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Professores Nicolau Neto e Cícera Nunes participam de evento na Universidade Federal de Campina Grande


Cícera Nunes e Nicolau Neto durante evento de lançamento da 9ª Edição do Artefatos da Cultura Negra na UFCG, campus Cajazeiras, Paraíba. (Foto: Kássia Mota).

A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), campus Cajazeiras (PB), promoveu durante todo o dia desta segunda-feira, 11, ciclo de palestras voltadas a temáticas da Africanidade e Afrodescendência no país. O evento faz parte do lançamento da 9ª edição do Artefatos da Cultura Negra.

Na universidade, a ação tem a coordenação da professora doutora Kássia Mota e do professor doutor Alexandre Joca, ambos do curso de Pedagogia que explicaram a necessidade de se implantar dentro da instituição discussões mais efetivas acerca do combate ao racismo e de fomento a articulações com outros sujeitos históricos engajados nessa luta.

Para tanto, foram convidados a professora doutora Cícera Nunes, vinculada à Universidade Regional do Cariri (URCA) e o professor especialista Nicolau Neto, membro do Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC). Ambos discorreram sobre a relação “Movimento Negro e a Universidade na Luta Antirracista”.

A professora universitária Cícera Nunes fez um balanço das oito edições do Congresso Artefatos. Segundo ela, o evento começou no ano de 2009 dentro do Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira da Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza, como o nome “Artefatos da Cultura Negra do Ceará”, tendo como compromisso de socialização dos estudos e pesquisa com a temática das relações raciais. Em 2010 foi realizada uma edição em Juazeiro do Norte como parte da atividade do programa de pós-graduação. Aqui foram defendidas a tese de doutorado de Cícera Nunes que pesquisou “Os Congos de Milagres e Africanidades na Educação do Cariri Cearense” e a dissertação de Kássia Mota com enfoque sobre “Entre a Escola e a Religião: Desafios para Crianças de Candomblé em Juazeiro do Norte”. 

Nas edições seguintes o evento cresceu, ganhou destaque e visibilidade e passou a ser promovido de forma itinerante. A professora relata que o congresso veio para a URCA (Crato) em 2011. Ela discorre que somente em 2013 é que o congresso é transferido para o Cariri. Na URCA, ele está alocado dentro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação, Gênero e Relações Étnico-Raciais (NEGRER) e do Departamento de Educação. 

Da Esq. para Dir. (Kássia Mota, Nicolau Neto, Risomar
e Cícera Nunes). Foto: Anderson Varella.
Cícera conta ainda que o artefatos é uma realização coletiva que agrega instituições de ensino superior, a exemplo da URCA, UFCA, da Universidade do Tennessee e IFCE (Juazeiro) e movimentos sociais, com destaque para o Grunec, a Cáritas Diocesana de Crato e a ONG Aldeias. Para ela, o diferencial deste congresso para os demais é que a cada ano há uma novidade, como o acampamento da juventude em 2016 e a I Mostra de Cinema Africano do Cariri Cearense, com exibições de documentários acompanhadas de rodas de conversa em várias comunidades da região do Cariri cearense: quilombos, ONGs, escolas de educação básica, praças públicas e outros lugares, parte integrante da edição deste ano.

Já o professor Nicolau trouxe para a discussão uma reflexão acerca do papel do movimento negro. Segundo ele, é preciso partir da premissa de que enquanto coletividade, que promove ações políticas, educacionais e culturais, ele reeduca a si próprio, a sociedade e o estado acerca das relações étnico-raciais no país. O movimento negro tem que ter um objetivo explícito e não pode fugir dele, tratando-se de emancipar os sujeitos que sempre tiveram e ainda tem sua história negativada. É a partir dessa perspectiva que o movimento negro pode e deve atuar, como um sujeito político que politiza, emancipa e ressignifica a raça.

O professor fez menção as várias formas de atuação e de mudança pela qual passaram os movimentos negros, tendo como recorte temporal a proclamação da república onde o pensamento europeizante era mais sentido. A Frente Negra Brasileira (anos 30), O Teatro Experimentral Negro (décadas de 40 a 60), A Imprensa Negra Paulista (anos 60 ) e os Fóruns da Política Educacional, tendo tido discussões sobre raça na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), em 1961. Todos estes movimentos ao trazerem para o público o debate sobre o racismo e a necessidade de se construir estratégias políticas e educacionais para a superação das desigualdade raciais, contribuíram para ressignificar a raça, dando-lhe forma não inferiorizante de se manifestarem.

