Chico Buarque lembra 1964 e diz que manifestantes estavam reunidos por apreço a democracia


"Vocês me animam a acreditar que não, de novo não, não vai ter golpe", afirmou Chico durante ato no centro do Rio.

O cantor e compositor Chico Buarque falou no início da noite de hoje (31) em ato contra o impeachment e pela democracia, realizado no Largo da Carioca, região central do Rio de Janeiro. Segundo ele, havia na manifestação pessoas que votaram ou não no PT e quem pode estar desiludido ou decepcionado com o governo, "mas não se pode pôr em dúvida a integridade da presidente Dilma Rousseff".

Segundo Chico, que já foi hostilizado em redes sociais e pelo menos uma vez na rua por suas posições políticas, que os participantes do ato estavam "unidos pelo apreço à democracia e em defesa intransigente da democracia".

Ele lembrou da data de hoje, quando se completam 52 anos do golpe que derrubou o presidente João Goulart, e destacou a importância do ato. "Vocês me animam a acreditar que não, de novo não, não vai ter golpe", afirmou.


Professor de filosofia descobre em sala de aula como a mídia desinforma



Ontem num debate sobre ética em uma aula minha percebi o resultado da estratégia da manipulação midiática.

Todos os meus alunos achavam que o processo de impeachment contra a Dilma (golpe) era por causa da Lava Jato.


Quando comecei a explicar que a tese do impeachment (golpe) era de que a presidenta usou dinheiro da Caixa Econômica Federal para manter os programas sociais eles ficaram perplexos.

— Mas professor, ela não roubou?

— Não, não é acusada de ter roubado um único centavo. A única coisa que fez foi colocar dinheiro público de um banco estatal em programas sociais, e depois, devolver esse dinheiro à Caixa.

Isso foi suficiente para passarem a se posicionar contra o impeachment e se sentirem enganados pelos meios de comunicação que misturam uma coisa com a outra o tempo todo.

Agora pergunto: isso é fazer propaganda petista ou cumprir com a minha obrigação como professor de filosofia de questionar a massificação da propaganda ideológica golpista feita pelos meios de comunicação?

Acredito firmemente que a função da filosofia no ensino médio deva ser possibilitar que os alunos pensem criticamente a sociedade. Isso significa pensar por conta própria. E numa época de mídia de massa onde os meios de comunicação, principalmente a Globo que comprovadamente já participou de alguns movimentos golpistas na nossa história, determinam os rumos da política, temos a obrigação de desconstruir a ideologia dominante.
Ideologia essa que nos leva a passos largos para o abismo fascista.

Adorno após a Segunda Guerra já nos alertava da necessidade de uma Educação pós-Auschwitz.

Não temos portanto o direito de aderir à histeria da classe média, frustrada em suas pulsões consumistas durante um período de crise mundial.

Nem o niilismo, nem o individualismo pós-moderno atendem as necessidades de enfrentar o avanço fascistizante.

Apenas o apelo à razão, tão surrada nos últimos tempos, nos serve neste momento.

As classes se levantam e se conflitam no movimento dialético da história. Não há espaço para torres de marfim.

Heidegger não foi perdoado. Já conhecemos o mundo onde pisamos. Faz-se urgente transforma-lo.

Ou deixaremos a tristeza e a servidão como únicas heranças para os pensadores(as) do futuro.

O golpe está em andamento diante dos nossos olhos. O silêncio não é uma opção.

*Professor de Filosofia da Rede Estadual de Minas Gerais; membro da Direção Estadual do Sindute

Os golpistas nunca se fazem chamar de golpistas, por Emir Sader



Os golpes nunca se dizem golpes, os golpistas nunca se fazem chamar de golpistas. Há sempre vários tipos de nomes, pelos quais os golpistas tentam disfarçar seu golpe.


