25 de julho de 2021

Atos 24J contra Bolsonaro reúnem 600 mil pessoas em 509 atos no Brasil e no exterior

 

(FOTO/ Reprodução).

A Campanha Fora Bolsonaro, responsável por convocar e organizar os as manifestações deste sábado (24) contra o presidente Jair Bolsonaro, divulgou um balanço em que estima que cerca de 600 mil pessoas saíram às ruas para pedir o impeachment do chefe do Executivo.

Ao todo, foram realizados 509 atos no Brasil e no exterior, superando o último recorde, da mobilização de 3 de julho, quando foram registrados 387 protestos.

“Nas ruas, as principais bandeiras presentes foram em defesa da democracia e das eleições, contra a propina da vacina e a favor da aceleração da vacinação em todo o país. Mais uma vez foram presentes as homenagens aos mais de 540 mil mortos vítimas da Covid”, diz nota dos organizadores.

A Campanha ganhou mais capilaridade evidenciada pelo aumento das cidades em que ocorreram as manifestações e mantém a relevante mobilização em seu 4° ato desde o dia 29 de maio”, completa a Campanha Fora Bolsonaro.

Não tínhamos dúvida de que este dia de protesto e de luta seria gigantesco, porque a cada dia aumenta a indignação de amplos setores da sociedade contra do governo Bolsonaro”, avalia, por sua vez, Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), uma das entidades organizadoras dos atos.

São Paulo tem o maior ato

A cidade de São Paulo, mais uma vez, contou com o maior ato do 24J contra Jair Bolsonaro neste sábado (24). Cerca de 100 mil manifestantes se reuniram na avenida Paulista para pedir o impeachment do presidente e mais agilidade na vacinação contra a Covid-19.

Os manifestantes se concentraram em frente ao Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp) e seguiram em marcha, pela rua da Consolação, até a região central da cidade.

Ao longo do ato, que contou com a presença de movimentos sociais, sindicatos, estudantes, indígenas, torcidas de futebol e outros segmentos da sociedade civil, lideranças políticas discursaram em carros de som.

Guilherme Boulos (PSOL), por exemplo, afirmou que “o barco de Bolsonaro está afundando”. Em sua fala, Boulos citou as ameaças que Bolsonaro vem fazendo às eleições de 2022 caso não seja implantado o voto impresso.

Ele começa a ficar assustado com as manifestações, CPI, queda de popularidade, aí começa a ameaçar com a baboseira de que, se não tiver voto impresso, não vai ter eleição em 2022. Quero dizer uma coisa para o Bolsonaro: vai ter eleição em 2022, sim, seu golpista sem vergonha”, exclamou o psolista.

Boulos afirmou, contudo, que vai trabalhar para que Bolsonaro seja derrubado antes da eleição e que seu nome sequer conste na urna eletrônica. “Que em 2022 ele esteja no Tribunal de Haia respondendo pelo genocídio que está praticando”, atestou.

Já Fernando Haddad (PT), por sua vez, pulou e dançou com a Juventude de seu partido na rua e, do alto do carro de som, exclamou: “Nós estamos aqui com vocês até a última gota de suor pra tirar o genocida do Palácio do Planalto”.

Derrota “fragorosa” de Bolsonaro

Também presente na manifestação, o professor Ângelo Del Vecchio, diretor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), celebrou a diversidade do ato e analisou que o movimento aponta para uma “derrota fragorosa” de Jair Bolsonaro.

Se a coisa andar do jeito que está andando, vamos ter um desenlace, se não anterior à eleição, mas na eleição, uma derrota fragorosa pra ele [Bolsonaro]”, disse Del Vecchio ao jornalista Marco Piva.

Vi aqui forças de centro-direita, de centro-esquerda, esquerda e até de extrema-esquerda. Hoje estão convivendo pacificamente e é um avanço com relação a outras manifestações. O objetivo é claro: vacina, combate à pandemia e impeachment do Bolsonaro”, atestou ainda.

___________

Com informações da Revista Fórum.

Liderança quilombola, Tereza de Benguela lutou contra o patriarcado no século 18

 

(FOTO/ Reprodução).

Desde 2014, o Brasil celebra, no dia 25 de julho, o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Conhecida também como Rainha Tereza, a líder quilombola representa um símbolo na luta contra o racismo e o patriarcado do século 18.

