Secretário da Educação de Altaneira deve voltar a ser pago pelo legislativo


O Juiz de Direito respondendo pela Comarca Vinculada de Altaneira, Dr. Antônio Vandemberg Francelino Freitas, deferiu Liminar em Mandado de Segurança impetrado pelo secretário municipal de Educação, Deza Soares, determinando o imediato pagamento dos subsídios como vereador.

A decisão do Magistrado tem fundamentação na Lei Orgânica do Município que assegura o direito ao vereador licenciado para assumir as funções de secretário municipal optar pela remuneração dos subsídios do Legislativo.

O vereador e secretário recebeu os subsídios pelo Legislativo até maio deste ano, quando foi promulgada a Emenda à Lei Orgânica alterando a regra e determinando o pagamento dos subsídios pelo Executivo.

A proposta de emenda foi apresentada pelos vereadores da base de oposição e foi aprovada com o apoio da presidente da Câmara vereadora Lélia de Oliveira (PCdoB) e da vereadora Alice Gonçalves (PSB) ambas da base de apoio do prefeito na época.

Inconformado com a decisão do Legislativo o prefeito Delvamberto Soares (Pros) impetrou Ação Declaratória de Inconstitucionalidade da Emenda e obteve decisão Liminar do Órgão Especial do Tribunal de Justiça que declarou a inconstitucionalidade da proposição e manteve os efeitos da norma anterior.

Apesar de notificada da decisão do Tribunal de Justiça a vereadora comunista não incluiu o nome do secretário da folha de pagamento do legislativo, mesmo diante de várias tentativas para convencê-la de que seu ato era ilegal por parte de seus pares.

Na decisão o Magistrado assegura o direito do secretário de receber seus subsídios pela Câmara Municipal e cita que o ato da presidente é viciado e ilegal e que tal atitude causa lesões de difícil reparação ao parlamentar licenciado.

O Juiz decidiu que os subsídios não pagos devem ser objeto de ação própria e a presidente deve pagar o secretário a partir da Notificação.

O secretário Deza Soares, ainda não se manifestou sobre a decisão, mas não descarta a possibilidade de ajuizamento de ações, cíveis, penais e a notícia de prática de improbidade administrativa contra a sua ex-camarada de partido comunista.

Confiram a decisão do Magistrado:




 Via Blog de Altaneira

Apesar do boicote midiático, Plebiscito pela Reforma Política consegue mais de 8 milhões de votos


O Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, realizado entre dias 1° e 7 deste mês, chegou a quase 8 milhões de votos no país. Com cerca de 95% das urnas apuradas, o número de votantes atingiu 7.754.436 de votos, dos quais 97,05% votaram no “sim” e 2,57% disseram “não”. Brancos (0,2%) e nulos (0,17%) não chegaram a 0,5%. Os números foram divulgados na tarde da última quarta-feira (24), em entrevista coletiva que reuniu o presidente da CUT, Vagner Freitas, um dos coordenadores nacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues, e Paola Estrada, da Secretaria Operativa Nacional do movimento.

Francilene Oliveira e o representante do Levante Popular da
Juventude no Cariri na Fundação ARCA durante entrega das
urnas. Foto: João Alves.
Os organizadores consideraram que a consulta pela Constituinte foi vitoriosa e superou as expectativas. “É um resultado extraordinário, principalmente por ter sido ignorado pela mídia”, disse Vagner Freitas.

O (governador Geraldo) Alckmin come um pastelzinho ou toma um cafezinho e vira notícia da mídia, e do plebiscito, que foi apoiado por vários candidatos a presidente da República, não saiu nada”, criticou Paola. Freitas lembrou que a consulta sobre a Área de Livre Comércio das Américas contou com apoio de parcela do empresariado e da igreja católica e não foi boicotado tão ostensivamente pela imprensa como o da reforma política.

Rodrigues, do MST, ressaltou o caráter “pedagógico” da consulta. “Além disso, teve grande importância do ponto de vista organizativo.” Segundo ele, o resultado deve ser comemorado por três motivos: ficou demonstrado, pela participação, que a sociedade quer mudanças no sistema político; a realização, de acordo com o dirigente, bem-sucedida do movimento, foi decorrente das mobilizações de rua iniciadas em junho de 2013; e foi um incentivo para a continuidade das mobilizações pela constituinte exclusiva.

