Em audiência, ex-deputado dispõe recursos ao enfrentamento ao racismo



Em audiência com a presidenta da Fundação Cultural Palmares (FCP/MinC), Cida Abreu, nesta quarta-feira (06), o ex-deputado federal do Rio de Janeiro, Carlos Santana, se colocou à disposição no que diz respeito a recursos e articulações a partir da Frente Parlamentar em Defesa da Igualdade Racial do Congresso Nacional, para atuações de enfrentamento ao racismo.

Carlos Santana enfatizou a sensibilidade e o potencial de
Cida Abreu para enfrentamento ao racismo à frente da
Fundação Cultural Palmares.
Podemos desenvolver um grande trabalho”, destacou Santana, ressaltando a sensibilidade da presidenta recém-empossada para com a temática. “A Cida ultrapassa barreiras e veio para mostrar seu potencial de mulher, negra, que parte de uma comunidade pobre e alcança um patamar onde tem abertura para lutar por pessoas que enfrentam uma realidade já vivenciada por ela”, disse.

O ex-deputado, que há 20 anos acompanha a trajetória de Cida Abreu, ressaltou que a militância da colega de partido ‒ Partido dos Trabalhadores (PT) ‒ vem de um cenário situado no noroeste do Rio de Janeiro, onde a luta racial é muito intensa. “Nesta região, existiu um dos maiores canaviais do estado, o que justifica os resultados que temos em todos os graus de preconceitos”, explicou.

De acordo com ele, é contra essas realidades negativas que o Estado precisa lutar. “A Fundação Palmares é resultado de um grande avanço social a partir da redemocratização do país. Temos que fortalecê-la para que contribua aos avanços dos direitos dos negros”, enfatizou. Ele ressaltou, ainda, a experiência e a habilidade de Cida em articular ações entre os meios político e acadêmico.

Parceria

Durante a audiência a presidenta comunicou a Santana, que é historiador, seu interesse de compor uma comissão de intelectuais e acadêmicos negros. Eles terão por missão organizar um acervo virtual sobre a história da África e dos afro-brasileiros, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), com o objetivo de subsidiar os currículos educacionais em todos os seus níveis.

A iniciativa visa à implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que estabelecem a obrigatoriedade do conteúdo História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena no currículo escolar nacional. Interessado, Carlos Santana se comprometeu em estudar alternativas que possam contribuir para o projeto.

Rede Globo encurtará “Babilônia” em virtude de fracasso de público



Inicialmente prevista para estrear em 28 de setembro, o folhetim de João Emanuel Carneiro deverá iniciar um mês antes. Nos bastidores da Globo, já se comenta que a estreia de “A Regra do Jogo” será no dia 31 de agosto. É o que informa o jornalista José Armando Vannucci.

Elenco de Babilônia. Foto: Divulgação.
A estratégia irá obrigar a equipe de produção comandada pela diretora Amora Mautner a trabalhar em ritmo acelerado para atingir a marca ideal de frente de capítulos gravados e editados.

A palavra “antecipação” tem sido cuidadosamente evitada nos interiores da emissora, até porque não se quer transparecer um encurtamento de “Babilônia”. A Globo também não confirma oficialmente a nova data de estreia.

Mesmo que não consiga tirar o título de pior audiência da história do horário das nove, de “Babilônia”, a rede da família Marinho tem pressa porque a novela tem derrubado a média diária da emissora, e por causa de seus baixos índices anunciantes estariam pedindo descontos.

A trama irá marcar a volta de João Emanuel Carneiro a faixa das 21h dois anos após “Avenida Brasil”, último grande sucesso do horário.

O elenco de “A Regra do Jogo” conta com nomes como, Tony Ramos, Alexandre Nero, Giovanna Antonelli, Cauã Reymond, Carolina Dieckmann, Bruna Linzmeyer, Fernanda Souza, entre outros.

15 obras que versam sobre literatura afro-brasileira e africana



Literaturas que valorizam a diversidade étnica e cultural afro-brasileira e africana são uma ótima alternativa para abordar os conteúdos exigidos pela lei 10.639, que obriga o ensino da "História e Cultura afro-brasileira e africana" nas escolas de Ensino Fundamental e Médio das redes pública e privada de todo Brasil.

