Réu confesso no uso de Caixa 2 e confirmado como ministro do governo de Bolsonaro, não incomoda Moro


(Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil).

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, durante coletiva em Curitiba, demonstrou adotar de flexibilidade em seus critérios sobre a gravidade do uso de caixa 2, dependendo de quem é o protagonista da ação. Questionado por um jornalista sobre como ele se posiciona diante do fato de que Onyx Lorenzoni, escolhido para ser ministro da Casa Civil, é réu confesso dessa atividade ilícita, Moro respondeu: “Ele já admitiu e pediu desculpas”.

A afirmação vai de encontro ao discurso do juiz, sempre se posicionando, pelo menos na retórica, radicalmente contra a corrupção. Em 2017, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) assumiu ter recebido recursos de caixa 2 da JBS. O parlamentar e futuro ministro de Jair Bolsonaro foi citado na delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, como beneficiário de R$ 100 mil repassados pelo grupo.

Vale recordar que Moro, em 2017, durante palestra realizada na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, enquanto ainda dava as cartas na Operação Lava Jato, o juiz afirmou, de forma contundente: “Temos que falar a verdade, a Caixa 2 nas eleições é trapaça, é um crime contra a democracia. Corrupção em financiamento de campanha é pior que desvio de recursos para o enriquecimento ilícito”. Parece que o juiz Sérgio Moro não é tão incisivo quando se trata de aliados políticos.

Propina da JBS

Em uma tentativa de atenuar sua punição e não ser cassado, Onyx Lorenzoni concedeu entrevista à Rádio Gaúcha e assumiu publicamente ter recebido propina da JBS. O parlamentar, que pediu um “basta na roubalheira” em seu discurso na votação do impeachment de Dilma Rousseff (PT), confessou que ganhou R$ 100 mil em dinheiro vivo para sua campanha de 2014.

Final da campanha, reta final, a gente cheio de dívidas com fornecedores, pessoas, eu usei o dinheiro. E a legislação brasileira não permite fazer a internalização desse recurso”, disse Onyx.

O parlamentar confessou ainda que não declarou o dinheiro para não ter que usar um laranja na prestação de contas. “Como faço? Pego o dinheiro de Caixa 2 e coloco onde? Não posso botar na minha conta e transferir. Vou arrumar uma empresa para assumir isso e arrumar uma laranja? Aí não, aí estou lavando dinheiro”, disse, como se receber recursos não declarados fosse menos pior do que se declarasse através de um terceiro.

Paradoxalmente, Onyx ficou conhecido por ser o relator do projeto “10 medidas contra a corrupção”. Sobre isso, ele afirmou: “Quando fui relator do projeto das 10 medidas eu briguei para criminalizar quem dá e quem recebe, com alta gravidade. Talvez ali eu estivesse tentando espiar o meu erro”.

Em 2014, teve sua candidatura financiada pelas duas grandes empresas da indústria armamentista brasileira, a Taurus e a CBC. São empresas que estão vendo suas ações no mercado dispararem com a escalada de Bolsonaro. (Com informações da Revista Fórum).


Negros são menos de 30% dos estudantes que cursam pós-graduação


Apesar de corresponderem a maioria da população, negros ainda são minorias na graduação e principalmente na pós. (Foto: TVT/Reprodução).

Em debate que abriu a Semana da Consciência Negra, cujo dia é celebrado em 20 de novembro, professores e estudantes da Universidade Federal do ABC (Ufabc), em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, argumentaram, nesta segunda-feira (5) sobre a importância das políticas de cotas para negros em cursos de pós-graduação que, segundo os participantes, são ainda mais elitistas e restritos que os cursos de graduação.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) confirmam a percepção dos docentes e alunos ao indicam que, apesar do aumento no número de mestrandos e doutorandos negros, entre 2001 a 2013, que passou de 48 mil para 112 mil estudantes, essa parcela da população corresponde apenas a pouco menos de 30% dos alunos que cursam uma especialização.

"O que a gente tem no Brasil hoje é uma produção de conhecimento que é majoritariamente masculina e branca, só que esse lugar não é tomado como lugar racializado ou de gênero, mas é", explica a professora do departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP) Márcia Lima ao repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da TVT, acrescentando que inclusão é uma forma também de repensar o conhecimento acadêmico. (Com informações da RBA).