Apesar de a convocação de um plebiscito ser atribuição do Congresso Nacional, cuja composição pode ficar ainda mais conservadora com a eleição de 2014, os organizadores acreditam que ele aconteça. “Nossa disputa será junto com a sociedade. Com as forças organizadas e mobilização vamos criar um clima e um debate por um novo processo constituinte e não deixar a questão só com o Congresso”, explicou João Paulo Rodrigues.

O próximo passo dos movimentos reunidos em torno do plebiscito popular agora é levar os resultados para os principais representantes dos três poderes, nos próximos dias 14 e 15: a presidenta Dilma Rousseff; o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski; e o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros.

Os organizadores lembraram que lideranças importantes, ao participar, deram legitimidade ao processo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além dos candidatos à presidência Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Luciana Genro (Psol) e até Pastor Everaldo (PSC) participaram da votação. Dilma, Lula e Luciana votaram “sim”. Marina e Everaldo não revelaram seus votos. “Ainda assim, é importante, porque eles participaram e assim também legitimaram o movimento”, disse Paola Estrada.

Professora Laelba, alunas do Grêmio Estudantil da EEM
Santa Tereza e o representante do Levante Popular da
Juventude no Cariri.
Boicote nas escolas de SP

Os organizadores do plebiscito popular lembraram, na coletiva, que o governador Geraldo Alckmin impediu que as urnas entrassem nas escolas da rede estadual de ensino. Isso dificultou a participação da juventude da rede de ensino de São Paulo no processo. “Até entendo, porque ele deve ser defensor do financiamento privado de campanhas políticas”, ironizou o presidente da CUT. O governador enviou ofício às escolas estaduais para que os professores evitassem a discussão sobre o plebiscito em salas de aulas, além de ter solicitado que diretores não autorizassem as urnas, segundo os organizadores da consulta.

O fim da participação de empresas privadas como financiadoras de candidatos e partidos é uma das principais bandeiras do movimento social.

Eu acho que se ele concordasse com as propostas do plebiscito ele teria facilitado a coleta de votos nas escolas. Só consigo imaginar por uma posição contrária dele ao que propunha o plebiscito. Como eu não sei a posição dele, penso que seja isso. Não acredito que o governador do estado tenha feito isso apenas por um ato de mesquinhez. Acho que ele deve ter mais coisas para fazer”, afirmou Vagner Freitas.


Via Pragmatismo Político

Personalidades Negras que Mudaram o Mundo: Machado de Assis


Joaquim Maria Machado de Assis nasceu dia 21 de junho de 1839, na cidade do Rio de Janeiro. O garoto pobre, filho de um operário mestiço chamado Francisco José de Assis e de Maria Leopoldina Machado de Assis, marcou a história da literatura brasileira. Ao contrário do que se imagina, a trajetória de Machado de Assis não o conduziu naturalmente para o mundo das letras. Ainda na infância o jovem “Machadinho”, como era carinhosamente chamado, perdeu sua mãe.

Durante sua infância e adolescência foi criado por Maria Inês, sua madrasta. A falta de recursos financeiros o obrigou a dividir seu tempo entre os estudos e o trabalho de vendedor de doces. Ainda sobre condições não muito favoráveis, Machado de Assis demonstrava possuir grande facilidade de aprendizado. Segundo alguns relatos – no tempo em que morou em São Cristóvão – aprendeu a falar francês com a dona de uma padaria da região.

Já aos 16 anos conseguiu publicar sua primeira obra literária na revista “Marmota Fluminense”, onde registrou as linhas do poema “Ela”. No ano seguinte, Machado conseguiu um cargo como tipógrafo na Imprensa Nacional e dividiu seu tempo com a criação de novos textos. Durante sua estadia na Imprensa Nacional, o escritor iniciante teve a oportunidade de conhecer Manuel Antônio de Almeida, diretor da instituição e autor do romance “Memórias de um sargento de milícias”.

