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No Ceará, 25 de julho é também o Dia Preta Tia Simoa e da Mulher Negra

 

(FOTO | Reprodução).

Por Nicolau Neto, editor

Hoje, 25 de julho, é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha em homenagem a luta e a resistência das mulheres negras. Por aqui, a data que foi instituída em 2014, ficou conhecida como Dia Nacional de Tereza de Benguela, a “Rainha Tereza”, que no século XVIII, no Vale do Guaporé (MT), chegou a liderar o Quilombo de Quariterê.

O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi instituído em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e teve como pano de fundo o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, ocorrido em Santo Domingo, na República Dominicana e visava compartilhar suas vivências, denunciar as opressões e debater soluções para a luta contra o racismo e o machismo.

Já no Estado do Ceará, o 25 de julho ficou conhecido como Dia Preta Tia Simoa e da Mulher Negra. A data é fruto do Projeto de Lei 335/21, de autoria do Deputado Renato Roseno (PSOL) que instituiu ainda a Semana Preta Tia Simoa de combate à discriminação contra as mulheres negras no Estado. Ainda em 2021, durante a gestão do governador Camilo Santana (PT), hoje Ministro da Educação, o PL foi sancionado e o calendário cearense ganhou a lei 17.688/21.

A Preta Tia Simoa se tornou conhecida do público por meio das pesquisas da historiadora, ativista negra e colunista deste Blog, Karla Alves.

Clique aqui e saiba mais sobre a Preta Tia Simoa.

Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha tem marchas em todo o país

 

"Afirmamos que nada, sobretudo a democracia brasileira, será feita sem nós, mulheres negras", diz manifesto do ato em São Paulo - Arquivo pessoal. 

Marchas, palestras, atividades culturais, rodas de conversa: o “julho das pretas”, mês que tem o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha nesta terça-feira (25), como data central, tem cerca de 450 atividades organizadas em 20 estados brasileiros neste ano de 2023.

Mulheres negras em marcha por reparação e bem viver” é o tema norteador das atividades e será também o eixo da Segunda Marcha Nacional das Mulheres Negras, prevista para 2025. A primeira aconteceu em 2015 e reuniu cerca de 50 mil mulheres em Brasília.  

Na capital paulista, a oitava Marcha das Mulheres Negras de SP tem concentração marcada para 17h desta terça, na praça da República. A caminhada em direção ao Teatro Municipal (onde foi fundado o Movimento Negro Unificado em 1978) começa às 19h30.

Nós, mulheres negras, indígenas e imigrantes em diáspora denunciamos o genocídio racista desde sempre. Mas o dia 25 de julho é um dia de celebração e também o momento de reafirmar que estamos em marcha por direitos e contra o genocídio do povo preto, dos povos indígenas, das LGBTQIA+, das vítimas do feminicídio, contra todas as formas de opressão e pelo Bem Viver”, ressalta o manifesto da Marcha das Mulheres Negras de SP.

Somos descendentes e herdeiras da luta e da resistência negra contra o criminoso sistema de escravidão que ainda não acabou, já que até hoje não recebemos a devida reparação necessária para o desenvolvimento da nossa cidadania plena”, reivindica o texto.

Em Vitória (ES), a praça Costa Pereira será ocupada nesta terça (25) das 10h às 18h pelo evento “Por todas nós”. Estão previstas exposição de fotos e gravuras, oficinas de escrita, de trança nagô, palestras e apresentações musicais com o grupo de rap Nação Mulher ES e a artista Sthelô com o instrumentista Igor Morais. 

Em Salvador (BA), a manifestação se concentra às 14h na praça da Piedade, com uma ocupação poética e intervenções artísticas. Em seguida, o ato segue para a Praça Terreiro de Jesus. 

O Latinidades, considerado o maior festival de mulheres negras da América Latina, começou em 6 de julho em Brasília e, de forma itinerante, passou pelo Rio de Janeiro, São Paulo e segue agora em Salvador até o próximo domingo (30). 

Com o tema “Bem viver”, o Latinidades apresentará, no sábado (29), o II Concerto Internacional Contra o Racismo. A atividade começa às 17h na praça Quincas Berro D’água, na capital baiana. 

Em Fortaleza (CE), nesta terça (25), um ato com debate está sendo organizado pelo Grupo de Valorização Negra do Cariri e a Rede de Mulheres Negras do Ceará, na praça da Gentilândia, às 18h. 

Em Belém (PA) a marcha, convocada pelo Coletivo de Juventude do Centro de Estudo e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa), tem concentração marcada para 16h no Portal da Amazônia, também neste 25 de julho. 

