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Manter uma tradição religiosa praticando crime ambiental vale a pena?




A Igreja Católica do Município de Altaneira, através do pároco Alberto e fieis praticantes ou não, ou ainda aqueles que querem apenas uma diversão, estão, a um só tempo, praticando um crime contra o meio ambiente ao realizar de forma desenfreada o desmatamento para sustentar uma tradição calcificada na religiosidade. Querem manter os festejos, as manifestações de fé de qualquer forma. Ante a isso, todo anos árvores são derrubadas para cumprir um ritual do tradicional Pau da Bandeira em homenagem a padroeira do município, Santa Tereza D´Ávila.

Aroeira foi escolhida para o Pau da Bandeira na festa de
Santa Tereza D'Ávila, padroeira de Altaneira.
Foto: Humberto Batista
Ora, não estamos tomando as dores de um ambientalista simplesmente, mas de cidadãos preocupados com a saúde ambiental. É sabido que diversas são as consequências desse tipo de agressão ao meio ambiente e que no contraponto acaba afetando também a sobrevivência humana. Destruição da biodiversidade, empobrecimento do solo, aumento considerável da temperatura, desertificação, levando a destruição e extinção de diferentes espécies. Muitas delas, inclusive, podem ajudar na cura de doenças, usadas na alimentação ou como novas matérias-primas, são desconhecidas do homem, correndo o risco de serem destruídas antes mesmo de conhecidas e estudadas.

Certo que elas (as árvores) são cortadas anualmente em lugares diferentes, o que em tese reduziria ou tardaria essa catástrofe. Em tese, uma vez que não há preocupação da igreja e dos seus seguidores no processo de reflorestamento. Ainda não vimos  nenhuma ação no sentido de replantar as áreas desmatadas. Não se pode continuar alimentando a fé sem o cuidar do espaço. Manter a manifestação de fé sem levar em conta os riscos ambientais não vale a pena. Será que estão esquecendo que são elas, as plantas, os únicos seres capazes de colocar oxigênio no planeta?. Será que estão esquecendo que eles, enquanto humanos não possuem fábricas onde possam fabricar moléculas de oxigênio?

Fieis católicos de Altaneira realizam corte de árvore e praticam
crime ambiental. Igreja Católica não está preocupada com
o desmatamento desenfreado.  
Ora, o extermínio das árvores das florestas, pela poluição e desmatamento, são dois fatos que podem acabar com as condições de vida na Terra. Sem plantas para repor o oxigênio da atmosfera os seres humanos estão fadados a extinção. Ante a isso, se faz necessário, e de forma urgente, uma política de conscientização ambiental tanto para a instituição e seus fieis quanto para os proprietários dos terrenos. Não estamos propondo um fim dos festejos, do carregamento do "pau da bandeira", mas uma educação ambiental.

O assunto não é novo, como também não é nova a preocupação em cuidar da saúde ambiental de Altaneira que está a beira de uma catástrofe se nenhuma medida séria for tomada e, de forma urgente. No último sábado, 14, Tony Sousa, residente em Franco da Rocha, estado de São Paulo, ao comentar artigo publicado no Blog de Altaneira intitulado “Aroeira é escolhida para o Pau da Bandeira de Santa Tereza D’Ávila” questionou essa manutenção da tradição religiosa sem levar em consideração a saúde ambiental local.  “pra que fazer uma coisa ridícula desta matar uma arvore que demora 100 anos pra chegar a esta altura. por que não inventa um outro meio de comemorar esta festa . deus não concorda com estas barbaridades que os administradores da igreja fazem.nos anos dos festejo de nossa querida santa Tereza em altaneira já foi desmatado quase uma floresta . e a igreja plantou alguma arvore nestes anos todos?”, perguntou Tony. Tão logo outros comentários em defesa do reflorestamento foram feitos, como o do Secretário de Agricultura e Meio Ambiente, por exemplo, o jurista e blogueiro Raimundo Soares Filho editou matéria em seu portal com o título “Altaneirenses criticam derrubada de árvores para o Pau da Bandeira”. 

Derrubada de árvore em Altaneira para manter uma tradição
calcificada na religiosidade representa crime ambiental
no município de Altaneira
Toda via e, lamentavelmente o assunto não mereceu se quer uma nota na Rádio Altaneira Fm. Os internautas, por sua vez., dentre os quais incluímos professores e estudantes pouca atenção deram. Assim, o assunto do crime contra o meio ambiente praticado pela igreja católica de Altaneira e seus fieis não teve maiores repercussões.

Alguns até ousaram comentar, mas foi para questionar a demora das críticas. No entanto, o assunto de que bandas virão tocar nos festejos à padroeira em outubro próximo continuam a todo vapor. Não tivemos explicação do figurão da instituição religiosa supracitada ( e nem vamos ter, pois não faz parte dele responder ou explicar nada que vá contra as normas religiosas) e tampouco teremos mais defensáveis do meio ambiente. Gostaríamos de ouvir os nobres representantes do legislativo municipal quanto a esta problemática, se possível nesta terça-feira, 17, durante sessão plenária na Câmara Municipal no tema livre. Afinal assunto como esse não pode passe despercebido pelos legisladores e fiscalizadores, não é mesmo Edezyo Jalled, Flávio Correia, Professor Adeilton, Antonio Leite, Alice Gonçalves, Genival Ponciano, Zuleide Ferreira, Lélia de Oliveira e Gilson Cruz?