5 de março de 2025

‘O poder dos EUA está nos imigrantes’, diz Chimamanda, autora de novo livro que aborda imigração

 

Imagem da escritora Ngozie Adichie durante palestra. (FOTO | Reprodução | Flickr).


Na próxima terça-feira (11), a escritora nigeriana Chimamanda Ngozie Adichie lançará o livro “A Contagem dos Sonhos”. O novo romance será lançado no Brasil, Estados Unidos, na Inglaterra e no Canadá.

A obra acompanha a vivência de quatro mulheres que se conectam através das suas histórias e explora questões sociais, políticas e amorosas das quais experienciam. Adichie também destaca o contraste entre as diferentes visões de mundo nos ambientes em que as personagens vivem, a África Ocidental e os Estados Unidos.

As personagens Chiamaka, Zikora, Omelogor e Kadiatou refletem a relação entre o conhecer e o amar. Assim como em outros romances da autora, a obra traz reflexões sobre as expectativas sociais em relação às mulheres, as desigualdades sociais, a perspectiva de identidade e como esses elementos moldam a experiência da mulher negra. Além disso, a narrativa aborda os choques culturais vivenciados pelas personagens.

Um dos aspectos relevantes abordados no livro é a imigração, retratado por uma das personagens e que pode ressoar ainda mais por ser um tema atual diante das recentes deportações feitas nos EUA. Para a autora, que estudou nos Estados Unidos e tem sua origem em Lagos, na Nigéria, “o poder dos EUA está em seus imigrantes”, afirma ela.

Não há nenhum outro lugar como este, em que as pessoas vão a uma terra que não é sua e constroem um país. Sim, isso se baseia em muita violência. Mas também é, em certa medida, uma ideia admirável, de que é possível partir de diferentes partes para um novo mundo em que todos coexistem. O fato de que a imigração se tornou tão demonizada nos EUA é perigoso”, comenta a escritora.

Chimamanda é autora de grandes sucessos como “Meio Sol Amarelo”, “Hibisco Roxo” e “Americanah”. Também é reconhecida pelo seu discurso feito no TEDx, intitulado “O perigo da história única” (2009), sobre narrativas que fogem da perspectiva ocidental.

Com informações da Folha de S. Paulo e Alma Preta.

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