Foto de índio brasileiro vence concurso global


Expor a rica diversidade dos povos indígenas: esse foi o objetivo do primeiro concurso global de fotografia lançado pela ONG Survival International, que luta em defesa dos direitos dos povos indígenas.

E a foto eleita vencedora foi tirada em terras brasileiras. O fotógrafo italiano Giordano Cipriani captou toda a cor e a expressão de um índio da tribo Asurini, do Tocantins, e faturou o prêmio, deixando para trás concorrentes de várias partes do mundo.

A Survival International aproveitou o concurso para lançar o calendário para 2015 We, The People (Nós, As Pessoas, em tradução livre).

As fotografias apresentam, entre outros, registros da tribo Tarahumara, no México, conhecida por ter corredores de longa distância, e o ritual de saltar bois da tribo de Hamer, na Etiópia.



Via BBC

Personalidades Negras que Mudaram o Mundo: João Cândido – O “Almirante Negro”


João Cândido Felisberto nasceu no Rio Grande do Sul, no dia 24 de Junho de 1880. Seus pais eram escravos, ele desde pequeno ele costumava acompanhar seu pai quando este viajava conduzindo o gado.

João Cândido começou sua participação política cedo, aos 13 anos apenas, quando lutou a serviço do governo na Revolução Federalista do Rio Grande do Sul, no ano de 1893. Com 14 anos se alistou no Arsenal de Guerra do Exército e com 15 entrou para a Escola de Aprendizes Marinheiros de Porto Alegre. Cinco anos depois foi promovido a marinheiro de primeira classe e com 21 anos, em 1903, foi promovido a cabo-de-esquadra, tendo sido depois novamente rebaixado a marinheiro de primeira classe por ter introduzido no navio um jogo de baralho. Serviu na Marinha do Brasil por 15 anos, tempo durante o qual viajou por este e outros países.

Participou e comandou a Revolta dos Marinheiros do Rio de Janeiro (Revolta da Chibata) no ano de 1910, movimento que trouxe benefícios aos marinheiros, com o fim dos castigos corporais na Marinha, mas que trouxe prejuízos a João Cândido, que foi expulso e renegado, vindo a trabalhar como timoneiro e carregador em algumas embarcações particulares, sendo depois demitido definitivamente de todos os serviços da Marinha por intervenção de alguns oficiais.
Só recentemente João Cândido saiu da condição de personagem esquecido da historiografia oficial para o papel de protagonista. 

Em 2008, uma lei finalmente concedeu anistia póstuma a ele e a outros marinheiros. A reparação, porém, foi incompleta. No ano do centenário da Revolta da Chibata, João Cândido e os outros revoltosos continuam sem as devidas promoções e seus familiares sem receber indenização – como aconteceu com os que resistiram à ditadura militar, por exemplo. Os prejuízos com a expulsão da Marinha não foram compensados. “Sinto como se meu pai ainda fosse um renegado e não um herói”, diz Adalberto Cândido, o Candinho, 71 anos, filho de João Cândido. As comemorações pelos 100 anos da Revolta da Chibata não o animam. “Homenagens são bonitas, mas não enchem barriga”, desabafa Candinho.

Os grandes brasileiros podem ser figuras pouco comentadas nas salas de aula, esquecidas dos livros e da memória das pessoas. Mas alguns deles aparecem na música popular, mesmo que de forma sutil. É o caso de João Cândido Felisberto, militar brasileiro que liderou a Revolta da Chibata no ano de 1910. E a música, de autoria de Aldir Blanc e João Bosco, se chama O mestre-sala dos mares – o nome originalmente seria Almirante Negro, porém precisou ser alterado porque a censura julgou que ofenderia as Forças Armadas. Interpretada por Elis Regina, a letra diz:

Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu.
Conhecido como o navegante negro tinha a dignidade de um mestre-sala.

No ano de 1917, ano em que sua primeira esposa faleceu, começou a trabalhar como pescador para sustentar a família, vivendo na miséria até os seus últimos dias de vida. Casou-se novamente, mas sua segunda esposa cometeu suicídio no ano de 1928. Dez anos depois a tragédia voltaria a acontecer, mas desta vez com uma de suas filhas. Ao todo foram três casamentos, tendo o último durado até o fim de sua vida, dia 06 de Dezembro de 1969.

Atuou na política durante toda a sua vida. Durante o governo de Vargas teve contato com o líder da Ação Integralista Brasileira (AIB) e com o Partido Comunista, chegou a ser preso por suspeita de relacionamento com os integrantes da Aliança Liberal e até o fim da sua vida continuou sendo “vigiado” pelas autoridades, sendo acusado de subversivo.

