Mostrando postagens com marcador Léa Garcia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Léa Garcia. Mostrar todas as postagens

Morre aos 90 anos a atriz Léa Garcia

(FOTO | Reprodução | Instagram).

A atriz Léa Garcia, uma das atrizes mais renomadas do teatro e da televisão no Brasil, faleceu nesta terça-feira (15) aos 90 anos. A atriz estava participando do Festival de Cinema de Gramado, e faleceu no município do Rio Grande do Sul, nesta manhã.

A atriz receberia o Troféu Oscarito nesta terça-feira (15), durante a 51ª edição do evento. A informação do falecimento foi dada pelos familiares da atriz, em uma publicação nas redes sociais. “É com pesar que nós familiares informamos o falecimento agora na cidade de Gramado da nossa amada Léa Garcia”.

Personalidades Negras que Mudaram o Mundo: Léa Garcia


O estado do Rio de Janeiro passaria a conhecer a partir da década de 30 do século passado, aos 11 de março de 1933, Léa Lucas Garcia de Aguiar que passou a ser conhecida no cenário atual simplesmente como Léa Garcia. Sua mãe faleceu quando ela tinha ainda 11 anos, passando a ficar sob os cuidados de sua vó materna.

Léa Garcia. Foto: Divulgação.
Foi a partir da relação trabalhista de sua avó que desempenhou ofícios na casa de uma rica e tradicional família que Léa pôde desfrutar de um bom estudo, vindo a aprender nos melhores colégios carioca e, aos 16 anos conheceu o Teatro Experimental do Negro. 

Segundo informações constantes no portal Palmares, para assistir aos espetáculos teatrais, a jovem passou a negligenciar os estudos, o que lhe rendeu uma surra pública dada por seu próprio pai. Com isso, Léa fugiu de casa e passou a viver com Abdias Nascimento, fundador do Teatro, com quem teve dois filhos e adquiriu um espírito militante contra a discriminação racial e de gênero, característica que marcou sua trajetória artística.

Na década de 1950 estreou como atriz na peça “Rapsódia Negra”, o primeiro de dezenas de trabalhos nos palcos. O cinema surgiu na vida de Léa quase que simultaneamente ao teatro. Em 1959, estreou na telona no aclamado “Orfeu Negro”, filme que ganhou o Oscar de melhor obra estrangeira no ano seguinte, e lhe deu a segunda colocação no Festival de Cinema de Cannes. Ela foi a única brasileira escolhida pelo Guilford College dos Estados Unidos como uma das dez mulheres do século XX que mais contribuíram para a luta dos direitos humanos e civis.