23 de junho de 2021

Roda de Poesia evidência poetas do Território Criativo do Gesso

 

Kennya Rafaelle e Stephany Thayná, respectivamente. (FOTO/ Divulgação/ Whatsapp).

Stephany Thayná, 12 anos e Kennya Rafaelle, 15 anos, residentes no Território Criativo do Gesso, área que abrange cinco bairros da cidade do Crato, são poetas e já faz um tempo que começaram a escrever seus primeiros poemas.

As adolescentes despertaram para a escrita poética a partir da participação nas Rodas de Poesia no Gesso, desenvolvidas pelo Coletivo Camaradas, que tiveram início em 2013.

Stephany Thayná diz que a sua participação nas Rodas de Poesia e nas Rodas de Leitura na Comunidade foi essencial para despertar o seu interesse tanto para a leitura como para a escrita.  Ela destaca que o seu primeiro poema teve como inspiração à sua mãe e enfatiza que depois do primeiro texto sua criatividade foi se expandido e que não parou mais de escrever.

Kennya Rafaelle também teve um percurso semelhante, pois foi a partir do Coletivo Camaradas que começou a gostar de poesia. Aos 13 anos, o Camaradas lançou o seu primeiro livreto de poemas. Ela acredita que esse trabalho que vem sendo desenvolvido contribui para incentivar a leitura.  Kennya diz que escreve constantemente e que gosta da poesia de Carlos Drummond de Andrade.

Desde que iniciou a pandemia, a Roda de Poesia no Gesso acontece de forma virtual. Neste domingo, 27, às 18h, pelo Instagram do Coletivo Camaradas, a Roda de Poesia contará com a participação das poetas Stephany Thayná e Kennya Rafaelle.

A cada mês a Roda de Poesia no Gesso deverá contar com   a participação de poetas do Território Criativo do Gesso que abrange os bairros São Miguel, Palmeiral, Santa Luzia, Pinto Madeira e Centro, além de poetas de outros estados brasileiros.

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Texto encaminhado ao Blog por Alexandre Lucas, Colunista.

STF recebe carta pelos direitos indígenas e MPF pede retirada de PL que altera demarcação

 

Sonia Guajajara e lideranças entregam carta ao presidente do STF. (FOTO/ Eric Terena/ Mídia India).

Em dia marcado pela violência policial contra povos indígenas em Brasília, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, recebeu carta da Articulação dos Povos Indígenas (Apib), solicitando que a Corte reafirme o direito originário e refute o marco temporal. “O Supremo Tribunal Federal tem a chance de reafirmar na história constitucional brasileira o respeito aos direitos originários dos povos indígenas, reconhecidos pelo Legislador Constituinte. Portanto, solicitamos a Vossa Excelência que vote favorável aos povos indígenas por ocasião do julgamento da Repercussão Geral no Recurso Extraordinário 1.017.365/SC à pauta do Supremo Tribunal Federal”, diz trecho da carta.

O documento é assinado pela coordenadora executiva da Apib, Sonia Guajajara, e o assessor jurídico Luiz Henrique Eloy Amado, que se encontraram com Fux. Segundo Guajajara, o ministro do STF se colocou à disposição das lideranças para a manutenção dos direitos indígenas e contra a violação de direitos nos territórios.

Direitos territoriais indígenas

Também hoje, o Ministério Público Federal (MPF) pediu a retirada do PL 490/2007, que está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. A proposta altera o regime jurídico das terras indígenas e afeta processos de demarcação.

Por meio de nota pública contária, a Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do MPF (6CCR/MPF), vinculada à Procuradoria-Geral da República, aponta ilegalidades. Entre elas, a criação do chamado “marco temporal” como condição para o reconhecimento dos direitos territoriais indígenas assegurados na Constituição.

Pela tese do marco temporal, os povos indígenas só teriam direito à demarcação de terras sob sua posse no dia 5 de outubro de 1988. Para o MPF, essa tese contraria a Constituição Federal e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF). O mesmo vale para outras propostas incorporadas ao PL 490, que também receberam parecer pela aprovação do relator da matéria na CCJ, deputado Arthur Maia (DEM/BA), na forma de um substitutivo.

Direitos indígenas

O PL 490 é mais uma entre as diversas “iniciativas legislativas e administrativas que visam suprimir ou reduzir os direitos indígenas”. É o caso da tentativa de atribuir ao Congresso Nacional a demarcação das terras indígenas, conforme a PEC 215/2000; a legalização de atividades agropecuárias e florestais nas terras indígenas (PEC 187/2016); e o enfraquecimento da política indigenista do Estado brasileiro (MP 870/2019).