O contato com o diretor lhe concedeu novas oportunidades no campo da literatura e o alcance de outros postos de trabalho. Aos 19 anos de idade, Machado de Assis se tornou colaborador e revisor do Jornal Marmota Fluminense. Nesse período conheceu outros expressivos escritores de seu tempo, como José de Alencar, Gonçalves Dias, Manoel de Macedo e Manoel Antônio de Almeida. Nesse tempo ainda se dedicou à escrita de obras românticas e ao trabalho jornalístico.

Entre 1859 e 1860, conseguiu emprego como colaborador e revisor de diferentes meios de comunicação da época. Entre outros jornais e revistas, Machado de Assis escreveu para o Correio Mercantil, Diário do Rio de Janeiro, O Espelho, A Semana Ilustrada e Jornal das Famílias. A primeira obra impressa de Machado de Assis foi o livro “Queda que as mulheres têm para os tolos”, onde aparece como tradutor. Na década de 1860, consolidou sua carreira profissional como revisor e editor.

Na mesma época conheceu Faustino Xavier de Novais, diretor da revista “O futuro” e irmão de sua futura esposa. Seu casamento com Carolina foi bem sucedido e marcado pela afinidade que sua companheira também possuía com o mundo da literatura. Em 1867, Machado de Assis publicou seu primeiro livro de poesias, intitulado “Crisálidas”. O sucesso da carreira literária teve seqüência com a publicação do romance “Ressurreição”, de 1872.

A vida de intelectual foi amparada por uma promissora carreira constituída no funcionalismo público. A conquista do cargo de primeiro oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas ofereceu uma razoável condição de vida. No ano de 1874, produziu o romance “A mão e a luva” em uma seqüência de publicações realizadas dentro do jornal O Globo, na época, mantido por Quintino Bocaiúva.

O prestígio artístico de Machado de Assis o tornou um autor de grande popularidade. Durante as comemorações do tricentenário de Luís de Camões, produziu uma peça de teatro encenada no Imperial Teatro Dom Pedro II. Entre 1881 e 1897, o jornal Gazeta de Notícias abrigou grande parte daquelas que seriam consideradas suas melhores crônicas.

O ano de 1881 foi marcante para a carreira artística e burocrática de Machado de Assis. Naquele mesmo ano, Machado tornou-se oficial de gabinete do ministério em que trabalhava e publicou o romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, considerado de suma importância para o realismo na literatura brasileira.

A ampla rede de relações e amizades de Machado de Assis lhe abriu portas para um outro importante passo na história da literatura brasileira. Em reuniões com seu amigo, e também escritor, José Veríssimo confabulou as primeiras medidas para a criação da Academia Brasileira de Letras. Participando ativamente das reuniões de escritores que apoiavam tal projeto, Machado de Assis tornou-se o primeiro presidente da instituição. Com a sua morte, em 1908, foi sucedido por Rui Barbosa.

A trajetória de Machado de Assis é alvo de interesse dos apreciadores da literatura e de vários pesquisadores. A sua obra conta com um leque temático e estilístico bastante variado, dificultando bastante o enquadramento de seu legado em um único gênero. O impacto da sua obra chegou a figurá-lo entre os principais nomes da literatura internacional.


Relação das obras:
Romances
Ressurreição - 1872
A mão e a luva - 1874
Helena - 1876
Iaiá Garcia - 1878
Memórias Póstumas de Brás Cubas - 1881
Quincas Borba - 1891
Dom Casmurro - 1899
Esaú e Jacó - 1904
Memorial de Aires - 1908
Poesia
Crisálidas
Falenas
Americanas
Ocidentais
Poesias completas
Contos
A Carteira
Miss Dollar
O Alienista
Noite de Almirante
O Homem Célebre
Conto da Escola
Uns Braços
A Cartomante
O Enfermeiro
Trio em Lá Menor
Missa do Galo
Teatro
Hoje avental, amanhã luva - 1860
Desencantos - 1861
O caminho da porta, 1863
Quase ministro - 1864
Os deuses de casaca - 1866
Tu, só tu, puro amor - 1880

Lição de botânica - 1906


ABA iniciará Campanha de Logomarca da Rádio Comunitária Altaneira FM


Stúdio da Rádio Comunitária Altaneira FM.
Foto: João Alves.
A Associação Beneficente de Altaneira – ABA, entidade mantenedora da Rádio Comunitária Altaneira FM iniciará na próxima segunda-feira, 29 de setembro, campanha junto às instituições de ensino desta municipalidade com o propósito de escolher a logomarca que represente o único veículo de comunicação que atende a todos os altaneirenses.