Aqui mesmo o golpe de 1964 pretendeu se chamar "Revolução", que iria acabar com a subversão e com a corrupção no Brasil. "Revolução", para justificar o uso da força. Mas diziam que iriam salvar a democracia, que estaria em perigo. Os jornais imediatamente reproduziram essa versão, tanto O Globo, quanto O Estado de São Paulo, a Folha de São Paulo e os outros: a democracia foi salva pelo movimento dos militares. Isso justificaria os "excessos" que seriam cometidos.

O golpe de 1964 também disse que era um movimento legal, que defendia a Constituição, contra os planos subversivos do presidente da República. O presidente da Câmara, Ranieri Mazilli, assumiu, empossado pelo presidente do Senado, Áureo de Moura Andrade, pelo "vazio de poder", já que o presidente da República havia abandonado o palácio presidencial em Brasília.

Acontece que tropas militares tinham se sublevado em Minas Gerais contra o presidente legal do Brasil na noite anterior e deram inicio a um plano golpista planejado há tempos, de tal forma que esse movimento foi sucedido imediatamente por pronunciamentos dos chefes das várias regiões militares do país de adesão ao golpe. João Goulart tentou apoio no sul do pais, da mesma forma que o havia logrado em 1961, porque estava deposto pelos militares golpistas.

Na sequência, os laranjas da época (Mazzilli e Moura Andrade, como agora seriam Michel Temer e Eduardo Cunha) cederam o poder a quem havia dado efetivamente dado o golpe – os militares. E desapareceram na poeira da história, como estes de agora também desapareceriam, caso lograssem dar o golpe.

Ser golpista, assim como ser de direita, é feio. Ninguém é golpista, mesmo que planeje e dê um golpe, interrompa o processo democrático e imponha uma ditadura. Ele sempre se pretende imbuído de uma missão nobre: limpeza ética do país, combate à subversão, resgate da economia dos riscos do estatismo.

As Marchas que ajudaram à desestabilização do governo assumiam os valores que estariam em perigo: "Deus, família, propriedade". O direito à crença religiosa e a existência mesmo de escolas religiosas, a existência da família (com os fantasmas da guerra fria de que as crianças seriam retiradas da família e mandadas estudar na URSS), a propriedade, pelo riscos do Estado se apropriar de todos os bens das pessoas.

Mesmo com a repressão imediatamente desatada – lembremos da imagem de Gregório Bezerra, negro, nordestino, comunista, arrastado pelas ruas do Recife amarrado a um jipe do exercito, para mostrar a sorte que correriam os que ousassem enfrentar os golpistas -, a mídia não chamou o golpe de golpe. A democracia foi destruída, instalou-se um regime de ditadura militar, o Estado tornou-se o quartel general das FFAA para controlar o país e reprimir tudo o que caracterizassem como subversivo. O Legislativo e o Judiciário foram depurados sucessivamente dos seus membros, o poder foi controlado completamente pelos altos mandos das FFAA. Todo tipo de violência e de arbitrariedade foi cometido pelo regime militar.

Mais tarde o nome de golpe militar foi se generalizando no lugar do de "Revolução" e a palavra "golpe" ganhou conotações claramente negativas. A ponto que O Globo, na parodia de autocritica, e A Falha, quando tentou passar a ideia de que o que teria havido seria uma "ditabranda", usaram explicitamente a palavra golpe.

Golpe é a ruptura do processo democrático por vias não previstas pela Constituição. A ditadura de 1964 passou a decretar atos institucionais, que se sobrepunham à Constituição. A democratização demandou uma nova Constituição para o país.

O movimento golpista atual pretende interromper o processo democrático, tirando do governo a uma presidenta eleita pelo voto popular, sem nenhum crime de responsabilidade. Uma ação abertamente golpista. Mas, como todo golpe, ele não gosta de ser chamado de golpe, os golpistas não querem ser chamados de golpistas.

Os golpistas de 1964 tampouco queriam ser chamados de golpistas, o golpe de 1964 não seria um golpe.

