Gramsci no Limiar do Século XXI

A Navegando Publicações e a Editora Librum lançam o Livro Gramsci no Limiar do Século XXI. A obra tem como autores organizadores José Claudinei Lombardi, Lívia Diana Rocha Magalhães e Wilson da Silva Santos.

Para os autores o “pensamento de Gramsci não se restringiu à Itália. Suas concepções são discutidas por toda parte e influenciam todos aqueles que reivindicam por princípios democráticos na educação, na cultura, na política e na economia. Assim, este livro proporcionará análises que buscam compreender a recepção de Gramsci no Brasil, nos últimos 30 anos, e a sua contribuição categorial para analisar a educação, a política, a história, a economia, enfim, a sociedade brasileira no século XXI. Compreendemos que essas contribuições nos remetem a pensar formas de emancipação humana como estratégia para a construção de uma nova ordem social, econômica e política. Podemos dizer que pensar o Brasil numa perspectiva gramsciana é desvendar uma sociedade enredada num contexto de luta, de contradição, inserida num movimento social determinado e determinante historicamente.”


Para acessar o Livro que está no formato ebook e fazer o download gratuitamente clique aqui

A Tribo Africana Himba: Organização Social, Economia , Crenças e Beleza Feminina

Himba é uma tribo Africana, com uma população entre 20.000 e 50.000 pessoas que habitam diversas áreas no norte da Namíbia. Nos últimos anos, eles ocasionalmente têm permitido que outras pessoas entrem no seu mundo. Uma das coisas que atrai os visitantes é a beleza surpreendente das mulheres Himba.

Os Himbas são na verdade semi-nômades que vivem na área do deserto quase completamente estéril, em condições de escassez aguda de água. Eles preferem viver dessa forma de vida, utilizando apenas o necessário para sobrevivência.

Economia

Os Himbas estão engajados na criação de gado, cabras e ovelhas. Na prática, as mulheres parecem responsáveis pelas vacas leiteiras. Além de cuidar de crianças, uma mulher pode cuidar de outras crianças da tribo. Muitas vezes elas fazem mais trabalho do que os homens: trazer água para a aldeia e construção das casas

Habitação 

As casas dos Himbas têm uma forma cônica e é construída com árvores jovens, que são depois cobertas com lama e esterco. 

Crenças
São preservadas as suas crenças tradicionais, incluindo o culto dos ancestrais e os rituais associados com o fogo sagrado (okoruvo), que é considerado um importante elo entre o mundo dos vivos e o mundo inferior. Quando um Himba morre, seu lar é destruído e o fogo é apagado. Sua família faz o ritual das danças na noite. Antes de seu funeral todos dizem: «Karepo nawa», que pode ser traduzido como: "Não te atormentes".

Roupa

Para essas pessoas, roupa, cabelo e ornamentos têm menor importância na sua cultura tradicional.

Mesmo recém-nascidos são adornados com colares de pérolas e crianças mais velhas usam pulseiras de cobre, decorado com conchas. As mulheres usam saias de pele de cabra, decorado com conchas e jóias de cobre. Tanto homens como mulheres cobrem seus corpos com uma mistura de cinza e gordura para proteger sua pele do sol. Muitas vezes nesta pasta adiciona resina aromática. A mistura dá na pele um tom avermelhado que simboliza o sangue, e simboliza a vida. As mulheres tem cabelos trançados também coberto com esta mistura

Confiram outras fotos que demonstram com riqueza de detalhes a cultura dessa tribo



Com informações de História e Cultura Afro-brasileira

Secretaria da Educação de Altaneira realiza I Encontro com Servidores




Servidores da área educacional de Altaneira participam de
palestra e capacitação. Foto: João Alves
O auditório da Escola Municipal 18 de Dezembro foi palco na manha deste sábado (25) do I Encontro com os Servidores Municipal da Educação.  O objetivo do evento era discutir a importância dos servidores para essa área e o como melhor desempenharem suas funções.

Na abertura dos trabalhos que contou com a apresentação da Banda de Música Municipal, o Secretário Municipal da Educação, Deza Soares argumentou que o evento faz parte do planejamento educacional e frisou que o momento é de suma importância para essa categoria, uma vez que a educação só desenvolve na sua plenitude com o trabalho dos mesmos. 

