Em
audiência com a presidenta da Fundação Cultural Palmares (FCP/MinC), Cida
Abreu, nesta quarta-feira (06), o ex-deputado federal do Rio de Janeiro, Carlos
Santana, se colocou à disposição no que diz respeito a recursos e articulações
a partir da Frente Parlamentar em Defesa da Igualdade Racial do Congresso
Nacional, para atuações de enfrentamento ao racismo.
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Carlos Santana enfatizou a sensibilidade e o potencial de Cida Abreu para enfrentamento ao racismo à frente da Fundação Cultural Palmares. |
“Podemos
desenvolver um grande trabalho”, destacou Santana, ressaltando a sensibilidade
da presidenta recém-empossada para com a temática. “A Cida ultrapassa barreiras
e veio para mostrar seu potencial de mulher, negra, que parte de uma comunidade
pobre e alcança um patamar onde tem abertura para lutar por pessoas que
enfrentam uma realidade já vivenciada por ela”, disse.
O
ex-deputado, que há 20 anos acompanha a trajetória de Cida Abreu, ressaltou que
a militância da colega de partido ‒ Partido dos Trabalhadores (PT) ‒ vem de um
cenário situado no noroeste do Rio de Janeiro, onde a luta racial é muito
intensa. “Nesta região, existiu um dos
maiores canaviais do estado, o que justifica os resultados que temos em todos
os graus de preconceitos”, explicou.
De
acordo com ele, é contra essas realidades negativas que o Estado precisa lutar.
“A Fundação Palmares é resultado de um
grande avanço social a partir da redemocratização do país. Temos que
fortalecê-la para que contribua aos avanços dos direitos dos negros”,
enfatizou. Ele ressaltou, ainda, a experiência e a habilidade de Cida em
articular ações entre os meios político e acadêmico.
Parceria
Durante
a audiência a presidenta comunicou a Santana, que é historiador, seu interesse
de compor uma comissão de intelectuais e acadêmicos negros. Eles terão por
missão organizar um acervo virtual sobre a história da África e dos
afro-brasileiros, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), com o
objetivo de subsidiar os currículos educacionais em todos os seus níveis.
A
iniciativa visa à implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que
estabelecem a obrigatoriedade do conteúdo História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena no currículo escolar nacional. Interessado, Carlos Santana se
comprometeu em estudar alternativas que possam contribuir para o projeto.
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