Escola 18 de Dezembro, em Altaneira, promove III Feira de Ciência, Arte e Cultura



A Escola Municipal de Ensino Fundamental II 18 de Dezembro, em Altaneira, estará promovendo no dia 08 de novembro do ano em curso a III Edição da Feira de Ciência, Arte e Cultura.

Cada um dos projetos a serem apresentados é fruto do interesse e envolvimento da classe discente e docente que, durante meses estiveram munidos do senso de curiosidade, disposição e muita criatividade, permitindo a pesquisa em áreas como ciências naturais, sem, no entanto, se desvincular dos cuidados com o meio ambiente e com o corpo humano.

O evento que está programado para ter início às 08h00 irá oferecer ao público nas salas de aulas “experimentos, desafios matemáticos e o conhecimento sobre o corpo humano”; “apresentações artísticas e exposição de artes”; “bazar”, “exposição de fotografias”, “seminários acerca da água” e “oficina de reciclagem”.


Fundação ARCA propõem Projeto de Lei de Iniciativa Popular visando reduzir salários de Agentes Políticos


A Fundação Educativa e Cultural Arca - entidade não governamental – foi palco na noite do último sábado (29/10) de um encontro com professores/as, estudantes, trabalhadores/as públicos e parlamentares/as visando discutir e propor alternativas para revogar e, ou, anular os efeitos da Lei 668, de 21 de outubro de 2016 que fixou aumento em 44,4% nos subsídios dos Agentes Políticos de Altaneira (Prefeito, Vice-prefeito, Secretários/as Municipais, Procurador/a Geral do Município, Vereador/a e Presidente/a da Câmara) a partir de janeiro de 2017.

O aumento nos subsídios dos agentes políticos não é exclusividade de Altaneira. Em 12 municípios já se verificou que os representantes do povo nas casas legislativas legislaram em causa própria e aumentaram seus próprios salários, o que permite um consumo de mais de 1,3 milhão por mês de dinheiro público. Diversas mobilizações populares ocorreram para protestar contra esse fator. Santana do Cariri e Juazeiro do Norte são forte exemplos de iniciativas populares que chegaram a se manifestar e ocupar a Câmara de Vereadores.

Em Altaneira o caso é diferente. A mobilização só veio a ocorrer depois da lei sancionada pela presidenta da casa, a vereadora Lélia de Oliveira (PCdoB). É digno de registro que o Projeto é de inciativa da Comissão Permanente da Câmara e que foi aprovado por maioria de votos no último dia 23 de setembro. No entanto, professores/as, universitários/as, trabalhadores/as públicos e simpatizantes da causa resolveram se unir e propor aos edis que revoguem a lei 668, pois consideram abusiva e que trará sérios impactos aos munícipes.

Os manifestantes durante a reunião afirmaram que o fato está na contramão do aperto nas finanças públicas já conhecidas a nível nacional e Estadual e do próprio município e citam que nenhum servidor público municipal recebeu tamanho reajuste. Para eles, o fato da classe política poder legislar em causa própria é um dos grandes problemas da democracia brasileira gerando um fardo muito grande para a comunidade, principalmente para os mais necessitados em um cenário nada animador em que ocorre o corte de gastos públicos em todas as áreas.


Fundação ARCA propõe PL de Iniciativa Popular para reduzir subsídios de Agentes Políticos de Altaneira. Foto: João Alves.
Como alternativa foi proposto a criação de um Projeto de Lei de Inciativa Popular visando dá nova redação a lei 668 alterando o valor dos salários já previstos para 2017. Foram lançadas três propostas. A primeira defendia que os agentes políticos não deveriam ter recebido reajustes, pois diante da crise e pelo trabalho desenvolvido os subsídios já estavam bons. A segunda arguiu que o aumento de 44,4% era vergonhoso e abusivo e firmaram que o reajuste deveria ficar na casa dos 5%. A última ressaltava que eles/as como representantes do povo deviam ter o mesmo percentual do salário mínimo deste ano (11,6%). Não era o ideal para a causa, mas o justo naquela oportunidade, chegaram a afirmar. Em discussão e votação, a que se saiu vencedora foi a última. 

Participaram da reunião, além dos idealizadores/as do movimentos e simpatizantes, a vereadora Silvânia Caldas (PT) – eleita com 9.17 dos votos para o seu primeiro mandato e o vereador Prof. Adeilton (PSD) - reeleito com 8.20% dos votos.