Secretário Municipal da Educação, Deza Soares
Deza Sores se utilizou do corporativismo para discorrer sobre excelência educacional. “A educação é como um órgão, onde cada servidor, cada núcleo gestor e cada professor representa uma célula. Essa células se unem  e, de forma equilibrada formam o órgão”, disse o secretário.  Por tanto, o servidor é tão importante quanto o secretário, complementou.

Professora Antonia Edna, Coordenadora da CREDE 18
Na oportunidade, a professora Antônia Edna, Coordenadora do 18º Centro Regional de Desenvolvimento da Educação – CREDE 18, ministrou palestra abordando a temática Excelência Para a Qualidade dos Serviços Educacionais. A palestra foi conduzida de forma dinâmica e através de exemplos cotidianos de como conseguir êxito no trabalho. “Devemos trabalhar com amor e para nós mesmos, para nossas crianças e, não para o Secretário, e ou para o prefeito”, disse Edna. O educador Paulo Freire foi a base conteudista da palestra.

O evento seguiu com a II Capacitação para Auxiliares de Nutrição conduzida pela nutricionistas do município, Milena Pinho e Vania. Essa é mais uma oportunidade para que vocês possam ampliar seus conhecimentos, arguiu o secretário. Tão logo se encerrou a capacitação, as participantes receberam certificados.

Participaram ainda do evento professores, coordenadores de programas e a diretora da instituição de ensino que sediou o encontro, Valneir.


Confiram outras fotos:

Banda de Música municipal na abertura do evento




Feminista diz que a pornografia "é boa para a sociedade" e causa polêmica



Cineaste Anna Arrowsmith causa polêmica ao afirmar que
pornografia faz bem a sociedade
"Na pornografia ninguém faz amor, todo mundo faz o ódio", declarou a feminista Gail Dines. E embora nem todos expressem suas opiniões de forma tão radical, quando se trata desse tema, o consenso entre a maioria parece ser de que pornografia não é algo bom.

Entra em cena a cineasta feminista Anna Arrowsmith, que há alguns anos vem defendendo a opinião contrária: "A pornografia é boa para a sociedade", ela diz.

Na indústria do chamado "cinema adulto", Arrowsmith, conhecida como Anna Span, se destaca por ser a primeira britânica a dirigir um filme pornô, a produção Eat me/Keep Me, lançado em 1999.

Mas a defesa da pornografia não parece responder a um mero interesse comercial da cineasta, que no momento não está fazendo cinema.
Anna Span disse à BBC que sua missão é incentivar mais gente a entrar no mundo da pornografia.
Dinheiro e Libertação

Devido à sua posição um tanto quanto polêmica, Span é, volta e meia, convidada a participar de debates sobre o assunto. No mais recente, ocorrido em Londres, ela enfrentou nada mais nada menos do que um dos símbolos do movimento feminista na Grã-Bretanha hoje: a escritora e acadêmica Germaine Greer.
Span não tinha motivos para se intimidar. Ela é formada na prestigiosa escola de arte Central Saint Martin's School of Art and Design, em Londres, tem mestrado em Filosofia pelo Birkbeck College e atualmente faz um curso para receber um diploma em Estudos de Gênero na University of Sussex.

Ela define os filmes que faz como "pornografia feminista".

"Eu era contra a pornografia. Mas um dia, na década de 80, estava caminhando por Soho (área no centro de Londres onde há uma grande concentração de sex-shops e casas de strip tease) e enquanto olhava as lojas e bares me dei conta de que minha raiva era mais inveja", contou Span. "Eu tinha inveja da liberdade dos homens. Suas necessidades sexuais eram atendidas de tantas formas diferentes! Foi assim que me converti a favor da indústria do sexo".

"Sou pró pornografia porque não ser é entregar o sexo e a visualização do sexo aos homens".

A feminista Germaine Greer discorda. Em entrevista à BBC, ela argumentou que pornografia "tem a ver com dinheiro, não libertação. A obscenidade tem um papel importante na arte, assim como na arte erótica, mas a pornografia estritamente falando não é mais do que uma maneira de fazer dinheiro", disse.