Já em João Pessoa (PB), um cortejo deve começar às 18h na praça da Paz. Em Aracaju (SE), o ato está marcado para 14h na praça Olímpio Campos. 

Na região sul do país, na capital paranaense, uma marcha sob o título “Mulheres sagradas” acontece a partir das 19h na ladeira do Largo da Ordem, na centro de Curitiba (PR). 

No Rio de Janeiro, o ato vai ser no próximo domingo (30), na praia de Copacabana. Entre os temas pautados pelas organizadoras estão o combate à fome e às violências contra a juventude negra, o acesso à moradia e ao trabalho. 

A data

O 25 de julho começou a ser comemorado em Santo Domingo, na República Dominicana, onde aconteceu o primeiro encontro de mulheres negras latino-americanas e caribenhas em 1992. A partir daí, a data foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). 

No Brasil, em 2014 a Lei 12.987 estabeleceu o 25 de julho também como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. A homenageada foi líder do Quilombo Quariterê no século 18, comunidade localizada na fronteira entre o Mato Grosso e a Bolívia.

Referida como “rainha”, Tereza esteve no comando do quilombo, que reunia cerca de 100 pessoas e se organizava politicamente por meio de um conselho, ao longo de duas décadas. 

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Com informações do Brasil de Fato.

Julho das pretas: conheça a trajetória da caririense Neusa Lourenço

 

Dona Neusa na calçada. (FOTO | Nicolau Neto).

Por Nicolau Neto, editor

O dia 25 de julho é uma data para ser celebrada. Isso porque internacionalmente desde 1992 em Santo Domingo, na República Dominicana, quando um encontro foi organizado por mulheres negras, latino-americanas e caribenhas objetivando debater temas que os uniam - como a luta contra o racismo -, que a ONU reconhece a data como Dia Internacional da Mulher Negra, Latina e Caribenha.

Já no Brasil, em 2014, durante o mandato da presidenta Dilma Rousseff, foi instituída a Lei 12.987, definindo na mesma data o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, em referência à memória da Rainha Tereza, mulher que ao conseguir a libertação, liderou o Quilombo do Quariterê, no Mato Grosso.

No ensejo em que várias homenagens irão ser feitas as mulheres negras espalhadas pelo país, como em Crato e em Juazeiro do Norte, por exemplo, onde a professora Drª Cícera Nunes (URCA) e a educadora popular Valéria Carvalho (GRUNEC) receberão a comenda Maria do Espírito Santo, aproveito para apresentar de forma sucinta a trajetória de Neusa Lourenço, minha mãe.

Neusa Lourenço, símbolo de resistência

Neusa Lourenço da Silva, ou simplesmente Dona Neusa, nasceu no distrito de Cajazeiras, em Assaré, no ano de 1948. Filha de Joana Tibúrcio do Amarante, mulher branca, e Antônio Lourenço da Silva, homem negro, compartilhou com seus oito irmãos - Armando, Aldino, Raimundo, José, Edilsa, Lieta, Zélia e Maronilde -, as dificuldades que a vida lhes impunham. Trabalharam desde cedo na roça e como era comum na época tiveram pouquíssimas oportunidades de estudarem.

Nos fins de tarde ela sempre gostava de sentar na calçada e logo ganhava a companhia dos filhos e filhas. Era nesse ínterim que as rodas de conversas de davam e as suas memórias ganhavam força nas palavras. De histórias de conflitos que ela se envolvia para livrar seu pai de enrascadas quando bebia a aventuras para matar a fome dos 10 filhos , estão entre aquelas mais contadas. “Teve um dia que pai bebeu muito e demorou a chegar. Fui a sua procura e me deparei com ele sendo maltratado. Nessa hora não contei conversa. Peguei nas partes baixas dele” (se referindo ao homem que estava maltratando o pai), diz ela entusiasmada toda vez que lembra do episódio “e só larguei quando ele pediu desculpas a papai”.

Dona Neusa. (FOTO | Nicolau Neto).

Ao se casar com João Nicolau da Silva, de quem é prima distante, não tinha onde morar e tiveram que viver de aluguel. Essa situação durou boa parte da vida. A mudança de casa e de cidade foi uma constante na vida do casal que acabou chegando em Altaneira no ano de 1990. Alguns anos depois o casal sofre o pior momento da vida, a morte do filho caçula Edson.