O “Almirante Negro”, como João Cândido ficou conhecido, morreu aos 89 anos e teve ao todo 11 filhos ao longo dos três casamentos. Faleceu na cidade de São João do Meriti, no Rio de Janeiro.




Sem matérias apresentadas e aprovadas, secretário da educação de Altaneira salva sessão ordinária


Os nove edis que compõem o poder legislativo do município de Altaneira esteve reunido na tarde desta terça-feira, 16 de setembro, em mais compromisso frente a comunidade local visando, claro, debater e, ou analisar e aprovar/rejeitar matérias do interesse da coletividade.

Toda via, contrariando as expectativas daqueles que esperavam o cumprimento desse dever parlamentar, os vereadores e vereadoras ficaram limitados ao discurso do vereador licenciado e que ora ocupa o cargo de secretário da educação, Deza Soares que, a exemplo das demais vezes ocupou a tribuna da casa de forma espontânea com o propósito de expor a comunidade os feitos positivos conquistados nos últimos dois anos pela educação. A título de exemplo, cita-se aqui a escola nota 10, feito esse adquirido pela Escola de Ensino Fundamental Joaquim Rufino de Oliveira no ano passado e, recentemente, a conquista de sessenta (60) medalhas na Olimpíada Brasileira de Astronomia – OBA. Desse número, vinte e três (23) são de ouro, enquanto que vinte (20) são de prata e dezessete (17) de bronze. Os dados apresentados com muito afinco e vigor pelo secretário representou um aumento dos índices de proficiência, alfabetização, IDEB, dentre outros, ao qual atribuiu os feitos a todos os profissionais da educação.

O portal da câmara confirma o que está exposto nesse artigo, afinal nada consta se houve discussão de matéria ou aprovação de requerimentos, muito menos de projetos de lei (estes andam bem escassos, diga-se de passagem). É digno de registro ainda que a própria ausência desse quesito não foi sentida apenas por este blogueiro, mas os próprios vereadores que formam a base de sustentação da administração levantaram o caso. O parlamentar Antonio Leite (Pros) fez cobranças nesses sentido, questionando, inclusive, os trabalhos da Comissão Permanente da Casa quanto as emissões de pareceres. Segundo Flávio Correia (SDD), o problema não se concentra propriamente na comissão que está trabalhando. Para ele, o empecilho tem cara e cor, a presidente do legislativo, a vereadora comunista Lélia de Oliveira, também da base situacionista. Flávio disse que a CP emite os pareceres, mas quando chega as mãos da presidenta, esta acaba não colocando as matérias em pauta. 

Ultimamente Lélia de Oliveira tem sofrido várias críticas não somente de Flávio Correia, mas também do vereador Edezyo Jalled (SDD), principalmente no quesito pulso para conduzir os trabalhos e os, segundo ele, “desrespeito ao regimento interno da casa”.

A fala do titular da pasta da educação foi acompanhada por um bom número de professores no auditório. 

Personalidades Negras que Mudaram o Mundo: Grande Otelo


Grande Otelo, pseudônimo de Sebastião Bernardes de Souza Prata foi um famoso ator e compositor brasileiro, o qual ficou conhecido principalmente pela sua participação em filmes e comédias nos anos 1940/1950/'960.

Grande Otelo nasceu na cidade de Uberlândia, no estado de Minas Gerais (Brasil), sendo nesse local que conheceu uma companhia de teatro mambembe e foi embora com eles, com o consentimento da diretora do grupo, Abigail Parecis, que o levou para São Paulo.

Otelo então voltou a fugir, e foi parar no Juizado de Menores, onde foi adotado pela família do político Antonio de Queiroz.

Otelo estudou então no Liceu Coração de Jesus até a terceira série ginasial.

Participou na década de 1920 da Companhia Negra de Revistas, que tinha Pixinguinha como maestro.

Foi em 1932 que entrou para a Companhia Jardel Jércolis, um dos pioneiros do teatro de revista.

Foi nessa época que ganhou o apelido de Grande Otelo, como ficou conhecido.

No cinema, participou em 1942 do filme "It's All True", de Orson Welles.

Orson Welles considerava Grande Otelo o maior ator brasileiro.

Otelo fez inúmeras parcerias no cinema, sendo a mais conhecida a com Oscarito.

Depois os produtores formariam uma nova dupla dele com o cômico paulista Ankito.

