O
14º Encontro Nacional do PT inaugurado nesta sexta-feira (2) fez um inequívoco
pronunciamento pela reeleição da presidenta Dilma Rousseff, que foi recebida
pelos militantes e dirigentes do partido com o refrão “Um, dois, três, Dilma outra vez”.
Por
proposta do presidente nacional da agremiação, Rui Falcão, Dilma foi aclamada
pré-candidata à Presidência da República, indicação que será confirmada na
convenção nacional eleitoral em junho próximo.
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Dilma é aclamada para a reeleição e chegou junto ao Lula
no Evento. Foto: Daniel Teixeira/Estadão. |
A
presidenta declarou que recebe “a missão
honrosa e desafiadora de ser a pré-candidata do PT à presidência da República”.
Dirigindo-se ao ex-presidente Lula, Dilma disse que se tratava de um “ato simbólico, mais uma prova forte e
contundente da nossa confiança mútua, do compromisso com o povo brasileiro, um
compromisso inquebrantável”.
Dilma
lembrou que quando Lula assumiu a presidência em 2003, o Brasil “era um e quando a deixou, era outro
completamente diferente e muito melhor com imensa autoestima e grandes
realizações”. A mandatária reiterou o que já tinha dito em outras ocasiões,
que quando sucedeu Lula, sentiu o peso da responsabilidade, de realizar uma
tarefa hercúlea.
Dilma
defendeu as realizações dos governos de Lula e do seu próprio governo, assumiu
o compromisso de continuar trabalhando em favor do povo brasileiro, das
mudanças necessárias ao avanço do Brasil como nação democrática e soberana.
A
presidenta defendeu a realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil “A Copa é uma afirmação do Brasil. Somos o
país do futebol”, ressaltou, ao participar. “É muito estranho que nós, que gostamos de futebol, que torcemos pelos
nossos times, vibrando e sofrendo, que quando a Copa é aqui na nossa casa, nós
não possamos aproveitar”. Ela manifestou a certeza de que o Mundial será um
evento bem-sucedido. “Eu tenho a certeza
de que a Copa será um sucesso”, enfatizou.
Dilma
rebateu os ataques dos pré-candidatos oposicionistas sobre o reajuste de 10% do
benefício do Programa Bolsa Família, anunciado na terça-feira (30) em
pronunciamento no rádio e na TV. Segundo ela, é importante que “não fiquem as dúvidas levantadas pela
oposição”. “Nós últimos três anos e
quatro meses, nós implantamos três grandes melhorias [reajustes] do Bolsa
Família que elevaram o benefício, em aumento real, descontada a inflação, de
44,3%”, disse.
No
discurso perante o encontro do PT, a mandatária voltou a defender a reforma
política. “Com esta reforma, tudo começa:
a reforma política. Sem ela, nós não vamos conseguir a sociedade do futuro que
o Brasil quer ver nascer”, declarou.
A
presidenta lembrou o projeto enviado para o Congresso que pede uma consulta
popular para a reforma. Na avaliação de Dilma, a participação da sociedade é
fundamental para que o projeto avance no Legislativo, o que, segundo ela, é “algo estratégico e decisivo para o futuro da
democracia no Brasil”.
Dilma
entusiasmou a militância demonstrando energia e disposição para enfrentar o
embate político da campanha eleitoral.
Lula: A candidata é Dilma
O
ex-presidente Lula se encarregou de sepultar de uma vez por todas a ideia
estapafúrdia do chamado “movimento volta, Lula”. “Precisamos parar de imaginar que exista outro candidato que não a Dilma.
Enquanto brincamos com isso, os adversários tiram proveito. Se eu tivesse de
ser candidato a alguma coisa, a primeira pessoa a saber seria a Dilma. Não
podemos gastar energia com coisas secundárias, pois a campanha não vai ser
fácil. Estarei inteiramente dedicado à campanha”, assegurou. A julgar pelos
aplausos com que estas afirmações foram acolhidas, tudo indica que o “volta,
Lula”, se tinha, não tem mais trânsito no PT.
Lula
também fez uma consistente defesa dos legados do seu próprio governo e da presidenta
Dilma, afirmando que nunca se fez tantas políticas sociais na história do
Brasil.
Representantes
de partidos aliados – PCdoB, PMDB, PSD, PP, PTB – se pronunciaram em favor da
reeleição da mandatária.
Via
Portal Vermelho