Segundo Cláudio Gonçalves, Secretário de Atividades Sociais da ABA, em uma reunião nesta quinta-feira, 25, ficou acordado que a campanha será desenvolvida junto aos alunos dos ensinos fundamental e médio. Uma comissão foi formada para acompanhar todo o processo. Acordou-se ainda que haverá uma premiação (ainda a ser definido) para aquele/aquela que se sair vencedor.

A Comissão ficou composta por Alexandre Silva, Claudio Gonçalves, Cristiano Lima e Elenice Pereira.

Está programado ainda para este ano a II seleção de novos comunicadores, bem como uma formação com os que já são do quadro.



Abordagens sobre políticas patrimoniais no Enem


Neste texto apresentamos algumas dicas sobre políticas patrimoniais, assunto que pode ser tema de abordagens das provas do Enem. Trazemos, também, a análise de uma questão do Enem de 2012 especificamente sobre esse conteúdo.

As igrejas barrocas do interior de Minas Gerais são
consideradas Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
O tema das políticas patrimoniais é, por definição, interdisciplinar, já que interessa, de um lado, às disciplinas de humanidades, como a Museologia, História, Geografia, Sociologia e Filosofia – haja vista que um patrimônio histórico consiste naquele que foi produzido pela humanidade no passado –, e, de outro lado, às disciplinas da área de Ciências da Natureza, como a Biologia, Química e a Física, pois as técnicas de preservação e conservação dos bens patrimoniais implicam a participação dessas áreas do conhecimento.

Grosso modo, entende-se por política patrimonial o tipo de legislação que se refere à preservação de bens considerados importantes para a história de uma nação, de uma civilização ou da humanidade como um todo. Esses bens podem ser construções arquiteturais, como igrejas, palácios, templos e muralhas, como a Muralha da China ou o Muro de Berlim, ou, mesmo, cidades inteiras (como Brasília – DF e Ouro Preto – MG). Podem ser também obras de arte (pinturas, esculturas etc.) e projetos paisagísticos, como jardins, parques, entre outros.

As políticas patrimoniais têm o intuito de gerir os “lugares de memória” (segundo denominação do historiador francês Pierre Nora), isto é, aqueles lugares – como os mencionados no parágrafo anterior – que “testemunham” a ação humana passada, que guardam em suas estruturas os rastros da atmosfera do passado histórico. O patrimônio, segundo opinião do historiador François Hartog, em seu ensaio “Tempo e Patrimônio”, “se apresenta então como um convite à anamnese (rememoração) coletiva. Ao 'dever' da memória [...] se teria acrescentado alguma coisa como a 'ardente obrigação' do patrimônio, com suas exigências de conservação, de reabilitação e de comemoração.”

Sendo assim, o patrimônio é importante na medida em que articula nossas lembranças com a experiência histórica passada. É uma forma muito especial de documento histórico, exatamente em razão de seu caráter coletivo e agregador que se interpõe na vida de diferentes pessoas através de gerações. Instituições internacionais, como a UNESCO (Organização das Nações Unidas Para a Educação, a Ciência e a Cultura), fomentam desde a segunda metade do século XX legislações que visam à proteção e preservação de patrimônios do mundo todo, atentando sempre para o valor monumental que eles apresentam.

No caso específico de nações, como o Brasil, há desde muito tempo o cuidado com a guarda de patrimônio. Na época do Estado Novo, em 1937, Getúlio Vargas autorizou a criação de um serviço para o patrimônio histórico e artístico nacional, o SPHAN (Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), cuja denominação atual é IPHAN, mudando-se o termo “Serviço” para “Instituto”. A questão do Enem que trouxemos para análise aborda exatamente a criação desse órgão. Leia, a seguir, o texto da questão 13 do Enem de 2012 (caderno Azul):

O Enem 2012 abordou as políticas patrimoniais a partir de um
texto de um dos idealizadores do SPHAN, Rodrigo Andrade.
Esse texto foi escrito pelo historiador e jornalista Rodrigo Mello Franco de Andrade, um dos idealizadores do SPHAN, que depois se tornaria IPHAN. Inclusive o dia do patrimônio histórico, no Brasil, é comemorado no dia do nascimento de Rodrigo, em 17 de agosto. Veja agora como a questão se estruturou a partir do texto apresentado. A resposta correta está marcada na cor verde.

