do projeto ARCA, em Altaneira, abordado no seu programa “Esperança do Sertão” veiculado aos sábados na Rádio Comunitária Altaneira FM.

No artigo intitulado O exercício desafiador de “dialogar”, Tolovi afirma que a arte do diálogo só pode ocorrer se se houver o reconhecimento do outro como sujeito de alteridade e isso pressupõe perceber o próximo como sujeito de direitos e que ele é diferente, pensa diferente e tem escolha diferentes. Segundo o professor o diálogo se promove também com conflitos e que o dialogar não significa necessariamente abrir mão de sua opinião para acatar passivamente a opinião do outro.

Neste contexto, Carlos Tolovi citou o Deputado e Pastor Marco Feliciano como exemplo de que não está aberto ao diálogo, mas reforça em seu posicionamento a intolerância.

Confira o artigo apresentado no último sábado, 14 de março.

Para definir de forma bem clara sobre o que seja o diálogo, podemos começar com as seguintes perguntas:
· Dialogar é a mesma coisa que conversar? Podemos dizer que não.
· Pode haver diálogo sem nenhuma forma de linguagem? É claro que não.
· Pode haver diálogo sem nenhuma forma de comunicação? É claro que não.
· Pode haver diálogo sem entendimento da linguagem comunicada? É claro que não.
·  Mas então, se tivermos uma forma de linguagem, que possibilite a comunicação e o entendimento, já haverá diálogo? Também não...
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    Mas, afinal de contas, o que define o diálogo?É preciso que se tenha uma forma de linguagem, comunicação, entendimento entre duas ou mais pessoas que se respeitem, onde uma considere a outra como sujeito, com a possibilidade de terem razão. É preciso levar em conta o que o outro diz. É preciso respeitar a opinião do outro. Isso não quer dizer que pra dialogar precisamos concordar com tudo. Ao contrário. Os melhores diálogos acontecem na latência da discordância. A grande questão é que a discordância não pode eliminar o respeito pelo outro. O que mais atrapalha o diálogo não é a discordância, mas a arrogância. E é o que nós mais vemos no campo da política partidária e da religião institucional.
Então vamos lá. Vamos tentar esclarecer ainda mais essa questão.

Eu só posso dialogar com o outro a partir do momento em que eu considere o outro como sujeito de direito, dignidade e possibilidade. Isto é, quando eu levo em conta o fato de ele ser diferente, pensar diferente e escolher diferentemente. Esse é justamente o princípio do diálogo. Isso porque, não há diálogo entre iguais. As abelhas não dialogam. Elas apenas seguem um mesmo padrão de comunicação.

Levar em conta o que o outro diz e o que ele pensa é o que abre a possibilidade de dialogar. Isso não quer dizer que o conflito deva ser eliminado. O diálogo muitas vezes é conflitante. Diferentemente do que muita gente pensa. Dialogar não quer dizer abrir mão de sua opinião para acatar passivamente a opinião do outro. Para se dialogar é preciso partir do que você pensa, levar em conta o que o outro pensa, e refletir sobre o que está sendo colocado, com a possibilidade de se mudar de opinião.

Neste final de semana eu estava vendo na TV uma entrevista com o polêmico Pastor Feliciano – Deputado Federal. E ele dizia que estava completamente aberto pra dialogar a respeito dos homossexuais. Mas logo em seguida ele afirmava que nada o faria mudar de opinião. Ele defendia que os seus argumentos eram seus princípios. E aqui é que vem uma grande contradição: quem não está disposto a abrir mão de sua opinião, em nenhum momento e em nenhuma circunstância, não pode dialogar. Princípios são diferentes de normas morais. Os princípios nos servem de parâmetros para refletir e dialogar. As normas morais são constituídas de valores que não dependem mais de nós, porque pertencem à um determinado grupo social.

Então, vamos exercitar o diálogo!