Nova Olinda foi palco da abertura da 16ª Mostra Sesc Cariri de Culturas


A 16ª edição da Mostra Sesc Cariri de Culturas teve início nesta sexta-feira, 07 e o município de Nova Olinda foi o escolhido para ser o palco da abertura deste evento.

Chambinho do Acordeon cantou o melhor do xote, baião e arrastapé na abertura da 16ª Mostra Sesc Cariri de Culturas,
no município de Nova Olinda neste dia 07 de novembro. Foto: Profª. Janaina Nobre.
Visando promover um verdadeiro intercâmbio cultural, a Mostra reuniu na noite de ontem, no largo da prefeitura e sob os olhares atentos de um bom público de vários municípios, o sanfoneiro Chambinho do Acordeon que aos moldes do Gonzagão tocou e cantou o melhor do xote, baião e arrastapé. Com interpretações das canções de Alceu Valença, de Jackson do Pandeiro, Dominguinhos e Luiz Gonzaga, Chambinho ainda trouxe ao palco artistas locais para abrilhantar sua participação.

Chambinho, vez ou outra, cessava as músicas para ressaltar a importância e a força cultural do forró pé de serra, assim como para demonstrar que, a pesar da grande diferença regional em vários aspectos, inclusive no musical, o Brasil não está dividido. O público, a uma só voz cantava e dançava concomitantemente as músicas que fizeram sucessos, principalmente aquelas que ecoavam na voz do “rei do baião”.

Tâo logo Chambinho ecerrou o show, o público esperou para ver, sentir e dançar a boa música do cantor e compositor pernambucano Geraldo Azevedo em “voz e violão” comandar a festa e que marca quatro décadas de sua trajetória musical.


2ª Edição da Conferência Nacional de Educação Deverá Reunir 4 mil Pessoas


A Conferência Nacional de Educação (CONAE) é um espaço democrático aberto pelo Poder Público e articulado com a sociedade para que todos possam participar do desenvolvimento da Educação Nacional e deverá reunir cerca de 4 mil pessoas.


A segunda edição da CONAE será realizada de 19 a 23 de novembro de 2014, em Brasília, e terá como tema central, conforme prevê o Documento-Referência, O PNE na Articulação do Sistema Nacional de Educação: Participação Popular, Cooperação Federativa e Regime de Colaboração.

Convocada pela Portaria n.º 1.410, de 03 de dezembro de 2012, a CONAE/2014 possui caráter deliberativo e apresentará um conjunto de propostas que subsidiará a implementação do Plano Nacional de Educação (PNE), indicando responsabilidades, corresponsabilidades, atribuições concorrentes, complementares e colaborativas entre os entes federados e os sistemas de ensino.

As conferências nacionais de educação são coordenadas pelo Fórum Nacional de Educação (FNE), conforme estabelece a Portaria MEC n° 1407, de 14 de dezembro de 2010.

A CONAE/2014 é precedida por etapas preparatórias, compreendidas em conferências livres e conferências ordinárias municipais e/ou intermunicipais, estaduais e do Distrito Federal, sendo todas estas atividades realizadas até o final de 2013. O objetivo é garantir a participação da sociedade nas discussões pertinentes à melhoria da educação nacional. Nesses eventos, portanto, os espaços de discussão são abertos à colaboração de todos — profissionais da educação, gestores educacionais, estudantes, pais, entidades sindicais, científicas, movimentos sociais e conselhos de educação, entre outros.

Assim, por meio da CONAE de 2014, o Fórum Nacional de Educação (FNE) e o MEC buscam garantir espaço democrático de construção da qualidade social da Educação Pública.


Historiador doa acervo com cópias completas de escritos da Negra Carolina Maria de Jesus


A mineira Carolina Maria de Jesus (1914-1977) tinha tudo para ter uma existência infeliz. Era pobre, foi mãe solteira, morava numa favela miserável de São Paulo e sustentava a família como catadora de detritos na capital paulista. No entanto, registrava sua experiência em cadernos que recolhia nos lixos e, com o tempo, deu a seus escritos a forma de livro, ‘Quarto de despejo’. Assim que foi publicado, o volume teve excelente recepção entre leitores e críticos, tendo sido elogiado por Clarice Lispector e pelo escritor italiano Alberto Moravia. A partir daí, seu caso se tornou conhecido e gerou vário estudos, que destacavam sua condição de mulher, negra e marginalizada.

Um dos maiores pesquisadores da obra de Carolina Maria de Jesus, o historiador José Carlos Sebe Bom Meihy, doa hoje ao Acervo dos Escritores Mineiros, da Faculdade de Letras da UFMG, uma coleção de microfilmes com as cópias completas dos cadernos fornecidos pela família da escritora. 

O material é precioso. Só existem duas cópias em todo o mundo, uma pertencente à Fundação Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, e outra sob a guarda da Biblioteca do Congresso dos EUA, em Washington D.C. À doação dos microfilmes soma-se uma cópia do filme alemão ‘Favela – A vida na pobreza’ (1971), de Christa Gottmann-Elter, cedido à instituição mineira pelo professor Sergio Barcellos.