Não tem maneira melhor para conhecer uma cultura do que
com os livros.
Veja 15 dicas de livros recomendados para pais, filhos e professores sobre o tema. Confira também o índice de autores negros do Literafro, portal de estudos de literatura afro-brasileira da Universidade Federal de Minas Gerais.

I - Menina Bonita do Laço de Fita - Ana Maria Machado

A autora coloca em cena, através da história de um coelho branco que se apaixona por uma menina negra, alguns assuntos muito debatidos nos dias de hoje, como a auto-estima das crianças negras e a igualdade racial.

II - Luana, A Menina Que Viu O Brasil Neném - Oswaldo Faustino, Arthur Garcia e Aroldo Macedo

O livro conta a história de Luana, uma menina de 8 anos que adora lutar capoeira, e a historia do descobrimento do Brasil. Ao lado de seu berimbau mágico, ela leva o leitor a outras épocas e lugares e mostra o quão rica é a cultura brasileira, além da importância das diferentes etnias existentes por aqui.

III – O Menino Marron – Ziraldo

O Menino Marrom conta a historia da amizade entre dois meninos, um negro e um branco. Através da convivência aventureira dessas crianças ao longo de suas vidas, o autor pontua as diferenças humanas, realçando os preconceitos em alguns momentos.

IV – Lendas da África – Júlio Emílio Brás

O livro mostra fábulas tipicamente africanas para leitores de todo mundo. Nas histórias, o autor mostra um pouco do folclore africano, além de passar valores do "tempo em que os animais ainda falavam" para as crianças.

V – Terra Sonâmbula – Mia Couto

Primeiro livro do autor africano, Terra Sonâmbula foi considerado um dos doze melhores romances do continente no século 20. Numa estória emocionante sobre o encontro de um menino sem memória e um velhinho meio perdido pelo mundo, Mia Couto mistura símbolos tradicionais da cultura e da história moçambicana.

VI – Meu Avô um escriba – Oscar Guelli

A história se passa na África, mais precisamente no Egito. O pequeno Tatu é neto de um escriba. A convivência com o avô permitirá ao menino aprender cálculos, a ter contato com tradições mais antigas de seu país e a se preparar para também ser um escriba um dia.

VII – O Cabelo de Lelê – Valéria Belém

Lelê é uma linda menininha negra, que não gosta do seu cabelo cheio de cachinhos. Um dia, através de um fantástico livro, começa a entender melhor a origem de seu cabelo e, assim, passa a valorizar o seu tipo de beleza.

VIII – A Varanda Do Frangipani – Mia Couto

O romance policial moçambicano é marcado por palavras criadas pelo próprio autor, nascido no país onde se passa a trama. A história conta sobre o violento colonialismo em Moçambique e a superação do país a partir dessa cicatriz histórica.

IX – Bia na África – Ricardo Dregher

O livro é parte da coleção "Viagens de Bia". Nessa estória, Bia viaja por diferentes países da África, como Egito, Quênia e Angola. Na aventura, a garotinha conhece, entre outras curiosidades, a história do povo árabe e dos nossos antepassados negros, que vieram como escravos da África para o Brasil há muitos anos.

X – Avódezanove eo segredo do soviético – Ondjaki

Em Luanda, capital da Angola, África, as obras de um mausoléu realizadas por soldados soviéticos ameaçam desalojar morados da PraiaDoBispo, bairro da região. As crianças do bairro percebem as mudanças com olhares desconfiados. Talvez elas sejam as primeiras a perceber que a presença dos soldados soviéticos significa mais do que uma simples reforma espacial.

XI - Tudo Bem ser Diferente – Todd Parr

A obra ensina as crianças a cultivar a paz e os bons sentimentos. O autor lida com as diferenças entre as pessoas de uma maneira divertida e simples, abordando assuntos que deixam os adultos sem resposta, como adoção, separação de pais, deficiências físicas e preconceitos raciais.

XII – Diversidade – Tatiana Belinky

O livro mostra, através de versos, porque é importante sermos todos diferentes. A autora fala que não basta reconhecer que as pessoas não são iguais, é preciso saber respeitar as diferenças.

XIII – Num tronco de iroko vi a lúna cantar – Erika Balbino

Acompanhando as aventuras dos irmãos Cosme, Damião e Doum e seus amigos, os leitores entram em uma jornada que revela a relação do corpo com a música e aproxima as crianças da capoeira por meio de figuras lendárias das religiões de matriz africana. Além do enredo e das ilustrações do grafiteiro Alexandre Keto, um CD com a narração da história pela própria autora e cheio de cantos de capoeira e de Umbanda valorizam ainda mais essa luta, que é apresentada como dança, arte e jogo também.

