O
presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (27), em Maceió, que, ao
final de seu mandato, gostaria de ser conhecido como o "maior presidente nordestino" da
história, apesar de ser paulista. "Meu
objetivo e o meu sonho é que, ao final do meu mandato, vocês possam dizer,
embora sendo eu de São Paulo: 'Esse foi o maior presidente nordestino que
passou pelo Brasil", disse.
Do
Uol
A
declaração de Temer foi dada durante cerimônia de divulgação do repasse de
verbas no valor de R$ 1,02 bilhão para obras de combate à seca e de acesso à
água em 15 Estados das regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste: Acre, Alagoas,
Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba,
Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe.
Temer,
que assumiu o governo este ano após o impeachment de Dilma Rousseff tem mandato
até o fim de 2018. Ele já disse publicamente que não quer tentar a reeleição,
embora aliados defendam sua candidatura.
Segundo
pesquisa Datafolha do começo do mês, 51% dos brasileiros consideram a gestão de
Temer ruim ou péssima. Índice que sobe para 60% no Nordeste.
Em
seu discurso, ele enfatizou que está tentando ampliar o diálogo entre os
Poderes e unidades federativas. "A
primeira palavra que mobiliza esse governo é o diálogo. Conversamos com o
Congresso porque na democracia é assim, não se governa sozinho. E graças a
Deus, contamos com compreensão do Congresso, as medidas que temos mandado tem
sido rapidamente aprovadas com índice superior a 88%. É o maior índice de apoio
que um governo teve ao longo dos tempos", disse.
"A União só será forte se os Estados e os
municípios forem fortes", afirmou o presidente, em referência à Lei da
Repatriação, que pretende incentivar o retorno aos cofres públicos de valores,
obtidos de forma lícita, de pessoas físicas e empresas que desejam resolver as
pendências com o fisco e obter desconto na multa. A lei permitiu recuperar
parte das verbas a serem usadas nas medidas antisseca anunciadas nesta terça.
Para
a visita de Temer a Maceió, foi montado um grande esquema de segurança, com participação
do grupo Antibomba, militares do Exército e até uma delegacia móvel. Um
protesto contra o governo federal, na porta do Centro de Convenções, reuniu
cerca de 150 pessoas faixas e cartazes, mas não houve incidentes.
Combate à seca
O
governo vai investir R$ 755 milhões na construção de 133 mil cisternas,
microaçudes e programas de acesso à água, sendo 76 mil serão para consumo de
famílias. A medida deve beneficiar mais de 1 milhão de pessoas em 759
municípios, além de 7 mil escolas públicas na região do semiárido, segundo o
governo.
Do
total investido, R$ 250 milhões são recursos repatriados pelo governo graças à
Lei da Repatriação. Outros R$ 255 milhões são procedentes da reativação de 40
convênios entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA),
Estados e municípios. Os contratos venceriam no dia 31 de dezembro. O restante
--R$ 250 milhões-- está previsto na Lei Orçamentária Anual de 2017.
A
cerimônia contou com a participação de governadores e vice-governadores dos
Estados beneficiados, e dos ministros Osmar Terra (Desenvolvimento Social),
Marx Beltrão (Turismo) e Hélder Barbalho (Integração).
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Temer durante viagem a Maceió |
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