Boulos afirma que vai enfrentar privilégios do 1% mais rico em convenção que confirma sua candidatura


Boulos com Sonia Guajajara: "Nosso primeiro compromisso é revogar as medidas dessa governo corrupto". 
(Foto: Jorge Ferreira/Mídia Ninja).

O Psol confirmou neste sábado (21), em convenção realizada em São Paulo, o nome do coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, como candidato à presidência do país, com a líder indígena Sonia Guajajara como vice.

Em sua conta no Twitter, Boulos fez comentários com a hashtag da convenção (#ConvençãoPSOL) e voltou a defender a liberdade de Lula. "Temos um Judiciário que quer decidir no tapetão as eleições de 2018. Nós condenamos a prisão política do ex-presidente Lula, que tem o objetivo de retirá-lo das eleições", afirmou, sinalizando que sua candidatura não o afasta de outras frentes de esquerda.

"Nosso primeiro compromisso é revogar as medidas desse governo corrupto", disse ainda Boulos, tecendo críticas ao governo de Michel Temer. "Estamos nos últimos anos resistindo ao governo Temer nas ruas. Agora é hora de resistir nas urnas."

Ele também se propõe como candidato em uma nova forma de fazer política: “Campanha eleitoral no país virou show, virou farsa. Vem o marqueteiro e diz o que tem que falar. Nós não vamos negociar nenhum dos nossos princípios. Não vamos fugir de nenhum tema e nenhum tipo de tabu".

"Nós seguiremos exigindo justiça por Marielle. Enquanto não houver justiça, nossa democracia estará manchada", lembrou ainda sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, em março deste ano, no Rio de Janeiro, e até agora não esclarecido.

A convenção foi composta por 61 membros do Diretório Nacional, com direito a voto, e contou, ainda, com a presença de parlamentares do partido, de pré-candidatos aos governos estaduais, à Câmara dos Deputados, ao Senado Federal e às assembleias legislativas, e de militantes do MTST, do PCB e de organizações indígenas. (Com informações da RBA).



PT oferece vaga de vice-presidenta a Manuela D'Ávila


Manuela D'Ávilla durante vigília pró-Lula em Curitiba. (Foto: Ricardo Stuckert/ Fotos Públicas).


Sob ameaça de ficar isolado na disputa presidencial, o PT acenou com a possibilidade de ter Manuela D'Ávila, pré-candidata do PCdoB à Presidência, como vice. A hipótese foi discutida nesta quinta-feira, 19, em reunião entre as presidentes do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e do PCdoB, Luciana Santos, em São Paulo. Gleisi excluiu o PR da lista de prioridades e disse ainda que conversa com o PSB.

"Temos muita simpatia por este arranjo de ter Manuela na vice. Obviamente, isso não é decisão que se tome neste momento. Depende de uma discussão interna do PCdoB e também das discussões que o PT tem internamente e com outros partidos", disse Gleisi, ao fim da reunião. "Nós estamos conversando com o PSB e tínhamos também conversa com o PR. Não terminaram as tratativas, mas nossas prioridades são o PSB e o PCdoB", afirmou.

A presidente do PCdoB, que por seu lado mantém negociações com o presidenciável do PDT, Ciro Gomes, também demonstrou interesse na possibilidade de Manuela ser vice, mas afirmou que a reunião não foi conclusiva. "Isso é algo que a gente escuta e vê com bons olhos. Mas, enquanto essas coisas não se derem, mantemos a candidatura de Manuela. Nada foi definitivo", disse Luciana.

Petistas saíram animados da reunião. Os partidos avançaram em entendimentos nos Estados e na estratégia para a disputa na Câmara.

Para dirigentes petistas, a decisão sobre a vaga de vice deve ser discutida na reunião da executiva nacional, marcada para esta sexta-feira, 20, mas o mais provável é que o assunto seja definido em uma reunião extraordinária na semana que vem, depois de esgotadas as tratativas com o PSB.

Existem três hipóteses no PT atualmente sobre a vaga de vice. A principal é que o posto seja entregue a um aliado. Outra possibilidade é que a vaga fique com o ex-prefeito Fernando Haddad ou com o ex-ministro Jaques Wagner, possíveis substitutos de Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, na disputa ao Planalto, caso o ex-presidente seja barrado pela Lei da Ficha Limpa. Uma terceira opção é indicar um nome que não seja visto como um "plano B" a Lula, como o ex-ministro Celso Amorim ou a própria Gleisi.

