Subsidiar
a construção do Museu Nacional da Memória Afrodescendente é o objetivo do
Seminário Rumo ao Museu Nacional da Memória Afrodescendente, que segue até
quinta-feira, 28 de agosto, na sede da Fundação Cultural Palmares, em Brasília.
Segundo o presidente da Fundação Cultural Palmares, Hilton Cobra, o Museu fará
parte do complexo do Parque Nelson Mandela, a ser construído as margens do Lago
Paranoá, na capital federal, e abrigará o maior acervo do país sobre a história
negra, uma importante referência nacional e internacional da cultura
afro-brasileira.
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Macaé Evaristo(SECADI/MEC); Mnistra Luiza Barros(SEPPIR/PR); Ministra Marta Suplicy(MinC); Hilton Cobra e Sweden berger Barbosa(Casa Civil/GDF). |
Educação
– “Precisamos resgatar a dor, para
evidenciar a contribuição do povo negro na construção da sociedade brasileira”,
disse Marta. Para isso, o Museu trabalhará com a história contada e a não
contada nos livros-base da Educação. “Estamos
em busca da verdade sobre a história do negro no Brasil para resgatar a
autoestima com base na identidade”, completou.
Para
o Ministério da Educação, o Museu será um alicerce fundamental na tarefa de
implementar a Lei 10.639/2003 que estabelece o ensino da história e cultura dos
africanos e afrodescendentes no currículo escolar. Macaé Evaristo, secretária
de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, afirma que se
trata de um grande avanço também, no que diz respeito à redução das
desigualdades raciais. “É uma
possibilidade de sairmos do silenciamento, um lugar de expectativa e de vozes
que ainda não foram ouvidas em nossa sociedade”, disse.
Identidade –
Já a ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, comparou a proposta do museu
à obra Comunidades Imaginadas, de Anderson Benedict, onde o autor afirma que
censos, mapas e museus são três posicionamentos importantes a como as
populações se compreendem no tempo e no espaço. “São os modos como uma nação se define e pretende se apresentar para si
e para o mundo”, explicou a ministra.
De
acordo com Luiza, a população negra brasileira teve ganhos muito significativos
no que tange ao reconhecimento de sua participação na sociedade, porém o Museu
será um espaço à divulgação dos passos que já foram dados nesse sentido. “Um lugar onde poderemos contar nossa
história, oferecer contribuições, interação e influências aos nossos passos no
presente e no futuro”, concluiu.
O
secretário da Casa Civil do Governo do Distrito Federal, Swedenberger Barbosa,
também participou dos debates ressaltando a parceria entre o MinC e o GDF para
a conquista da nova área de 65.006,502 m², localizada no Lago Sul, próxima a
Ponte JK.
Via
Fundação Cultural Palmares
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