Candidato derrotado rebate presidente eleito do Sindicato dos Servidores Municipais de Altaneira (Sinsema)



O servidor público Manoel de Sousa, conhecido popularmente por Nézio, candidato derrotado ao cargo de presidente do Servidores Municipais de Altaneira (Sinsema) no último domingo, 04, rebateu as declarações do presidente eleito José Evantuil.

Nézio, candidato derrotado nas eleições do
Sinsema. (Foto: Reprodução/Blog de Altaneira).
Tão logo o resultado oficial do processo eleitoral saiu, o professor e sindicalista Evantuil falou a redação do Blog Negro Nicolau (BNN). Naquela oportunidade, ele destacou que seu opositor obteve apoio de padrinhos político. “Graças a deus a gente evitou que um afilhado do grupo político, com padrinho entrasse no sindicato. A gente sabe que, afinal de contas, ele, o grupo que estava se opondo a nós estava tutelado por pessoas partidárias, da política partidária”.

O Blog de Altaneira (BA) teve acesso as declarações de Nézio e as reproduziu. O BA cita que o candidato derrotado usou a rede social Facebook para reforçar a tese de que o presidente eleito contou com o apoio dos gestores municipais. Menciona ainda que “os membros da chapa2”, da qual ele fez concorreu, “nunca negaram que contava com o apoio de lideranças, mas o presidente eleito sempre negou o apoio dos atuais gestores”.

Essa diretoria que se reelegeu sim, tem partido, e todos nós sabemos qual é. Certamente não será o dos servidores”, destacou Nézio.

O Blog Negro Nicolau procurou o servidor Nézio, mas este não respondeu aos questionamentos.



Personalidades Negras que Mudaram o Mundo: Tia Simoa



Tia Simoa. Cordel biográfico de Jarid Arraes.
(Foto/ Reprodução/ Blog Mônica Aguiar Souza).
A Preta “Tia Simoa” foi uma negra liberta que, ao lado de seu marido (José Luís Napoleão) liderou os acontecimentos de 27, 30 e 31 de janeiro de 1881 em Fortaleza – Ce , episódio que ficou conhecido como a “Greve dos Jangadeiros”, onde se decretou o fim do embarque de escravizados naquele porto, definindo os rumos para a abolição da escravidão na então Província do Ceará, que se efetivaria três anos mais tarde. No entanto, apesar de sua importante participação para a mobilização popular que impulsionou os acontecimentos, esta mulher negra teve sua participação invisibilizada na história deste Estado onde, ainda hoje, persiste a falsa premissa da ausência de negr@s.

As mulheres negras cearenses são comumente indagadas sobre sua origem e constantemente remetidas à Bahia, principalmente se não submetem seus cabelos a processos de alisamento. Esta não aceitação de nossa identidade se deve a cruel associação d@ negr@ à condição de escrav@, que no caso do estado do Ceará, teve seu processo diferenciado das principais capitanias importadoras de mão de obra escravizada devido a suas condições climáticas e geográficas, o que não significa dizer que aqui não tiveram escrav@s ou que não existiram negras e negros livres, a exemplo da “Tia Simoa” que, além de liberta lutou pela liberdade de seu povo, evidenciando uma expressiva característica da população negra (escravizada ou liberta) deste período que ultrapassa a visão dicotomizada entre o conformismo e a resistência, pois demonstra “uma experiência construída historicamente pela etnia negra” (FUNES) estabelecida através de sua sociabilidade, engajamento e luta inserida em seu cotidiano.

A ausência desta documentação histórica se repete no tocante as demais lideranças negras que atuaram no restante do país como Luíza Mahin (Ba), Mariana Crioula (Rj), Tereza de Benguela (Mt) dentre tantas outras que poderiam figurar na lista de resistência e resiliência negra feminina mas que são invisíveis na historiografia oficial do país, bem como na história do feminismo brasileiro que desconhece o extenso histórico de enfrentamento político e social da mulher negra no Brasil. A omissão desta representação na história oficial perpetra o imaginário social e destina, controla e manipula a subjetividade desse contingente significativo de mulheres no Ceará, assim como no restante do Brasil que, além de não veem suas demandas específicas inseridas no debate sobre feminismo também não se percebem nos principais embates simbólicos travados no bojo dessa importante organização política.