Vale ressaltar que o processo de colhimento de assinaturas de 5% do eleitorado já está em andamento.


Abaixo você confere a nota dos manifestantes. 

"Nota contra a lei nº 668, de 21 de outubro de 2016

Para: Câmara Municipal de Altaneira

Nós, cidadãos e cidadãs do município de Altaneira, amparados pela Constituição Federal de 1988 no seu art. 61, § 2, bem como pela Lei Orgânica Municipal através do art. 10, inciso III, abaixo assinados vimos diante deste demonstrar nossa indignação e descontentamento no que toca a aprovação da Lei 668, de 21 de outubro de 2016, que fixou aumento salarial em 44,4% dos Agentes Políticos.

Acreditamos que a referida lei é abusiva e acarretará sérios problemas ao município. Estamos passando por uma grave crise econômica no país em que o governo está propondo o corte dos gastos públicos em todas as áreas, o que respingará nos Estados e, por conseguinte no município. O aumento dos subsídios dos Agentes Políticos desta municipalidade está na contramão do aperto nas finanças públicas já conhecidas a nível nacional e Estadual e do próprio município, que assim como outros, declarou em várias oportunidades não dispor de recursos para investir em áreas primordiais como na agricultura familiar e na cultura. Esta última, inclusive padece há muitos anos.

É necessário afirmar que mesmo reconhecendo que o aumento ou reajuste no subsídio – como alguns parlamentares preferem chamar – seja legal do ponto de vista da lei, consideramos imoral pelo lado da justiça social. Nem tudo que é legal é moral e, neste caso, consideramos imoral. Senão, vejamos: nenhum servidor público municipal recebeu tamanho reajuste. Outras categorias ainda penam para consegui-lo. Porque os Agentes Políticos têm esse privilégio? O fato da classe política poder legislar em causa própria é, ao nosso ver, um dos grande problemas da democracia brasileira. Permite, como o que ora se testemunha, que se pensem mais no próprio “umbigo” - nesse caso mais no próprio bolso, do que no bolso dos agricultores e agricultoras, da dona de casa, dos estudantes, dos professores e professoras e de outros/as servidores (as). O fazer as próprias leis acaba gerando um fardo muito grande para a comunidade, principalmente os mais necessitados.

Mas é imoral também se se levar em conta o trabalho parlamentar da última década, onde pouco se viu de debate em prol do bem comum, ao passo que as desavenças pessoais tomaram e ainda tomam conta das discussões. Legal, mas imoral, se se levar em conta as condições financeiras que o município passa e as reais necessidades que os munícipes possuem. Vereadores/as bem remunerados/as e servidores mal pagos é uma grande contradição. Por outro lado, cabem os questionamentos. Quem arcará com toda essa despesa? De onde vem todo esse montante? A resposta salta aos nossos olhos. Somos nós. Vem do nosso “suor”. Indaguemos outra vez. Quantas horas por ano um vereador trabalha em Altaneira? Quantos vereadores em Altaneira precisaria para resolver os problemas no campo do legislativo?  Entendemos que apenas cinco.  O que indica, mas uma vez, que nem sempre o legal reflete o ideal ou o coerente. Colocando o salário do vereador próximo ao teto máximo estabelecido por lei, em que se colabora para mudar essa cultura? Será que esta atitude não está fortalecendo a ideia de que ele possa gastar na compra de voto porque recupera isso posteriormente dos cofres públicos? O que está acontecendo em Altaneira podemos definir como vergonhoso.

Por tudo isso conclamamos aos senhores e senhoras parlamentares que repensem essa decisão abusiva. Não que queiramos que vocês, enquanto agentes políticos e, portanto, nossos representantes, não tenham um reajuste. É justo e legal tê-lo. Mas da forma que está foge ao bom senso e caminha no sentido de fortalecer a injustiça social. Por pensarmos assim, propomos um reajuste que se equipare ao do salário mínimo neste ano – 11,6%. Não é o ideal para a nossa luta, mas no momento consideramos justa e coerente".

Fundação ARCA propõem que Agentes Políticos repensem reajuste de 44,44% em seus subsídios


Lei 668, de 21 de outubro que reajusta em 44,44% os
subsídios dos Agentes Políticos de Altaneira.
Professores/as, estudantes/as e membros da Fundação Educativa e Cultural Arca se reuniram na noite deste sábado na sede da entidade para propor alterações na lei 668, de 21 de outubro de 2016 que reajustou em 44,44% os subsídios dos Agentes Políticos de Altaneira.