XIV – Amanhecer Esmeralda – Ferréz

O livro conta a história da garota Manhã, negra, pobre e com grandes responsabilidades mesmo com tão pouca idade. Manhã tem sua vida transformada ao ganhar um vestido esmeralda de seu professor, que faz com que ela mude a forma como se vê e como vê o mundo ao seu redor.

XV – O Mar que  Banha a ilha de Goré – Kiusam de Oliveira

Descendente de africanos, Kika é uma menina brasileira que volta para o continente dos seus ancestrais para visitar a Ilha de Goré. Lá ela conhece Laith, garotinho senegalês de 13 anos e guia turístico da ilha. Juntos, começam a entender a importância da história afro-brasileira para ajudar na inclusão do negro e toda a sua rica cultura inserida no imaginário brasileiro.


Não fazem mais empregadas como antes. Mas não espalha, se não a “casa grande” cai



Para a classe alta, está bem difícil achar empregadas e babás como antes. É comum ouvir, por exemplo, “Agora, elas querem até estudar, acredita?”. Uma pesquisa divulgada, em 2013, pelo IBGE nacional mostra que o número de trabalhadoras domésticas que estão na faculdade cresceu 10% nos últimos três anos (2013, 2012 e 2011). E, o salário delas também subiu 8% em 12 meses, segundo a mesma pesquisa. Mas, as trabalhadoras que começaram a trabalhar com carteira assinada caíram de 6,5% para 5,9%.

Desde que o mundo é mundo, as casas grandes tinham a casa dos escravos, lá fora. E, alguns, os mais apresentáveis, moravam no casarão. Poucos anos se passaram e as construções ganhavam um cômodo chamado: quarto da empregada. E desde então, são tratadas “como se fossem da família. Comem na mesa e tudo”.

Com o tempo, as empregadas foram ganhando conhecimento e vontade de estudar, voltar para casa todos os dias, ter suas coisas, comer o que gosta e não mais dormir no trabalho. Mas isso muitas vezes não foi bem aceito, já que “meus filhos gostam tanto de você, como vou fazer se não dormir mais aqui? Eles já se acostumaram com você. Não vai poder mais viajar com a gente?”.

Uma bábá de alto padrão há 12 anos, que não quis se identificar, tem 35 anos, é nordestina, negra, solteira, sem filhos. Segundo ela, sempre foi muito bem tratada. Cuidava desde recém-nascidos, ou seja, noites em claro, cuidar das cólicas e mamadeiras (peitos de plástico) de duas em duas horas. “A mãe dorme a noite inteira até os filhos chegarem a idade de ir pra escola, quando a babá será dispensada e a mãe voltará a acordar durante a noite para cuidar das crianças”, revela.

Como tem um trabalho excelente, a indicação foi passando de boca em boca, ganhando assim reconhecimento. Mas essa babá resolveu ir embora pra sua terra e morar perto da família e estudar. Montou uma loja pequena para viver. Mas isso não durou muito, três anos.

As propostas dos amigos dos patrões começaram a aparecer, e cada vez mais altas. Até que ela resolveu largar tudo e voltar para São Paulo. Disseram que era por pouco tempo, até a criança crescer e ir pra a escola, no máximo três ou quatro anos.

Na casa dos novos patrões são duas crianças, uma de 7 e outra de 3. Antes ela cuidava somente do pequeno, mas gostam tanto dela que acaba cuidado dos dois. Dispensaram a outra babá. Isso tudo conta com dormir no “aconchegante” quarto da empregada, viajar quase todos os finais de semana, ir para fora do Brasil, pelo menos, três vezes ao ano. Ter folgas quinzenais para voltar para a própria casa.

Mas o prazo de três ou quatro anos já passou e agora, ela quer estudar. E para isso, é preciso voltar a dormir em casa todos os dias para se dedicar aos estudos. Porém isso caiu no ouvido como uma pequena traição. “Poxa, não tem como você esperar mais um pouco? A criança precisa crescer mais um pouquinho. Você não quer tirar sua carteira de motorista primeiro? Lembro que tinha falado isso há um tempo”, dizia a patroa.