A presidente do partido disse que o nome pode ser anunciado ainda na convenção, marcada para 4 de agosto. "Podemos já indicar o nome de vice. Não tem problema nenhum. Inclusive se prosperarem nossas conversas com alianças, porque temos reiterado que gostaríamos de ter um vice na composição partidária, ter outros partidos na nossa aliança e contar com uma indicação destes partidos", afirmou.

Josué

Gleisi disse que está fora de discussão a possibilidade de o PT oferecer a vice ao empresário Josué Gomes da Silva (PR). "Essa discussão não está colocada no partido", afirmou. Nesta quinta, líderes do Centrão - que inclui o PR - fecharam apoio ao presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, e cobraram a indicação de Josué para a vice. (Com informações do O Povo/ Agência Estado).

Nova Olinda sediará Plenária “Construir Uma Nova Cultura Política e Ocupar o Poder”


(Foto: Reprodução/ Ubuntu Notícias).

O município de Nova Olinda, na região do cariri, será palco na manhã deste sábado, 21, de uma plenária que visa discutir questões relacionada a luta da juventude dos negros e negras, LGBTs e das mulheres dentro do contexto da Cidadania, Participação Política e Ocupação de Poder. No ensejo, também será apresentado o Coletivo Kizomba.

O eixo norteador das discussões é a construção de uma nova cultura política e a ocupação do poder e é convocada pelo estudante Alan Cordeiro, do Coletivo Kizomba e se dará às 08h00 na Escola de Ensino Médio Padre Luís Filgueiras, localizada no bairro Cruzeiro.

Os temas citados anteriormente serão debatidos pelos presentes e pelo próprio Alan Cordeiro do Coletivo Kizomba junto a demais convidados. A plenária terá a participação do professor, blogueiro e  ativista do Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC), Nicolau Neto, da Professora Ranielda Bernardes, do Professor e Músico Marcos Ferreira, do Design Márcio Santos e da representante da APEOC Nova Olinda e vice-presidente do Partido dos Trabalhadores-PT/Nova Olinda, Socorro Matos.

Segundo o Blog Ubuntu Notícias, busca-se com essa ação efetivar a participação da juventude seja no aspecto das lutas desses grupos e a participação cidadã no tocante a nossa “democracia”.

Diante do atual cenário em que se encontra o nosso país temos que nos apropriar dos nossos direitos enquanto cidadãos e pessoas politizadas. “Jamais poderão aprisionar nossos sonhos”. Você é nosso convidado! Venha participar desta plenária!


Mídia aposta na apatia com a política para favorecer seus candidatos


(Foto: CCO Wikimedia).

Segue animada a luta de partidos e candidatos por alguns segundos a mais no horário eleitoral obrigatório no rádio e na TV, a se iniciar em 31 de agosto. Há candidatos, como é o caso do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que apostam tudo nesse tipo de propaganda. É a sua última esperança de melhorar os índices de intenção de voto registrados até aqui por todas as pesquisas.

A expectativa, por certo, é que se repita o fenômeno das últimas eleições municipais realizadas em São Paulo, onde um candidato desconhecido recebeu uma cuidadosa embalagem de marketing e venceu as eleições no primeiro turno graças à TV – e ao desinteresse pela política, já que Doria perdeu para abstenções e brancos e nulos.

Se por um lado esse tipo de uso do horário eleitoral distorce sua finalidade, levando o eleitor ao engano, por outro é nesse momento que as mensagens honestas e não manipuladoras podem transitar livremente. Personagens e ideias banidas ou distorcidas durante as programações regulares das emissoras podem aparecer em sua integralidade nos horários obrigatórios.

A ditadura civil-militar de 1964-1985 tentou aniquilar todas as organizações de esquerda existentes no pais, mesmo aquelas que não aderiram à luta armada. Qual não foi a surpresa quando, ao final desse período, era possível ver nas telas de TV, nos horários obrigatórios, os símbolos do comunismo até então demonizados pela ditadura. Além das mensagens denunciando as mazelas nacionais contrastando com a propaganda governamental ufanista.