Em Altaneira, ela junto ao esposo enfrentam as maiores dificuldades para alimentar os filhos e filhas. Decide trabalhar como empregada doméstica no município de Crato. Enfrentou por mais de duas décadas a distância de 56 km entre as duas cidades andando no ônibus de seu Zé Lopes. Lá trabalhava lavando e passando roupa. A maior parte desse tempo foi na casa do casal Ednaldo Farias Solto (Mago), ex-prefeito de Altaneira, e Roberci Vânia Oliveira, hoje com assento de vereadora na Câmara de Altaneira.

Ela conta que só aguentava o trajeto porque sabia que era a única forma de ajudar na alimentação da família. Ela passava a semana no Crato e quando era no sábado meu irmão Neto e eu íamos espera-la na saída da cidade. A ansiedade era tamanha a espera dela. Toda vez que ouvíamos o barulho de um motor a esperança de um prato na mesa se renovava. As vezes passava de duas semanas no Crato e voltávamos para casa com um tristeza sem fim.

Com o dinheiro que ela trazia dava para comprar também bilas e piões. Junto com o futebol, essas eram as brincadeiras que mais gostávamos. Mas a alegria maior mesmo era revê-la.

Dona Neusa é uma mulher forte, persistente e que não desiste do que quer. Sempre fez de tudo para se defender e defender os filhos e filhas. “Nessa negra aqui ninguém pisa não”, dizia ela toda vez que era confrontada pelo racismo estrutural e institucional. “Aqui é uma negra que tem vergonha. Não se curva a ninguém”, contava ela cheia de orgulho quando tinha enfrentado situações que toda mulher negra enfrenta. Dizia olhando bem nos nossos olhos de forma a verbalizar: façam o mesmo.

A vida toda trabalhou também como agricultora. Tanto em Cajazeiras e Arassás, em Assaré, quanto em Altaneira. Com a idade já avançada e a proximidade da aposentadoria como agricultora, deixa o trabalho como empregada doméstica e se dedica exclusivamente aos afazeres de sua própria casa.

Dona Neusa Fazendo Crochê ao lado de sua mãe. (FOTO | Nicolau Neto).

Para uma mulher que viveu do trabalho e para o trabalho era difícil passar a maior parte do tempo sem fazer nada. Não contente com isso passou a usar o restante do tempo para costurar, cortar cabelo (os nossos) e fazer crochê.

A vitalidade dela era tamanha que durante anos, inclusive depois da casa do 60 (hoje ela tem 75), a levava de moto até o município de Potengi, também na região do cariri, para visitar a mãe (que já faleceu) e as irmãs e irmãos. Eram 116 km de ida e volta. Aliado a tudo isso gostava de cantar e dançar, principalmente forró e frequentou por vários anos as reuniões Centro de Apoio ao Idoso em Altaneira.

Hoje o cansaço de anos e anos de trabalho bateu forte e ela já não tem a mesma força que tinha antes. Enfrentou recentemente a cirurgia na visão e não tem mais o hábito de sentar na calçada para as rodas de conversas. Aliás, ela fala pouco agora.

Dona Neusa é, portanto, símbolo de resistência e de enfrentamento ao racismo. Ao tempo que foi e contiua sendo uma mãe amorosa e que sempre fez questão dos seus estudarem, mesmo tendo feito apenas a antiga quarta série. 

Desafios para negras são muitos, mas mudanças nos Parlamentos são caminho sem volta

 

Julho das Pretas, por Cida Bento

Grandes desafios se colocam para mulheres negras que decidiram se candidatar ao Parlamento e ao Executivo no Brasil, em 2022. Este é um ano especial, no qual comemoramos os 30 anos do encontro ocorrido na República Dominicana em que se instituiu 25 de julho como o Dia Internacional da Mulher Afro-Latina e Caribenha.

No Brasil, a data presta uma homenagem a Tereza de Benguela, líder quilombola que ajudou comunidades negras e indígenas na resistência à escravidão no século 18. Em nosso país, é também celebrada a 10ª edição do Julho das Pretas — criado no contexto de ações coletivas pelo Odara – Instituto da Mulher Negra— e tendo como mote "Mulheres Negras no Poder, Construindo o Bem Viver!".

Os desafios colocados para as mulheres negras não são poucos, mas as mudanças nos Parlamentos já vêm ocorrendo. Nas eleições municipais de 2020, ocorreu um aumento de quase 700 cadeiras ocupadas por mulheres negras nas Câmaras Municipais e um aumento de mais de 2 milhões de votos do povo brasileiro nesse grupo; 32% a mais se compararmos com as eleições de 2016, segundo o Instituto Marielle Franco. Provavelmente esse aumento da presença negra no Parlamento vem provocando, de um lado, comemorações, e, de outro, a intensificação da violência.