Da Esq. para a Dir. (Willyan, Cícera Nunes, Kássia Mota,
Anderson Varella e Nicolau Neto). Foto: Risomar.
Citando a pedagoga brasileira Nilma Lino Gomes, Nicolau afirmou que a partir dos anos 80 do século passado houve confluência de determinados fatores do racismo, principalmente durante a ditadura civil-militar, que permitiram a formação de uma organização coletiva de caráter nacional, como o Movimento Negro Unificado. É aqui que ativistas negros passam a concluírem graduações e iniciam uma trajetória acadêmico-político, tendo intelectuais engajados e com pesquisas sobre o negro e a negra e suas historicidades como objetos/sujeitos de estudos. Ainda segundo Nicolau, é nessa conjuntura que irá aparecer as ações afirmativas como demanda real, com destaque para a modalidade cotas. Ao mencionar a criação do Grunec em 2001, ele ressaltou que a partir de 2013 é perceptível algumas mudanças fruto de muita luta, como por exemplo, a Lei 10.639/03, as cotas raciais, as cotas nos concursos públicos e o Estatuto da Igualdade Racial). Elas representam mecanismo de reconhecimento do racismo e ao mesmo tempo significa medidas de combate as desigualdades raciais. Nicolau ainda frisou no campo dos avanços, o I Seminário de Ações Afirmativas: a Implantação do Sistema de Cotas realizado na URCA em fevereiro de 2017.  Para cada um desses avanços o membro do Grunec citava um retrocesso sob o pano de fundo do aumento desenfreado de ondas conservadoras e racistas.

Por fim, ele citou que a pouca presença de negros e negras nas universidades tem mobilizado pouco estas instituições e trouxe a luz da conversa os dados do censo da educação superior que apontou que entre 1997 e 2011 o percentual de negros/as no ensino superior passou de 4 para 19,8%, o que em termos numéricos significa algo de 13 milhões de jovens. Apesar disso, disse ele, os números não são animadores vistos que somos um pais de maioria negra, afirmando outrossim que há nesse caso um problema estrutural e institucional grave que precisa ser resolvido. O debate sobre o racismo e as desigualdades dele resultante sempre esteve posto, mas se faz necessário e urgente um enfrentamento mais efetivo por parte das instituições governamentais, completou.

Após as falas, universitários/as e professores/as fizeram intervenções. Destaque para a fala de Anderson Varella, do curso de Pedagogia, que pontuou a necessidade do debate e a urgência do ato de se reconhecer negro. Para ele, isso é um ato político.

A noite o evento seguiu com a palestra “A pesquisa acadêmica em diversidade e a formação do sujeito pesquisador: compartilhando experiências” desenvolvida por Kássia Mota, Alexandre Joca e Cícera Nunes. A universitária Valesca, do curso de pedagogia abri e fechou o evento com músicas que refletem as causas negras. 


Foi um dia de produção de conhecimento, de diálogo, de ideias, de articulações.  Agradecemos a parceria de Cicera Nunes e Nicolau Neto. Até o Artefatos na URCA!”, disse Kássia Mota ao classificar o evento.




Professora Cícera Nunes e Valéria Carvalho, do Grunec, receberão comenda Maria do Espírito Santo

 

Professora Cícera Nunes e Valéria Carvalho. (FOTO | Montagem | blog Negro Nicolau).

Por Nicolau Neto, editor

A prefeitura do Crato, na região metropolitana do cariri, promoverá no próximo dia 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, a solenidade de entrega da Comenda Maria do Espírito Santo.

O evento visa homenagear mulheres que sejam referência no desenvolvimento de ações de combate as desigualdades de estruturais de raça e de gênero. Este ano as homenageadas com a medalha serão a professora Drª Cícera Nunes, do Departamento de Educação da Universidade Regional do Cariri (URCA) e Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação, Gênero e Relações Étnico-Raciais (NEGRER) e a professora aposentada e ativista dos direitos civis e humanos das populações negras com atuação pelo Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC), Valéria Carvalho. Além delas, receberá a comenda a líder religiosa Raimundo dos Santos, a Mãe Kum.

O evento ocorrerá no auditório da prefeitura a partir das 18h30 e foi divulgada nas redes sociais tanto do NEGRER quanto do GRUNEC.

Sobre Maria do Espírito Santo

A comenda leva o nome de Maria do Espírito Santo, conhecida popularmente por “Madrinha Espírito Santo”, que era mulher negra que pautou sua vida em prol da defesa e propagação das religiões de matriz africana, sobretudo da Umbanda – da qual foi líder (mãe de santo) em Crato. Ela foi benzedeira e atuou também como servidora pública deste município onde viveu por cerca de seis décadas.

