Informações em Foco 2015 – sempre a SERVIÇO DA CIDADANIA


2015 foi, sem dúvida, um ano não muito diferente do que foi 2014 para o Informações em Foco (IF). Tanto em audiência (quantidade de acessos/dia) quanto no que diz respeito aos artigos publicados (seja escrito por este signatário ou compartilhado de sites que se aproxime do que pregamos).


Sempre que um ano se finda, temos a ideia de fazermos balanços com o intuito de se saber se trilhamos durante todo o percurso de forma correta para alcançarmos o que propomos quando da criação do portal – estarmos sempre a SERVIÇO DA CIDADANIA. E caminharmos para atingir este fim é nos tornarmos alternativa frente a uma mídia golpista. E ainda assumirmos o compromisso diário de nos afastarmos do sensacionalismo, do disse – me – disse, de informações apelativas e de duplo sentido e do elitismo barato. Buscamos, outrossim, mantermos o compromisso de informarmos para formarmos opinião a partir de temas ligado a vários setores sociais - como a cultura, educação, política, saúde, esporte,  a religiosidade e suas adjacências, discussão de gênero e relações étnico-raciais (estas, inclusive tem sido o foco maior deste ano e que tem nos rendido os maiores acessos no grupo Historiadores, da rede social facebook) – sempre com o intuito maior de propagarmos e incitarmos o exercício da cidadania no meio midiático.

Em artigo publicado em 31 de julho de 2015 chegamos a afirmar que o IF superou as expectativas e se tornou no mês supracitado um fenômeno de acessos. Sempre, ou quase sempre superiores a 900 acessos/dia. Foi em julho ainda, no dia 30 que superamos a marca histórica dos 3.000 acessos/dia. Marca próxima a essa só em 2012 quando em artigo intitulado “Apresentadora demonstra falta de conhecimento ao afirmar que defensores do Estado laico são ‘intolerantes’ rendeu mais de 2.000 acessos.

Este ano é também um dos que mais escrevemos. Foram até o fechamento desta postagem 619 (seiscentos e dezenove) artigos publicados. Marca essa só superada em 2013 quando publicamos 686 (seiscentos e oitenta e seis) artigos.

Para comemorar a passagem dos 04 anos do IF, resolvemos lançar no dia 23 de março do ano em curso a série “Blogueiros de Altaneira”. As publicações visavam discorrer sobre os principais nomes deste município que resolveram dedicar parte do seu tempo a escrever sobre fatos que perpassam a área da educação, política, religião, cultura e outras temáticas que de alguma forma possui ligação com essa municipalidade. Passaram pela série aqueles assíduos e também os que por algum motivo deixaram de atualizar seus portais. Nomes como o de Vinícius Freire, José Evantuil, Paulo Robson, Humberto Batista, Edezyo Jaled, Pedro Rafael, Claudio Gonçalves, Júnior Carvalho, Givanildo Gonçalves, Adeilton Silva e Raimundo Soares Filho protagonizaram nossos artigos. Todos homens. Em 2016 esperamos que no 5º aniversário do IF possamos incluir na série as "blogueiras".

Estamos encerrando o ano com uma marca superior aos 821.000,00 acessos. O que equivale a 303.065 acessos no ano. 172.960 somente neste último semestre, o que nos coloca entre os portais mais visitados do cariri.

Por fim, afirmamos que em 2016 estaremos com a mesma proposta, ao passo que agradecemos aos(as) nossos(as) leitores(as) e colaboradores(as) que são os que fazem acontecer a credibilidade do nosso portal, sendo ainda propagadores(as) de nossas ideias.

Um forte e fraterno abraço!!!