A pesquisa realizada pelo Instituto Marielle Franco com parlamentares negras, publicada em 2021, evidencia que 8 a cada 10 mulheres sofreram violência virtual de desinformação ou discurso de ódio — 78% sofreram violência virtual, 63%, violência moral, e 55%, violência institucional.

A violência mostra o sentimento de ameaça diante de propostas que têm como eixo a construção de uma sociedade em que a proteção e o cuidado com o ambiente e a defesa dos direitos humanos, em particular de populações quilombolas, indígenas, negras e femininas, estejam conectados e tenham centralidade, orientando outras perspectivas de desenvolvimento.

Mas não só os desafios do enfrentamento da violência se colocam para as parlamentares. Daniela Rezende, num robusto estudo publicado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em 2020, chama a atenção sobre a importância de mulheres ocuparem espaços de lideranças partidárias na Câmara dos Deputados.

Ela tem como base uma pesquisa realizada entre 1995 e 2015, que mostra o baixo número de legisladoras indicadas para liderança de partidos. Esse número variou de 0 a 2 na Câmara dos Deputados e no Senado, em cada ano. Considerando os dados agregados para todo o período, essas mulheres ocuparam as lideranças de partidos apenas em 12 e 13 ocasiões na Câmara e no Senado, respectivamente.

Os partidos são estruturas fundamentais na distribuição de recursos legislativos e eleitorais e têm um papel decisivo no aumento da presença de mulheres nos espaços de poder e tomada de decisão.

Rezende traz estudos que revelam que a ênfase de mulheres na liderança partidária aumenta o número de candidatas e eleitas. Com mais mulheres em sua estrutura interna, aumentam também as chances de adoção de ações afirmativas.

Líderes partidárias podem influenciar a representação de mulheres na elaboração de políticas públicas. O estudo destaca que, quanto maior o número de mulheres em comitês executivos de partidos, maiores as chances de que sejam incluídos temas relacionados à justiça social.

Rezende ressalta ainda que as lideranças podem fazer uso da palavra, orientar o voto da bancada de seu partido e criar condições para participar da definição da agenda da Casa legislativa. Ou seja, dentre tantos desafios que precisam ser enfrentados pelas mulheres e que se intensificam para negras, indígenas e quilombolas, encontra-se a necessidade de compreender e se apropriar do modo de funcionamento das Casas legislativas para poder transformá-las.

Esse modo de funcionamento que vem dificultando que as Casas legislativas cumpram seu papel de proteger nossas instituições, de fortalecer a democracia brasileira e de se orientar pela nossa Constituição.

A tarefa é grande, mas, atuando coletivamente, como vimos fazendo em tantos coletivos espalhados pelo país, as mudanças ocorrerão. Caminho sem volta.

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Texto encaminhado a redação do Blog pelo CEERT.

Julho das Pretas | mulheres negras no poder

(FOTO |Reprodução | CEERT).



Em celebração ao Julho das Pretas, marcado pelo Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha e pelo Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, em 25 de julho, o CEERT une esforços com outras organizações negras e promove debates online e campanha de comunicação, abordando o mote nacional deste #julhodaspretas “Mulheres Negras no Poder, construindo o Bem Viver!”.

Neste ano de 2022, são comemorados os 30 anos 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, que ocorreu na República Dominicana, em 1992 –  instituindo a data do 25 de Julho.

Também é marcada a 10ª edição do Julho das Pretas no Brasil, além de ser um ano de eleições no país, tornando essencial o foco na defesa da presença de mulheres negras nos espaços de decisão.

"O objetivo do CEERT é contribuir com o debate público sobre a defesa da democracia, a garantia de pluralidade na política, além da promoção da equidade racial e de gênero, que faz parte da missão da instituição", explica Giselle dos Anjos Santos, pesquisadora do CEERT, doutoranda em História Social, ativista e especialista em Interseccionalidades de Gênero e Raça. 

O cenário político atual não representa a cara do povo brasileiro. Nós, mulheres negras, representamos o maior grupo demográfico do país, mais de 28% (IBGE), e ocupamos menos de 2% de cadeiras no Congresso Nacional. Urge transformar essa realidade, para haver uma política realmente implicada com as questões do nosso povo”, defende a pesquisadora.

Debates sobre mulheres negras no poder

Com o intuito de contribuir para a mobilização da sociedade sobre a importância das mulheres negras em espaços de decisão neste contexto de ano eleitoral, o CEERT está organizando dois debates online.

O primeiro em 20 de julho, às 19h, sobre “Desafios do cenário eleitoral: Como garantir mais mulheres negras na política”, com a participação de Fabiana Pinto (Instituto Marielle Franco), Tauá Pires (OXFAM-Brasil) e Valdecir Nascimento (Articulação de Mulheres Negras Brasileiras).