URCA Debate Implementação de Cotas em Audiência Pública



Com a participação de organizações não governamentais, associação de surdos e mudos, movimentos negros do cariri, professores, universitários e demais membros da sociedade civil, a Universidade Regional do Cariri (URCA), do campus pimenta, em Crato, promoveu na manhã desta terça-feira, 14, no Salão de Atos, uma audiência pública acerca da implementação do sistema de cotas nos cursos de graduação.

URCA debate implementação do sistema de cotas em audiência Pública.
Foto: Prof. Cicera Nunes.
Como parte integrante de um processo que teve início em setembro do ano passado durante o VII Artefatos da Cultura Negra por mobilização e luta dos movimentos negros da região do cariri, a audiência foi aberta pelo reitor da instituição supracitada, o professor Patrício Pereira Melo que, em sua fala destacou a importância do momento. Segundo Patrício, a audiência serve para reforçar o compromisso da universidade em discutir as políticas afirmativas e que para tanto chegou a reunir especialistas e movimentos sociais engajados nessa luta, mas que a oportunidade é para ouvir mais pessoas para construir normas jurídicas que sirva para efetivar a proposta já em andamento.

Da direita para esquerda - Patrício Pereira, Egberto Melo, Cicera Nunes e
Lima júnior. Foto: Nicolau Neto.
O Pró-Reitor de Ensino e Graduação desta universidade, o professor Egberto Melo a exemplo da última terça-feira (07) quando da realização do seminário, destacou os trabalhos da comissão de cotas que agregou professores e universitários resultando na elaboração da proposta, reconhecendo que é a possível, mas não a ideal e reiterou as palavras do seu antecessor. “Esse momento é de oitiva, de escutar a sociedade e encaminhar as ideias para os conselhos superiores da instituição”, disse.

De igual modo, a professora Cícera Nunes, do Departamento de Pedagogia, fez menção as ações da comissão, ressaltando, porém, que tudo isso é fruto dos movimentos negros. De acordo com ela, “o debate foi pautado na interlocução com os movimentos sociais, estudantil e os profissionais da academia”, frisando, pois, “queremos mais do que está proposto na lei”. 

Verônica Neves. Foto: Nicolau Neto.
Isto posto, a audiência seguiu com a fala de representantes dos movimentos sociais, associações e demais inscritos previamente. Verônica Neves, do Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC), abriu o momento. Ao citar o Mapeamento das Comunidades Rurais Negras e Quilombolas realizado pelo próprio GRUNEC e a Cáritas Diocesana, ela ressaltou "o cariri é negro". "Os movimentos querem enegrecer esta universidade para contar e reconstruir a história".

Alex Cassimiro, da Associação de Surdos da Região Metropolitana do Cariri (ASURMC) chamou a atenção para o déficit da universidade para com as pessoas com tipos de deficiência e citou a lei n° 12.436, que versa sobre a oficialização de libras como língua. 

Maria Telvira da Conceição, professora do Departamento de História, chamou a atenção para o fato não só do ingresso/acesso de negros, índios e pessoas com necessidades especiais, mas também para a permanência e fez um apelo. “É preciso que diga quais os setores da URCA participarão do documento”, ao passo que clamou para a ampliação do número de vagas para negros.

Henrique Cunha.
Foto: Cicera Nunes
Já a professora Marla falou do trabalho angustiante, mas ao mesmo tempo prazeroso da comissão e frisou que é necessário observar a questão legal.

Quem também usou a palavra foi Henrique Cunha Jr., professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira que, na oportunidade mencionou acerca da necessidade de se ampliar o tema. Segundo ele, o ingresso por cotas deve-se dá em todas as esferas.

Este professor, blogueiro e ativista das causas negras pelo GRUNEC, fez menção as dificuldades de implementação do sistema de cotas. Citou que as pessoas que são contrárias as políticas afirmativas que se baseiam nas questões étnicas constantemente falam do Art. 5ª da CF/88, da inconstitucionalidade e da dificuldade em identificar os negros e negras no Brasil. Porém, todos os argumentos são falhos. Principalmente pela discriminação em que nós estamos submetidos.


Nicolau Neto ao lado de Verônica Neves e Henrique Cunha durante a
Audiência Pública Sobre Cotas. Foto: Cicera Nunes.
Foi mencionado ainda que as políticas de cotas são paliativas, mas extremamente necessárias visto as condições de desigualdades sociais e raciais a nós imposta. A nossa luta é contra o racismo e as cotas se constituem como um caminho viável. Por isso precisamos ocupar todos os espaços de poderes.

Também usaram a palavra o professor Reginaldo Domingos, da Universidade Federal do Cariri (UFCA) e o universitário Joedson Nascimento, do curso de Geografia.