Associação Brasileira de Críticos de Cinema elege os 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos




A Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) organizou uma eleição dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos, confira o ranking:


1.  Limite (1931), de Mario Peixoto



2. Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha
3. Vidas Secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos
4. Cabra Marcado para Morrer (1984), de Eduardo Coutinho
5. Terra em Transe (1967), de Glauber Rocha
6. O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla
7. São Paulo S/A (1965), de Luís Sérgio Person
8. Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles
9. O Pagador de Promessas (1962), de Anselmo Duarte
10. Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade
11. Central do Brasil (1998), de Walter Salles
12. Pixote, a Lei do Mais Fraco (1981), de Hector Babenco
13. Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado
14. Eles Não Usam Black-Tie (1981), de Leon Hirszman
15. O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça Filho
16. Lavoura Arcaica (2001), de Luiz Fernando Carvalho
17. Jogo de Cena (2007), de Eduardo Coutinho
18. Bye Bye, Brasil (1979), de Carlos Diegues
19. Assalto ao Trem Pagador (1962), de Roberto Farias
20. São Bernardo (1974), de Leon Hirszman
21. Iracema, uma Transa Amazônica (1975), de Jorge Bodansky e Orlando Senna
22. Noite Vazia (1964), de Walter Hugo Khouri
23. Os Fuzis (1964), de Ruy Guerra
24. Ganga Bruta (1933), de Humberto Mauro
25. Bang Bang (1971), de Andrea Tonacci
26. A Hora e a Vez de Augusto Matraga (1968), de Roberto Santos
27. Rio, 40 Graus (1955), de Nelson Pereira dos Santos
28. Edifício Master (2002), de Eduardo Coutinho
29. Memórias do Cárcere (1984), de Nelson Pereira dos Santos
30. Tropa de Elite (2007), de José Padilha
31. O Padre e a Moça (1965), de Joaquim Pedro de Andrade
32. Serras da Desordem (2006), de Andrea Tonacci
33. Santiago (2007), de João Moreira Salles
34. O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969), de Glauber Rocha
35. Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro (2010), de José Padilha
36. O Invasor (2002), de Beto Brant
37. Todas as Mulheres do Mundo (1967), de Domingos Oliveira
38. Matou a Família e Foi ao Cinema (1969), de Julio Bressane
39. Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), de Bruno Barreto
40. Os Cafajestes (1962), de Ruy Guerra
41. O Homem do Sputnik (1959), de Carlos Manga
42. A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral
43. Sem Essa Aranha (1970), de Rogério Sganzerla
44. SuperOutro (1989), de Edgard Navarro
45. Filme Demência (1986), de Carlos Reichenbach
46. À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964), de José Mojica Marins
47. Terra Estrangeira (1996), de Walter Salles e Daniela Thomas
48. A Mulher de Todos (1969), de Rogério Sganzerla
49. Rio, Zona Norte (1957), de Nelson Pereira dos Santos
50. Alma Corsária (1993), de Carlos Reichenbach
51. A Margem (1967), de Ozualdo Candeias
52. Toda Nudez Será Castigada (1973), de Arnaldo Jabor
53. Madame Satã (2000), de Karim Ainouz
54. A Falecida (1965), de Leon Hirzman
55. O Despertar da Besta – Ritual dos Sádicos (1969), de José Mojica Marins
56. Tudo Bem (1978), de Arnaldo Jabor (1978)
57. A Idade da Terra (1980), de Glauber Rocha
58. Abril Despedaçado (2001), de Walter Salles
59. O Grande Momento (1958), de Roberto Santos
60. O Lobo Atrás da Porta (2014), de Fernando Coimbra
61. O Beijo da Mulher-Aranha (1985), de Hector Babenco
62. O Homem que Virou Suco (1980), de João Batista de Andrade
63. O Auto da Compadecida (1999), de Guel Arraes
64. O Cangaceiro (1953), de Lima Barreto
65. A Lira do Delírio (1978), de Walter Lima Junior
66. O Caso dos Irmãos Naves (1967), de Luís Sérgio Person
67. Ônibus 174 (2002), de José Padilha
68. O Anjo Nasceu (1969), de Julio Bressane
69. Meu Nome é… Tonho (1969), de Ozualdo Candeias
70. O Céu de Suely (2006), de Karim Ainouz
71. Que Horas Ela Volta? (2015), de Anna Muylaert
72. Bicho de Sete Cabeças (2001), de Laís Bondanzky
73. Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda
74. Estômago (2010), de Marcos Jorge
75. Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes
76. Baile Perfumado (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira
77. Pra Frente, Brasil (1982), de Roberto Farias
78. Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1976), de Hector Babenco
79. O Viajante (1999), de Paulo Cezar Saraceni
80. Anjos do Arrabalde (1987), de Carlos Reichenbach
81. Mar de Rosas (1977), de Ana Carolina
82. O País de São Saruê (1971), de Vladimir Carvalho
83. A Marvada Carne (1985), de André Klotzel
84. Sargento Getúlio (1983), de Hermano Penna
85. Inocência (1983), de Walter Lima Jr.
86. Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
87. Os Saltimbancos Trapalhões (1981), de J.B. Tanko
88. Di (1977), de Glauber Rocha
89. Os Inconfidentes (1972), de Joaquim Pedro de Andrade
90. Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1966), de José Mojica Marins
91. Cabaret Mineiro (1980), de Carlos Alberto Prates Correia
92. Chuvas de Verão (1977), de Carlos Diegues
93. Dois Córregos (1999), de Carlos Reichenbach
94. Aruanda (1960), de Linduarte Noronha
95. Carandiru (2003), de Hector Babenco
96. Blá Blá Blá (1968), de Andrea Tonacci
97. O Signo do Caos (2003), de Rogério Sganzerla
98. O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006), de Cao Hamburger
99. Meteorango Kid, Herói Intergaláctico (1969), de Andre Luis Oliveira
100. Guerra Conjugal (1975), de Joaquim Pedro de Andrade (*)
101. Bar Esperança, o Último que Fecha (1983), de Hugo Carvana (*)