Para os manifestantes e simpatizantes da causa, o caminho adotado foi propor um Projeto de Lei de Iniciativa Popular visando alterar os incisos I, II, III, IV, V e VI da referida lei. Pela nova redação, o reajuste ficará na casa dos 11,6% - o mesmo dado pelo governo federal ao salário mínimo.

Abaixo está o Projeto de Lei que necessitará de pelo menos da assinatura de 5% do eleitorado para tramitar na casa legislativa municipal.

Projeto de Lei de Inciativa Popular nº_____/2016

Dá nova redação aos incisos I, II, III, IV, V e VI da Lei nº 668, de 21 de outubro de 2016 que fixa os subsídios do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais, do Procurador Geral do Município, do Presidente e dos Vereadores da Câmara Municipal para a Legislatura 2017/2020 e adota outras providências.

Art. 1º. Os Subsídios dos Agentes Políticos de Altaneira abaixo indicados, para a próxima Legislatura, a iniciar-se em primeiro de janeiro de 2017, são assim fixados, nos termos das Constituição Federal, a serem pagos mensalmente, em parcela única:

I – Prefeito Municipal: R$ 11.160,00
II – Vice-Prefeito Municipal: R$ 5.580,00
III – Secretários Municipais: R$ 2.790,00
IV – Procurador Geral do Município: R$ 2.790,00
V – Presidente da Câmara: R$ 3.906,00
VI – Vereador: R$ 3.906,00

Parágrafo único: Os subsídios ora fixados, serão revistos por lei específica, anualmente, a partir de primeiro de janeiro de 2018, pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor – INPC apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística acumulado no período ou outro que vier a substituir.

Art. 2º. As despesas decorrentes desta lei ocorrerão a conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 3º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de primeiro de janeiro de 2017.





Juiz autoriza tortura para desocupação de colégio


O Juiz Alex Costa de Oliveira, da Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal determinou no último domingo, 30, que a polícia militar promova a desocupação  do Centro de Ensino Asa Branca de Taguatinga, com métodos torturantes frente aos estudantes.

Publicado originalmente no justificando

Na decisão, o juiz autorizou que a polícia:

a) suspenda o fornecimento de água, energia e gás;

b) acesso de terceiros, em especial parentes e conhecidos ao local;

c) acesso de alimentos ao local;

d) uso de instrumentos sonoros contínuos voltados para os estudantes;


Para jurista, decisão utiliza da tortura para a desocupação – “uso de sons para infligir sofrimento a uma pessoa, privando-a do sono, é conhecida e antiga técnica de tortura”, afirmou o Procurador do Estado e colunista do Justificando Marcio Sotelo Felippe.


Além disso, o magistrado reforçou que os métodos devem prevalecer sobretudo na presença de crianças e adolescentes. Veja o andamento do processo no site oficial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.




Pec que congela investimentos públicos por 20 anos agora é número 55 e senado abre consulta pública



Depois de aprovada em segundo turno na Câmara dos Deputados na quarta-feira (26), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 já foi enviada ao Senado, onde passou a ser a PEC 55.

O Senado abriu nesta quinta-feira (27), uma consulta pública sobre a PEC, que congela investimentos em saúde, educação, assistência social e ainda os salários dos servidores por 20 anos. Acesse aqui para votar. Até o momento são 4.692 contra e 203 a favor desse ataque ás conquistas dos últimos anos no país.


É importante a participação de todos nessa votação para mostrar a insatisfação geral com os objetivos dessa PEC, que farão piorar e muito os serviços públicos, além de acabar com a saúde e a educação públicas”, explica Carlos Rogério Nunes, secretário de Políticas Sociais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

O texto da PEC 55 (o mesmo da PEC 241) já está na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, onde será escolhido um relator, provavelmente algum senador do PMDB e segue um cronograma definido pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Pelo cronograma, a primeira votação deve ocorrer dia 29 de novembro e se aprovada vai para plenário novamente no dia 13 de dezembro. Se aprovada sem modificações, as novas regras passam a valer, assim que for promulgada. Se ocorrer alguma modificação, a PEC volta para a Câmara dos Deputados.

Apelidada de PEC do Teto dos Gastos Públicos no Senado ela ganhou as alcunhas de PEC do Fim do Mundo ou PEC da Maldade pela população.