Assim como parte do apagamento da contribuição dos povos africanos no Brasil, há poucos dados históricos sobre a vida de Tereza. Historiadores acreditam que ela tenha nascido na Angola, outros apontam o Brasil como o seu local de nascimento. O que se sabe é que Tereza foi uma mulher escravizada que, junto com o marido José Piolho, eram os representantes do Quilombo do Quariterê, (1730-1795), no Vale do Guaporé, atual estado do Mato Grosso.

Há quem acredite que ela só comandou o quilombo após a morte do marido, que foi assassinado por colonizadores. O fato é que Tereza foi uma revolucionária e adotou um sistema de organização responsável por manter o quilombo, que abrigou negros e indígenas por duas décadas. Informações do Anal de Vila Bela, de 1770, indica que o Quilombo do Quariterê funcionava em modo de Parlamento, tendo uma divisão política destinada para a administração, manutenção e segurança dos mais de três mil moradores da comunidade.

Governava esse quilombo a modo de parlamento, tendo para o conselho uma casa destinada, para a qual, em dias assinalados de todas as semanas, entrava os deputados, sendo o de maior autoridade, tipo por conselheiro, José Piolho, escravo da herança do defunto Antônio Pacheco de Morais, Isso faziam, tanto que eram chamados pela rainha, que era a que presidia e que naquele negral Senado se assentava, e se executava à risca, sem apelação nem agravo", diz um trecho do documento.

Sob o comando da Rainha Tereza, o sustento dos quilombolas vinha da agricultura. A comunidade também produzia algodão para a confecção de tecidos, que eram trocados em feiras por armas e equipamentos utilizados na proteção da comunidade contra os invasores colonizadores.

Visionária, Tereza sabia que essa estrutura seria responsável por manter o Quilombo, que resistiu sob a sua liderança até 1770, quando ela foi presa e morta pelos colonizadores Bandeirantes. Uma outra versão é de que ela teria se matado após a prisão. O que não muda é que o final trágico marca a trajetória de uma mulher que morreu sob as terras do Brasil Colônia com um único objetivo: proteger os seus na busca pela liberdade.

O legado de Tereza de Benguela mostra como a organização de uma mulher preta é capaz de inverter toda uma estrutura sociopolítica. A história dessa mulher negra, líder e guerreira, se traduz na fala da filósofa norte-americana Angela Davis, que diz: "Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela".

A vida e morte da Rainha reverbera até os dias atuais, tanto que, em 1992, mulheres negras latinas e caribenhas se reuniram, pela primeira vez, na República Dominicana como um levante contra todo tipo de opressão e racismo que atingem a comunidade negra. O Brasil, local da vida e morte de Tereza de Benguela, só incluiu o dia 25 de julho, data da celebração de Tereza, na agenda nacional em junho de 2014, durante o governo da presidenta Dilma Rousseff.

Em 1994, a escola de samba Unidos do Viradouro fez uma homenagem a Tereza de Benguela durante o desfile de Carnaval, que teve como tema: "Tereza de Benguela: Uma Rainha Negra no Pantanal". No ano passado, a Barroca Zona Sul fez um volta triunfal após 15 anos com a história da líder quilombola no enredo "Benguela… A Barroca Clama a ti,Tereza". Escute abaixo:

             

___________

Por Dindara Ribeiro, no Alma Preta.

24 de julho de 2021

#24J: Manifestações contra Bolsonaro ocorreram em mais de 10 cidades do Ceará

 

Manifestação contra Bolsonaro em Juazeiro do Norte. (FOTO/ Perfil do @ptcearaoficial).

Por Nicolau Neto, editor

E menos de dois meses a população foi às ruas se manifestar contra o governo Bolsonaro pela quarta vez. No Ceará, cerca de 11 municípios registraram ato nesse sábado, 24 de julho.

Segundo levantamento realizado pelos organizadores, a previsão era de que as reivindicações contra o governo federal ocorresse em pelo menos 17 municípios, mas até o momento as imagens colhidas junto as redes sociais dão conta de apenas 11.

Além do #ForaBolsonaro, as reivindicações que fizeram parte dos protestos foram ampliação e aceleração da vacina em todo o país, posicionamento contrários aos escândalos de propina relacionados a compra da vacina, defesa da democracia e da realização das eleições em 22 e as homenagens as famílias das vítimas da Covid-19.