(*) Empatados na última colocação, com o mesmo número de pontos.

Quais órgãos são essenciais à sobrevivência?


Do BBC

O corpo humano é formado por inúmeros órgãos responsáveis por garantir nossa sobrevivência. Mas alguns deles não são exatamente essenciais – e são até dispensáveis para a vida.

Algumas partes do nosso corpo não são essenciais à sobrevivência.
O número de órgãos considerados "prescindíveis", que não são estritamente necessárias à vida, é até surpreendente.

As amígdalas, por exemplo, ainda que protejam as vias respiratórias de uma invasão bacteriana, perdem sua importância após os três anos de idade.

Além disso, por causa de sua função, elas podem ser infectadas facilmente – e é exatamente por isso que, quando as dores e infecções na garganta se tornam recorrentes, a medida aconselhada pelos médicos é a extração das amígdalas. A ausência delas não afeta a resposta imunológica do organismo.

Outro órgão desnecessário – e que muitas vezes nos causa problemas, como apendicite – é o apêndice. Ele não tem função específica no corpo humano e tudo indica que foi útil a nossos ancestrais para digerir alimentos duros, como cascas de árvores. Mas, atualmente, ele não serve para nada.

Alguns cientistas acreditam que, com a evolução da espécie, o apêndice tende a desaparecer. No entanto, esse órgão é rico em células linfoides que combatem infecções e poderia ter algum papel no sistema imunológico.

Ainda assim, tendo ou não uma função, ele pode ser retirado sem causar dano algum ao corpo humano.

Diferente do apêndice, a vesícula, esse pequeno saco verde em forma de pera que se esconde atrás do fígado, é, sim, útil. Ela se encarrega de armazenar a bile e ajuda a digerir os alimentos.


No entanto, quando começa a causar muitos problemas – principalmente nos casos de pedras na vesícula -, ela pode ser eliminada. Quando isso ocorre, é apenas necessário ter alguns cuidados a mais na alimentação – o consumo de comida picante ou gasosa, por exemplo, pode causar diarreia e inchaço.

Outros órgãos que não são estritamente necessários para a nossa sobrevivência são os reprodutores, tanto das mulheres, quanto dos homens: útero, ovários, testículos e próstata. Eles são essenciais para criar novas vidas, mas é possível viver sem eles.

De todos esses,  apenas o coração é imprescindível para a sobrevivência.
Outro "mistério" que persiste por muito tempo é a existência dos mamilos nos homens. A exemplo do apêndice, os mamilos são partes ou órgãos chamados de "vestigiais", que ao longo da evolução da espécie foram perdendo sua função. Mas no caso dos mamilos, podem causar sérios problemas, pois seus tecido podem formar tumores tão fatais quanto aqueles que acometem mulheres nas mamas.

Danos menores

Com algumas consequências adversas, ainda é possível viver sem mais órgãos. Como as glândulas da tireóide (é possível viver sem elas com a ajuda de tratamentos hormonais), o baço (mas ficamos mais propensos a infecções) e várias veias (temos muito mais do que precisamos).

