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Michel Temer |
A
aliança, os acordos, as artimanhas e os conchavos no ambiente político
partidário sempre foi uma constante. É necessário, inclusive, para que se
construa uma boa gestão, seja ela a nível federal, estadual ou municipal. É tão necessário quanto à existência de uma
oposição forte, atuante e coerente em suas críticas.
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Henrique Alves |
Toda
via, quando a aliança extrapola os limites, os riscos de uma quebra na
democracia são enormes.
Há vários contornos que concorrem
para colocar em xeque a saúde do sistema democrático. Citam-se como os mais
comuns à inexistência de uma oposição ou quando esta está fragilizada, ou ainda quando critica apenas por que foram destituídos do poder e, claro, a hegemonia
conquistada por um grupo político, por uma agremiação, principalmente por acordos políticos e, ou, através das velhas
práticas políticas, a saber, o jogo dos favores, do “toma lá da cá”.
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Renan Calheiros |
Essas
práticas sempre foram utilizadas e continuam a ser por que os municípios, os
estados e a união ainda não conseguem conviver com a política do diferente, dos
posicionamentos diferentes e andam distribuindo cargos políticos em troca de
administrações sem conflitos. Foi assim
no início da administração do governador do Ceará, Cid Gomes que, praticamente
extinguiu a oposição. É assim com diversos municípios.
Recentemente, a nível nacional, acompanhamos essa prática ganhar corpo, uma vez que o PMDB vem gradativamente conquistando todos
os espaços de poder. Ele está presente no executivo, na pessoa do Michel Temer,
vice-presidente e, está também no legislativo. Aqui aparecem Henrique Alves na
Câmara e Renan Calheiros no Senado.
Vale
lembrar que a principal função do legislativo é, não sem razão, legislar e
fiscalizar de forma independente e a do executivo está a de buscar de forma
efetiva ser provedor de ações sociais que levem em consideração o bem-estar e, que como resultado dessas práticas, ele venha a ser transparente e atuante.
É
sabido que atingir essas características corroboram para manter a democracia
acessa, levam a massa popular a depositar nesses poderes constituídos a
esperança de um mundo melhor.
Toda
via, nessa situação elencada acima essas características estão longe de serem
atingidas. Percebe-se que a democracia está doente e nesse quesito, o remédio
está sendo dado em uma dosagem acima do normal.
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