Aquele, como este, tem tudo de golpe: cara, jeito, ação, projeto. Só não aceita o seu verdadeiro nome: golpe. Não querem aparecer e oposição ao que querem destruir: a democracia.

Manifestações nesta quinta-feira (31) em todo o país vão combater o 'golpe'


Movimentos sociais e centrais sindicais organizadas na Frente Brasil Popular vão realizar amanhã (31) mobilização nacional em defesa da democracia e contra o golpe, a reforma da Previdência e o ajuste fiscal. Eles não pretendem deixar as ruas, independente do resultado do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. “Não vamos reconhecer um eventual governo (Michel) Temer. A 'saída Temer' é um jogo casado dos golpistas”, afirmou o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo.


Em 18 de março, a frente levou milhares de pessoas às ruas em defesa da democracia.
Para o dirigente sindical, um governo de coalizão entre PMDB, PSDB e DEM representa “o pior dos mundos” para os trabalhadores e vai ser enfrentado com amplas mobilizações e paralisações. “Não vamos reconhecer um governo que não tem a legitimidade dos votos do povo. Que só representa ajuste, flexibilização das leis trabalhistas e ataques contra os programas sociais”, disse Izzo.

Já no caso da derrota dos defensores do impeachment, o coordenador estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Gilmar Mauro ressalta que os movimentos vão pressionar o governo a adotar o programa vencedor das eleições de 2014 e adotar uma agenda econômica de desenvolvimento e distribuição de renda. Dentre as pautas estão as reformas política, tributária e das comunicações, a taxação das grandes fortunas, o fim do ajuste fiscal e a retomada dos programas sociais, que já vêm sendo colocadas pelos movimentos desde o ano passado.

Evidente que do ponto de vista legal há uma busca do governo em mobilizar 180 votos no Congresso e depois reorganizar o governo. Mas também é preciso ressaltar que a mobilização dos movimentos sociais e centrais foi determinante para evitar retrocessos. Nós não estamos aqui colocando 'tudo bem, vamos lutar contra o golpe'. Nós queremos ser ouvidos por esse governo. E as nossas pautas precisam ser ouvidas”, explicou Mauro.

Para o ativista, a população brasileira está passando por um processo intenso de politização nas últimas semanas, demonstrado pelo número de ações em defesa da democracia que vêm ocorrendo em vários pontos do país. “Isso se deve principalmente ao ascenso de ideias fascistas nas mobilizações pró-golpe”, ressaltou. Mauro destacou que os movimentos farão vigília em Brasília se houver votação da aceitação da denúncia de impeachment na Câmara, em abril. “Os setores golpistas estão assustados com a reação do povo, por isso têm pressa. Mas nós não vamos parar”, emendou.

As mobilizações vão ocorrer em, pelo menos, 56 cidades pelo Brasil e também na Europa. O maior ato será em Brasília, onde estarão as principais lideranças do movimento social e sindical brasileiro e terá participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O evento é realizado em união pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo. A manifestação terá concentração e apresentações culturais no Estádio Mané Garrincha, às 14h, seguido de marcha pelo Eixo Monumental e Esplanada dos Ministérios.

Em São Paulo, a manifestação vai ocorrer na Praça da Sé, centro da cidade, a partir das 16h. Haverá atividades culturais e ato político. “Onde há 30 anos a população defendeu o direito ao voto direto, agora nós vamos defender a democracia”, afirmou Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP).

Classe estudantil
O movimento estudantil também vai participar das mobilizações na capital federal e outras cidades brasileiras com a sua “Jornada Nacional de Lutas da Juventude Brasileira”. A ação vem sendo realizada todos os anos, em março, para lembrar o golpe de Estado de 1964 e homenagear os líderes estudantis Edson Luís e Honestino Guimarães, assassinados pelos agentes da ditadura. A ação é organizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) e Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG).