Na nota pública, a Câmara de Populações Indígenas do MPF (6CCR) lembra que tem se posicionado reiteradamente pela inconstitucionalidade de quaisquer medidas que enfraqueçam a proteção às terras indígenas prevista no artigo 231 da CF. E afirma que as propostas legislativas discutidas no PL 490/2007 padecem dos mesmos problemas apontados em manifestações anteriores.

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Com informações da RBA.

22 de junho de 2021

URCA lançará I Simpósio Internacional sobre Culturas e Literaturas Populares no próximo dia 30



A Universidade Regional do Cariri (URCA) lançará no próximo dia 30 de junho, o I Simpósio Internacional sobre Culturas e Literaturas Populares. O evento tem como objetivo principal analisar e discutir a origem, a dinâmica e a complexidade das culturas e literaturas populares, entendendo-as no processo de produção, circulação e consumo.

O Simpósio contará com a participação de pesquisadores nacionais e internacionais, e mestres das culturas e literaturas popular do Cariri e do Ceará. A programação do Simpósio e as datas para realização de inscrições serão apresentadas no dia 30 de junho, no Canal URCA, na Plataforma do YouTube.

O evento acontecerá em formato virtual, através das plataformas eletrônicas da URCA. E contará com seis eixos temáticos que nortearão debates e discussões. Além de nove mesas redondas, Grupos de Trabalho, comunicações científicas e culturais e exibição de vídeos com os grupos de cultura popular do Ceará.

Os expositores, palestrantes e conferencistas são especialistas da região e de outros estados brasileiros, nomes referenciais, estudiosos das várias temáticas afins aos eixos, de universidades fora do país. Geralmente, pesquisadores do continente latino-americano, continente africano e da Península Ibérica.

O Simpósio é promovido pelo Instituto José Marrocos de Pesquisas e Estudos Socioculturais – IPESC/PROEX/URCA, UECE, UFCA, UVA e UNILAB, em parceria com o Geoparque Araripe Mundial da UNESCO, Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Cariri, Escola de Saberes Ave Poesia de Assaré, Rede Arte na Escola, Rede de Estudos e Pesquisa em Folkcomunicação – Rede Folkcom, Socicom – Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação, Assibercom -Associação Ibero-Americana de Comunicação e ONG Beatos, com os apoios da SECULT-C e da SECITECE.

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Com informações do portal da URCA.


21 de junho de 2021

Covid-19 e uma epidemia paralela

Anny Caroliny. (FOTO | Reprodução | Whatsapp).

Por Anny Caroliny*

A pandemia de covid-19 é considerada a pior crise global desde a segunda guerra mundial. Fala-se, inclusive, de uma epidemia paralela à essa, relacionada ao crescimento do sofrimento psicológico, dos sintomas psiquiátricos e dos transtornos mentais, percebendo-se, claramente, grande impacto na saúde mental  das pessoas.

Assim, criar novos hábitos, fortalecer vínculos (mesmo que por meios virtuais) e acolher seus sentimentos e limitações nesse momento atípico, são formas de exercitar o autocuidado.
E não esqueça, busque auxílio de um profissional de sua confiança quando suas estratégias para lidar com a crise não estiverem sendo suficientes. Cuide-se!
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*Anny Caroliny Leite Calixto é Psicóloga com o  CRP 11- 07282.

Oficina capacita comunidades a produzir conteúdo para a imprensa

 

Débora Costa. (FOTO/ Divulgação).

No próximo dia 30 às 14h, o Coletivo Camaradas estará promovendo a oficina ‘Como fazer matéria para a imprensa?’, formação destinada a integrantes de organizações comunitárias do Cariri. A aula será realizada de forma remota, através da plataforma Google Meet, sendo conduzida pela jornalista e doutoranda em Comunicação Débora Costa.

Seja para os meios tradicionais (rádios, TVs, jornais) ou para as mídias digitais, a produção de conteúdo para a imprensa tem sido uma exigência para os movimentos sociais na atualidade. Além de permitir que as ações comunitárias sejam conhecidas pela sociedade em geral, a divulgação nos espaços da mídia também ajuda a promover uma imagem adequada dessas comunidades, partindo das experiências de seus próprios integrantes.