Segundo o documento ora apresentado, as cotas funcionarão da seguinte maneira:

A política de cotas da URCA terá como parâmetro a Lei Federal Nº. 12.711, de 29 de agosto de 2012, alterada recentemente pela Lei Federal nº 13.409 de 28 de dezembro de 2016, Lei Estadual Nº 244, de 22 de dezembro de 2016, que regulamentam o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio. Dessa forma, a Universidade Regional do Cariri – URCA reservará, em cada concurso seletivo para ingressos nos cursos de graduação, por curso e turno:

No mínimo cinquenta por cento das suas vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, observadas as seguintes condições:

As vagas reservadas às cotas (50% do total de vagas da instituição) serão subdivididas — metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo e meio per capita e metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar superior a um salário mínimo e meio. Em ambos os casos, também será levado em conta percentual mínimo correspondente ao da soma de pretos, pardos e indígenas no estado, de acordo com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

01 vaga adicional para candidato quilombola. O candidato deverá entregar autodeclaração assinada e declaração de pertencimento à comunidade quilombola certificada pela Fundação Cultural Palmares, assinada pelo/a presidente da associação de moradores e mais três membros da associação de moradores da comunidade. Os nomes serão comprovados mediante a entrega da cópia da ata de eleição registrada no cartório.

O candidato indígena que aspirar a concorrer pelas cotas nos cursos desta Universidade deverá ter cursado todo o ensino médio em escola pública e apresentar os seguintes documentos: Histórico Escolar, comprovante de baixa renda; autodeclaração da etnia a que pertence juntamente com o aval da liderança da etnia; documento que ateste seu vínculo com sua comunidade ou reserva emitido pela sua liderança e pela FUNAI; registro Administrativo de Nascimento de Índio – RANI, expedido pela FUNAI ou por representantes local ou regional da instituição. O RANI será utilizado quando o candidato não tenha seu registro civil. Quanto aos documentos pessoais, apresentar: RG, CPF. Para o candidato que auto se declarar índio e habitar fora da reserva\ou comunidade exigir-se-á os mesmos documentos.

01 vaga adicional para candidato com deficiência por curso. No ato da inscrição o candidato deverá apresentar laudo médico comprobatório de sua deficiência. As vagas que não forem preenchidas por estudantes cotistas serão destinadas à concorrência geral”.

Festa marcará 22 anos do Grupo de Valorização Negra do Cariri

 

Grunec celebra 22 anos. (FOTO | Reprodução | WhatsApp).


Por Alexandre Lucas, Colunista

O Grupo de Valorização Negra do Cariri - Grunec, fundado em 21 de abril de 2001, realizará festa de comemoração dos seus 22 anos, no dia 05 de maio, a partir das 16h, na sua sede localizada na Rua Coronel Secundo, 287, no Centro.

A confraternização deverá ser marcada por ato político em defesa da igualdade racial e da luta pelos 2% do orçamento do município do Crato para cultura e deverá reunir além da militância dos movimentos negros da região, representantes dos Pontos de Cultura, instituições parceiras, coletivos e voluntários. Está previsto para comemoração lançamento da nova identidade visual, música, bazar, comes e bebes e intervenções artísticas.

Atualmente o Grunec conta com cerca de 30 integrantes e é presidido pela advogada Lívia Nascimento.

Durante esses 22 anos o Grupo publicou a edição do 1° jornal de imprensa negro do Cariri, o "Afrocariri"; o assessoramento do primeiro processo judicial sobre injúria racial do Cariri; organização da 1ª Audiência Pública Federal no ano de 2007 para discutir a implementação da Lei nº 10.639/03 reunindo representantes de 42 municípios; realização do 1º Seminário no Crato em 2005 para discutir a Igualdade Racial; realização da Semana da Consciência Negra; o mapeamento das comunidades negras e quilombolas do Cariri; construção da caminhada contra a intolerância religiosa realizada anualmente em Juazeiro do Norte; realização da Marcha das Mulheres Negras do Cariri; incidência em questões ligadas à educação, saúde, mulheres negras, convivência com o semiárido, juventudes negras, acolhimento e integração de imigrantes, cotas, segurança pública, cultura, entre muitas outras ações.

Ao longo desta trajetória recebeu honrarias como: Prêmio Frei Tito de Alencar de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará e Comissão de Direitos Humanos e Cidadania; Prêmio Fórum Justiça de Direitos Humanos Maria Amélia Leite; Comenda de mérito defensorial da Defensoria Pública do Ceará, entre outros.