Desde a semana passada, os estudantes têm realizado uma blitz no Congresso Nacional, visitando gabinetes de deputados federais para apresentar os motivos por que a juventude não apoia o impeachment sem base legal. Adesivos com os dizeres “Contra o impeachment, esse parlamentar apoia a democracia” são colados na porta dos gabinetes dos parlamentares que se opõem ao impeachment.

Além disso, os discentes criaram uma campanha para pressionar os parlamentares pela internet. Pelo site mapadademocracia.org.br, qualquer cidadão pode enviar mensagens aos deputados e acompanhar o posicionamento de cada um com relação ao processo de impeachment.

Além das mobilizações de rua, a Frente Brasil Popular está criando comitês em defesa da democracia em várias cidades e na periferia das capitais. No último final de semana, utilizaram carro de som e distribuíram panfletos na zona sul da capital paulista. Ação que deve se repetir em outras regiões nos próximos finais de semana. Na segunda-feira (28), a frente inaugurou um acampamento popular na Praça do Patriarca, região central de São Paulo, onde estão sendo realizados debates e atividades culturais.


Censura à vista: Delegado da Lava Jato quer barrar críticas e informações na internet



O delegado federal Igor Romário de Paula, um dos chefes da Operação Lava Jato, está processando o site de busca Google e a plataforma Facebook para que eles revelem os autores e tirem do ar críticas que lhe estão sendo feitas em virtude de seu posicionamento político nas eleições de 2014, quando apoiou fervorosamente o candidato Aécio Neves (PSDB) e fez críticas jocosas ao PT e sua então candidata presidencial, Dilma Rousseff (PT).

Igor de Paula perdeu a ação judicial em primeira e segunda instância. Ainda cabe recurso.

Militante pró-Aécio nas redes sociais, delegado da Lava Jato Igor de Paula costuma aparecer no Jornal Nacional.
Conforme então revelou o jornal “O Estado de S.Paulo”, Igor de Paula costumava pedir votos para o então candidato Aécio Neves, em páginas de redes sociais fechadas ao público geral. Além disso, participava de uma comunidade cujo símbolo era uma caricatura da presidente Dilma Rousseff (PT), com dois grandes dentes para fora da boca e coberta por uma faixa vermelha na qual estava escrito “Fora PT!”.

O delegado chegou a se referir a Aécio Neves como “O CARA!”. O senador tucano é alvo de diversas delações premiadas no âmbito da Lava Jato. Quase todas as delações, porém, foram engavetadas.

Depois da veiculação da reportagem do Estadão, De Paula passou a sofrer críticas nas redes sociais. Perfis foram criados para criticar a postura considerada partidária do delegado que investigava supostos crimes cometidos por políticos de diferentes legendas partidárias, entre elas, o PT, mas também o PSDB.

De acordo com o advogado de Igor Romário de Paula, as mensagens contidas nessas páginas extrapolam o direito de liberdade de expressão na medida em que maculam a honra do delegado federal.

Os advogados do Facebook mostraram surpresa em relação ao pedido do delegado federal, e recusaram-se a atendê-lo, conforme alegam no processo: “Uma medida dessa natureza (retirada das páginas do ar) certamente configuraria censura, inadmissível até mesmo em países com regimes não democráticos. Ainda mais assustador constatar que quem pretende esse tipo de prática é ninguém menos que um delegado da Polícia Federal!”

No ano passado, foi proferida sentença em primeira instância, em que a juíza Cecília de Carvalho Contrera não só nega o pedido do delegado, como também mostra espanto em relação ao que se pede:

As supostas ofensas mencionadas na petição inicial devem ser compreendidas num contexto de livre exposição de ideias e manifestação do pensamento. O autor exerce função pública e, como tal, está especialmente sujeito a críticas em relação a sua atuação e da instituição da qual faz parte. Surpreendente a dificuldade demonstrada em conviver com críticas e opiniões distintas.”