Abaixo a lista das cidades cearenses com protestos:

Juazeiro do Norte, Caucaia, Fortaleza, Sobral, Quixadá, Quixeramobim, Santana do Acaraú, Morada Nova, Beberibe, Baturité e Itapipoca.

Quem foi Borba Gato?

 

(FOTO/ Zanone Fraissat/Folhapress).

Borba Gato foi um colono brasileiro, bandeirante paulista, sertanista,  proprietário de escravizados e  descobridor de metais preciosos que esteve envolvido no conflito da Guerra dos Emboabas (1708-1709). Nas bandeiras em que realizava, indígenas eram aprisionados e vendidos como escravizados

Em uma das bandeiras lideradas por ele, encontrou ouro na região de Sabará. Exerceu o cargo de Superintendente de Minas, juiz ordinário na Vila de Sabará e também possuiu fazendas em Sabará. Ao longo de sua vida como bandeirante, foi  um dos responsáveis pela realização de diversas bandeiras pelo território brasileiro  nos atuais estados de Minas Gerais e São Paulo. Nessas bandeiras,  os grupos indígenas os quais eram encontrados pelo caminho eram assassinados, as mulheres estupradas e os sobreviventes escravizados.

Para saber mais clique aqui.

________

Com informações do Galeria de Racistas.

Enquanto tive verbas garantidas, Centrão não abandona o barco de Bolsonaro

Bolsonaro e Ciro Nogueira: aliança da velha política pensando em 2022. (FOTO/ Marcos Corrêa/ PR).

As reiteradas ameaças – claras ou veladas – do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Defesa, general Braga Netto, à democracia e as eleições provocam rumores e reações da oposição, mas, pelo menos no momento, são uma tentativa do governo de conturbar o cenário e desviar o foco da crise sanitária e da CPI da Covid. Enquanto o militar e o chefe do Executivo alimentam manchetes e provocam a necessária reação da oposição, o trem das gigantescas verbas federais destinadas a emendas parlamentares alimentam a ambição dos políticos do Centrão, que só pensam em 2022. O poder de Arthur Lira (PP-AL) não é pequeno. Ele comanda o destino de nada menos que R$ 11 bilhões a serem distribuídos, na forma de emendas parlamentares, de acordo com seus interesses políticos e do bloco informal que comanda.

A escolha do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para ocupar o lugar do general Luiz Eduardo Ramos na Casa Civil acomoda os interesses de Bolsonaro e do Centrão. “O que esses parlamentares querem é o dinheiro das emendas, para agradar suas bases e seus cabos eleitorais, principalmente prefeitos e vereadores das cidades. Simples assim. O que Ciro Nogueira vai fazer é justamente isso, garantir o acesso aos recursos”, destaca Oswaldo Amaral, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). E o presidente da República, que chefia um governo sem projeto, tenta se garantir, evitando qualquer tentativa de impeachment.

Recuo

Por isso, Lira – a quem, como presidente da Câmara, cabe a decisão de dar andamento ou não aos pedidos de impeachment contra Bolsonaro –, costuma dar declarações evasivas e superficiais quando questionado sobre os mais de 120 pedidos que a Casa já recebeu. Em vez disso, celebrou a manobra de Bolsonaro em reação ao fechamento do cerco. “As últimas decisões do governo foram pelo reconhecimento da política e da articulação como único meio de fazer o País avançar”, escreveu Lira no Twitter nesta quinta-feira (22), sobre a reconfiguração da Casa Civil e da rendição de Bolsonaro à “velha política“. Após as manifestações de rua contra o presidente no #3J, o deputado usou um velho chavão. “Não podemos institucionalizar impeachment no Brasil”, declarou.

Emendas parlamentares são legalmente legítimas, desde que não são objeto de corrupção, propina e favorecimentos, como aconteceu no final dos anos 1980 e parte da década seguinte, no chamado escândalo dos “anões do orçamento”.

Custo-benefício

Para ele, porém, o preço que o Centrão está disposto a cobrar para manter o governo Bolsonaro de pé ainda não chegou ao limite, o que ocorreria se a ligação com o presidente ameaçasse projetos eleitorais de deputados e senadores. Isso, no momento, não acontece. Se o desemprego não ceder e a inflação continuar subindo, o custo de apoiar Bolsonaro pode começar a ficar caro demais. “Precisaria ser muito alto, por exemplo um grande escândalo de corrupção. Pode ser que os desdobramentos da CPI da Covid tragam isso. Aí as coisas podem mudar.”