Estudantes ocupam milhares de escolas em todo o país contra essa proposta porque praticamente liquida com a educação pública. “Essa PEC liquida com os sonhos dos jovens das classes menos privilegiadas deste país, acaba com as possibilidades de sonhar com uma universidade”, diz Camila Lanes, presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas.

Nós não estamos de brincadeira. A nossa bandeira é a educação”, afirma Ana Julia Ribeiro, em discurso emocionante que viraliza na internet (leia aqui). Para ela, o movimento dos estudantes “se preocupa com as gerações futuras, com a sociedade e com o futuro do país”.


O presidente da CTB, Adilson Araújo diz que essa PEC “é a corda no pescoço da classe trabalhadora”. Para ele, “a aprovação dessa PEC abre caminho para enterrar o Estado e qualquer proposta que promova uma mudança civilizatória”.


Padre Alberto deixa paróquia de Altaneira. O lado do religioso que muitos não conhecem ou fingem não conhecer


Na última quinta-feira (27/10), a Diocese de Crato anunciou as transferências e nomeações de cinco padres, entre eles está o padre Alberto. Adorado e reverenciado por muitos católicos, o religioso tem em seu histórico manchas que não se apagarão.

Padre Alberto durante missa realizada neste
domingo, 30 de outubro.
Foto: Franchesco Rodrigues/facebook.
1 - Em 2013 em artigo publicado neste blog afirmei que o pároco tinha dado mais um passo para trás na sua trajetória sacerdotal. Nos últimos anos, ele estava sendo tachado como o intransigente, intolerante e retrógrado. O que não representava nenhuma novidade para a grande maioria dos que fazem ou compõem esse gueto, do qual o pároco está incluso. Durante os festejos de São José realizado na capela – ele - o Padre Alberto, confundiu mais uma vez o conceito de público e privado. Naquele ano, de acordo com conversas com o professor Antonio Nonato, este tinha sido proibido de colocar brinquedos na praça pública para as diversões das crianças. Naquela oportunidade, o professor repudiou o ato e chegou a indagar – “Quem deve expedir alvará de funcionamento de alguma atividade em ambiente público é o padre ou a prefeitura?  Fica aqui meu repudio”!. O curioso é que, durante aquela semana, havia crianças vendendo cartelas de bingo para o evento religioso. Essa atitude precisava ter sido acompanhada pelas autoridades policiais e pelo conselho tutelar, pois isso se configurou como trabalho infantil, embora seja um ato momentâneo.

2 – Um ano antes, em abril de 2012, o pároco tinha demonstrado que o respeito, a tolerância e o diálogo com quem pensa diferente não faz parte do seu dicionário. Aqui, ficou visível o confronte entre a Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo, os protestantes e os participantes da peça “Paixão de Cristo” e a pessoa do pároco. A encenação envolvia tantos membros da igreja católica quanto de outras denominações. Os próprios atores e atrizes amadores afirmaram que o padre teria sido categórico ao afirmar que a encenação era “uma palhaçada”.  A atitude do “líder” religioso católico gerou indignação, revolta e repúdio entre os construtores do evento religioso e cultural que há anos estava esquecido. Note-se que a polêmica teve início quando os participantes haviam solicitado o patamar da Igreja Católica para o momento da Crucificação, o que foi negado pelo Pároco sem justificativas convincentes. Será se a peça tivesse só católicos a atitude teria sido a mesma?

3 – De volta ao ano de 2013. E mais uma vez a arrogância e a intolerância do pároco aparecem. Em um batizado que participei pude perceber o quão autoritário, conservador, retrógrado e mal-educado é este padre. A cada palavra professada uma chamada de atenção nos fieis. Na linguagem popular, a cada palavra dita um "gato" nos que estavam presentes. Transcrevo aqui algumas expressões ouvidas e que relatei no blog.

"A senhora tá fazendo o que aqui? Eu disse padrinhos, volte para o seu lugar", dizia o pároco de Altaneira. "A senhora é padrinho ou madrinha? Aprendam a ouvir", resmungava ele. O espírito de arrecadação, de capitalista e explorador financeiramente dos fieis, vez ou outra aparecia nas palavras dele. Tem algum padrinho e madrinha que não são casados na igreja, pois se tiver não podem estar nessa função. As pessoas pensam que podem viver do jeito que querem. "Na casa de vocês tem regras? perguntava ele. Pois na igreja também tem", completou.