Agora lá no serviço está uma guerra, por que quero voltar a estudar e minha patroa quer que eu tire a carteira de motorista primeiro. Mas eu nem tenho carro ainda. Ela quer que eu aproveite porque ela vai pagar tudo. Mandou eu procurar uma autoescola perto. Eu disse que depois que eu tirar, preciso estudar”, esse foi o acordo.

Mas não pense que parou por aí, a irmã da patroa está grávida e quer contratá-la. “As duas estão brigando muito e ainda na minha frente. Elas ficam fazendo joguinhos do tipo: Olha, se vier trabalhar comigo eu deixo você estudar, voltar para casa todos os dias. Enquanto a outra: mas eu aumento seu salário e ainda vou pagar sua carteira de motorista”.

Em meio a isso, a babá sem saber o que fazer, fica em uma situação difícil. “Fico perdida diante das propostas. Quero logo voltar pra casa todos os dias, estudar. Não quero que elas briguem na minha frente, e ainda cada hora com uma proposta diferente. Elas acabam ficando de cara feia pra mim e me chamando de canto. Vamos ver que horas isso vai acabar”.

E assim é uma das histórias que se repetem com várias outras babás por esse Brasil, que é o país com mais trabalhadores domésticos no mundo. Segundo estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), são 7,2 milhões de brasileiros na categoria.



Após publicar foto no facebook jornalista negra sofre ataques racistas



Jornalista negra posta foto nas redes sociais e sofre enxurrada de ataques racistas. Em apoio à Cristiane Damacena, internautas se mobilizaram e também comentaram em repúdio ao preconceito. Agressores estão sendo identificados e podem ser punidos

Um ataque racista contra uma jornalista negra de Brasília (DF) por meio do seu perfil numa rede social causou forte comoção dentro e fora da Internet nesta terça-feira (5). Cristiane Damacena publicou no dia 24 de abril uma nova foto no Facebook e cinco dias depois passou a sofrer injúrias de cunho racial por ao menos 5 perfis diferentes. Ela foi chamada de “macaca” e “escrava” e sofreu zombarias por causa da cor da pele.

De lá pra cá o caso ganhou repercussão e o apoio a Cristiane extrapolou sua rede de amigos no Facebook. Ao meio-dia desta terça-feira já eram 14.663 curtidas na foto, onze mil comentários e 353 compartilhamentos. Mensagens em defesa da jornalista, elogios a sua beleza e manifestações de apoio formam a maior parte dos comentários. Ela é chamada de “linda” em vários deles. Numa das agressões, um internauta afirma que ela usa um vestido amarelo “porque é a cor preferida do macaco pois lembra a banana”.

Denúncias à Secretaria da Igualdade Racial

De janeiro até agora, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial recebeu cerca de 200 denúncias de racismo. Um dos casos que chegou ao órgão foi o da jornalista de Brasília Cristiane Damacena. A jovem, que não quis gravar entrevista por orientação dos advogados, afirmou que também vai recorrer à Justiça para punir os culpados. E disse que ainda está atônita com tudo o que aconteceu.

De acordo com Dalila Negreiros, do grupo Nosso Coletivo Negro, que organiza ações afirmativas para Negros no Distrito Federal, o caso de Cristiane é lamentável e se soma a várias situações racistas na internet. Segundo ela, usuários da rede que praticam esse tipo de crime se sentem à vontade para se expor porque acham que não serão encontrados. E o que dificulta é a falta de denúncias em muitos casos e a lentidão das investigações.

Injúria racial

O advogado Paulo Duarte diz que o caso da jornalista é classificado como injúria racial e a pena varia de um a três anos de prisão. Ele destaca que é possível identificar os envolvidos.

No ano passado, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial recebeu cerca de 560 denúncias. De acordo com o órgão, os casos dão origem a um procedimento administrativo, que é avaliado e investigado para, então, ser encaminhado aos órgãos competentes.

Para a advogada Indira Quaresma, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-DF, as vítimas de injúria racial devem tirar uma cópia da página em que as ofensas estão postadas e com ela fazer um boletim de ocorrência. A partir do boletim a investigação começa a ser feita pela Polícia mediante uma ação penal privada.