'Literatura da Prostituição'

Para Greer, o problema com a pornografia é que "é uma indústria imensa, que move enormes quantidades de dinheiro. E sempre foi assim, porque a pornografia é a literatura da prostituição".
Greer esclareceu que sempre advogou que a sexualidade seja incorporada na narrativa da vida cotidiana, em vez de ser confinada a uma indústria.

Esse também parece ser o objetivo de Span. No entanto, ela não se incomoda que o ponto de partida para que se alcance esse objetivo seja essa indústria.

"Parte do meu trabalho é normalizar a pornografia", ela explicou. "As feministas antipornografia dizem que isso é perigoso, mas quanto mais normal ela for, mais peso terá a influência das mulheres na indústria e mais elas aprenderão sobre o sexo. Para mim, isso é totalmente positivo".

Defesa da Pornografia

Em primeiro lugar, a cineasta diz que a pornografia serve para manter os casais unidos.

"Por exemplo, quando um dos parceiros tem uma libido mais alta, a pornografia preenche aquela lacuna, evitando que aquele que sente mais necessidade tenha que aborrecer o outro, ir satisfazer seu desejo sexual em outra parte ou terminar a relação".

"Em segundo lugar, ela liberalizou nossas atitudes em relação à atividade sexual. Até pouco tempo, particularmente entre as mulheres, havia um sentimento de vergonha se faziam algo que não era convencional".

A pornografia estaria, portanto, desempenhando um papel educador: cada vez mais mulheres têm acesso à pornografia, aprendem e entendem mais. O conhecimento traz consigo a liberdade.
Porém, refutam alguns nomes de peso do movimento feminista, o efeito pode ser completamente oposto.
Elas temem que agora as mulheres se vejam obrigadas a fazer coisas que não querem fazer, a se comportar e se ver de uma maneira que esteja de acordo com a imagem que esse tipo de filme mostra.

"Do meu ponto de vista, essa visão subestima a força da mulher. Essas críticas vêm de uma posição feminista que considera a mulher uma vítima. Para mim, esse ponto básico do argumento é incorreto", responde Span.

Estatísticas divulgadas em 2008 pela empresa multinacional de pesquisa de comportamento Nielsen revelaram que 30% dos consumidores de pornografia na internet são mulheres.

"É uma questão de escolha. Queremos evitar que as mulheres façam coisas ou incentivá-las a correr riscos?"
"Além disso, muitas jovens hoje estão mais à vontade com sua sexualidade e sabemos que nos países onde há mais liberdade sexual as mulheres têm mais direitos sociais."

"Se eu mostrasse um mapa do mundo no qual os lugares em que a pornografia foi proibida estivessem pintados com uma outra cor, mas sem explicar por que, você poderia pensar que aquele era um mapa dos países onde os direitos da mulher são mais restritos".

"Quem alega que agora as mulheres são obrigadas a fazer coisas que não querem, parte do pressuposto de que o sexo é mau. Na minha opinião, é mais complicado do que isso: é mau mas também é bom e muitas outras coisas. Temos de desenvolver melhor nossa atitude nesse campo".

Democratização do Corpo

"Em terceiro lugar, a pornografia democratiza o corpo. Contrastando com qualquer outro gênero cultural, ela tem uma apreciação muito ampla, especialmente da figura feminina. Infelizmente, quando representada pela indústria convencional, a imagem sempre é de uma ruiva com seios grandes etc".

"O que o radar não detecta é que 50% do mercado é amador, assim, todos os tipos de corpo estão representados".

"Sempre digo às mulheres, o que quer que seja que não gostam no seu corpo, escrevam a palavra em um site de buscas e acrescentem ao lado a palavra 'pornô'. Vão encontrar uma quantidade de sites visitados por gente que pensa que aquilo é a coisa mais atraente que existe", aconselhou Span.

"A mídia convencional poderia aprender muito com a pornografia nesse sentido e eu acredito que as mulheres estão representadas de forma mais honesta e com mais equidade na pornografia".

A pornografia para mulheres é celebrada anualmente durante o Feminist Porn Awards, um evento que premia filmes pornográficos feitos por mulheres e dirigidos ao público feminino, realizado em Toronto, no Canadá.