Valéria Carvalho: Caminhada pela liberdade religiosa mostra a força e a resistência de todos nós


Valéria Carvalho, do GRUNEC.
(Foto: Reprodução/Facebook).
As ruas Juazeiro do Norte, na região metropolitana do cariri, testemunharam na última segunda-feira, 21, a mobilização de mais de 400 ativistas para reivindicarem o direito de exercerem com liberdade a fé e a religiosidade.

A intolerância religiosa e os preconceitos em relações ao candomblé e à umbanda – religiões de matriz africana -, estão entre as principais bandeiras de luta daqueles e daquelas que, oficialmente, foram pela décima vez expô-las nas ruas.

A caminhada pela liberdade religiosa é uma iniciativa da casa de Candomblé Ilê Axé Omindandereci Mutalegi em parceria com o Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC), após renúncia da oferta de ritual de lavagem das escadarias da Igreja Matriz pela Igreja Católica, ritual que simbolizaria a paz e a harmonia entre as duas religiões.

Mulheres do Cariri marcharão unidas em um mês de luta


O Conselho Municipal do Direitos da Mulher Cratense (CMDMC) e a Frente de Mulheres dos Movimentos de Mulheres afirmaram ao Blog Negro Nicolau que dedicarão todo o mês de março para refletir acerca das condições feministas no cariri cearense em uma alusão ao dia internacional de luta das mulheres.

Este movimento, que envolve diversos atores da sociedade civil, movimentos sociais negros e alguns setores do poder público tem como tema “Mulheres: Reforma da Previdência e Retirada de Direitos” e atuará em diversos espaços, lutando contra a desigualdade salarial, a violência doméstica, a misoginia, a LBTfobia, a xenofobia, o feminicídio, devendo ainda se unificar no combate ao machismo e ao racismo.

Segundo Verônica Neves, integrante do Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec), há a possibilidade de uma greve geral marcada para o dia 15 enfocando a temática central, haja vista ser esse público um dos mais prejudicados pelas mudanças na legislação brasileiras propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB).

Os atos estão marcados para acontecer em pontos diversificados conforme a programação discriminada abaixo:

Neste dia 07, na REFSA, a FOCAES-FASOL (ACB-UFCA), promoverá Feira da Rede FASOL-Cariri a partir das 09h00. Na quarta-feira, 08, haverá um Ato de rua: Mulheres na rua contra a reforma da previdência e retirada de direitos com Concentração na praça da prefeitura do Crato. Ainda no mesmo dia está marcada uma palestra acerca da reforma da previdência e terá como ministrante Marcelo Lettieri, Fiscal da Receita. A fala ocorrerá no Salão de Atos da URCA, campus Pimenta. Leda Mendes e Célia Rodrigues discutirão sobre a temática "conversa de mulher e coisa séria" em uma roda de conversa na OAB Mulher - Lagoa Seca (Juazeiro do Norte). Um Cine Negra e roda de conversa, A Cova da Negra está programado para o dia 09 às 09h00, na sala do Grunec. O Poder Legislativo de Juazeiro do Norte receberá no dia 10, às 09h00 uma Audiência Pública com o movimento de mulheres organizado pela Frente, GRUNEC e Pretas Simoa. No mesmo dia a URCA, no campus pimenta, receberá uma roda de conversa que versará sobre "ser mulher na univesidade". O momento será realizado pelo SINDURCA a partir das 08h00. "Um piquenique feminista: gênero e educação" será desenvolvido por Maria Almeida a partir das 15h00 na Praça do Memorial Padre Cícero, em Juazeiro do Norte no dia 11. Dia 18 será promovido pelo MAIS um "café com elas: mulheres que resistem - o feminismo em Clara Zetkin", com a professora Cláudia Rejane. 

Entre os dias 27 e 28, Verônica Neves desenvolverá a temática "feminismo como forma de resistência" em Salgueiro (PE). Ainda no dia 28, Francy ministrará um Seminário Regional com as Trabalhadoras Rurais na sede da FETRAECE às 08h00. Dois dias depois, no auditório da URCA, haverá o desenvolvimento do seminário "mulher: contra a reforma da previdência e retirada de direitos" às 08h00. A programação será encerrada no último dia do mês com um seminário sobre "orçamento participativo da defensoria pública do Estado" no centro de Convenções. 


Mulheres do Cariri marcharão unidas em mês de luta. Foto: Divulgação.




Território Criativo do Gesso promoveu seminário sobre Racismo, Direitos Humanos e Direito à Cidade

 

Mesa 1 - Cultura, Racismo e Periferia. (FOTO/ Reprodução/ YouTube).