Os programas eleitorais cumpriram um importante papel na abertura democrática dos anos 1980 e na consolidação das liberdades políticas dali em diante.

A sua importância está diretamente ligada à falta de pluralidade no noticiário e na ausência de debates políticos no rádio e na TV. Durante a ditadura a Polícia Federal enviava seguidamente ordens às redações proibindo a divulgação de determinados assuntos ou a realização de entrevistas com determinadas pessoas.

Entre os nomes censurados estavam, por exemplo, os de dom Hélder Câmara e de Darcy Ribeiro e entre os inúmeros assuntos proibidos incluíam-se o surto de meningite que ocorreu em São Paulo em meados da década de 1970 e a volta às ruas das manifestações estudantis.

Hoje a situação se repete, não por via direta da Policia Federal mas pela própria censura empresarial imposta pelos donos dos meios de comunicação. Exemplo mais recente é o do banimento do nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dos noticiários. Ao ser preso, a ordem das empresas é que ele fosse esquecido, com a intenção de determinar a sua queda nas pesquisas de intenção de voto, o que não ocorreu.

Sobreveio, no entanto, um fato novo, inesperado para os operadores do jornalismo dessas empresas. A ordem do desembargador Rogério Favreto de libertar o ex-presidente em pleno domingo pegou os plantonistas nas redações de surpresa. De repente, tinham que falar de Lula de novo.

Para tanto, comentaristas e apresentadores de folga foram chamados e, ao longo do dia, tentaram ir se refazendo do susto. Se o nome do ex-presidente não podia deixar de voltar as telas e microfones, a forma como isso foi feito enquadrou-se na linha da distorção, enfatizando o irrelevante (o desembargador ser plantonista ou ter trabalhado em administrações petistas) e escondendo o relevante (a incomunicabilidade do ex-presidente impedindo-o de falar com a imprensa,  a ausência de razões para o seu encarceramento e a perseguição pessoal exercida sobre ele pelo juiz de piso Sérgio Moro).

Mas não é só em momentos excepcionais como os do domingo, 8 de julho, que a mídia adota essa postura. Ela faz parte da rotina normal de trabalho.

Na televisão aberta, o veículo informativo único para a maioria da população brasileira, não se debate política. E na TV fechada os poucos que existem mantêm uma linha editorial conservadora, quando não reacionária. O contraditório inexiste.

Outro exemplo recente de parcialidade ocorreu com o programa Roda Viva, da TV Cultura que, diga-se, não é um programa de debates e sim uma espécie de entrevista coletiva, ao contrário do que afirmou o vice-presidente do Conselho Curador da emissora, Jorge da Cunha Lima, em artigo publicado num jornal da imprensa corporativa.

Nesse programa, a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila, viveu um dos momentos mais constrangedores da história da TV brasileira. Cercada de entrevistadores alinhados ideologicamente em campo oposto ao dela, quase não pôde falar, interrompida que foi por mais de 60 vezes. As perguntas eram de nível pedestre, quase sempre evidenciando a indigência cultural dos perguntadores.

Como se vê, nos raros momentos em que a TV se abre para a política, o faz de forma canhestra, não dando ao telespectador a possibilidade de formar opinião através de um debate qualificado, rico em ideias capazes de despertar o público para temas que são essenciais à sua vida. 

Ao contrário, programas como o Roda Viva já há muito tempo vêm dando a sua contribuição para o desencanto com a política cujo resultado é o surgimento de “salvadores da pátria” que, em outros momentos históricos, espalharam o terror pelo mundo. (Com informações da RBA).

Hoje é dia de Mandela, acolhido no brasil em 1991 por Erundina e Brizola


Centenário de Nelson Mandela. (Foto: Reprodução/ Blog Negro Belchior).

Dia 18 de Julho é aniversário de Nelson Mandela. O grande ícone da luta antirracista na África do Sul faria hoje 100 anos. Sua morte em 5 de dezembro de 2013 comoveu e mundo e seu exemplo em vida é uma verdadeira lição de resistência e humanidade.

Como reconhecimento de sua luta, a ONU instituiu ainda em 2009, a data de 18 de Julho como o Dia Internacional Nelson Mandela – Pela liberdade, justiça e democracia, uma homenagem à sua dedicação e seus serviços à humanidade, pela mediação de conflitos, pelo combate ao racismo e pela promoção de direitos humanos.