Já o segundo, no dia 27 de julho, às 19h, tem o título “As mulheres negras têm um projeto político para mudar o Brasil” para a qual foram convidadas pré-candidatas das cinco regiões do país: Erica Malunguinho (SP), Lucilene Kalunga (GO), Reginete Bispo (RS), Vilma Reis (BA) e Vivi Reis (PA), com mediação de Giselle dos Anjos  e a participação de Cida Bento, conselheira e cofundadora do CEERT, como debatedora.

As lives serão transmitidas no canal do CEERT no Youtube.

Série de vídeos

Além das lives, o CEERT divulgará em suas redes sociais no Facebook e Instagram, uma série de vídeos das mulheres negras colaboradoras do CEERT respondendo por que é importante ter mulheres negras no poder.

Mais do que representatividade, a nossa ocupação nos cargos eletivos tem o potencial de transformar a política com pautas efetivamente implicadas com a justiça social e a equidade, beneficiando todas as pessoas, mas especialmente as mais vulneráveis. Pois, como disse Angela Davis, ‘quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela'' ', afirma Giselle dos Anjos Santos.

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Texto encaminhado ao Blog pela equipe do site CEERT.

Julho das Pretas: Batalha de poesia premiará mulheres negras do Nordeste com até R$1mil

 

Julho das Pretas. (FOTO/ Lis Pedreira).

Idealizado pelo Instituto Odara, o “Slam do Julho das Pretas” está com inscrições abertas até 14 de julho.

As mulheres negras, mesmo que silenciadas por tanto tempo, em diversos setores da sociedade, conseguiram se destacar nas áreas mais diversas do conhecimento. Quando o assunto são suas “escrevivências”, não seria diferente. Como forma de evidenciar a arte escrita declamada,  o Instituto Odara realiza o Slam do Julho das Pretas.

A batalha de poesia, que tem como proposta destacar o trabalho das poetisas negras da região  Nordeste, acontecerá entre os dias 19 e 23 de julho de 2021. Ainda por conta da pandemia de Covid-19, a atividade acontecerá em formato digital. Para participar é só preencher o formulário de inscrições disponível no site do Instituto Odara, entre os dias 9 a 14 de julho de 2021,  lá também estão disponíveis as regras da batalha poética. As inscrições são gratuitas.


Os slans são movimentos que têm caído no gosto dos amantes de poesia. A batalha poética tem regras e uma comissão de jurados para avaliar as participantes, que desta vez será  composta por mulheres negras, ativistas de movimentos sociais do Nordeste. Serão premiadas as dez primeiras colocadas com prêmios de: R$ 1000; R$ 900; R$ 800; R$ 700,00;  R$ 600; R$ 500; R$ 400; R$ 300; R$ 200; e R$ 100.

O Slam Julho das Pretas tem também como proposta  estimular a produção, exposição e contato com narrativas poéticas que versem sobre: as diversas formas de genocídio da população negra; a organização política das mulheres negras no combate ao genocídio da população negra; e  a organização política das mulheres negras nos múltiplos espaços da sociedade brasileira, apontando soluções, fazeres e tecnologias políticas e sociais pela superação do racismo e das diversas formas de violações de direitos humanos, em defesa de uma democracia plena, e pelo Bem Viver.

Inscreva-se clicando aqui.

Sobre o Julho das Pretas

O Julho das Pretas é uma ação de incidência política e agenda coletiva criada em 2013 pelo Odara - Instituto da Mulher Negra, e que ganhou o país através da Rede de Mulheres Negras do Nordeste, da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), de centenas de coletivos e organizações de mulheres negras e de milhares de pretas que se organizam em ações coletivas ao longo dos últimos 9 anos, para registrar o mês de Julho na agenda pública do país. Para mais informações sobre o Julho das Pretas, CLIQUE AQUI.

ACESSE A AGENDA COMPLETA CLICANDO AQUI.

NOSSOS CANAIS

Instagram Julho das Pretas: https://www.instagram.com/julho_das_pretas/

Facebook Julho das Pretas: https://web.facebook.com/julhodaspretas

Instagram Instituto Odara: https://www.instagram.com/odarainstituto/

Site Instituto Odara: https://institutoodara.org.br/

Facebook Instituto Odara: https://web.facebook.com/OdaraInstitutoDaMulherNegra

Instagram Rede de Mulheres Negras: https://www.instagram.com/rededemulheresnegras/

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Texto encaminhado ao Blog pela Comunicação Julho das Pretas.