Escritor,
artista plástico, teatrólogo, político e poeta, Abdias Nascimento foi um dos
maiores ativistas pelos direitos humanos e deixou um legado de lutas pelo povo
afrodescendente no Brasil.
Abdias
Nascimento participou da Frente Negra Brasileira nos anos 1930 e ajudou a
organizar o Congresso Afro-Campineiro em 1938.
Durante
viagem a vários países da América do Sul como integrante do grupo de poetas
Santa Hermandad Orquídea, resolveu criar um teatro negro como arma de luta
contra a discriminação racial.
Na
volta ao Brasil, foi preso por resistir a agressões racistas e criou na
Penitenciária de Carandiru, em 1941, o Teatro do Sentenciado.
Ao
sair da penitenciária, fundou no Rio de Janeiro, em 1944, o Teatro Experimental
do Negro, que rompeu a barreira de cor nos palcos brasileiros e formou a
primeira geração de atores e atrizes dramáticos negros do teatro brasileiro,
além de propiciar a criação de uma literatura dramática afro-brasileira.
Organizou
eventos históricos como o 1o Congresso do Negro Brasileiro (1950) e a Convenção
Nacional do Negro (1945-46), que propôs à Assembléia Nacional Constituinte de
1945 políticas afirmativas e a definição da discriminação racial como crime de
lesa-Pátria.
O
Teatro Experimental do Negro assumiu em 1950 o projeto Museu de Arte Negra, sob
a curadoria de Abdias Nascimento. O MAN inaugurou sua primeira exposição em
1968 no Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. Em seguida, Abdias
Nascimento viajou aos Estados Unidos num intercâmbio com o movimento negro
norte-americano. Encontrava-se na cidade de Nova York quando o regime militar
promulgou o Ato Institucional n. 5. Alvo de vários Inquéritos
Policial-Militares, Abdias foi obrigado a ficar no exterior, onde foi professor
de várias universidades. Nesse período, ele desenvolveu sua própria atuação
como artista plástico, pintando telas que transmitem os valores da civilização
africana, da cultura religiosa afro-brasileira e da luta pelos direitos humanos
dos povos africanos em todo o mundo. Veja abaixo a relação de exposições
artísticas de Abdias. Participou, no Caribe, na África e nos Estados Unidos, de
vários encontros do movimento internacional pan-africanista. Em 1978, ele
recebeu a primeira indicação ao Prêmio Nobel da Paz.
Também
durante essa época, Abdias Nascimento desenvolveu seu trabalho próprio como
artista plástico, pintando telas que transmitem os valores da civilização
africana, da tradição religiosa afro-brasileira e da luta pelos direitos
humanos dos povos africanos em todo o mundo.
Após
12 anos no exílio, Abdias Nascimento retornou ao Brasil e participou do
processo de redemocratização do país ajudando a fundar o PDT (Partido
Democrático Trabalhista) ao lado de Leonel de Moura Brizola. Como deputado
federal Abdias Nascimento elaborou, em 1983, a primeira proposta de legislação
instituindo políticas públicas afirmativas de igualdade racial. Continuou
defendendo essa proposta, no período de 1991 a 1999, como senador e como
titular fundador da Seafro (Secretaria de Defesa e Promoção da População
Afro-Brasileira) e da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania do Governo do
Estado do Rio de Janeiro.
Autor
de poesias, peças teatrais, ensaios e pesquisas, ele foi autor e organizador de
vários livros e publicações (ver relação abaixo).
Entre
suas obras mais expressivas estão Axés do Sangue a da Esperança (orikis)
(poesia, 1983); Sortilégio (Mistério Negro) (peça teatral, 1959, nova versão
publicada em 1979); O genocídio do negro brasileiro (1978), Quilombismo (1980,
1ª edição).
Abdias
Nascimento foi agraciado com honrarias nacionais e internacionais, como por
exemplo o Prêmio Mundial Herança Africana do Centro Schomburg para Pesquisa da
Cultura Negra, Biblioteca Pública de Nova York (2001); o Prêmio Toussaint
Louverture (2004) e o Prêmio Direitos Humanos e Cultura da Paz (1997), ambos da
Unesco; e o Prêmio de Direitos Humanos da ONU (2003).