O próprio cérebro, apesar de ser essencial à vida, pode ter algumas partes retiradas sem grandes danos. Cirurgiões retiraram até metade do cérebro de centenas de pacientes por problemas que não poderiam ser corrigidos de outra forma e, ainda assim, essas pessoas sobreviveram, apesar de carregarem algumas sequelas.

A operação se chama hemisferectomia e não tem efeito na personalidade ou na memória. O que se perde é o uso de um dos olhos e uma das mãos – do lado oposto ao do hemisfério cerebral que foi tirado. Caso o lado ausente seja o esquerdo, também é possível que se tenha mais dificuldade para falar, até que o próprio cérebro se autocorrija.

Há também os casos de órgãos que existem em pares - os pulmões, por exemplo. É possível viver só com um deles, ainda que seja necessário uma preocupação com a respiração, que será mais restrita. Mas é possível ter qualidade de vida com um pulmão só, tudo depende do estado de saúde prévio à cirurgia para a retirada do órgão.

Os rins também existem em pares, mas é possível viver com um só. Sua função principal é "filtrar" os fluidos do corpo e um rim já dá conta de fazer isso, enviando as sobras para a bexiga.

É possível viver com apenas um dos rins com a ajuda da bexiga para filtrar os fluídos.
O intestino grosso é outro que pode ter sua função desempenhada pelo intestino delgado após uma adaptação neste órgão. É possível também viver sem o estômago, conectando o esôfago diretamente ao intestino delgado.

Há também um osso da perna, a fíbula ou perônio, que não tem função de sustentação de peso do corpo, então também é de certa forma dispensável. Ela até pode ser utilizada como peça para reparar outros ossos.

Por fim, a última parte das vértebras: o cóccix. Ele é o único vestígio que nos resta de uma cauda. E pode nos causar muitas dores quando caímos e batemos essa parte ao final da coluna. Mas ele pode ser retirado sem maiores sequelas.

Valor do novo salário mínimo fixado em R$ 880,00 representa aumento de 11,7%



A presidenta Dilma Rousseff assinou, nesta terça-feira (29), decreto que define o valor de R$ 880,00 para o salário mínimo, de acordo com nota publicada pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República.



A nova quantia, que entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2016, é R$ 92,00 maior do que o piso pago em 2015, que é de R$ 788,00.

A decisão beneficia cerca de 40 milhões de trabalhadores e aposentados, que atualmente recebem o piso nacional.

Confira a nota na íntegra:

Decreto assinado nesta terça-feira (29/12) pela presidenta da República, Dilma Rousseff, fixa o salário mínimo que entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2016: R$ 880,00 (oitocentos e oitenta reais). O decreto será publicado no Diário Oficial da União de quarta-feira (30/12).

Com o decreto assinado hoje pela presidenta Dilma Rousseff, o governo federal dá continuidade à sua política de valorização do salário mínimo, com impacto direto sobre cerca de 40 milhões de trabalhadores e aposentados, que atualmente recebem o piso nacional.

O ministro Miguel Rossetto falará à imprensa às 15h na sede do Ministério do Trabalho & Previdência Social.

Secretaria de Imprensa
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Leonel Brizola é incluído no “livro dos Heróis da Pátria”



A presidenta Dilma Rousseff sancionou lei aprovada pelo Senado que inclui o político gaúcho Leonel Brizola no Livro dos Heróis da Pátria, que homenageia brasileiros que se destacaram na defesa e construção da história nacional. A lei foi publicada hoje (29) no Diário Oficial.

O livro, com páginas de aço, fica exposto no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Leonel Moura Brizola. Foto: Reprodução do Blog  do Memorial do RS.

Fundador do PDT, Leonel de Moura Brizola nasceu em 1922, em Carazinho, no Rio Grande do Sul, e morreu no Rio de Janeiro, em 2004. Foi o único político brasileiro a governar dois estados diferentes: o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro. Também foi prefeito de Porto Alegre, deputado estadual e deputado federal.