Igor de Paula, porém, não se deu por vencido, e recorreu da decisão. Já no início deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo proferiu acórdão sobre o tema, novamente rejeitando os pedidos do delegado, conforme se vê no voto do relator do processo, desembargador Paulo Alcides, da 6ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP:

O receio do abuso não pode constituir em freio à liberdade de manifestação do pensamento e de expressão. Isto, especialmente nas matérias concernentes a atos políticos e administrativos dos agentes estatais, como o recorrente (delegado Igor de Paula), que estão especialmente sujeitos a avaliações de suas condutas, justas ou injustas, seja pela população, seja pela opinião pública ou até mesmo por membros partidários no afã de defender suas posições partidárias.”

Prefeito Delvamberto e Secretário de Agricultura de Altaneira alertam para baixo nível de água do Açude Pajeú


O Secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Altaneira, Ceza Cristóvão e o prefeito Delvamberto Soares (PDT) realizaram na manhã desta terça-feira, 29 de março, visita ao Açude Valério (popularmente conhecido por Pageú), único reservatório que abastece todo o município de Altaneira e demonstraram preocupação com o seu volume de água.

Imagem capturada do vídeo publicado na rede social facebook.
Em vídeo publicado na página do município “Altaneira Ações” no facebook o secretário foi categórico ao afirmar que o açude encontra-se com um nível de água abaixo dos 30% e alertou para que os altaneirense usem de forma racional a água em suas residências.

A mesma preocupação foi compartilhada pelo gestor municipal. Segundo Delvamberto a população precisa preservar a água e fazer economia e disse que vai precisar tomar decisões duras, porém não disse quais medidas.

Essa não é a primeira vez que informações como essa são divulgadas. Em abril de 2015 em artigo publicado aqui mesmo no Informações em Foco foi constatado segundo dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará – COGERH, que o reservatório do Pageú estava apenas com 902,000 m³, o que equivalia a 48% de sua capacidade.

Os índices pluviométricos desde ano não tem sido nada otimistas para os munícipes. No mês de março, por exemplo, só choveu dois dias, 09 e 17. No primeiro foi computado 08 mm e no segundo 33 mm.

  

OAB repete ações de 1964 e presidente da entidade passa vexame



O presidente da OAB, Claudio Lamachia, passou um vexame histórico em Brasília na tarde desta segunda-feira 28, ao ser barrado na tentativa de entregar ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um novo pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.


Um grupo de advogados, aos gritos de "não vai ter golpe" e "a OAB apoiou a ditadura", tentou impedir a entrada de Lamachia na sala de Cunha. Outro grupo, em apoio ao presidente da OAB, gritava "fora, PT". "Nesse momento os advogados que defendem a Democracia e a Constituição estão rechaçando o descabido pedido de impeachment da OAB", comentou no Twitter o deputado Wadih Damous (PT-RJ), que estava no local.

Lamachia recebeu mais cedo, nesta segunda, três pedidos de advogados para que a Ordem realizasse uma consulta ampla à categoria sobre a questão e adiasse a entrega do novo pedido de impeachment (leia mais). Segundo Lamachia, os pedidos para suspender a decisão da entidade de apoiar o afastamento de Dilma não representam a categoria e negou que haja um racha na instituição. Lamachia ponderou ainda que a decisão de apoiar o afastamento da presidente foi técnica e ouviu mais de 5 mil dirigentes da Ordem.

Com o tumulto no Salão Verde da Câmara, que durou mais de uma hora, Lamachia desistiu de entregar o pedido diretamente a Cunha, que é réu no Supremo Tribunal Federal por corrupção, e decidiu apenas protocolar o pedido. Em coletiva após a entrega do documento, Lamachia disse que a OAB "não se manifesta na linha da política partidária", e que não estava lá defendendo governo ou oposição, mas sim "em nome dos cidadãos". Ele rechaçou novamente que haja um racha na instituição. "De maneira alguma", assegurou.

Confira aqui a íntegra do pedido de impeachment da OAB, divulgado pelo portal jurídico Jota.