Dicionário Português Kikongo no ILABANTU será lançado por Escritor angolano



O escritor angolano Francisco Narciso Cobe estará na cidade de Itapecerica da Serra, região metropolitana da Grande São Paulo dias 22 e 23 de agosto deste ano para lançamento do seu mais recente trabalho, o novo Dicionário Português-Kikongo, concretizando um sonho em uma das duas áreas da sua formação científica – ciências da linguagem.

Escritor Francisco Narciso Cobe.
A confirmação oficial da visita do linguista bantu ao Brasil foi dele próprio, atendendo a convite formulado pelo Taata Katuvanjesi – Walmir Damasceno, no âmbito da celebração pelo ILABANTU/ Nzo Tumbansi, da Década Internacional dos Afrodescendentes, criada por resolução da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 23 de dezembro de 2014, sob o lema “Afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”.

Nesse quadro, a Década Internacional dos Afrodescendentes começou a ser celebrada em 1º de Janeiro deste ano, para um período que se estende ao dia 31 de dezembro de 2024, segundo as Nações Unidas, data bem próxima às comemorações do bicentenário do fim da escravatura no mundo, que ocorreu no século XIX, no ano de 1830.

Para o lançamento da importante obra no Brasil, o ILABANTU e o Nzo Tumbansi está organizando a V Conversa de Terreiro no momento em que povos e comunidades afro brasileiras de feição bantu está empenhada na valorização e promoção das línguas transplantadas do além-atlântico e preservadas nos Terreiros de candomblé, povos estes que Brasil ficaram conhecidos como Congo-Angola. O evento será dias 22 e 23 de agosto na sede nacional da Instituição e contará com apoio da Fundação Open Society – Angola e da Mayamba Editora, aproveitará a oportunidade para homenagear o professor doutor Francisco Cobe com o titulo de Grande Benemérito da Cultura Tradicional Bantu brasileira.

Cobe argumenta que “como todas as línguas do mundo, o Kikongo tem a sua história, que não é o tema deste novo Dicionário Português-Kikongo. Língua viva, o Kikongo continua a se desenvolver e está apta para integrar termos técnicos de qualquer domínio (medicina, justiça e matemática); assim “crescem” as línguas ditas vivas”, sentencia o Professor.

Francisco Narciso Cobe é médico e linguista, nasceu no Bembe, província do Uíge, Republica de Angola, em 11 de janeiro de 1944. Frequentou a escola primária Evangélica (B.M.S.- Baptist Missionary Society) do Bembe (1952-1958) e lecionou nas Escolas Rurais do Nsangi (1958-1959) e do Nkau (1959-1960), naquele país africano.

Com uma bolsa de estudo oferecida pelas Igrejas Evangélicas Canadianas e Americanas, estudou em Sona Bata (Ciclo de orientação, 1962-1964) e Sona Mpangu (Humanidades Científicas 1964-1968), no Congo-Kinshasa, atual República Democrática do Congo.

Foi professor de Francês e de Matemática em Sona Mpangu, tendo iniciado estudos de medicina em Luluaburgo (Kananga) e na Universidade Lovanium (Kinshasa) que viria a concluir na Alemanha, nas Universidades de Giessen e de Frankfurt e ainda os estudos de Romanística com mestrado pela Universidade de Frankfurt am Main.

Posteriormente, trabalhou em vários hospitais e serviço de seguro de saúde alemães. Atualmente é médico consultor.

Enquanto estudante em Sona Mpangu escreveu e publicou uma brochura de 44 poemas, em Francês, intitulada “Essai poétique”. Alguns poemas viriam a ser publicado no jornal da escola “Boussole” (Bússola).

É ainda autor de um ensaio intitulado “Escravos africanos no Brasil no século XVI (1989), ainda não editado, e de um breviário de termos médicos em alemão, também não editado – Medizinische Abkurzungem (Abreviaturas médicas), 2001−, mas em uso, em edição digital, na repartição hospitalar dos serviços de seguro de saúde na região de Fulda( AOK, Estado de Hesse) desde 1998, na Alemanha.

O Google e a guerra dos aplicativos



O sistema operacional Android, do Google, ultrapassou em 2014 o iOS da Apple como o sistema operacional móvel mais utilizado para acessar a internet, um indicativo importante da sua abrangência crescente no mercado de smartphones. Isso parece ter atraído o interesse da Comissão Europeia, que, depois de examinar o sistema operacional do Google por três anos, decidiu abrir uma investigação formal sobre as práticas da empresa de inclusão de seus próprios aplicativos no sistema, como o Google Maps, o navegador Chrome e o YouTube.