Atrelando o conceito de gênero ao de “raça”, onde ambos descartam o discurso biologizante das diferenças para se deterem ao campo semântico do conceito abreviado de “mulher negra”, devemos considerar que este é, sobretudo, um conceito determinado pela estrutura da sociedade e pelas relações de poder que a conduzem. Dessa forma, conhecer a história de Simoa, mulher negra cuja história está submersa entre os escombros da memória é, pois, estabelecer um sentido de pertencimento a um grupo social historicamente invisibilizado no estado do Ceará. Ao sabermos da influencia que as representações históricas exercem na organização social poderemos compreender de que forma o discurso, inserido no pensamento social, contribui para a construção das relações que se estabelecem neste meio.

Ao eleger os sujeitos de uma representação histórica, estamos exercendo o que Bourdieu chama de “poder simbólico” (2006, p.14), pois estamos nomeando um objeto constituído na enunciação. Compreendendo o discurso como campo de exercício deste poder e, portanto, como instrumento de dominação, ele assim se efetua ao tomar reconhecimento e se concretiza ao tornar-se uma representação social ideologicamente estruturada, vindo a contribuir significativamente para a construção da realidade.

Com isso quero dizer que, ao buscar conhecer a estrutura socioeconômica dos responsáveis pela produção e reprodução deste discurso, podemos entender como se formaram as configurações ideológicas acerca da imagem da população negra no Ceará, sobretudo no discurso do período pós-abolição, onde se elegeu os sujeitos para representarem o movimento abolicionista ao mesmo tempo em que sepultava a memória dos “atores” esquecidos. É por meio do poder simbólico que a historiografia oficial tende a forjar a “não presença” de negras e negros no estado do Ceará e, assim, a naturalizar essa invisibilidade por meio da reprodução deste discurso no âmbito educacional perpetrando o imaginário social.

É, portanto, percorrendo o itinerário oposto que buscamos desvendar os elementos para compor nossa representação histórica a partir do protagonismo de mulheres negras que tiveram sua participação omitida nos discursos sobre a série de ações de resistência e de enfrentamento à escravidão, como no caso do movimento abolicionista no Ceará que resultou em uma abolição pioneira no Brasil e que este mês completa 130 anos, nos levando, mais uma vez, a refletir sobre os desdobramentos deste processo no bojo dos discursos que se sucederam. Da mesma forma, a omissão sobre o protagonismo de mulheres negras ao longo da história do Brasil se reproduz no tocante a história oficial do feminismo brasileiro.

Ao voltar o olhar para o feminismo brasileiro percebemos as profundas desigualdades que se reproduzem em suas contradições internas, principalmente quando visto a partir da dimensão racial, ao desconhecer e desconsiderar o duro processo de aprendizagem em busca da construção da identidade da mulher negra. É necessário, portanto, avançar diante destas e outras contradições específicas através de um denso questionamento da lógica estrutural da sociedade, onde estará presente o racismo.

É neste sentido que buscamos reescrever nossa história, para que possamos nos reconhecer como sujeitos em nosso próprio discurso e, assim, fortalecer os laços de nossa identidade através da organização coletiva. Pouco sabemos sobre a vida da Preta “Tia Simoa”, que de forma quase que despercebida passa as vistas dos historiadores, constando apenas um minúsculo relato sobre sua participação na Greve dos Jangadeiros de janeiro de 1881 (GIRÂO, 1984, p.104), o que demonstra a dívida histórica deste país para conosco.

Contudo, Simoa representa para nós uma visão alternativa de mundo ao mesmo tempo em que propõe para tod@s novas discussões acerca das estruturas sociais tradicionais, nos permitindo a reconfiguração de uma realidade social. Em nome dela, saudamos a todas as negras invisíveis na história e nos fortalecemos no eco de suas vozes silenciadas para dizer que aqui estamos e que daqui, do Ceará, falamos em inúmeras primeiras pessoas e dizemos que ainda há muito que se contar. Nossa história apenas começou. (Texto de Karla Alves, no Blog Pretas Simoa).