Alternativas relacionadas ao texto de  Rodrigo Andrade.
A questão exige que o candidato assinale a alternativa que corresponda ao tipo de ideias motivadoras da criação do SPHAN. Pois bem, percebe-se, no texto de Rodrigo Andrade, uma defesa da preservação do patrimônio artístico e histórico brasileiro com o objetivo de “livrá-lo do perecimento” para assim não prejudicar indescritivelmente a memória e a história do Brasil.

Das cinco alternativas apresentadas, apenas as duas últimas, D e E, mencionaram diretamente aquilo que Rodrigo deixou explícito no seu texto: a preocupação com o perecimento e a destruição do patrimônio histórico e artístico nacional. Entretanto, apenas a letra D, que está correta, mencionou o fator das políticas públicas como forma de proteger e resguardar esses bens culturais.

Fiquem atentos, portanto, a criação do SPHAN (IPHAN) no contexto da Era Vargas, bem como à importância que órgãos internacionais, como a mencionada UNESCO, dão às políticas patrimoniais. Além disso, leiam com atenção as questões do Enem. Uma boa interpretação é decisiva para um bom desempenho.


Via Vestibular.brasilescola

Conheça o Grupo de Estudo em Filosofia Social da Fundação ARCA


A fundação Educativa e Cultural ARCA, entidade sem fins lucrativos e que há mais de uma década vem desempenhando importantes trabalho no município de Altaneira, na região do cariri, está retomando mais um relevante projeto que de forma direta e indireta contribui na formação de opinião dos jovens desta municipalidade, gerando consciência crítica com vista a um posicionamento consciente frente à realidade nacional, estadual e municipal – o Grupo de Estudo em Filosofia Social.

Membros do Grupo de Estudo em Filosofia Social em roda de
conversa sobre o texto "Sexo e as Negas: Ei Globo, não sou
tuas negas" no último dia 20/09.
Tendo iniciado há cerca de dois anos e com adesão de jovens engajados nos projeto Inclusão Digital, Biblioteca ARCA da Leitura e Melodia sob a coordenação do professor da Universidade Regional do Cariri – URCA, Carlos Alberto Tolovi, o grupo ficou por mais de um ano sem ter continuidade em virtude da falta de disponibilidade de tempo de muitos dos seus integrantes. No mês de julho deste ano este blogueiro em reunião com membros da Fundação ARCA quando em visita do professor Tolovi a Altaneira apresentou a proposta da continuidade do grupo, além da Formação de um Movimento Negro sob a denominação de “Frente Negra Altaneirense”, o que foi aceito.

Em uma reunião preliminar entre os integrantes do Projeto ARCA foi exposta a importância da continuidade do grupo, levando a Rádio Comunitária Altaneira FM, a partir do programa Juventude em Debate (que vai ao ar as 09 horas da manhã) às temáticas a serem abordadas durante as rodas de conversas do grupo. Inicialmente a equipe está contando com cerca de 14 membros, a saber, Cláudio Gonçalves, Cristiano Lima, Cícero Herlândio, Elenice Pereira, Everton Amorim, Flávia Cícera, Flávia Regina, Francilene Oliveira, Fábio Barbosa, Givanildo Gonçalves, João Paulo Silva, Océlia Alves, Rafaela Chavier e este signatário.

Ainda nesta oportunidade ficou acordado que cada componente do grupo ficaria responsável por desenvolver durante as rodas de conversas uma temática visando gerar reflexão e debate. Para tanto, foi realizado um sorteio com 8 (oito) temas considerados primordiais para um bom entendimento das relações socais.  O primeiro encontro se deu no último dia 06 (seis) de setembro abordando Ética e Moral.

As reuniões ocorrem de 15 em 15 dias durante os sábado a partir das 16 horas na sede da Fundação ARCA localizada a Rua Padre Agamenon Coelho e é aberta ao público.