Na
ocasião da 2a Conferência Mundial de Intelectuais Africanos e da Diáspora
(2006), iniciativa da União Africana e do Governo Brasileiro, Abdias Nascimento
recebeu do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a mais alta honraria outorgada
pelo Governo do Brasil, a Ordem do Rio Branco no grau de Comendador.
A
Câmara dos Vereadores do Município de Salvador outorgou-lhe a cidadania
soteropolitana e a Medalha Zumbi dos Palmares em 2007. Ele recebeu homenagem do
4o Festival Internacional de Cinema Negro (São Paulo), bem como o Prêmio Ori da
Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro pelo conjunto de sua obra
literária.
A
Universidade Obafemi Awolowo, de Ilé-Ifé, Nigéria, outorgou-lhe, em 2007, o
título de Doutor em Letras, Honoris Causa.
O
Conselho Nacional de Prevenção da Discriminação, do Governo Federal do México,
outorgou a Abdias Nascimento o seu prêmio em reconhecimento à contribuição
destacada à prevenção da discriminação racial na América Latina (2008).
O
Ministério da Cultura outorgou-lhe a Grã Cruz da Ordem do Mérito Cultural
(2007), e em 2009 ele recebeu do Ministério do Trabalho a Grã Cruz da Ordem do
Mérito do Trabalho Getúlio Vargas. Ambas são as mais altas honrarias do Governo
Federal do Brasil em suas respectivas áreas.
Ainda
em 2009, recebeu o Prêmio de Direitos Humanos da Universidade de São Paulo e o
Prêmio de Direitos Humanos na categoria Igualdade Racial da Secretaria Especial
de Direitos Humanos da Presidência da República do Brasil.
Professor
Emérito da Universidade do Estado de Nova York e Doutor Honoris Causa pelas
Universidades de Brasília, Federal e Estadual da Bahia, do Estado do Rio de
Janeiro, e Obafemi Awolowo da Nigéria, Abdias Nascimento foi oficialmente
indicado ao Prêmio Nobel da Paz de 2010, em função de sua defesa dos direitos
civis e humanos dos afrodescendentes no Brasil e no mundo.
Abdias
Nascimento faleceu no Rio de Janeiro em 23 de maio de 2011, aos 97 anos. O
reconhecimento de sua obra foi expresso pelas inúmeras mensagens de
condolências vindas de todas as partes do Brasil e do mundo. Abdias Nascimento
expressou em vida o desejo de suas cinzas serem levadas à Serra da Barriga,
local histórico da construção da vida em liberdade dos africanos e seus
descendentes no Brasil e nas Américas. De acordo com esse desejo, no dia 13 de
novembro de 2011 a família e o Ipeafro realizaram cerimônia de enterro das
cinzas com a participação de organizações da sociedade civil como o Projeto
Raízes de Áfricas, de Maceió, e com apoio oficial dos Governos do Município de
União dos Palmares e do Estado de Alagoas, bem como da SEPPIR/PR e da Fundação
Cultural Palmares/MinC do Governo Federal.
A
família e o Ipeafro realizaram cerimônias do sétimo dia e deum ano do
falecimento de Abdias no Cais do Valongo, sítio histórico cuja preservação era
reivindicação da sociedade civil no momento de seu falecimento no Hospital dos
Servidores, ao lado do local por onde passaram mais de 500 mil ancestrais
africanos escravizados. As cerimônias inter-religiosas foram acompanhadas de
atos culturais, realizadas no espaço do edifício Docas Dom Pedro II, sede da
Ação da Cidadania contra a Fome e a Miséria.
Abdias
Nascimento recebeu várias homenagens na ocasião de seu falecimento, como o
poema “Dias de Kizomba”, de Conceição Evaristo, o texto da escritora e artista
plástica Iara Rosa, de Búzios, e o poema do escritor e educador Peter Lownds,
incomparável intelectual norte-americano que traduziu ao inglês a primeira
versão da peça Sortilégio de Abdias.
A obra artística de Abdias
Nascimento
A
cultura africana sempre fundamentou a atuação artística de Abdias, tanto no
teatro como na poesia e na pintura. Sua pintura explora e interpreta vários
universos simbólicos a partir da matriz primordial do Egito antigo, percorrendo
o candomblé, o vodu do Haiti e os ideogramas adinkra da África ocidental. Essas
referências se mesclam à evocação de heróis e princípios da luta libertária na
África e na diáspora.