Brizola, teve participação expressiva na luta contra a ditadura militar e, após o golpe de 1964, viveu no exílio no Uruguai, Estados Unidos e Portugal até voltar ao Brasil com a Lei da Anistia. Foi candidato à Presidência da República por duas vezes e candidato à vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de 1998, quando foram derrotados por Fernando Henrique Cardoso.

O nome do político gaúcho vai aparecer no livro ao lado de nomes como Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Dom Pedro I, Duque de Caxias, Alberto Santos Dumont, Chico Mendes, Getúlio Vargas, Heitor Villa Lobos e Anita Garibaldi, entre outros.

Prazo

A lei sancionada por Dilma também altera o tempo necessário para que uma personalidade possa ser homenageada no Livro dos Heróis da Pátria após sua morte, de 50 para dez anos. “A distinção será prestada mediante a edição de lei, decorridos 10 (dez) anos da morte ou da presunção de morte do homenageado”, diz a nova redação.



E porque tu só escreve sobre negro e negra?


- Teu blog recebe patrocínio? Perguntou um moço (que por questão de ética não revelarei o nome).

- Não. Respondi.

Ele tentando justificar a pergunta disse:

- É porque tu só escreve sobre negro e negra. 


- Ah! Disse pra ele com um ar de desconfiança. Sutilmente lhe disse: em primeiro lugar sou negro e esse já se configura como um fato importante, pois um negro que não conhece a história de seus ancestrais não é capaz de se libertar das correntes que aprisionam a mente, já que judicialmente não se pode mais acorrentar o corpo. E em segundo lugar, como consequência da primeira, porque gosto de escrever sobre as ações afirmativas de negros e negras que lutaram e lutam para se libertar e por igualdade em todos os campos. E em terceiro lugar não só escrevo sobre negros e negras. Escrevo sobre várias temáticas com maior afinco para a área educacional. Falo sobre política, saúde, esporte, cultura e suas adjacências que podem ser a desigualdade social ou a inclusão social e racial. 

Marinha libera documentos de João Cândido (o Almirante Negro), depois de 98 anos


Do PCO

Pela primeira vez a Marinha brasileira torna público documentos sobre o marinheiro de 1ª classe João Cândido Felisberto (1880-1969), o almirante negro que pôs fim aos castigos corporais na Marinha após liderar a Revolta da Chibata, em 1910.

Os documentos históricos vieram à tona somente 98 anos depois devido à iniciativa de uma equipe de historiadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) a serviço do Projeto Memória da Fundação do Banco do Brasil, que iniciou uma pesquisa sobre o líder da revolta.

Coordenado por Marco Morel, a pesquisa levantou uma série de documentos do Arquivo Nacional até então jamais revelados, baseando-se na lei 11.111/05, que permite a liberação de documentos oficiais.

Nem os filhos e nem o próprio João Cândido nunca puderam ter acesso aos papéis. O almirante negro "nunca existiu na Marinha", contestou certa vez ele mesmo.


O documento mais importante é a ficha funcional do marinheiro. Tendo ingressado na Marinha em 10 de dezembro de 1895, João Cândido iniciou sua carreira militar como grumete e chegou a ser promovido a cabo, mas foi rebaixado - duas vezes - algum tempo depois. Ao todo permaneceu na Armada durante 15 anos até ser expulso em 1910 e relegado ao esquecimento. Em todo o tempo de Marinha foi punido nove vezes, variando de dois a quatro dias em uma solitária até o rebaixamento na hierarquia.

Em sua ficha de 24 páginas escritas à mão não há nenhum registro sobre espancamento, fato comum naquela época que durou mais de duas décadas.

Os castigos físicos contra os marinheiros foram extintos pela primeira vez em 1889, mas voltou a entrar em vigor com o Governo Provisório um ano depois.

O estopim para o levante liderado por João Cândido, então com 30 anos de idade, foi a punição do marinheiro Marcelino Rodrigues, condenado a 250 chibatadas. O movimento foi deflagrado no dia 22 de dezembro de 1910.
De acordo com os registros, até três meses antes da revolta João Cândido recebeu o último elogio por bom comportamento.

A revolta que acabou definitivamente com as chibatadas na Marinha causou a expulsão de João Cândido e o seu banimento da quase totalidade dos livros de história.

João Cândido liderou mais de três mil marinheiros que exigiam o fim das chibatadas e chegaram a apontar os canhões dos navios de guerra para São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, sede do governo federal.