Confira listagem a abaixo
Negritude - Nicolau - 20/09
Religião - Everton - 04/10
Poder - Rafaela - 18/10
Política - Claudim - 01/11
Liberdade - Océlia - 15/11
Solidariedade - Flávia Cícera - 29/11
Educação - Gigi - 13/12
Capitalismo - Fábio - 27/12

MPF move ação contra SBT e declarações de Sheherazade


O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública contra o SBT por conta de declarações dadas por Rachel Sheherazade, apresentadora de telejornal na emissora, a favor de um grupo de “justiceiros” que agrediu, despiu e acorrentou a um poste um jovem de 15 anos, acusado de praticar pequenos furtos no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro (RJ).

O MPF pediu que a Justiça, antes da sentença, determine que o SBT veicule um quadro com retratação do comentário da jornalista, sob pena de multa de R$ 500 mil por dia. A ideia é que a emissora diga aos telespectadores que a postura de violência em questão não tem legitimidade no ordenamento jurídico e configura atividade criminosa ainda mais grave do que os crimes de furto atribuídos ao adolescente agredido.

SBT é processado por declarações de Rachel Sheherazade
em apoio a "justiceiros". (divulgação).
Na ação, o MPF pediu que o SBT seja condenado a pagar indenização de R$ 532,1 mil por dano moral coletivo. A quantia, segundo o órgão, foi calculada com base nos valores de inserção comercial praticados pelo canal de TV.

Após reportagem que mostrou a violência contra o jovem, exibida no telejornal “SBT Brasil” em fevereiro deste ano, a apresentadora fez o seguinte comentário: “(…) o que resta ao cidadão de bem que ainda por cima foi desarmado? defender-se, é claro! o contra-ataque aos bandidos é o que eu chamo de legítima defesa coletiva de uma sociedade sem Estado contra um estado de violência sem limite (…)”.

Para o procurador Pedro Machado, Sheherazade defendeu a tortura praticada, que é proibida pela Constituição, e violou o princípio da dignidade humana. Além disso, segundo o MPF, a âncora considerou o jovem culpado e condenado, ignorando a presunção de inocência prevista na legislação.

Gravidade

O MPF destaca ainda a idade da vítima da barbárie e que a Constituição prevê que é dever prioritário do Estado, das famílias e da sociedade assegurar às crianças e adolescentes o direito à vida, dignidade, respeito e liberdade, além de protegê-los de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Na avaliação do órgão, a obrigação de preservar esse direito foi negligenciada nas declarações de Rachel Sheherazade.

A procuradoria também considerou que o tipo de comentário feito pela jornalista tende a estimular a prática de crimes, como os de tortura, e de se fazer justiça com as próprias mãos, ainda mais em canal de TV aberta.

As declarações da apresentadora, por possuírem forte poder de influência e repercussão social, são inspiração para inúmeras pessoas que assistiram ao programa – dentre as quais grupos radicais de perseguição e extermínio, conhecidos como ‘justiceiros/ vingadores’, que também formam sua opinião a partir do que é veiculado na mídia, o que pode aumentar de modo exponencial a violência contra jovens pela mera suspeita de cometimento de crimes de menor potencial ofensivo”, escreveu Pedro Machado.

Concessão pública

Na ação, o MPF diz que o SBT abusou do direito à liberdade de expressão e violou também as diretrizes da comunicação social. De acordo com a Constituição, a produção e a programação de rádio e TV devem dar preferência a conteúdo educativo, artístico, cultural e informativo. Também diz que Sheherazade contrariou o código de ética dos jornalistas porque o jornalismo não pode ser usado para incitar a violência, a intolerância, o arbítrio e o crime.

O procurador Pedro Machado ressaltou que não se trata de censura, que o direito à liberdade de manifestação jornalística não é absoluto e que os veículos de comunicação devem ser responsabilizados caso violem outros direitos. A pedido do MPF, a Justiça poderá determinar que a União, responsável pelas concessões de radiodifusão, fiscalize o “SBT Brasil”. A ação foi divulgada nesta quarta (24).


Com Congresso em Foco/Pragmatismo Político