E cada vez mais cineastas mulheres participam do festival de cinema pornô realizado em Berlim, na Alemanha.

"Estamos mudando a indústria por dentro, aos poucos. Quando eu comecei, os actores eram poucos e não muito atraentes. Me esforcei muito para atrair novos actores".

Nietzsche - Humano, Demasiado Humano




                         
                      


Nietzsche foi, sem dúvida, um dos principais filósofos da modernidade. No que tange a religiosidade é conhecido como o demolidor das religiões. Ele chegou inclusive a  pensar em seguir a carreira de pastor, entretanto, rejeitou a crença religiosa durante sua adolescência e o seu contato com a filosofia afastou-o da carreira teológica.

A semente do pensamento disseminado por Nietzsche no século 19 prefigurava o piloto do século 20 sobre os conceitos do existencialismo e da psicanálise. Este programa conta com entrevistas de grandes estudiosos do pensamento do Nietzsche sendo eles: Ronald Hayman e Leslie Chamberlain (biógrafos de Nietzsche), Andrea Bollinger (arquivista), Reg Hollingdale (tradutor), Will Self (escritor) e Keith Ansell Pearson (filosofa) que sonda a vida e os escritos de Nietzsche. Além de mostrar também o papel da irmã de Nietzsche na edição de suas obras para o uso como propaganda nazista. Contando também com partes de prosas aforísticas extraídas de obras como a parábola de um louco e assim falou Zaratustra, com isto transmitir a essência e o estilo do pensador profético.

Novo currículo do curso de jornalismo escamoteia poder do oligopólio



Estão prestes a ser homologadas pelo ministro da Educação as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Jornalismo, aprovadas pela Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE) em 20/2/2013. O Parecer 39/2013 CNE/CES pouco alterou o relatório final da chamada Comissão Marques de Melo. O estágio obrigatório de 200 horas foi mantido, apesar da posição inicial desfavorável do relator.

A meu ver, a ausência mais aguda nas Diretrizes Curriculares é a do Capital. Um conjunto de pesquisadores acadêmicos de alto quilate conseguiu a proeza de reunir-se para tratar do Curso de Jornalismo tendo chegado ao final de seu trabalho sem se pronunciar sobre como se configura no Brasil o sistema empresarial, oligopólico, firmado sobre a propriedade cruzada de diferentes meios de comunicação, que dá as cartas na mídia e no jornalismo brasileiros. Dizendo de outra forma, o sistema responsável pela produção da maior parte do jornalismo brasileiro, diário ou semanal, seja ele impresso, televisivo, radiofônico ou digital, é ignorado no documento.

Desse modo, não há uma avaliação crítica do papel desempenhado no jornalismo pelos empregadores de importante parcela dos atuais e dos futuros jornalistas, empregadores esses dotados de notável poder econômico e político na sociedade brasileira, habituados a moldar o jornalismo que praticam de acordo com seus interesses. Eles deixaram de ser criticados pelos especialistas da “Comissão Marques de Melo”, que, no entanto, preocuparam-se em atender suas demandas, por exemplo por meio da figura do estágio obrigatório (“possibilitando a interação da universidade com o setor produtivo”) ou do Mestrado Profissional (recomendação felizmente ignorada pelo CNE/CES), que permitiria a “formação de profissionais especializados, pleito histórico das organizações jornalísticas” (leia-se: empresas de jornalismo).

Também no tocante à comunicação entendida como sistema global, mundial, o relatório que embasou as novas Diretrizes Curriculares valorizou excessivamente as redes sociais e a convergência digital, bem como os “novos sujeitos”, sem levar em conta que prossegue célere o processo de concentração e fusão das corporações gigantes de mídia, ou seja, dos capitais que atuam no setor. Por exemplo, afirmam os especialistas: “Os conteúdos da atualidade, veiculados pelos gêneros jornalísticos são, em esmagadora maioria, ações discursivas de sujeitos que agem no mundo e sobre o mundo por meio de acontecimentos, atos, falas e/ou silêncios. Valorizados pelas técnicas e pela identidade ética, esses conteúdos são socializados no tempo e no espaço do Jornalismo, pelos instrumentos da difusão instantânea universal. E assim, pelas vias confiáveis do Jornalismo, se globalizam idéias, ações, mercados, sistemas, poderes, discussões, interesses, antagonismos, acordos” (Relatório, p. 4). Tudo parece, assim, muito difuso e etéreo, quando a realidade é bem outra, mesmo na Internet, onde a presença das grandes corporações, bem como a ação de grandes Estados, é avassaladora.