Na cabeça do eleitor, o voto dado ao presidente e aos parlamentares não se misturam. Ele julga o governo federal no voto para presidente, mas vota no deputado por razões locais. Com os bilhões que Lira tem nas mãos para alimentar as bases de aliados, por enquanto a situação está confortável para o Centrão. E Bolsonaro pode seguir confiante de que o presidente da Câmara continuará sentado em cima dos pedidos de impeachment.

_________

Com informações da RBA. Clique aqui e confira íntegra do texto.

23 de julho de 2021

Mídias antirracitas: construídas por nós, para falar sobre nós, sobre nossas lutas e sobre nossas resistências

 

Mídias antirracitas: construídas por nós, para falar sobre nós, sobre nossas lutas e sobre nossas resistências. (FOTO/ Divulgação).

Por Nicolau Neto, editor

A mídia tradicional brasileira não é diversa. A maioria dos programas jornalísticos da televisão não conta em suas bancadas com representatividades negras, tampouco com indígenas.

A presença negra e indígena nas grandes mídias - seja no rádio, na televisão ou na internet através de sites e blogs ainda é pequena - mesmo o Brasil sendo o país mais negro fora do continente africano. Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira conta com 56% de negros. Isso permite concluir que seis em cada dez brasileiros se autodeclararam negros.

Ainda assim encontrar âncoras negros e negras no jornalismo brasileiros é raro. A situação piora quando se procura por indígenas nas redações e nas bancadas dos veículos de comunicação. Isso é fruto de um sistema escravocrata que durou por cerca de três séculos no Brasil e que relegou a história negra indígena, privando-os dos direitos básicos como a liberdade e o acesso à educação.

O racismo gerador das desigualdades étnico-raciais no Brasil é gritante. Ele está presente desde o momento da contratação dos profissionais, passando pelas criações das peças, das propagandas e das campanhas publicitárias; Se faz presente no elenco dos filmes e das novelas, nas bancadas do jornalismo e de verifica também nos texto e nas imagens para ilustrar artigos.

Ter uma comunicação comprometida em transparecer essas disparidades também nas redações e preocupada em escrever as nossas histórias é fundamental para fazer com que o Brasil tenha rosto de Brasil.

Neste contexto, o Blog Negro Nicolau que figura como uma mídia antirracista, elaborou uma lista de treze sites/blogs editados e administrados por personalidades negras que versam sobre nós, sobre nossas lutas e sobre nossas resistências. São mídias construídas por nós, para falar sobre nós, sobre nossas lutas e sobre nossas resistências.

Confira abaixo:

1 – Geledés

2 – Ceert

3 – Alma Preta

4 – Notícia Preta

5 – Blog Negro Nicolau

6 – Mundo Negro

7 – Revista Afirmativa

8 – Blogueiras Negras

9 – Correio Nagô

10 – Foppir

11 - Ipeafro

12 – Observatório Negro

13 – Instituto Búzios

Lei de cotas para concursos públicos no Ceará passa a valer neste mês

 

(FOTO/ Divulgação/Thiara Montefusco).

Sancionada no último mês de março, a lei de cotas para concursos públicos no Ceará passa a valer neste mês. Visando equidade no processo seletivo, a estreia é feita pela Fundação Regional de Saúde, órgão responsável pelo gerenciamento de serviços assistenciais no estado. O feito garante 20% das vagas para a população negra e 5% para pessoas com deficiência. O Governo associa a conquista à demanda histórica dos movimentos de promoção da igualdade racial da região.

A aplicação da lei estadual, de nº 17.432, será aplicada nas seis mil vagas na área da saúde que estão abertas em novo edital. Do quadro geral, 5.581 vagas são para a área assistencial e 419 para a área administrativa, de níveis médio e superior. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) é a administradora do concurso e cobra taxa de inscrição para médicos de R$ 300; para demais cargos de nível superior, R$ 150, e para nível médio, R$ 70.

A partir do momento em que a gente está pensando um modelo de gestão em que se trabalhe a horizontalidade dos processos e a redução dessas hierarquias, a política de cotas agrega um valor enorme”, acredita Josenília Gomes, diretora-presidente da Fundação. “Quando agrega cotas, você agrega diversidade, e quando agrega diversidade, você agrega possibilidade de criatividade. Assim, temos várias visões sobre o mesmo processo, sobre a mesma forma de fazer”, afirma.

