A
presidenta Dilma Rousseff acaba de anunciar a reforma ministerial que reduz em
oito o número de ministérios. A nova configuração ministerial, finalizada ontem
(1°) com a ajuda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inclui a extinção
e fusão de pastas e a realocação de titulares dos ministérios.
No
novo desenho da equipe, o PMDB teve ampliado de seis para sete o número de
pastas. Entre os ministérios que o partido passa a comandar estão o da Saúde,
com o deputado Marcelo Castro (PI), e o da Ciência e Tecnologia, com Celso
Pansera (RJ). A Secretaria da Pesca foi para Agricultura.
O
Gabinete de Segurança Institucional perdeu o status de ministério, e a
Secretaria de Assuntos Estratégicos será extinta. A Secretaria-Geral se uniu à
de Relações Institucionais e passa a ser chamada Secretaria de Governo, que vai
ser responsável pelo Gabinete de Segurança Institucional, Secretaria da Micro e
Pequena Empresa.
Ministério
das Mulheres, igualdade Racial e Direitos Humanos, com a fusão das secretarias
de Direitos Humanos; de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e de
Políticas para Mulheres.
Veja
abaixo a lista com os novos nomes e suas respectivas pastas:
Ricardo
Berzoini – Secretaria de Governo Bancário, iniciou sua militância no Sindicato
dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, em 1985. Foi fundador e primeiro
presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf). Eleito deputado federal pelo PT quatro vezes (1998, 2002, 2006 e
2010), no final de 2005, foi eleito presidente nacional do partido. Em 2007,
foi reeleito presidente nacional do PT. No governo do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, foi ministro da Previdência Social (2003-2004), quando esteve à
frente da reforma da Previdência, e depois assumiu a pasta do Trabalho e
Emprego (2004-2005). Na gestão da presidenta Dilma Rousseff foi ministro-chefe
da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (2014).
Berzoini tomou posse como ministro das Comunicações no início de 2015.
Miguel
Rossetto – Ministério do Trabalho e Previdência Social É formado em Ciências
Sociais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Foi
vice-governador do Rio Grande do Sul, na gestão Olívio Dutra, e deputado
federal pelo PT em 1994. Em 2003, foi nomeado para o cargo de ministro do
Desenvolvimento Agrário. Em 2006, Rossetto deixou o governo para tentar uma
vaga no Senado, mas não foi eleito. Dois anos depois, assumiu a presidência da
Petrobras Biocombustível, subsidiária da Petrobras. Em março de 2014, foi nomeado
novamente ministro do Desenvolvimento Agrário e deixou o cargo em setembro do
mesmo ano para trabalhar na coordenação da campanha para a reeleição de Dilma.
No segundo governo da presidenta Dilma Rousseff assumiu a Secretaria-Geral da
Presidência da República.
Nilma Lino Gomes
– Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos Natural de Belo
Horizonte, é pedagoga, professora Universidade Federal de Minas Gerais e
pesquisadora das áreas de Educação e Diversidade Étnico-racial, com ênfase
especial na atuação do movimento negro brasileiro. Foi a primeira mulher negra
a chefiar uma universidade federal ao assumir, em 2013, o cargo de reitora pro
tempore da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-Brasileira. Também integrou, de 2010 a 2014, a Câmara de Educação Básica
do Conselho Nacional de Educação, onde participou da comissão técnica nacional
de diversidade para assuntos relacionados à educação dos afro-brasileiros.
Estava no comando da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da
Presidência da República
Marcelo Castro
– Ministério da Saúde É formado em medicina pela Universidade Federal do Piauí
e doutor em psiquiatria. Filiado ao PMDB, construiu carreira política no Piauí
e está no quinto mandato de deputado federal. É o atual presidente da executiva
estadual do PMDB. Foi eleito deputado estadual em 1982, 1986 e 1990. Ocupou a
presidência do Instituto de Assistência e Previdência do Estado do Piauí e foi
secretário de Agricultura do estado. Neste ano, foi relator da Comissão
Especial para a Reforma Política, na Câmara dos Deputados, que ouviu
parlamentares e especialistas para elaborar um relatório com a proposta de
reforma política.
