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Atos retomam movimentos de rua por pauta que mobiliza o país. (FOTO | Letycia Bond). |
Neste domingo (16), cidades de todo o país têm previstas mobilizações nas ruas pelo fim da escala 6X1 e das jornadas excessivas e esgotantes de trabalho. Os atos fazem parte do terceiro dia de mobilização nacional sobre o tema, que mobiliza trabalhadores e trabalhadoras desde o ano passado.
O
objetivo é pressionar o Congresso Nacional, já nas primeiras semanas de
atividades legislativas após o recesso parlamentar. Os movimentos populares
querem a retomada da tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que
pretende reduzir a jornada de trabalho nacional de 40 para 36 horas.
Na
região Sudeste estão previstos atos em todos os estados. Em território
paulista, manifestantes vão às ruas na capital, a partir das 11 horas, com
concentração em frente ao Masp. Pelos menos outras 8 cidades do estado também
têm manifestações previstas. Na lista estão Ribeirão Preto (Esquina
Democrática,08h), Campinas (Largo do Rosário, 09h), Bragança Paulista (Lago do
Taboão, 09h), São Carlos (Praça do Iguatemi, 12h), Diadema (Praça da Moça,
15h), São José dos Campos (antiga Câmara Municipal, 16h), Sorocaba (Praça da
Bandeira, 16h) e Santos (Feira da Francisco Glicério, 08h e Gonzaga, 16h)
Já
no Rio de Janeiro, os protestos ocorrerão na capital fluminense a partir das 11
horas, no Madureira Shopping e em Volta Redonda, na Feira da Vila, também a
partir das 11 horas da manhã. Em Minas Gerais, haverá atos em Belo Horizonte
(Praça Sete, 9h) e em Montes Claros (AEC Poliesportivo, 14h). No Espírito
Santo, a concentração será em Vitória (Shopping Vitória, 14h).
No
sul do país, trabalhadores e trabalhadoras do Paraná vão às ruas em quatro
municípios: Curitiba (Praça Santos Andrade, 13h), Foz do Iguaçu (Feirinha da
JK, 10h e Muffato Boizy, 11h), Londrina (Concha Acústica, 15h) e Maringá
(Maringá Park, 13h30). Em Santa Catarina estão previstas mobilizações em quatro
cidades de Santa Catarina, Florianópolis (Floripa Shopping, 09h), Blumenau
(Parque Ramiro Ruediger, 09h), Chapecó (Praça Coronel Bertaso, 10h) e Itajaí
(Itajaí Shopping, 10h).
Também
estão previstas manifestações na região Norte. No estado do Amapá, o protesto
em Macapá começa às 16 horas, no Macapá Shopping. No Pará, o protesto será na
cidade de Santarém, na Assis Vasconcelos, a partir das 11 horas. No Amazonas, o
protesto começa às 09 da manhã em Manaus, na Avenida Autaz Mirim. E em
Rondônia, a capital Porto Velho tem manifestação prevista para às 16 horas, no
Skate Park.
Cidades nordestinas também vão às ruas pelo fim da escala 6X1 neste domingo. Em Pernambuco os atos acontecem em pelo menos seis municípios, Recife (Shopping Boa Vista, 11h), Caruaru (Shopping Difusora, 15h), Garanhuns (Parque Euclides Dourado, 09h) e Toritama (Em frente ao Banco Brasil, 09h).
Na
Bahia, os protestos vão acontecer em Salvador (Shopping Bela Vista, 15h), em
Feira de Santana (Shopping Avenida,16h) e em Vitória da Conquista (Praça da
Normal, 16h). No Rio Grande do Norte haverá manifestação a partir das 14 horas
na capital Natal, no Contact Center da Riachuelo. A capital cearense,
Fortaleza, tem ato previsto para o mesmo horário, em frente ao Terminal
Parangaba. Em Sergipe, manifestantes estarão na Avenida Osvaldo Aranha, a
partir das 09 horas na capital Aracaju.
Por
fim, a região Centro - Oeste terá atos em Goiás, na capital Goiânia, em frente
ao Flamboyant Shopping, a partir das 15 horas. No Distrito Federal, a
manifestação começa às 14 horas, na Rodoviária do Plano Piloto. Já no Mato
Grosso, os protestos serão em Cuiabá, na Praça Ipiranga, às 09 horas.
Histórico
Os
debates nacionais sobre o fim da escala 6x1 tomaram força no ano passado, a
partir da movimentação para reunir assinaturas que permitissem a tramitação da
PEC. Sob liderança da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), o tema tomou
conta das redes sociais e das ruas do país.
Inspirada
pelo movimento “Vida Além do Trabalho,” do vereador Rick Azevedo (PSOL-SP), a
PEC propõe a extinção da jornada, com a instituição de uma semana de quatro
dias e a limitação a 36 horas semanais. A iniciativa, que ganhou apoio e
repercussão popular, alcançou mais de 171 assinaturas, cumprindo os requisitos
para avançar no Legislativo.
Mas
o tema precisa ser colocado em tramitação e passar pelo processo de debate do
Congresso Nacional, que prevê discussões em comissões, debates, votações -
inclusive nos plenários - e análise tanto pela Câmara quanto pelo Senado.
Para
reforçar a pressão que quer o tema na pauta, representantes das frentes Brasil
Popular e Povo sem Medo debatem a organização de um plebiscito sobre o assunto.
A proposta inclui também uma consulta popular sobre a taxação dos super ricos e
tem previsão de ser realizada em setembro deste ano.
Neste
sábado (15), o historiador Valério Arcary falou sobre o assunto em um debate na
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), promovido pelo Diretório
Central dos Estudantes (DCE). O intelectual que participou da fundação do
Partido dos Trabalhadores (PT) e hoje é militante do Psol, disse que o governo
Lula não pode deixar o debate sobre a jornada de trabalho de lado.
Segundo
ele, a temática está entres os temas essenciais no combate às ideias fascistas
da extrema-direita, “O governo não pode assistir de camarote o impacto que tem
o aumento dos alimentos, não pode assistir de camarote um movimento que
mobiliza milhões defendendo o fim da jornada 6×1, não pode ficar indiferente à
necessidade de introduzir na reforma tributária o imposto sobre as grandes
fortunas, não pode adiar indefinidamente a isenção do imposto de renda para
quem ganha até R$ 5 mil, não pode imaginar que não tem consequências alterar a
lei de reajuste do salário mínimo”.
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Com informações do Brasil de Fato.
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