Luiza Erundina, prefeita de São Paulo, recebe o líder Nelson Mandela em 1991. (Foto: Reprodução/Blog Negro Belchior).

No Brasil, Mandela foi abraçado pelo povo negro brasileiro, recebido por chefes de Estado e acolhido em especial pela então prefeita de São Paulo, Luiza Erundina (foto) e pelo inesquicivel governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, que levou Madiba a ser recebido por mais de 40 mil pessoas em plena Praça da Apoteose.

Também sobre sua passagem pelo Brasil, recupero o texto dos geniais Oswaldo Faustino e Celso Fontana, publicada pela revista Raça em sua edição de número 181.

Em tempos de continuidade barbárie racial mundo afora, seja nos conflitos super noticiados a partir dos EUA e da xenofobia europeia, seja nos invisibilizados massacres de negros em países africanos ou no Brasil, o fato é que a mensagem de Madiba continua urgente e necessária.

Feliz dia Internacional Nelson Mandela pra você também!

A passagem de Nelson Mandela pelo Brasil

Por Oswaldo Faustino e Celson Fontana

Após sua libertação, em 1990, Mandela foi eleito presidente do Congresso Nacional Africano (CNA), o partido das maiorias negras da África do Sul. Em posse desse cargo e já em campanha para a presidência do país, nas eleições que aconteceriam em 1994, ele desembarcou no Rio de Janeiro, em 1º de agosto de 1991, numa visita que durou seis dias e incluiu passagens por São Paulo e Brasília. Uma das histórias mais marcantes da visita ao Brasil ocorreu durante sua estadia na capital paulista, quando participou de uma sessão ordinária no plenário maior do Palácio 9 de Julho (que tem o nome Juscelino Kubitscheck), no dia 2 de agosto. A assembleia atraiu grande público nas galerias: eram representantes de dezenas de entidades negras, populares e sindicais de todas as regiões do Brasil.

Entre os parlamentares presentes naquela sessão presidida por Carlos Apolinário, estavam Teodosina Ribeiro – primeira mulher negra a exercer o mandato de deputada estadual –, Luiza Erundina, a prefeita de São Paulo na época, e destacaram-se o então deputado Jamil Murad, autor do projeto que criou o SOS Racismo da Assembleia, e o vereador paulistano Vital Nolasco, autor do projeto que concedeu o título de Cidadão Paulista a Nelson Mandela, ambos do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). “Enquanto Mandela esteve encarcerado, fizemos um ato em São Paulo para apoiar sua libertação. Personalidades como João do Vale, Beth Carvalho e Martinho da Vila participaram daquela manifestação, que foi a nossa maneira de prestar solidariedade ao povo africano. Tempos depois, quando soube que ele viria para o Brasil, resolvi lhe prestar a singela homenagem. O grande estadista Mandela demonstrou-se extremamente simples, mas com grande convicção de suas ideias. Além disso, o homem esbanjava felicidade”, recorda Nolasco, hoje secretário de finanças do PCdoB. A deputada Célia Leão, do PSDB, também fez discurso notório. Diversos parlamentares quiseram fazer uso da palavra, mas Mandelaestava muito cansado, pois, na véspera, havia participado de diversos eventos e homenagens no Rio de Janeiro, acompanhado pelo governador Leonel Brizola.

Conforme relata o autor Celso Fontana, em seu e-book “… E Mandela presidiu a Assembleia Paulista…”, obra que descreve as homenagens ao grande líder sul-africano, “os funcionários dos vários setores da Assembleia, em especial os envolvidos na recepção e nos trabalhos de plenário, estavam visivelmente emocionados”. A associação e o sindicato dos funcionários da Assembleia, Afalesp e Sinfalesp (atual Sindalesp), apoiaram a homenagem. A Coordenadora do Quilombhoje Literatura, Esmeralda Ribeiro, recebeu os cumprimentos em nome dos artistas que se apresentaram durante o evento. Por fim, Mandela presidiu, simbolicamente, a Assembleia Paulista. (Por Douglas Belchior, em seu Blog).

Prefeito de Altaneira diz que consegue desqualificar denúncia de advogado e que nunca teve base na Câmara


Prefeito de Altaneira diz que consegue desqualificar denúncia de advogado e que nunca teve base na Câmara. 
(Foto: Nicolau Neto).