No final dos anos 50, Grande Otelo apareceria em dupla em vários espetáculos musicais e também no cinema com Vera Regina, uma negra alta com semelhanças com a famosa dançarina americana Josephine Baker.

Com o fim da dupla com Vera Regina, Otelo passaria por um período de crise até que voltaria ao sucesso no cinema com sua grande atuação do personagens título de Macunaíma (1969), filme baseadao na obra de Mário de Andrade.

Participou também do filme de Werner Herzog, Fitzcarraldo, de 1982, filmado na floresta amazônica.

Teve cinco filhos, um deles o também ator José Prata.

A partir dos anos 1960 Otelo passou a ser contratado da TV Globo, onde atuou em diversas telenovelas de grande sucesso, como "Uma Rosa com Amor", entre várias outras.
Também trabalhou no humorístico Escolinha do Professor Raimundo, no início dos anos 1990.

Seu último trabalho foi uma participação na telenovela Renascer, pouco antes de morrer.
Grande Otelo morreu em 1993 de um ataque do coração fulminante, quando viajava para Paris para uma homenagem que receberia no Festival de Nantes.

Grande parte do Acervo Grande Otelo, recebido oficialmente pela Fundação Nacional da Arte (FUNARTE) em dezembro de 2007.

O acervo de Grande Otelo encontrava-se há vários anos em um apartamento da Tijuca, guardado em caixas de papelão, nas quais foram descobertos manuscritos, livros de autoria do ator, e outros com dedicatórias de amigos e personalidades reconhecidas da cultura brasileira; letras de música compostas por ele e parcerias, discos em vinil, fitas-cassete com os mais variados conteúdos (entrevistas, músicas e programas apresentados pelo artista); prêmios e homenagens (troféus, placas, diplomas e certificados) recebidos durante a sua carreira, roteiros de cinema, TV, teatro, rádio, shows, partituras, correspondências, livros, monografias, poemas, fotos, obras de arte, recortes de jornais e revistas.
O trabalho de restauração e catalogação do material se iniciou em 2004.

O material catalogado foi fundamental para o conteúdo do Projeto 90 anos de Grande Otelo, fornecendo informações inéditas sobre o ator para a biografia feita pelo escritor Sérgio Cabral, um site, um documentário e um espetáculo teatral.

Após o término do projeto, o acervo restaurado, higienizado e digitalizado foi entregue oficialmente à Funarte.

Grande Otelo morreu em 26/11/1993 com 78 anos de idade em Paris - França, vítima de infarto fulminante.


Sindicato dos Servidores de Altaneira divulga comissão do processo eleitoral


O Sindicato dos Servidores Municipais de Altaneira – SINSEMA, a partir da sua diretoria representada pelos professores Maria Lucia de Lucena, José Evantuil de Sousa e Tereza Leite, divulgaram na manhã desta terça-feira, 16 de setembro, via rede social facebook a comissão eleitoral que irá acompanhar todo o processo que irá escolher os novos membros da direção da entidade supracitada.

A escolha da comissão atende aos requisitos contidos no estatuto social dos servidores a partir do seu Art. 41, bem como também no que se expõe o Art. 7º, do regimento eleitoral. Segundo informações do SINSEMA os servidores Antonio Cláudio Gonçalves dos Santos, Antonio Dantas de Sousa, Francisco Gutemberg Estevão foram os agraciados para compor a comissão, vindo a desempenharem as funções de presidente, secretário e escrutinador, respectivamente. Estes serão substituídos na ordem estabelecidas por Isidorio Gonçalves Soares e Francisca Aureliana da Silva Pinto que estão como suplentes.

Ainda em conformidade com o SINSEMA ao lançar também nessa rede o edital de convocação do processo eleitoral sob o número 010/2014, este está marcado para ocorrer no próximo dia 09 (nove) de novembro em assembleia ordinária. Aqui, além dos sócios e sócias escolherem a nova diretoria executiva, elegerão ainda os membros do conselho fiscal.

A publicação e, ou divulgação do edital caminha no sentido de atender ao que está exposto nos documentos bases já citados.

Era uma vez Patrícia Poeta


Três anos depois de chegar ao Jornal Nacional, ela está fora.

Segundo o comunicado da Globo, o prazo já estava estabelecido quando ela passou a fazer companhia a Bonner no JN.

Como pouca gente acredita na Globo, também a explicação oficial foi imediatamente alvo de suspeição na internet.

Uma das teorias conspiratórias sugeria que Dilma mandara demiti-la depois que ela lhe apontou o dedo na já célebre entrevista concedida ao Jornal Nacional.