Saiba mais sobre a série "Personalidades Negras que Mudaram o Mundo" aqui.

Escritora Conceição Evaristo é a homenageada do Enem 2018


Conceição Evaristo é a homenageada do ENEM 2018. (Foto: Flip/Direitos Reservados).

A escritora mineira Conceição Evaristo foi a homenageada no Enem 2018, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Trechos de sua obra foram selecionados e estão impressos nas capas das provas do Enem. A cada ano o Inep elege uma personalidade ou um tema para as frases.

Os participantes precisam transcrever a frase apresentada na capa do Caderno de Questões para o Cartão-Resposta. Cada tipo de prova – são quatro cores diferentes, além das provas acessíveis – tem uma frase diferente. Segundo o Inep, uma das frases usadas na prova do Enem é: “E não há quem ponha um ponto final na história”.

Negra, nascida em 1946, em uma favela de Belo Horizonte, Conceição Evaristo concluiu o curso normal aos 25 anos e mudou-se para o Rio de Janeiro. É formada em letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em literatura brasileira pela PUC-RJ e doutora em literatura comparada pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Conceição Evaristo publicou Ponciá Vivêncio, seu primeiro romance, em 2003. É autora ainda de Becos da Memória e Insubmissas Lágrimas de Mulheres.

Enem

Ontem (4) foi o primeiro dia de prova do Enem. Os estudantes fizeram provas de linguagem, ciências humanas e redação em mais de 1,7 mil municípios. O exame segue no dia 11 de novembro, quando serão aplicadas as provas de ciências da natureza e matemática.

A nota do exame poderá ser usada para concorrer a vagas no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). (Com informações do O Dia).

Futuro ministro da fazenda de Bolsonaro quer fim investimento em cultura pelo Sesc


Paulo Guedes quer fim do investimento em cultura pelo Sesc. (Foto: Divulgação).

Um dos maiores apoiadores de iniciativas culturais poderá deixar de existir como conhecemos hoje. Segundo o colunista d’O Globo Lauro Jardim, “o Sistema S como funciona hoje está com os dias contados a partir da posse de Paulo Guedes no Ministério da Fazenda”.

De acordo com o jornalista, Sebrae, Sesc, Sesi, Senai e outros serão profundamente reformulados. “Entre as mudanças previstas está o fim de patrocínios que nada tenham a ver com a formação e capacitação de trabalhadores.”

Atualmente o Sesc tem uma forte atuação na promoção da cultura, com extensa programação de shows, exibição de filmes, mostras, teatro, dança, oficinas, entre outras atividades, em suas unidades presentes em diversas cidades do país.

Além de retirar a cultura do Sistema S, Bolsonaro defendeu a extinção do Ministério da Cultura durante sua campanha à Presidência.

A Frente Parlamentar Evangélica, também conhecida como bancada evangélica, elaborou um “manifesto à nação” com uma série de propostas na última semana. Os 180 parlamentares da frente defendem o fim do Ministério da Cultura, que seria incorporado ao da Educação (Com informações da Revista Fórum).


Enem 2018: prova aborda negritude, nazismo, ditadura militar e manipulação na internet


(Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil).

O primeiro dia de prova do Enem trouxe questões sobre feminismo, nazismo, escravidão, regime militar, crise de refugiados, entre outros. Já o tema da redação foi “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”.

Entre as questões da prova, uma abordava um dicionário criado somente para o vocabulário usado por travestis. Outra de inglês utilizou um trecho do clássico livro do escritor inglês George Orwell, “1984”, no qual o herói da narrativa, Winston, conversa com o colega O’ Brien sobre o controle do partido. Houve outra sobre verbos no modo imperativo, que apresentou uma peça publicitária sobre violência contra a mulher.

Mais de 5,5 milhões de estudantes fizeram provas de linguagem, ciências humanas e redação em mais de 1,7 mil municípios neste domingo (4). O exame segue no dia 11 de novembro, quando serão aplicadas as provas de ciências da natureza e matemática.