Quando cita o mercado ou as empresas, o relatório final da “Comissão Marques de Melo” o faz acriticamente, como se o protagonismo desse setor nada tivesse a ver com o jornalismo que se pratica hoje (no Brasil e no mundo) ou com a formação jornalística. O jornalista, assim, apesar da retórica humanística do texto, ao fim e ao cabo é apenas força de trabalho para as empresas de jornalismo. Mas o Relatório não se limita a escamotear, na abordagem geral prévia, o oligopólio da mídia e do jornalismo. Ele também deixa de incluir esse tópico nos próprios conteúdos curriculares sugeridos. E o CNE/CES aprovou integralmente tais conteúdos.

O objetivo principal do relatório final parece ser subordinar a formação oferecida aos imperativos do mercado. É isso que explica os ataques presentes, no relatório, a um tipo de formação mais reflexiva, mais crítica dos meios de comunicação de massa, por exemplo: a teoria “passou a não reconhecer legitimidade no estudo voltado ao exercício profissional, desprestigiando a prática, ridicularizando os seus valores e se isolando do mundo do jornalismo” (Relatório, p. 12); ou: “A ênfase na análise crítica da mídia, quando feita sem compromisso com o aperfeiçoamento da prática profissional, abala a confiança dos estudantes em sua vocação, destrói seus ideais e os substitui pelo cinismo” (idem).

Observe-se, porém, a seguinte recomendação da Unesco, presente em publicação recente sobre os currículos de jornalismo: “Uma boa formação deve fornecer aos estudantes conhecimento e treinamento suficientes para que reflitam sobre a ética do jornalismo, suas boas práticas e sobre o papel do jornalismo na sociedade. Eles também devem aprender sobre a história do jornalismo, a legislação da comunicação e da informação e sobre a economia política da mídia (incluindo tópicos como propriedade dos meios, estrutura organizacional e competição)” (Modelo curricular da Unesco para o ensino do Jornalismo, Unesco, Brasil, 2010; página 6). Mais adiante, mesmo ressaltando que o curso pensado não se destina a formar pesquisadores acadêmicos, o texto diz: “Pretendemos, igualmente, preparar os estudantes para que sejam críticos a respeito do seu próprio trabalho e em relação ao de outros jornalistas” (idem, p. 7).

A “Comissão Marques de Melo” fechou seu relatório em 2009 e cita apenas a versão anterior (2007) do Modelo curricular da Unesco... Mas é importante assinalar que há uma preocupação da Unesco com essa questão (para quem trabalhamos? quem detém o poder no jornalismo?) que é simplesmente diluída, no documento dos especialistas, em considerações genéricas sobre a ética e a responsabilidade do jornalista.

Em nenhum dos seis Eixos de Conteúdo que constam do item 5 do Relatório (Conteúdos Curriculares) e foram aprovados in totum pelo CNE/CES consta algo consistente sobre o tema, exceto por uma vaga referência, no Eixo III, à “regulamentação dos sistemas midiáticos, em função do mercado potencial” (sic). Basta conferir isso nas páginas 11 e 12 do Parecer CNE/CES 39/2013.

Tortura era praticada na ditadura militar antes da luta armada



Ditadura praticou a tortura antes da luta armada
A Comissão Nacional da Verdade informou que a tortura passou a ser prática sistemática da ditadura militar logo após o golpe, em 1964. Durante o balanço de um ano de atividades, os integrantes da comissão desmentiram a versão de que a prática tenha sido efetivada em resposta à luta armada contra a ditadura, iniciada em 1969.