Mal sabem os fieis que esse jogo não passa de um discurso capitalista para retirar cada vez mais dinheiro deles. Na idade média, a igreja católica ditava as formas como as pessoas deviam se vestir, se comportar e se relacionar. Hoje, de forma específica em Altaneira, não é muito diferente.

Quanto a mim o pároco olhou atravessado e perguntou (e isso ele não tinha perguntado a ninguém, somente a mim. Que privilégio): ei você de rosa, é católico? Olhando para ele (mesmo sabendo que estava no local errado e no momento errado) e disse: Não. Como que já sabendo a minha resposta, se não ele não teria perguntado, pois, repito, não perguntou a mais ninguém, disfarçou está abismado e voltou a perguntar: "Como você tem a ousadia de ser padrinho? Eu não aceito que você seja padrinho sem ser católico, sem acreditar nas doutrinas que EU ORIENTO. Pais, procurem outro padrinho", retrucou o pároco.

A única palavra que saiu da minha boca foi o sonoro NÃO que lhe dei como resposta quanto a ser católico. Ante isso perguntamos: Porque somente eu tive o privilégio (pois para mim é sim um privilegio ser indagado quanto a minhas ideais) de receber aquele já premeditada pergunta? Será se pároco tivesse sido mais insistente e ter continuado naquelas primeiras perguntas sobre os padrinhos serem ou não casados na igreja (como requisito para o sacramento) teríamos a continuidade?

Para uns, símbolos de competência, sabedoria diante da missão de evangelizar, um líder espiritual, amigo. E esse é o outro lado que a comunidade altaneirense, principalmente a católica não conhece ou fingem não conhecer. Ele durante a sua estada aqui exerceu a função de "líder" religioso que não condizia com os ideais do homem histórico Jesus Cristo. Foi conservador demais, retrógrado demais e intolerante demais com os que não "rezavam" na sua cartilha e com aqueles que pensavam diferente!!!

Segundo informações da Diocese de Crato, quem exercerá a função de pároco de Altaneira a partir do dia 06 de novembro é vigário paroquial da Paróquia Senhor Menino Deus, de Aurora, padre Damião da Silva Peixoto.





Quando STF elimina direito de greve de servidores, passou da hora de repensá-lo


Algum limite tem que ser pensado pela sociedade civil – esqueça as instituições – a uma corte que toda semana resolve mexer na Constituição para eliminar um direito da população. Nesta última de outubro, a aposentadoria e o direito de greve de servidores públicos – estes mesmos, na base da pirâmide, esquecidos pelos burocratas que usufruem de todos os privilégios lá do alto – foram as mais recentes vítimas.

Por Brenno Tardelli, no Justificando

A decisão vem após o anúncio de apoio à PEC 241 pela Presidente da Corte Min. Cármen Lúcia, a pior à frente do cargo que me lembro. Vem depois da intragável sessão que eliminou a presunção de inocência, inesquecível para quem cultiva o mínimo do mínimo de compromisso com a Constituição Federal.

Essa onda reacionária que tomou o Judiciário parece que não tem hora para acabar. Enquanto se acotovelam atrás de flashes da mídia e frases “contra a corrupção”, “contra a impunidade”, os ministros decidiram descontar o salário do servidor em greve sem que seja necessária decisão judicial nesse sentido.

Dirá o empedernido burocrata que a decisão não “elimina” o direito de greve, mas apenas o adequa para que o país não pare. Nas palavras do ministro Fux, conhecido por “matar no peito”, “o que ocorre numa visão realista, nós estamos num momento muito difícil e que se avizinha deflagrações de greve e é preciso estabelecer critérios para que nós não permitamos que se possa parar o Brasil”

São condicionantes políticas e factuais interferindo no texto da Constituição – tempos, portanto, da maior insegurança política possível.

Os servidores públicos em greve costumam ser aqueles no piso da relação pública. Por exemplo escreventes de cartório em Judiciário, que não votam, não participam das decisões, não recebem aumento, são humilhados e desestimulados; agora, sequer poder de reação frente à corte brasileira essas pessoas têm. Para quem desconhece o cenário, tenha em mente que o funcionalismo público não se resume ao baronato, embora, ao mesmo tempo, seja ele que massacra e agora tira as esperanças da base da pirâmide ver dias melhores.


Não haverá muito tempo para se comover com os servidores sem direito de greve, pois certamente se aproxima o dia em que a corte composta por ministros e ministras medíocres decidirá eliminar outros direitos da população. No momento atual do Brasil, a única certeza da vida é que todo dia algum burocrata vai lhe arrancar um direito.