A nota do exame poderá ser usada para concorrer a vagas no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Veja os temas da redação de edições anteriores do Enem, desde que foi reformulado, em 2009:

Enem 2009: O indivíduo frente à ética nacional
Enem 2010: O trabalho na construção da dignidade humana
Enem 2011:  Viver em rede no século XXI: Os limites entre o público e o privado
Enem 2012: O movimento imigratório para o Brasil no século XXI
Enem 2013:  Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil
Enem 2014: Publicidade infantil em questão no Brasil
Enem 2015: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira
Enem 2016: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil e Caminhos para combater o racismo no Brasil – Neste ano houve duas aplicações do exame
Enem 2017: Desafios para formação educacional de surdos no Brasil (Com informações da Agência Brasil, O Globo e Revista Fórum).

Evantuil é eleito presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Altaneira com larga vantagem


Evantuil durante votação. (Foto: Reprodução/Facebook).

O professor e sindicalista José Evantuil foi eleito neste domingo, 04/11, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Altaneira (Sinsema) com larga vantagem.

Evantuil recebeu 61% dos votos, depois de apuradas 100% das urnas em cédulas de papel. Seu opositor, o servidor público Manoel de Sousa, conhecido popularmente por Nézio, ficou com 38% dos votos. Brancos e nulos somou 1%.

Em contato com a redação do Blog Negro Nicolau (BNN) o presidente eleito afirmou que quer aproveitar essa “festa democrática que é a escolha do dirigente do sindicato”. Para ele o processo eleitoral ocorreu na mais absoluta tranquilidade. “O colegiado de servidores do município que são associados participaram de forma tranquila”, ponderou. Evantuil argumentou ainda que a eleição ocorreu de forma limpa, “sem vício”. “Tudo foi republicanamente correto”.

Ele aproveitou para agradecer a todos os servidores que “acreditaram” nas propostas e que de igual modo acreditaram que o grupo “está mais preparado para assumir os desafios do sindicato”.

O presidente eleito destacou ainda o papel da oposição. “Quero agradecer a todos os que participaram do processo democrático, afinal a democracia precisa daqueles que pensam contrário. Então os que pensaram contrário, foram no sindicato e fizeram sua participação”. Ele afirmou que irá respeitar o posicionamento da oposição e aproveitou para parabeniza-lo.

Quanto a sua atuação à frente da entidade sindical, o eleito rebateu as críticas que surgiram nos dias que antecederam a eleição, principalmente do fundador do SINSEMA, o jurista e blogueiro Raimundo Soares Filho e do professor e vereador Adeilton. Ambos chegaram a mencionar “interferência do executivo dentro da entidade”, o que, segundo eles, dificultavam a autonomia sindical e interferência no resultado eleitoral. Evantuil ressaltou que “não quer influência de partido político”. Disse que sua chapa “não tem padrinho político nem da situação, nem da oposição”.

Por outro lado, Evantuil destacou que seu opositor obteve apoio de padrinhos político. “Graças a deus a gente evitou que um afilhado do grupo político, com padrinho entrasse no sindicato. A gente sabe que, afinal de contas, ele, o grupo que estava se opondo a nós estava tutelado por pessoas partidárias, da política partidária”. Segundo ele, seu grupo vai fazer de tudo “para o sindicato não ser aparelhado nem para servir a gestores e nem também para estar fazendo plataforma de oposição”, pois “a gente entende que isso atrapalha muito a vida do servidor”. Disse ainda que “o sindicato não pode nem ser omisso e ajoelhado a gestores, mas também o sindicato muito aguerrido politicamente e partidariamente falando e muito opositor também bloqueia todas as portas do sindicato que não consegue negociar com o gestor e nós sabemos que a negociação ela é importante”.


Centos e oitenta e nove (189) servidores sócios estavam aptos a votarem, mas apenas cento e setenta e seis (176) compareceram. Destes, Evantuil 108 resolveram creditar sua confiança em Evatuil, enquanto que 66 optaram por Nézio. Treze não compareceram e brancos e nulos foram dois.

A redação do BNN também procurou o candidato derrotado, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.