“A prática da tortura no Brasil como técnica de interrogatório nos quartéis é anterior ao período da luta armada, ela começa a ser praticada em 1964”, disse a historiadora Heloísa Starling, assessora da comissão. “O que é importante notar é que ao contrário do que supunha boa parte da nossa bibliografia, o que nós temos é a tortura sendo introduzida como padrão de interrogação nos quartéis em 64 e explodindo a partir de 69,” argumentou.

O balanço divulgado pela comissão considera que o uso da violência política permitiu ao regime construir um Estado sem limites repressivos. “Fez da tortura força motriz da repressão no Brasil. E levou a uma política sistemática de assassinatos, desaparecimentos e sequestros.”

A comissão revelou ainda que a Marinha ocultou informações sobre mortes na ditadura, quando foi questionada em 1993 pelo governo Itamar Franco.

De acordo com levantamentos da Comissão da Verdade, cerca de 50 mil pessoas foram presas só no ano de 1964, em operações nos estados da Guanabara (atual Rio de Janeiro), de Minas Gerais, de Pernambuco, do Rio Grande do Sul e de São Paulo.

A comissão identificou prisões em massa em navios-presídios.

A comissão também relatou ter identificado 36 centros de tortura em sete estados, inclusive em duas universidades — na Universidade Federal do Recife e na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. “Nós identificamos que as pessoas foram presas dentro dos campus da universidade e as práticas de violência ocorreram dentro do campus”, disse Heloísa Starling.

A historiadora disse que a comissão está no caminho de desmontar a tese de que a tortura foi praticada sem o consentimento do alto escalão militar. Ela apresentou um organograma de 1970, ano de criação do Centro de Operações de Defesa Interna (Codi), que mostra que as informações sobre o que ocorria no órgão eram de conhecimento do alto escalão do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Toda a bibliografia, segundo a assessora, mostra que a estrutura de comando vai até o segundo nível, onde está o Centro de Informações da Aeronáutica (Cisa), Centro de Informações do Exército (CIE) e o Centro de Informações da Marinha. “É muito pouco provável que o general Médici [presidente Emílio Garrastazu Médici] não recebesse informações do seu ministro mais importante, que era o ministro do Exército, Orlando Geisel”, disse.

Veja também: Marilena Chaui diz que " A ditadura militar destruiu a escola pública"

Secretaria da Educação de Altaneira apresenta resultados do SPAECE 2012



Coorddenadores e Formadores no Encontro.
Foto: João Alves
A Secretaria de Educação de Altaneira realizou na manhã desta quarta-feira (22), na sua sede, Encontro com Coordenadores das Escolas do município e Técnicos. O objetivo era apresentar os resultados preliminares do SPAECE – Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará referente aos 2º, 5º e 9º anos do Ensino Fundamental, ano de 2012 e discutir o PAR – Plano de Ações Articuladas.

Na abertura do evento, o Secretário Municipal da Educação Deza Soares apresentou e discutiu um texto provocador alusivo às mudanças e as estratégias para tais no setor educacional. Frisou que é preciso que a comunidade escolar esteja amparada sempre no desejo de mudar para que se consigam resultados positivos.

A Coordenadora Municipal do PAIC – Programa de Alfabetização na Idade Certa, Micirlândia Soares apresentou uma planilha contendo os resultados preliminares do SPAECE 2012 referente aos 2º, 5º e 9º anos, nas Escolas Joaquim Rufino de Oliveira, Joaquim de Morais e 18 de Dezembro. Micirlândia fez um comparativo entre os anos de 2011 e 2012 e se pode constatar uma relativa queda nas proficiências dos alunos em português e matemática, principalmente nos 2º anos.

Para a Coordenadora esse dados não são exclusivos de Altaneira, mas concorre para quase todos os municípios. O resultado chegou a surpreender, pois segunda Micirlândia a equipe escolar vem realizando trabalhos minuciosos e que demonstravam estar surtindo efeitos. Toda via, deixou todos em alerta.

O professor Reginaldo Venâncio chamou a atenção para os dados e argumentou sobre as necessidades de se verificar as estratégias utilizadas no processo de ensino e buscar construir novas.

Na oportunidade, ficou acordado que haverá Encontros em cada uma das instituições de Ensino supracitadas para discutir a temática e traçar planos e estratégias.
Vejam outras fotos:

Secretario Deza Sores na abertura do Encontro