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Um
dos nomes mais expoentes na luta antirracista e pelos direitos da população
negra, a paraense Zélia Amador de Deus terá um filme em sua homenagem. O
curta-metragem “Amador, Zélia”, de gênero documental, narra suas vivências
enquanto mulher negra. Referência também na luta dos povos quilombolas,
indígenas e pessoas LGBTQIA+, Zélia terá sua história mais conhecida nas telas
partir desta segunda-feira (13).
Filha
de uma empregada doméstica natural da ilha do Marajó, no Pará, Zélia Amador é
professora da Universidade Federal do Pará, coordenadora da Assessoria de
Diversidade e Inclusão Social, atriz, diretora de teatro e ativista do
Movimento Negro. Foi uma das fundadoras do Centro de Estudo e Defesa do Negro
no Pará (Cedenpa) e do Grupo de Estudos Afro-Amazônicos (GEAM-UFPA). Foi
presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negro, participou da
criação do sistema de cotas negras nas universidades e, dentro do ambiente
acadêmico, recebeu o título de primeira reitora negra do país.
Para
retribuir a sua contribuição e espalhar os seus feitos - principalmente em
tempos de conservadorismo e retrocessos políticos -, o diretor Glauco Melo e o
roteirista Ismael Machado fundem os relatos da homenageada com recortes de sua
vida em uma dramatização simulando um monólogo teatral e inserção de animações.
Ao todo, o filme conta com 24 minutos.
Em trailer divulgado nas redes sociais, é possível ouvir um trecho da fala de Zélia pontuando a sua relação com a autoestima, enquanto mulher negra, e seu processo de aceitação. “O black power foi a minha libertação. O meu cabelo cresceu, foi-se. Bem, eu tinha orgulho do meu black, aí passei a me aceitar e a entender que esse meu corpo tem uma história, história de um povo que foi vilipendiado, história de um corpo que carrega história”, conta.
Para
esses e outros depoimentos, o filme estará disponível a partir das 19h, de
forma gratuita, no canal do YouTube da produtora Floresta Urbana. “Amador,
Zélia” contou com incentivo da Lei Aldir Blanc, via Secretaria de Cultura do
Pará. Assista pelo no canal da produtora Floresta Urbana.
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Com informações do Alma Preta.