A revolta terminou com a promessa do presidente da República, Hermes da Fonseca, de acabar com os castigos e anistiar todos os revoltosos, mas isso não aconteceu. Pelo contrário, João Cândido e outros líderes da Revolta foram presos e submetidos às piores condições.

Como vendedor de peixes, morreu na completa pobreza, sem patente nem aposentadoria, no dia 6 de dezembro de 1969, no Rio de Janeiro, sendo perseguido até o fim de seus dias.

Vida de Luiz Gama é retratada no filme “prisioneiro da liberdade”



Dirigido por Jeferson De, “Prisioneiro da Liberdade” retrata a vida de Luiz Gama, homem negro que, apesar de nascer livre, é vendido pelo próprio pai e sofre na pele todas as dores de um escravo. O filme, que tem o apoio do Instituto Luiz Gama e distribuição garantida da Europa Filmes, retrata uma jornada cheia de drama e aventura, que retrata um herói pouco conhecido dos brasileiros.


Mesmo com os preconceitos e as dificuldades que lhes são impostas, Luís Gama consegue se alfabetizar, estudar e se tornar não só seu próprio advogado, mas também um dos melhores profissionais da época. Foi um intelectual que libertou mais de mil pessoas nos tribunais usando as leis e se transformou um ícone na luta pela abolição da escravatura.

Pouco conhecido da maioria dos brasileiros, a Panaoid começa a trabalhar em seu novo longa-metragem, sob o comando de Jeferson De, o mesmo de Bróder (2010) e de Dogma Feijoada (2005). A produtora será responsável por levar aos cinemas esse evento histórico que marcou o século XIX.

Em entrevista ao Jornal Meio Norte, Jeferson De relata que a intenção é mostrar este personagem desconhecido para muitos brasileiros, sobretudo, os mais jovens, mas que lutou pela a liberdade, por aspectos importantes do que hoje se chama exercício de cidadania.

Nossa idéia é retratar a infância de Luiz Gama, na Bahia, ao lado de sua mãe, mostrando o cotidiano de um menino negro livre que é vendido pelo próprio pai. Sua trajetória como escravo até tornar-se o mais importante defensor da liberdade em São Paulo”, diz o diretor.

O título, segundo o diretor, conta muito sobre do que se pretende mostrar. “Luiz Gama desejou a sua liberdade com uma intensidade extrema, em seguida pensou além de si, por isso o chamamos de Prisioneiro da liberdade”, diz, acrescenado que o roteirista Luis Antonio conseguiu narrar um momento da história brasileira que diz respeito ao fim da escravidão e o fim do império através do olhar de um menino que torna-se um dos homens mais importantes da história brasileira, cujo ideal de vida foi a liberdade e não somente noque se refere a escravidão. “Gama foi além de um abolicionista, este é apenas um aspecto de sua vida. O prisioneiro tratará de corrigir esta visão”, declara.

Jeferson diz que “Prisioneiro da Liberdade” trata-se de uma biografia histórica que requer muita preparação. “Desta forma é importante cuidar de cada detalhe da produção. Demanda tempo para que tudo saia como queremos”, diz, lembrando que o filme está ainda na fase bem inicial, com alguns pontos definidos, como as locações nas cidades de Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo.

O diretor conta que o elenco segue em aberto. “Ficamos nos últimos dois anos trabalhando junto com nosso roteirista e dimensionando o tamanho e o que será o filme. Escolher o elenco é sempre um momento delicado e pretendemos realizar testes para encontrar parte deste grupo. Obviamente, alguns nomes surgem em nossas reuniões e sempre comentamos e debatemos as possibilidades”, explica.

A respeito da vida de Gama, o diretor diz que é difícil saber se ele superou o trauma de nascer livre, ser vendido pelo paí e sofrer todas as agruras da escravidão. “Acho que não. Depois que foi vendido, nunca mais encontrou sua mãe, imagino que seja um acontecimento insuperável. Mas acho que ele soube conviver com a dor. Para mim -e o filme não deixa de ser uma visão pessoal- ele continuou a caminhar. Luiz Gama foi um ótimo observador do Brasil e entendeu profundamente o que estava acontecendo a sua volta”, comenta.