O prefeito de Altaneira, Dariomar Rodrigues (PT), concedeu entrevista na tarde desta quarta-feira, 18, ao comunicador João Alves. A fala do gestor foi durante o jornal “Notícias em Destaque”, da Rádio Comunitária Altaneira FM, que tem como âncora a comunicadora Flávia Regina.

Dariomar que foi ao estúdio acompanhado dos Assessores Assis Filho e Ítalo Duarte, durante pouco mais de 40 minutos afirmou que não era ladrão e que conseguia desqualificar a denúncia por práticas de infrações político-administrativas apresentadas pelo advogado Raimundo Soares Filho e aceita na Câmara por oito dos nove parlamentares em sessão realizada no dia 27 de junho.

Ao ser indagado pelo comunicador como recebeu a denúncia e se seus advogados estavam preparados para defende-lo das acusações, ele mostrou-se confiante e disse que sozinho consegue desqualificar a denúncia do advogado Soares Filho.

 Num processo jurídico é lógico que precisa dos advogados pra defender. Mas eu como caminhoneiro que sou, sozinho consigo desqualificar a denúncia do renomado advogado que você tá falando. Se você for perceber ele me denunciou dizendo que eu gastei R$ 718.370, 96 de pneus. Qualquer pessoa que gosta de internet e que sabe mexer um pouquinho com computador, entra lá no portal da transparência e vê despesas com o município de altaneira, o que foi gasto com material de consumo e vai perceber que o município de Altaneira no ano de 2017 gastou R$ 197.165,00 com pneus. Então o advogado que você tanto gosta está mentindo nessa denúncia. Vou processá-lo por calúnia e difamação que é normal, é meu direito”.

Dariomar afirmou ainda que com a empresa Pneus Canteiros foi gasto R$ em 2017 um valor de R$ 472.000,00 e não R$ 718.000,00. “Com a pneus canteiros que tem a licitação tanto de vender pneus como manutenção de peças e serviços com os veículos gastou-se no ano de 2017 um total de R$ 472.000, sendo R$ 197.000 com pneus e R$ 275.000 na manutenção de veículos à gasolina e motos”.

Quanto a afirmação do advogado que em entrevista na mesma emissora no último dia 11 de julho de que “o desvio de dinheiro tá provado. O que se precisa provar é para onde foi”, o gestor destacou: “Eu acho que quem não vai ter como provar que eu gastei R$ 718.000 mil com pneus é ele. Palavras são jogadas ao vento. O que se precisa é documento, principalmente na administração pública”. 

O prefeito ainda usou Dilma e Lula como exemplo. “A preocupação nossa em defender Lula e Dilma é porque se acontece comigo vai acontecer com você...., não interessa a cor da pessoa. Injustiça que alguém disse com você tem que ser provada. Na administração pública, o problema é esse. As provas estão lá na câmara, no portal da transparência. Não tem como fraudar nada”.

Darimar apresentou um documento que segundo ele, foi onde tudo começou. A documentação trazida é da empresa Aspec (responsável pelo portal da transparência) constando de um relatório técnico. “Nesse portal aconteceu uma inconsistência, não só em Altaneira, mas em quase 80 unidades que essa empresa cuida, entre Câmara municipais e prefeituras”, disse. Segundo ele teve um período em que essas informações ficaram duplicadas. “Então os valores estavam duplicados. Com a pneus canteiros quando estava duplicado aparecia R$ .718.000,000 mil, quando na verdade é R$ 472.000,00".

Ele voltou a criticar o denunciante. “Mas não justifica, não tira a maldade do denunciante, como de seus contadores e das pessoas que quiseram dizer que eu sou ladrão por conta desse problema”.  Para o prefeito o que ocorreu foi um erro técnico e que foi sanado.

Quanto a uma outra fala do advogado que mencionou está limpando o nome da família com a denúncia, ele frisou: “Não sou ladrão, não sou desonesto”. “Pelo contrário”, ressaltou e complementou ao destacar que é um dos cidadãos que quer o melhor pra Altaneira e que está provando isso com suas ações e obras. “Se nossa família fosse toda feita por homens como eu ela não tinha nenhuma mancha. Ela não tinha nenhuma mácula”.