 A investigação se preocupará em saber se o Google entrou em acordos anticompetitivos ou se abusou de sua posição dominante no campo de sistemas operacionais, aplicativos e serviços para smart-phones”, segundo um documento da CE disponível em http://europa.eu/rapid/press-release_MEMO-15-4782_en.htm. A comissão deve investigar também se o Google agiu para evitar que fabricantes de smartphones e tablets criassem versões modificadas do Android que rodassem seus próprios aplicativos, além de averiguar se a instalação de um pacote de aplicativos do Google necessariamente pede a instalação de outros serviços da empresa para que fiquem completamente funcionais.  

Em resposta à iniciativa da CE, o Google esclareceu que existem acordos com os principais fabricantes para impedir a fragmentação do seu sistema operacional, exatamente porque essa prática garante o melhor funcionamento possível dos aplicativos, “de modo a permitir às pessoas um excelente primeiro contato com seus aparelhos, com aplicativos úteis disponíveis na tela inicial”, conforme explicou Hiroshi Lockheimer, vice-presidente de engenharia do sistema Android. Além disso, garante o executivo, a empresa instala menos dos próprios aplicativos no seu sistema operacional do que a Apple faz com os seus aplicativos no sistema iOS.

O caso lembra muito a investigação da mesma CE sobre as práticas da Microsoft quanto à posição dominante do sistema operacional Windows e a prática de pré-instalar o navegador Internet Explorer nesse mesmo sistema. A empresa acabou pagando multa de 1,6 bilhão de euros pela prática, um montante que faria pouca diferença nos cofres do Google.

Concluida II Formação de Comunicadores da Rádio Comunitária Altaneira FM


Foi dado início no dia 22 de fevereiro de 2014, pela entidade mantenedora da Rádio Comunitária Altaneira FM, a Associação Beneficente de Altaneira (ABA), a II Formação de Comunicadores deste e para este meio de comunicação.

Painel montado por este blogueiro com fotos de alguns dos
encontros. 
Os encontros foram realizados ora aos sábados, ora aos domingos e tiveram como palco das discussões a Escola de Ensino Médio Santa Tereza, o auditório do Sindicato dos Servidores Municipais de Altaneira – SINSEMA e o prédio que sedia as três entidades - Associação Raízes Culturais de Altaneira (ARCA), Fundação ARCA e a ABA – e tiveram como ministrantes o blogueiro e jurista Raimundo Soares Filho e o advogado João Paulo Batista que falaram “Técnicas e Tecnologias em Comunicação” e “Introdução às Técnicas de Comunicação e Expressão (Oratória, Discurso e Dicção)", respectivamente.

Para além desses módulos os comunicadores e aqueles que desejam fazer parte da grade programativa da rádio, tomaram contado ainda com seis outros módulos tendo como mediadores os membros da direção desta emissora. Temas como “História da Comunicação”, “Fundamentos da Comunicação”, “Elementos da Linguagem Musical”, “Técnicas de Produção e Edição de Roteiros para Programas de Rádio” e “Técnicas Básicas de Equalização e Manuseio de Aparelhagem de Som”. Os dois primeiros foram abordados por este signatário e os demais por Givanildo Gonçalves, Cláudio Gonçalves e Gutemberg Estevão.

Neste domingo, 03 de maio, os formandos tiveram contato ainda com o último módulo intitulado “Comunicação e Transformação Social” tendo este blogueiro como mediador da conversa. No momento foi apresentado a rádio como um poderoso instrumento de participação e mobilização popular na busca incessante por melhores condições de vida, devendo, portanto, caminhar no sentido de informar para formar opinião e sem as amarras do elitismo desenfreado, marca dos principais meios de comunicação tradicionais.

No próximo domingo, 10/05, haverá um novo encontro com a finalidade de instruir tecnicamente os veteranos e os novos comunicadores, além de discutir a nova programação da Rádio Comunitária Altaneira FM e entregar os certificados.

É digno de registro que esta formação é requisito básico para permanência no quadro e, claro, para fazer parte da rádio enquanto locutor/comunicador, tendo todos que ter ao final 75% (setenta e cinco) por cento de presença e média 07 (sete) na avaliação.