Além da oficina de matéria jornalística, também serão realizadas outras formações voltadas para os movimentos sociais e que contemplarão habilidades diversas. As Oficinas de Desenvolvimento Territorial são uma parceria do Coletivo Camaradas com a Federação de Entidades Comunitárias do Cariri e a Comissão Cearense do Cultura Viva, sendo parte das atividades do projeto Território Criativo do Gesso, aprovado do Edital de Prêmio de Fomento de Arte e Cultura do Estado do Ceará, SECULT-CE, através da Lei Aldir Blanc.

As pessoas interessadas em participar da oficina ‘Como fazer matéria para a imprensa?’ precisam apenas preencher o formulário disponível no link: https://forms.gle/xQQwqbBqHxBZaEtG8 . As inscrições são gratuitas e as vagas são limitadas, sendo prioritariamente destinadas às organizações que atuam no Território Criativo do Gesso, nos Pontos de Cultura e nas entidades comunitárias do Cariri, num total de duas vagas por organização. Mais informações estão disponíveis nas redes sociais do Coletivo Camaradas.

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Texto encaminhado ao Blog pela Assessoria de Comunicação do Coletivo.

Documentário que retrata comunidade indígena Yanonami é premiado em Berlim

 

Filme brasileiro "A última floresta", de Luiz Bolognesi, vence prêmio do público em Berlim. (FOTO/  Divulgação).

O filme brasileiro "A Última Floresta", dirigido pelo cineasta e antropólogo Luiz Bolognesi com o apoio do xamã Davi Kopenawa Yanomami, ganhou o Prêmio do Público, na seção Panorama Documentário, no Festival de Berlim, que se encerrou neste domingo (20).

Em imagens poderosas, alternando entre observação documental e sequências encenadas, além de paisagens sonoras densas, Luiz Bolognesi documenta a comunidade indígena Yanomami e retrata seu ambiente natural ameaçado na floresta amazônica.

Em consequência das restrições decorrentes da pandemia do coronavírus, a importante Berlinale, como é conhecido o Festival, modificou este ano seu calendário e apresentações. Em março, houve um festival online reservado para os profissionais do cinema e para a crítica. Agora, em junho, houve pela primeira vez um Festival de Verão.

O filme A Última Floresta despertou bastante interesse, em consequência da situação vivida atualmente pelo Brasil, onde não só os garimpeiros como os madeireiros estão destruindo a Floresta Amazônica e invadindo comunidades indígenas.

Na verdade, destruir as florestas faz parte de um antigo projeto da época da ditadura militar (1964-1985), adotado pelo então candidato Jair Bolsonaro, que lhe valeu o apoio na campanha eleitoral de grandes empresas interessadas em plantar cereais, como a soja, e desenvolver, na vasta área desmatada, a criação de gado bovino e suíno. Tanto o garimpo, como as madeiras seculares, os cereais e o gado serão destinados à exportação.

A exibição do filme foi precedida com a distribuição de uma nota explicativa para o público alemão e para a imprensa: desde que Jair Bolsonaro assumiu o cargo em 2019, os garimpeiros de ouro e pedras preciosas voltaram a penetrar de forma massiva no ambiente de vida dos Yanomami na região da fronteira entre o Brasil e a Venezuela.

Os invasores não apenas envenenam a água com mercúrio, como também trazem doenças mortais - mais recentemente a covid-19 - para essas comunidades indígenas isoladas. Com suas promessas de um mundo moderno, os garimpeiros também tentam cada vez mais os jovens a abandonar suas vidas tradicionais na floresta.

Tendo documentado a vida do Paiter Suruí em Ex Pajé, o cineasta e antropólogo Luiz Bolognesi agora se aproxima de outra comunidade indígena nas florestas tropicais da Amazônia

Em seu novo trabalho, ele alterna filmagens tradicionalmente observacionais com sequências encenadas desenvolvidas em colaboração com o xamã Davi Kopenawa Yanomami, um dos porta-vozes dos Yanomami mais conhecidos internacionalmente.

Desdobrando-se em imagens impressionantes, paisagens sonoras em várias camadas e seções musicais sutilmente editadas, essas sequências descrevem os mitos da criação Yanomami, sua relação com a natureza e sua luta contínua para preservar seu ambiente natural.

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Com informações do Brasil de Fato.