Aloizio Mercadante
– Ministério da Educação Deixa a Casa Civil. Graduado em Economia pela
Universidade de São Paulo (USP), mestre em Ciência Econômica e doutor em Teoria
Econômica, é professor licenciado da Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo (PUC-SP) e da Unicamp. Filiado ao PT, foi eleito deputado federal em dois
mandatos (1991-1995 e 1999-2003) e senador da República (2003-2011). Em 2006,
foi candidato ao governo de São Paulo. Ocupou o cargo de ministro da Ciência,
Tecnologia e Inovação entre 2011 e 2012 e da Educação entre 2012 e 2014. Deixou
o Ministério da Educação para assumir a Casa Civil.
Jaques Wagner
– Casa Civil Iniciou sua militância na capital carioca no final dos anos 60,
quando presidiu o diretório acadêmico da faculdade de Engenharia Civil da
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Vive em Salvador
desde 1974, onde iniciou sua carreira profissional na indústria petroquímica.
Foi deputado federal pelo estado por três vezes (1990-2002) e governador da
Bahia por dois mandatos consecutivos (2007-2014). Durante o governo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi Ministro do Trabalho e Emprego
(2003), da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e
Social da Presidência da República (2004 -2005) e do Ministério das Relações
Institucionais (2005-2006).
Aldo Rebelo
– Ministério da Defesa Escritor e jornalista, foi eleito seis vezes deputado
federal por São Paulo pelo PCdoB. Foi presidente da Câmara dos Deputados e
líder do governo e do PCdoB na Câmara. Em 2009, foi relator da Comissão
Especial do Código Florestal Brasileiro e da Lei de Biossegurança. Aldo Rebelo
foi nomeado ministro do Esporte em outubro de 2011. Permaneceu no cargo até
dezembro de 2014. Coordenou a Copa das Confederações de 2013, a Copa do Mundo
de 2014 e os preparativos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Em
dezembro de 2014, Rebelo foi indicado pela presidenta da República Dilma
Rousseff para ocupar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Celso Pansera
– Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação É graduado em Literatura pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e pós-graduado em Supervisão
Escolar. Em 1992, fundou a Frente Revolucionária, embrião do futuro PSTU. Em
2001, filiou-se ao PSB e passou a fazer parte da Executiva Municipal do partido
em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Em 2007, assumiu uma diretoria na
Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e, no início de 2009, tornou-se
presidente da Faetec, onde ficou até 2014.
Em seu primeiro mandato como deputado federal (PMDB-RJ), Pansera é
presidente da Comissão Especial de Crise Hídrica do Brasil, membro titular da
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras e da Comissão de Ciência e
Tecnologia, Comunicação e Informática, além de suplente na Comissão de
Educação.
Helder Barbalho
– Secretaria de Portos É filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), um dos
caciques do partido, e da deputada federal Elcione Therezinha Zahluth. Já foi vereador, deputado estadual e prefeito
de Ananindeua (PA). Desde janeiro deste ano, ele ocupa o cargo de ministro da
Secretaria de Pesca e Aquicultura. Natural de Belém, Helder tentou eleger-se
governador do Pará pela primeira vez em 2014, mas perdeu para Simão Jatene
(PSDB). Formado em Administração, começou a carreira política há 15 anos,
quando foi eleito o vereador mais votado de Ananindeua, com 4,2 mil votos. Em
2002, elegeu-se deputado estadual. Aos 25 anos, foi eleito o prefeito mais
jovem da história do Pará. Em 2008, foi reeleito prefeito de Ananindeua. Helder
é casado com a advogada Daniela Lima Barbalho e tem três filhos. É o presidente
em exercício do PMDB no Pará.
André Figueiredo
– Ministério das Comunicações É deputado federal pelo PDT do Ceará, eleito em
201, mas já exerceu o cargo de 2003 a 2007 e de 2011 a 2015. Natural de
Fortaleza, é advogado e economista. Filiou-se ao PDT em 1984 e entrou na vida
pública em 1994 como subsecretário da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do
Ceará. Também foi secretário do Esporte e Juventude do estado de 2003 a 2004.
No Ministério do Trabalho e Emprego foi assessor especial em 2007 e secretário
executivo de 2007 a 2010.