O Seminário Racismo, Direitos Humanos e Direito à Cidade promovido pelo Coletivo Camaradas, através do projeto Território Criativo do Gesso, apresentou três mesas-de-debates virtuais. O evento faz parte das ações do Prêmio de Fomento Cultura e Arte do Ceará, do Governo do Estado via Lei Aldir Blanc. A programação está disponível no Youtube.

CREDE 18 promove I Formação em Ensino de História e Cultura Afro Indígena Cearense


Professores, membros de movimentos negros e organizadores da I Formação em Ensino de História e Cultura Afro-Indígena
Cearense proporcionada pela CREDE 18. Foto: Divulgação.
A Escola Estadual de Educação Profissional Violeta Arraes Alencar Gervaiseau, com sede em Crato, na região do cariri, sediou durante os dias 20 e 21 de agosto do ano em curso a I Etapa da Formação em Ensino de História e Cultura Afro-Indígena Cearense promovida pela 18ª Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (CREDE 18).

A formação foi realizada em parceria com os movimentos sociais negros e indígenas da região, com destaque para o Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC) e o Grupo de Mulheres Negras do Cariri Pretas Simoa, envolvendo o corpo docente da área de ciências humanas das instituições de ensino ao qual a crede é responsável. O encontro ocorreu em cumprimento às Leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08, que discorrem que é obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-brasileira e Indígena em toda a extensão do currículo escolar, respectivamente.

Professores Belarmino Ferreira e
Antonio Marcos durante exposição
de trabalho. Foto: Prof. João Lucian.
Na oportunidade, diversos professores da rede estadual de ensino externaram em forma de palestras suas experiências desenvolvidas em sala de aula buscando atender de forma efetiva o que dispõe à lei, fruto inclusive de muita mobilização dos movimentos sócias.

A Escola de Ensino Fundamental e Médio José Alves de Figueiredo (Crato), a partir da professora Maria Dalva da Conceição, abordou a temática “Relatos de Experiências – Herança Cultural Africana no Ceará”, com enfoque na quebra do mito de que neste estado não há negros, muito sustentado ainda por uma visão ultrapassada da história. Os docentes Antonio Marcos Ramos de Oliveira e Belarmino Ferreira de Alburguerque, da Escola de Ensino Fundamental e Médio Presidente Vargas (Crato) socializaram o projeto desenvolvido na comunidade Poço Dantas, deixando entrever traços e heranças culturais indígenas neste espaço social. 

Este blogueiro e professor da Escola Estadual de Educação Profissional Wellington Belém de Figueiredo (Nova Olinda) versou sobre a importância do protagonismo negro nos currículos escolares como forma não só de atender o que apregoa à lei, mas também para corroborar na superação de um ensino calcado na visão europeia. Para tanto, enveredou por ações afirmativas do negro, entendo estes como sendo responsáveis e corresponsáveis pelo formação, crescimento e desenvolvimento do Brasil. No ensejo, externou a série desenvolvida junto ao corpo discente desta escola intitulada “Personalidades Negras que Mudaram o Mundo” e propagada neste portal a partir do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), tendo como finalidades visibilizar personalidades negras que com suas ações mudaram a si e a comunidade ao qual estavam inseridos; trabalhar a história africana e afro-brasileira por um viés daqueles que foram e ainda estão à margem da sociedade e promover a diversidade étnico racial na escola pública.

Verônica e Valeria Neves (Grunec) ao lado de Dayze Vidal (Pretas Simoa) e João do Crato. Quadro montado a partir de imagens deste blogueiro.
Fizeram parte ainda da programação temas trabalhados por membros de movimentos negros e indígenas. A educadora Dayze Vidal, do Pretas Simoa – Grupo de Mulheres Negras do Cariri, ministrou palestra ao qual dedicou cerca de 40 (quarenta) minutos para arguir sobre “Recortes da Lei 10.639/03 nas Redes Públicas de Ensino”. Itens como A Formação da Sociedade Brasileira; Peculiaridade do Ceará; Formação de Professores e Currículo excludente fez parte de sua fala. Para ela, há a necessidade de se trabalhar essa lei de forma transversal e interdisciplinar, o que exclui a falsa ideia de que só aos professores de humanas incube-se essa tarefa.

Verônica e Valérias Neves, do GRUNEC, discorreram sobre “Territorialidade Negra e,ou Quilombola no Cariri Cearense". Aqui, houve a divulgação de um importante trabalho com comunidades rurais de algumas cidades desta região. O material refere-se ao Mapeamento das Comunidades Rurais Negras e Quilombolas do Cariri e demonstra que há 25 comunidades organizadas descendentes de negros em 15 municípios.