Mas um momento: se isto for verdade – não dá para ter certeza sequer a respeito do dedo – então Ricardo Noblat já deve estar esvaziando a gaveta.

Infração à etiqueta por infração à etiqueta, a de Noblat foi muito pior – além de comprovada.

Na sabatina presidencial do Globo, Noblat mandou Dilma falar menos para que ele e os colegas de Globo pudessem falar mais.

Noblat diria a mesma coisa a algum Marinho, numa reunião da empresa?

Mas é muito difícil acreditar que Dilma tenha pedido a cabeça de Patrícia. Dilma não tem histórico de pedir cabeças de jornalistas, ao contrário de Serra, para ficar num caso, e de Aécio, para citar outro.

Logo, não existem razões para Noblat esvaziar preventivamente a gaveta.

Outra especulação é que teria pesado contra Patrícia a informação, dada por Lauro Jardim, da Veja, de que ela estaria comprando um apartamento de 12 milhões de dólares de frente para o mar, no Rio.

Os caras da Globo ganham tanto assim?”, perguntou um internauta quando soube do apartamento.

De fato, mesmo sem levar a sério as teorias conspiratórias, é estranho a Globo anunciar a saída dela tão perto das eleições, sobretudo depois da grande repercussão das entrevistas do JN com os presidenciáveis.

As empresas costumam anunciar este tipo de coisa em momentos de calmaria, e não no calor de uma campanha presidencial.

Saiamos das especulações e entremos nas coisas como concretas como o desempenho de Patrícia. Estaria aí a razão da troca?

Sob o ponto de vista do Ibope, ela foi mal. Pegou o JN com audiência média de 30%, em 2011, e o entrega um terço menor.

Mas, se fosse assim, Bonner também teria que ser despedido. Quando Bonner assumiu o JN, em 1996, a audiência era superior a 40%.

Agora, é metade disso.

Na mesma linha, o editor do JN, Ali Kamel, também teria que ser substituído.

Mas sejamos justos: a má qualidade responde apenas por uma pequena parte da queda de audiência não apenas do JN mas de todos os demais programas da Globo.

O impacto muito maior vem da internet.

A internet é uma mídia disruptora. Ela vai pegando todas as demais. Revistas e jornais sofreram primeiro, mas a tevê convencional é a próxima grande vítima.

Como mostra a Netflix, a tevê vai ser uma atividade a mais dentro da internet.

Você vai ver sua série favorita ou o telejornal de sua preferência na hora em que quiser, em seu laptop ou em seu tablete.

A famosa grade da Globo é insustentável na Era Digital.

Até os eventos esportivos ao vivo vão marchando para a internet. Neste ano, pela primeira vez, o site do US Open, um dos maiores torneios de tênis do mundo, transmitia os jogos ao vivo.

Em breve, você não precisará de uma tevê para ver esporte ao vivo, mas apenas de wifi e um aparelho qualquer.

Contra isso, até a Globo, com toda a sua força, é impotente.

Em termos de JN, isso quer dizer que mesmo que fosse um telejornal esplêndido, a audiência seria declinante na Era Digital.

Ninguém imaginava até recentemente que a tevê se transformaria numa mídia decadente, mas a internet fez isso.

Patrícia Poeta não precisa ficar embaraçada se alguém disser que ela levou para baixo a audiência do JN.

Nem Bonner.

Nem Kamel.

Nem, a rigor, os Marinhos.

Schumpeter, o grande economista, falou na “destruição criadora” que é a essência do capitalismo.

Para a Era Digital florescer, as mídias tradicionais serão forçosamente destruídas, ou reduzidas a quase nada.

É a “destruição criadora” em curso, ela que nunca se aquieta.

Via Diário do Centro do Mundo

Personalidades Negras que Mudaram o Mundo: Dragão do Mar (Chico da Matilde)


Francisco José do Nascimento, Dragão do Mar ou Chico da Matilde, foi o líder dos jangadeiros nas lutas abolicionistas. Ele nasceu no dia 15 de abril de 1839, há 160 anos, em Canoa Quebrada, Aracati.

Chico da Matilde, como era conhecido, juntamente com seus companheiros, impediram o comércio de escravos nas praias do Ceará. Seu avô antecipara seu destino: fora engolido pelo mar em sua jangada. Já o pai de Francisco José do Nascimento o "Dragão do Mar", morrera no oceano dos seringais amazônicos. Sua mãe, Matilde Maria da Conceição, o criará em meio a muitas dificuldades. Assim, "Chico da Matilde", se viu, desde cedo, envolvido no cotidiano do litoral. Foi garoto de recados, em veleiro chamado de Tubarão.

