Reproduzimos
abaixo matéria publicada na versão impressa do Jornal A Verdade nº 153 e que ganhou
notoriedade também no portal O Comentarista Político em julho do corrente ano. Na oportunidade, a Unesco reconhece a importância
da praticidade que o Argentino e comunista Ernesto Che Guevara deu aos seus
ideias.
Vamos a ela
O
argentino nascido em Rosário, Província de Santa Fé em 14 de Junho de 1928,
Ernesto Che Guevara fez de sua vida uma das maiores contribuições para a
libertação dos povos da América latina e do mundo. Agora a Organização das
Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, reconhece os escritos do
revolucionário como Patrimônio da Humanidade. Os documentos foram incluídos no
Programa de Memória do Mundo. Este programa que possui em seu registro 299
documentos e coleções dos cinco continentes agora conta com 431 manuscritos do
Che, 567 documentos sobre sua vida e obra, assim como uma seleção de materiais
iconográficos, cinematográficos, cartográficos e objetos para museu. Para Juan
Antonio Fernández, presidente da Comissão Nacional Cubana da Unesco, esta decisão
reconhece a “contribuição do Che ao pensamento revolucionário latino-americano
e mundial, que o converteram em símbolo de rebeldia, de liberação e
internacionalismo”.

O
exemplo do guerrilheiro heroico ultrapassa as barreiras do tempo e até hoje
inspira os revolucionários do mundo. Che, como era carinhosamente chamado entre
os guerrilheiros do movimento 26 de Julho, ficou conhecido por utilizar de suas
próprias atitudes para demonstrar como deve se comportar um revolucionário
frente a diversas situações, seja da vida cotidiana, seja no front de batalha.
Ernesto nunca se recusava a uma tarefa e defendia que um revolucionário deve
estar onde a revolução necessita. Enquanto Ministro da Indústria foi um grande
entusiasta do trabalho voluntário como emulação comunista, ele próprio se
dedicou durante anos ao trabalho voluntário na produção, uma vez por semana.
Sobretudo,
Che era um internacionalista e ao cumprir com suas tarefas em Cuba, foi
construir a revolução no mundo. Passando pela África e por fim voltando à
América Latina o guerrilheiro foi assassinado na Bolívia sob orientação e apoio
da CIA em 9 de outubro de 1967. Ainda assim, Che vive, nas lutas dos povos do
mundo para libertarem-se da opressão. Suas ideias estão mais vivas do que
nunca. Seu exemplo arrasta milhões todos os anos para as lutas. Sobre Che, não
há melhores palavras do que as de seu amigo e camarada Fidel quando diz, “Se
queremos um modelo de homem, um modelo de homem que não pertence a este tempo,
um modelo de homem que pertence ao futuro, de coração digo que esse modelo, sem
uma mancha em sua conduta, sem uma só mancha em suas atitudes, sem uma só
mancha em sua atuação, esse modelo é Che! Se queremos expressar como desejamos
que sejam nossos filhos, devemos dizer com todo o coração de veementes
revolucionários: queremos que sejam como Che!”