De acordo com a gestão estadual, a cota é aplicada em todos os cargos que oferecem cinco ou mais vagas. Caso o número de candidatos negros aprovados seja inferior ao de vagas reservadas, as restantes serão ocupadas pelos participantes do certame inseridos na ampla concorrência, de acordo com sua classificação.

Ao se inscrever, o candidato tem de se autodeclarar preto ou pardo, de acordo com os requisitos para cor e raça do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O candidato que assim se autodeclarar, para validação da participação no concurso pelo sistema de cotas, será submetido também à comissão de análise.

Com inscrições abertas no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), administradora do concurso, o edital prevê seis mil vagas na área da saúde do Ceará. São 5.581 vagas para a área assistencial e 419 para a área administrativa, de níveis médio e superior. O valor da taxa de inscrição para médicos é R$ 300; para demais cargos de nível superior, R$ 150, e para nível médio, R$ 70.

Para a assessora Especial de Acolhimento aos Movimentos Sociais do Governo do Ceará, Zelma Madeira, a aplicação de cotas torna o serviço público menos monocromático e é um instrumento de combate ao racismo estrutural. “A gente ganha com o diálogo com a sociedade, porque o movimento social é atendido na sua solicitação. A gente ganha quando diversifica e traz uma contribuição e o conhecimento que essas pessoas têm e, nesse caso, específicos da saúde”, afirma Zelma.

Aos interessados, mais detalhes sobre o edital estão disponíveis através do link.

_________

Com informações da Alma Preta.

Em nota, TSE rebate tese de Bolsonaro sobre fraude na eleição

(FOTO/ Tribunal Superior Eleitoral).

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nota, na noite desta quinta-feira (22), para rebater mais uma fala do presidente Jair Bolsonaro sobre suposta “fraude” nas eleições.

Em sua live semanal, o titular do Planalto lançou teoria conspiratória dizendo que a apuração dos votos seria feita por “meia dúzia de servidores”, de forma secreta.

Se o Lula tem 49% no Datafolha, o voto auditável, impresso e com contagem pública, ele vai ganhar as eleições. O que demonstra para gente o que ta acontecendo é o seguinte. Tiraram o Lula da cadeira, tornaram elegível para ser presidente. De que forma? Pega o instituto de pesquisa Datafolha, que ninguém confia mais mas está o tempo todo dizendo que o Lula é o cara. A desconfiança é que esse percentual vai ser acertado entre meia dúzia de servidores do TSE”, afirmo Bolsonaro.

O TSE, sem citar o presidente, então, esclareceu que a informação é falsa. “Em verdade, a apuração dos resultados é feita automaticamente pela urna eletrônica logo após o encerramento da votação. Nesse momento, a urna imprime, em cinco vias, o Boletim de Urna (BU), que contém a quantidade de votos registrados na urna para cada candidato e partido, além dos votos nulos e em branco. Uma das vias impressas é afixada no local de votação, visível a todos, de modo que o resultado da urna se torna público e definitivo. Vias adicionais são entregues aos fiscais dos partidos políticos”, diz o tribunal.

Na longa nota, o TSE destrincha como funciona a apuração dos votos da urna eletrônica e informa que há auditoria “antes, durante e depois da votação”. “Há, durante todo o processo, diversos mecanismos de auditoria e verificação dos resultados que podem ser acompanhados pelos partidos políticos, pelo Ministério Público, pela Ordem dos Advogados do Brasil e por mais de uma dezena de entidades fiscalizadoras, além do próprio eleitor”, escreve.

A nova declaração de Bolsonaro colocando em xeque a segurança das urnas foi feita no mesmo dia em que foi revelada ameaça feita pelo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre as eleições de 2022. O militar teria afirmado que, sem voto impresso, não haveria o próximo pleito eleitoral.

A proposta de contagem de votos impressos manualmente pelos próprios mesários, em substituição à apuração automática pela urna eletrônica, não criaria um mecanismo de auditoria adicional, mas representaria a volta ao antigo modelo de voto em papel, marcado por diversas fraudes na história brasileira”, diz o TSE na nota.

______________

Com informações da Revista Fórum. Clique aqui e confira a íntegra do texto do tribunal.