Para Eduardo Assis Duarte, professor de literatura da UFMG, o material tem textos inéditos de alta qualidade. Ele avalia ainda que será de grande interesse para estudiosos de história e literatura. “Não precisaremos ir ao Rio nem a Washington para pesquisar sobre a vida e obra da escritora”, registra. Além das doações, José Carlos Sebe Bom Meihy e Sergio Barcelos participam de debate sobre a obra de Carolina Maria de Jesus, que contará ainda com a exibição e comentário do filme ‘Favela’.


Com Racismo Ambiental/Geledes

Manifestação reivindica a proibição de se manifestar


As aberrações de um grupo de lunáticos reivindicando intervenção militar e defendendo Bolsonaro, na rua e nas redes sociais, não me produzem raiva, mas tristeza. Me comovem negativamente por duas razões básicas:

1- porque o fato dessas pessoas pensarem e expressarem isso é o retrato de como as forças da ditadura permanecem vivas e influentes, mostra o quão todos os crimes de lesa humanidade, como tortura, estupro e assassinados são banalizados por alguns; e pior que isso, são reivindicados como "salvação do país" por muitos destes.

2- porque noto um desconhecimento colossal de parcela das pessoas que lá estão fazendo esse papel ridículo e degradante, sobre a história do país e, principalmente, sobre o que significou a ditadura empresarial-militar. São centenas os filmes, documentários, depoimentos, livros, pesquisas para se estudar, é abundante o material disponível para se libertar da ignorância e conseguir compreender seu entorno um pouco além do umbigo. Nos próximos dias sairá o relatório da Comissão Nacional da Verdade que será outra ferramenta pedagógica importante para estudos.

Se manifestar com liberdade, reivindicando não ter mais liberdade para se manifestar é um ato que só pode ser feito por quem usufruiu individualmente de privilégios na ditadura, por quem tem prazer em saber da existência de violenta repressão ou por quem não consegue viver sem exercer poder tirânico sobre os outros.

Quero deixar claro que não concebo esse tema no campo das divergências políticas e ideológicas, o trato como sintoma claro de problemas de sanidade mental, de saúde mental, de transtorno de personalidade. Isso se expressa tanto no saudosismo da "ordem" e da violência de Estado, como no grau de contradição, irracionalidade e falta de lógica dos argumentos, xingamentos, cântico e cartazes que expressavam tal saudosismo.

Com isso registro que na vida real ou virtual não terei tolerância com a defesa da total intolerância, ou seja, com a defesa da ditadura empresarial-militar e de seus representantes como Bolsonaro e outros. Não há nenhuma chance de uma pessoa que defenda tais dogmas e crimes representar um convívio saudável e agregador, pelo contrário.


Via Augere/O Fato e a História




Globo quer retirar vídeo do ar: Assista



Imagem capturada da exibição do vídeo. 
Globo entra na justiça contra a exibição deste vídeo


Assista

           

Aécio abandona diálogo e encampa 'exército vigilante' por 'oposição ferrenha' a Dilma


O senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado à Presidência da República, retornou às suas atividades no Senado hoje (5) com um discurso diferente do que pregou ao reconhecer ter perdido a eleição, no último dia 26. Na ocasião, ele falou na importância de se "unir o Brasil". Hoje, disse que seu objetivo daqui por diante "é fazer uma oposição firme, sem adjetivos" e retomou o tom utilizado contra Dilma Rousseff na campanha eleitoral, deixando de lado a ideia de que foi derrotado no último dia 26 pela presidenta.

Senador tucano foi recebido no Congresso com frases de
incentivo.
Essa recepção é tudo o que um político poderia querer de uma trajetória, que não se encerra. Chego hoje ao Congresso para exercer o papel que me foi delegado por grande maioria da população brasileira”, afirmou o senador.

Saudado por 300 pessoas na chapelaria do Congresso aos gritos de “presidente” e “fora PT” e em meio ao hino nacional, que também cantou, Aécio lembrou que é o primeiro a reconhecer a representatividade da presidenta Dilma Rousseff, mas que não se pode esquecer que recebeu mais de 51 milhões de votos. Disse que está pronto para dialogar, mas em relação às "propostas que interessem aos brasileiros". "Vamos cobrar tudo o que o governo prometeu e não está cumprindo. Não me sinto derrotado, me sinto um vitorioso, porque defendemos o que está vivo no coração dos brasileiros", acentuou.

Se de um lado Aécio afirmou ser contra os atos que pedem o impeachment de Dilma e até mesmo uma intervenção militar, de outro se colocou a favor da iniciativa do partido que preside de solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma auditoria no resultado da disputa presidencial da qual saiu derrotado.

O pedido foi feito com base em comentários de usuários de redes sociais, e mereceu críticas de políticos da base aliada ao Palácio do Planalto e do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que chamou a medida de “imprudência a toda prova” por parte do PSDB.