Contribuíram também no evento o João do Crato com o tema “Territorialidade Indígena no Cariri”; A temática “Arqueologia pré-histórica do Cariri” foi exposta por Heloisa Bitu, representante da Casa Grande (Nova Olinda); o Padre Vileci que desenvolveu o projeto “Ecos do Caldeirão” e uma mesa redonda foi formada objetivando discutir e refletir as religiosidades de matrizes africanas. Para tanto, o babalorixá Edilson e a mãe de santo – a senhora Bira expuseram dados acerca da intolerância e do preconceito que as vertentes umbanda e candomblé sofre em todos os meios sociais. Programações artísticas intercalavam às palestras, como por exemplo, a encenação do poema “Chamaram-me Negra”, da ativista Victória Santa Cruz, realizado pela a aluna Adriely da Escola de Ensino Fundamental e Médio Menezes Pimentel (Potengi).

Segundo Maria Edma da Silva, uma das organizadoras do evento, a ideia é desenvolver a próxima etapa em forma de oficinas.

Confira outras fotos da prof Lucélia e desde Signatário




















Grunec Cariri e Coletivo Camaradas promovem oficinas de turbante durante Expocrato



O Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grune) e o Coletivo Camaradas, movimentos sociais de forte atuação na área dos direitos humanos e de reconhecimento de negros e negras na construção do Brasil, promoveram entre os dias 11 e 14 de julho do corrente ano concomitantemente as festividades da Expocrato oficinas que remetem a cultura africana e afro-brasileira.

As oficinas tiveram muita adesão e foram ministradas por Maria Renata, do Coletivo Camaradas e Marquinhos Abu, do Coletivo Aparecidos Políticos. A primeira, sobre Turbantes, realizada na última quinta-feira, 14, contou com participação mulheres do GRUNEC e do Coletivo Marias e fazia menção a estética e identidade negra como forma de luta contra a discriminação e o preconceito racial, além de se configurar como um ato de resistência que, conforme pontuou o coletivo camaradas em sua página “vai muito além da moda e do estilo”.

No último dia 11, Marquinhos Abu, integrante do Coletivo Aparecidos Políticos, realizou a oficina de Stencil que servirá de base para o projeto que envolverá fotografia, stencil e arte de rua. 

Faz-se necessário destacar que a oficina de turbante foi idealizada e realizada pelo Grunec. Já a de Stencil teve a organização e promoção do Coletivo Camaradas, contando com o apoio dos (as) ministrantes supracitados (as). 

Oficina de Turbante com Maria Renata, do Coletivo Camaradas. Foto: Divulgação.


Grunec e Negrer apoiam Livia Sant’Anna para ministra do STF

 

Livia Sant'Anna. (FOTO | Reprodução).

Por Nicolau Neto, editor

O Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC) e o Núcleo de Estudos em Educação, Gênero e Relações Étnico-Raciais (Negrer), aderiram na tarde desta segunda-feira, 24, à Carta do MIPAD (Most Influential People of African Descent) em apoio ao nome da jurista Lívia Sant’Anna Vaz para uma das vagas do Supremo Tribunal Federal.

Em nota lançada em suas redes, destacam a biografia da promotora que tem atuado de forma constante e consistente contra o racismo. Ela autua no Ministério Público da Bahia (MP-BA) desde 2004, sendo uma jurista referência nacional e internacional na defesa dos direitos humanos, sobretudo no combate ao racismo e promoção da igualdade racial, proteção das mulheres em situação de violência e da população LGBTTQIAP+.

Livia tem doutorado em Ciências Jurídico-Políticas. Chegou escrever dois livros: “AJustiça é uma mulher negra” e “Cotas raciais”. No currículo, Lívia ainda carrega o título de ser a única brasileira
a ser reconhecida como uma das 100 Pessoas de Descendência Africana mais Influentes do Mundo, na edição Lei & Justiça.

Segundo o Grunec, "além de preencher todos os requisitos constitucionais para ser nomeada Ministra do STF - em especial notório saber jurídico -, a promotora de justiça demonstra competência, capacidade de diálogo com os movimentos sociais e total alinhamento com o projeto político de redemocratização do país".

Então, se você defende um sistema de justiça com diversidade de gênero, raça e regional, assine a carta de apoio


Novo diretório do PT em Nova Olinda é constituído e Aureliano toma posse com presidente


Novo Diretório Municipal do PT, em Nova Olinda, é empossado. Foto: Francisco Pedro.

O novo Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) em Nova Olinda, na região do cariri, foi empossado na noite desta sexta-feira, 07, no auditório do Poder Legislativo. Na mesma ocasião, ocorreu a cerimônia de posse do novo presidente da agremiação, o servidor público estadual Aureliano Souza.