Só aos 20 anos de idade que Chico aprendeu a ler. Jangadeiro, considerado o maior herói a favor da libertação dos escravos no Ceará. Em 1859 trabalhou nas obras do Porto de Fortaleza e iniciou o trabalho como marinheiro em um navio que fazia a linha Maranhão - Ceará.

O revolucionário mulato de Canoa Quebrada, em 1874 foi nomeado prático da Capitania dos Portos convivendo com o drama do tráfico negreiro, se envolve na luta pelo abolicionismo, e uma de suas principais atitudes foi o fechamento do Porto de Fortaleza, assim impedindo o embarque de escravos para outras províncias. Em vigília, localizava alguma embarcação que entrasse no Porto do Mucuripe e conduzia sua jangada até ela para comunicar o rompimento do tráfego negreiro no Estado. A história registrou seu brado literário.

"Não há força bruta neste mundo que faça reabrir o Porto ao tráfico negreiro. E, sob sua liderança, os jangadeiros cearenses abriram as velas de suas embarcações, na recepção de José do Patrocínio, em 1882"

Não foi à toa, que ele estava na sessão da Assembléia, em 24 de maio de 1883, quando Fortaleza libertou seus escravos. Em 25 de março de 1884, acontece a libertação de todos os escravos da província. O que não concluiu suas lutas.

Em 3 de março de 1889, reassume o cargo de prático, por ordem do imperador,cargo esse que havia perdido com o envolvimento nas lutas abolicionistas, assim tornando-se Major Ajudante de Ordens do Secretário Geral do Comando Superior da Guarda Nacional do Estado do Ceará.

O que não o impede de casar-se com a sobrinha de João Brígido, Ernesta Brígido, em 1902. Defendia a participação da mulher na sociedade cearense, que insistia em dar mostras de conservar intacto o seu racismo. Dois anos depois, revolta-se contra a indicação, por sorteio, de chefes de família para a prestação de serviços militares, quando apenas os negros haviam sido sorteados.

Seu poder de liderança volta a ser constatado: promove uma greve dos trabalhadores de embarcações, mesmo sob as ameaças do governador Pedro Borges. Um morto e mais de 90 feridos cobram justiça em frente ao Palácio da Luz. O governador manda dispensar os rebeldes, mas a imponência do Dragão do Mar é mais convincente, marcando seu último ato de bravura, antes de falecer, cinco anos depois, em 6 de março de 1914.

Francisco José do Nascimento é considerado, portanto,  o maior herói popular pela da libertação dos escravos no Estado do Ceará.


EEEP Wellington Belém de Figueiredo recebe Grupo Ninho de Teatro - “Bárbaro”


A Escola Estadual de Educação Profissional Wellington Belém de Figueiredo em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Nova Olinda e o Serviço Social do Comércio Cariri – SESC Cariri receberá no próximo dia 25 de setembro, o Grupo Ninho de Teatro.

O encontro levará até o corpo discente da instituição de ensino que em forma de consórcio atende além de Nova Olinda, os municípios de Altaneira e Santana do Cariri, por intermédio da arte temas importantes de serem discutidos, como por exemplo, as diversas facetas da violência. 

Grupo Ninho de Teatro aborda de forma lúdica as diversas
formas da violência. Imagem retirada do Blog da EEEP WBF.
Segundo informações divulgadas no blog da escola o Grupo Ninho de Teatro tem como norte de apresentação o “Bárbaro”, perpassando pelas raízes da violência, vindo a contrapor-se, de forma lúdica e satírica à violência física e moral.  

O grupo que foi vencedor do XV Festival de Teatro em 2008 no município de Acopiara vivencia a temática em três momentos. O primeiro levanta a problemática de uma jovem internauta que é morta pelo seu aparente namorado virtual. No segundo, Embalando Meninas em Tempos de Violência, uma mulher é terrivelmente agredida e ameaça denunciar seu agressor, em Terça-feira Gorda a homofobia leva um homem a ser assassinado em pleno carnaval e no Passeio Noturno alguém atropela e mata as pessoas corriqueiramente por puro prazer. São acrescidos aos esquetes um prólogo e um epílogo inspirados nos Caretas (dos Reisados de Couros) da cultura popular, numa alusão à violência brincante criando um paralelo entre tradição e contemporaneidade.

Ainda de acordo com informações publicadas no portal da instituição de ensino, o encontro está previsto para ocorrer a partir das 15h00 da tarde.