20 de junho de 2021

Jéssika Cariri conversará sobre sua relação com poesia, tradição e floresta

Enfermeira por formação, Jéssika Kariri, vem construindo uma trajetória de envolvimento com os grupos de tradição popular da região Cariri e a cultura do bem viver. A escrevedora Jéssika Cariri participará do Projeto Falação, nesta segunda-feira,21, às 16h30, pelo Instagram: @projetofalacao.  

O bate-papo descontraído será norteado pelo atravessamento que a artista tem com a poesia, a cultura popular e a Floresta Nacional do Araripe, onde reside.    

Falação é um projeto desenvolvido pelo Colégio Municipal Pedro Felício Cavalcanti, em parceria com a rede municipal de Ensino do Crato e escolas que compõe o Território Criativo do Gesso. Falação tem como objetivo contribuir para uma cultura leitora, através da aproximação de trabalhadoras e trabalhadores da palavra, obras e comunidade escolar.  O Projeto é realizado toda segunda-feira, às 16h30, pelo Instagram: @projetofalacao.

Jéssika Cariri é escrevedora, produtora cultural, artesã, artista, brincante, mãe, surda e rural. Integra o Ponto de Cultura ALDEIAS, MOACPES e a Retomada Kariri. Faz parte de trabalhos da Banda Sol na Macambira, Forró de Rabeca, Encantados, Reisando, Zabumbar e Reisado Menino Deus. Está à frente da produtora independente Vivá Produções e vem resinificando seu caminhar a partir de sua conexão com a floresta.

Escrevedora talvez seja isso  mulheres que como Jéssika  escrevem e voam.

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Texto encaminhado ao Blog por Alexandre Lucas, Colunista.

Atos contra Bolsonaro e 500 mil mortes repercutem no mundo

 

Jornal britânico The Independent repercute as 500 mil mortes e os atos contra Bolsonaro no Brasil (FOTO/ Reprodução)

Os atos contra Jair Bolsonaro (Sem partido) e a marca macabra de 500.800 mortes por Covid-19 registrada neste sábado (19), que fez do Brasil a ser o segundo país a ultrapassar o número de meio milhão de vítimas na pandemia, ganharam destaque em portais de notícias de todo o mundo.

O site do jornal britânico The Independent diz que o “Brasil supera marca sombria de 500.000 mortes de Covid em meio a protestos contra Bolsonaro”.

Daily Mail destacou que “manifestantes brasileiros vão às ruas e culpam o presidente Jair Bolsonaro pelo número de mortes de COVID no país”, ressaltando que apenas 11% dos brasileiros estão totalmente imunizados contra a doença.

O país de cerca de 213 milhões de habitantes está registrando quase 100.000 novas infecções e 2.000 mortes por dia”, diz o texto.

Ainda no Reino Unido, o jornal The Guardian destacou que os “protestos no Brasil enquanto o número de mortos confirmados sobe para além de meio milhão”.

Na Argentina, o site do Clarin, jornal do maior grupo de comunicação do país, afirma que o “Brasil superou as 400 mil mortes pelo coronavírus e os atos contra Bolsonaro se repetem no país”, destacando que o o país é o segundo do mundo com maior número de mortos, atrás apenas dos EUA, que soma 601.741 vítimas fatais da Covid-19.

Rádio França Internacional (RFI) destacou em seu portal em português que “brasileiros protestam no exterior contra Bolsonaro e gestão da epidemia”.

Na França, a chuva que caiu em Paris na tarde de sábado e os rígidos protocolos sanitários não desanimaram os brasileiros que vivem na capital francesa. A manifestação foi convocada na Praça Stalingrad, no norte da cidade, que já foi palco do protesto “Ele não” que reuniu milhares de pessoas às vésperas das eleições presidenciais de 2018”, diz a reportagem.

Os 500 mil mortos também foram destaques no Le Monde, que diz que o último relatório do Ministério da Saúde, “subestimado segundo vários epidemiologistas”, informa 500.800 mortes, incluindo 2.301 registradas nas últimas 24 horas.

BBC registra que o “Brasil atinge 500.000 mortes em situação ‘crítica'”. “O vírus continua a se espalhar enquanto o presidente Jair Bolsonaro se recusa a apoiar medidas como o distanciamento social”, diz o site britânico.

Em Portugal, o site Público conta que “Milhares voltam a sair às ruas do Brasil para contestar Bolsonaro”.

Crescente descontentamento com a resposta do Governo brasileiro à pandemia motivou novas manifestações da oposição, em dezenas de cidades, três semanas depois dos últimos protestos em todo o país”, diz o portal português.

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Com informações do Portal Fórum.