A solenidade contou com uma marcante presença da comunidade, de lideranças políticas, professores (as), estudantes (as), simpatizantes, ativistas dos direitos humanos e do ex-presidente e um dos fundadores do PT local, o aposentado Eliseu.

O Assistente Social e militante petista Francisco Pedro convidou para compor a mesa além do Eliseu, dois ex-presidentes, o professor Roberto Souza e a professor Socorro Matos, última a exercer o cargo e que concorreu a prefeita nas eleições de 2016, o vereador Adriano Dantas e a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar de Nova Olinda, Andreia Silva e este blogueiro, professor e membro do Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC).

Primeira a usar a palavra, a professora Socorro Matos lembrou da trajetória de lutas em prol das classes menos favorecidas em que o PT esteve envolvido e da formação da agremiação no município. A até então presidente que conduziu os trabalhos da posse falou da sua imensa gratidão a todos (as) que contribuíram no processo eleitoral do ano passado em que ele chegou a computar quase 40% dos votos. Disse ainda que era uma alegria entregar o cargo para Aureliano, pessoa que, segundo ele, vai desenvolver um bom trabalho a frente do partido.

O também ex-presidente, professor e coordenador na 20º Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (CREDE 20), Roberto Souza, discorreu acerca da nova conjuntura política que se desenhou a partir do golpe jurídico-midiático-parlamentar contra a presidenta Dilma Rousseff (PT) com forte impacto negativo para a população e frisou que a renovação da agremiação que ocorre em todo o território, inclusive com a nova presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, surge em momento adverso e que é preciso saber lhe dar com essa adversidade para ressurgir.

Este blogueiro, professor e ativista pelo GRUNEC, destacou também o momento adverso em que essa renovação ocorre, principalmente em face de que tudo que essa agremiação fez pelas classes a margem do poder, em todos os campos, está sendo destruído a passos largos por uma elite política que quer a todo custo governar para empresários, tendo a anuência dos grandes polos midiáticos. Argui que o ressurgimento não só do PT, mas de todos os outros grupos políticos alinhados com as causas populares, é fundamental que acontece e que o caminho saudável para tal é o dialogando com as bases, sentindo suas necessidades e buscando junto com ela (base) soluções para o enfrentamento das desigualdades sociais e raciais que aumentaram drasticamente com esse governo ilegítimo. É fundamental fazer formações com filiados e filiadas, promover palestras sobre temas que afetam a comunidade e, principalmente, ir ao encontro do povo.

Quem também discursou foi o vereador Adriano Dantas (PSB) e a sindicalista Andreia Silva. Ambos reafirmaram seu compromisso em fazer alianças com o PT, além de terem feito duras críticas, assim como fez Roberto Sousa, a gestão do prefeito Afonso (PSD).

O aposentado Elizeu, simbolo de garra e de luta no município, demonstrou de forma rápida que a idade não está pesando e com toda lucidez realçou:

"engana-se que pensa que o PT está morto. Vamos usar a arma que temos, as ideias, para continuar lutando em defesa do povo simples". 

O presidente Aureliano ao ser empossado no cargo de presidente, lembrou as dificuldades que jovens novolindenses estão passando por não disporem de transporte gratuito para se direcionarem a universidade e que sua prioridade é fazer uma gestão popular, dialogando com o povo, como destacado pelos seus (as) antecessores (as). Aureliano agradeceu a participação de todos na solenidade, principalmente dos adolescentes.

Além de Aureliano, compõem o Novo Diretório Municipal do PT (2017 – 2019), Socorro Matos, Totonho Alencar, Flávio Pedro, Flávia Nonato, Laurely Santos e José Val.

Abaixo outras fotos da solenidade:

Abertura da solenidade de posse do novo Diretório Municipal do PT, em Nova Olinda.

Roberto Souza e Andreia Silva em ato de solenidade de posse do novo diretório do PT Nova Olinda. Foto: Nicolau Neto.

Professor, blogueiro e membro do GRUNEC, Nicolau Neto, discursa durante solenidade de posse do novo diretório municipal do PT Nova Olinda. Foto: Aureliano Souza.
Sindicalista Andreia Silva fala durante posse do novo diretório. Foto: Divulgação.
Seu Elizeu, um dos fundadores do PT em Nova Olinda. Foto: Nicolau Neto.
Aureliano Souza faz seu primeiro discurso como presidente do PT de Nova Olinda. Foto: Nicolau Neto.
Ex-presidente Socorro Matos e a sindicalista Andreia Silva. Foto: Divulgação.
Novo Diretório e parte do público. Foto: Divulgação.
Parte do Público no novo Diretório do PT Nova Olinda. Foto: Divulgação.