Enquanto Janot considera que o pedido de revisão coloca em risco a credibilidade das instituições democráticas, com grave risco de instabilidade, Aécio entende que se trata de um "processo comum da democracia” e argumenta que a solicitação não significa que ele tenha questionamentos sobre o resultado final do pleito. “Quero lembrar que fui o primeiro a telefonar para a presidenta Dilma, dar-lhe os parabéns e desejar-lhe êxito. Sei que fiz minha parte para que a eleição fosse honrada”, ressaltou.

Antes da chegada ao Senado, Aécio já havia sido cobrado publicamente pelo líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), para que os cabeças do PSDB se opusessem à tentativa de difundir ideias golpistas e à ideia de contestar a confiabilidade das instituições eleitorais. "Não condenar esse tipo de golpismo é, evidentemente, ser conivente com ele. Não há o lado do silêncio em um momento que a democracia está sob ataque. Ou se está do lado dela ou se está contra ela. É imprescindível que lideranças da oposição cumpram o dever cívico de defender o regime democrático e de reprovar, de maneira contundente, qualquer flerte de seus seguidores com atitudes golpistas e atentatórias às regras constitucionais", afirmou o senador.

Ataques de campanha

A exemplo do que havia feito durante a campanha, Aécio retomou a ideia de se mostrar como vítima do PT. “Fui atacado de forma sórdida em todo esse processo”, disse. “Esse governo utilizou como pôde e como não pôde a máquina pública, como os Correios, e ajudou a espalhar o terrorismo eleitoral junto aos beneficiários dos programas sociais. Agiu assim, primeiro, com Eduardo Campos, depois com Marina Silva e, por fim, comigo”, completou.

O ex-candidato apontou, entre o que precisa ser feito com prioridade pelo governo, a necessidade de melhoria dos indicadores sociais e econômicos no país e a investigação completa das denúncias de corrupção no Executivo. "O Brasil não concorda mais com os malfeitos. Seremos um exército vigilante formado por 51 milhões de pessoas para cobrar o atual governo. E esse número vai aumentar. As pessoas achavam que o fim das eleições iriam desmobilizar o eleitorado, mas não é o que vemos ao longo dos últimos dias”, 
salientou.

Encontro do PSDB

Os apoiadores de Aécio buscaram causar furor com o retorno do tucano ao Congresso, nove dias após a derrota para Dilma. Inicialmente ele iria fazer um discurso no plenário do Senado, mas desistiu. Segundo assessores, a ideia é garantir que sua fala na reunião nacional do PSDB, programada para amanhã (5), no auditório Nereu Ramos, fique marcada como seu primeiro pronunciamento após as eleições.

O evento tem como objetivo definir os rumos da legenda, agradecer aos parlamentares pelos votos e traçar a estratégia da oposição daqui por diante. Está programada a realização de um balanço da campanha pelo partido.

Não é surpresa a informação de bastidores de que em seu primeiro discurso Aécio deverá criticar Dilma. As denúncias de corrupção na Petrobras fazem parte da lista de temas que prometem ser abordados por ele, segundo parlamentares tucanos, novamente retomando o tom da campanha eleitoral.


Via Rede Brasil Atual


O Nordeste é a mais bela poesia do Brasil - O “doutor” e o “rei”: jogando por música


Eis que, passeando a esmo pelos canais mais recônditos da tevê, até a mais cética das criaturas pode ser convidada a acreditar na força providencial das coincidências. O acaso revelador aconteceu nesta noite de segunda-feira no improvável Curta! (canal 56, na NET) quando este desavisado escrevinhador surpreendeu a si mesmo estacionando diante de um documentário brasileiro enigmaticamente intitulado O Homem que Engarrafava Nuvens.

O "doutor" e o "rei": jogando por música.
O dito engarrafador de nuvens é Humberto Teixeira, “o doutor do baião”, na homenagem de seu parceiro Luiz Gonzaga – Humberto, o inspirado letrista que, em Asa Branca, escreveu o mais belo verso da MPB, aquele que fala: Quando o verde dos teus olhos/Se espalhar na plantação/Eu te asseguro não chore não, viu?/Que eu voltarei, viu?/Meu coração.

A direção de Lírio Ferreira, aquele de Baile Perfumado, de 1997 (o encontro do mascate Benjamin Abrahão com o dândi Lampião), e a fotografia de Walter Carvalho já teriam credenciado suficientemente o filme, que é de 2009, cuja narrativa segue o fio da dolorosa romaria da filha de Humberto na paisagem geográfica e humana que esclarece seu múltiplo talento e sua controvertida personalidade. A filha é a atriz Denise Dumont.

Assistir à celebração do ritmo – o baião – que irriga nossas raízes musicais por figuras que vão de David Byrne a Silvana Mangano (cantora de cabaré em Anna, de Alberto Lattuada) serviu de terno contraponto pós-eleitoral aos desatinados de ódio, aos golpistas de papel, ao preconceito obstinado contra esses nordestinos capazes no entanto de resistir, com bravura e com poesia, a coisas muito piores do que a cara feia das loiras platinadas do Leblon e dos Jardins.


Via Carta Capital