Relação com a Câmara

Inquirido sobre sua relação com o poder legislativo municipal e da perca da base, Dariomar afirmou que “a Câmara não tem que ser do prefeito. Ela é um poder independente. Assim como a vereadora Silvânia confiou em mim, os outros vereadores da base preferiram investigar. Acho que eles não confiam na mesma quantidade da Silvânia” e que não tinha nada errado para merecer a defesa destes. “Se eles conseguirem fazer justiça todos os dias, fiscalizando o que é certo e dizendo o que é certo, pra mim tá legal. Os nove estão do lado de Altaneira”, disse.

Quanto a ter base no legislativo, ele foi taxativo. “Eu não tinha a câmara. Considero que eu e alguns vereadores fomos eleitos na mesma base aliada”. Porém, quanto a obter “elogios” para suas ações ele não os poupou.

Se eu tivesse a Câmara, quando eu consegui o asfalto de Altaneira a Assaré tinha recebido elogios na Câmara. Se eu tivesse a Câmara, quando eu quis transformar a educação desse município.... estou junto com professores, núcleo gestores, fazendo uma educação de tempo integral eu tinha recebido elogios. Quando eu fiz o maior investimento desse município com a compra de material escolar que é um sistema de ensino... eles teimam em dizer que é só livros... comprei o melhor material de ensino que o conselho de professores escolheu. Não escolhi livros sozinho”, afirmou. Esse bem, segundo ele, não teve elogios e continuou. “Recuperar a frota de máquinas desse município era para ter sido elogiado. Mas não conseguiram elogiar. Acharam melhor encontrar o problema. A garantia do transporte escolar também não mereceu os parabéns”.

Mas eles não estavam do seu lado?”, questionou o prefeito. E ele mesmo respondeu. “Eles podiam até está do meu lado, mas não estavam junto, não estavam querendo a mesma coisa. Não conseguia falar pro povo que o prefeito Dariomar tá fazendo o que todos nós quisemos”. “Eu falei em cima do palanque que ia fazer e quando faço tá errado?”, voltou a indagar.. E citou algumas como transporte escolar, a estrada Altaneira a Assaré, a revitalização da lagoa (o projeto já está em andamento), o Ceu que logo será construído, o fortalecimento das associações, dentre outras.

E o vice-prefeito?

A sua relação com o vice-prefeito, Charles Leite (PDT), também foi elencada. “O relacionamento com Charles é igual ao que era antes. Antes das eleições não andava junto com ele. A gente não tinha uma amizade de ir pra churrasco junto”, mencionou. Mas foi incisivo. “O vice é uma autoridade, mas só assumo com o impedimento do prefeito. Não pode colocar o carro na frente dos bois e nem precisa eu está na casa dele todo dia e ele na minha”.

Saiba mais sobre o caso nos links abaixo:


Vereadores de Altaneira decidem instaurar processo de cassação do prefeito e este diz que vai provar inocência

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As transcrições foram feitas da forma como se falou.

Manuela D'Ávila pode virar vice de lula nesta quinta (19)


Manuela e Lula. (Foto: Reprodução/Brasil 247).


Dirigentes de dois dos principais partidos de esquerda do País, PT e PCdoB, terão um encontro decisivo nesta quinta-feira, que poderá dar um novo rumo à corrida presidencial, com a formalização da primeira aliança de peso em torno da candidatura Lula. "Somos aliados históricos, queremos muito o PCdoB e eles têm uma possibilidade real de indicar a vice", aponta um dirigente do PT.

Ontem, houve um encontro entre dirigentes do PCdoB e do PDT, de Ciro Gomes, em que não se chegou a um acordo. Depois disso, a própria Manuela afirmou que o campo progressista terá quatro candidaturas independentes em 2018: a dela, a de Lula (ou de seu eventual substituto), a de Ciro Gomes e a de Guilherme Boulos.

No entanto, PT e PCdoB estiveram juntos em todas as disputas presidenciais desde 1989 e são aliados históricos e é muito provável que a aliança se repita. Se Manuela não for vice, outra hipótese é a formação de uma frente única dos partidos de esquerda, no Rio Grande do Sul, para que ela seja candidata ao governo estadual, contra José Ivo Sartori, do PMDB. (Com informações do Brasil 247).