Mas
a principal referência da pintura de Abdias é a cultura religiosa
afro-brasileira: o culto aos orixás. Ao invocar e homenagear as entidades e os
valores da cultura religiosa afro-brasileira, sua pintura nos traz uma reflexão
atual e profunda sobre princípios como a justiça, a paz, o poder e a guerra.
Numa cosmologia que reúne os ancestrais, os vivos, os não nascidos e as forças
da natureza, esses valores voltam-se sempre para o futuro. O ambientalismo, por
exemplo, é parte viva e integral dessa religiosidade. Os seres da natureza
povoam as telas de Abdias numa troca constante: peixes nadando no céu,
criaturas aladas em terra e mar, folhas brotando de pernas e asas. Essa
convivência em espaços diversos é metáfora da unicidade essencial entre as
formas de vida, consignada no princípio de oferenda.Os elementos da natureza
estão sempre presentes: água, ar, terra e fogo representam essa filosofia
religiosa com sua cosmologia tão especial.
Exposições realizadas
Individuais
Galeria
de Arte do Harlem, Nova York, 1969.
Galeria
Crypt, Universidade Columbia, Nova York, 1969.
Escola
de Arte e Arquitetura, Universidade Yale, New Haven, 1969.
Casa
Malcolm X, Universidade Wesleyan, Middletown, CN, 1969.
Galeria
de Arte Africana, Washington DC, 1970.
Galeria
Sem Paredes, Búfalo, NY, 1970.
Centro
de Estudos e Pesquisas Porto-riquenhos, Universidade do Estado de Nova York,
Búfalo, 1970.
Departamento
de Estudos Afro-Americanos, Harvard, Cambridge, MA, 1972.
Museu
da Associação Nacional de Artistas Afro-Americanos, Boston, 1971.
Studio Museum in Harlem, Nova York, 1973.
Centro Langston Hughes, Búfalo, NY, 1973.
Museu
de Belas Artes, Syracuse, NY, 1974.
Galeria
da Universidade Howard, Washington DC, 1975.
Centro
Cultural Inner City, Los Angeles, 1975.
Museu
Ilé-Ifé de Cultura Afro-Americana, Filadélfia, 1975.
Galeria
do Banco Nacional, São Paulo, Brasil, 1975.
Galeria
Morada, Rio de Janeiro, Brasil, 1975.
Museu
de Artes e Antiguidades Africanas e Afro-Americanas, Centro para Pensamento
Positivo, Búfalo, NY, 1977.
El
Taller Boricua e Centro Cultural do Caribe, Nova York, 1980.
Galeria
Sérgio Milliet, Fundação Nacional das Artes (FUNARTE), Ministério da Cultura,
Rio de Janeiro, Brasil, 1982.
Palácio
da Cultura Gustavo Capanema, Ministério da Cultura, Rio de Janeiro, Brasil,
1988.
Salão
Negro, Congresso Nacional, Brasília, DF, 1997.
Galeria
Debret, Paris, 1998.
Arquivo
Nacional (antiga Casa da Moeda), Rio de Janeiro, 2004-2005.
Galeria
Athos Bulcão, anexo ao Teatro Nacional, Brasília, DF, 2006.
Caixa
Cultural Salvador/ II Conferência Mundial dos Intelectuais Africanos e da
Diáspora, 11 de julho a 29 de agosto de 2006.
5ª
Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE), Rio de Janeiro, janeiro de 2007.
Centro
Cultural Justiça Federal do Rio de Janeiro, outubro a dezembro de 2011.
SESC
São João de Meriti, novembro de 2011.
Biblioteca
Municipal Leonel de Moura Brizola, Duque de Caxias, novembro-dezembro de 2011.
Casa
de Cultura de Maricá, novembro de 2011 a janeiro de 2012.
Centro
de Convenções, Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Campos dos Goytacazes,
março a maio de 2012.
Coletivas
e Coleções Permanentes
Museu
Everson de Artes, Syracuse, NY, 1972.
Galeria
Salomé, Nova Orleans, LA, 1973.
Galeria Rainbow Sign, Berkeley, CA, 1975.
Artists
’79, Sede das Nações Unidas, Nova York, 1979.
Coleção
permanente, Museu de Artes e Antiguidades Africanas e Afro-Americanas, Centro
para Pensamento Positivo, Búfalo, NY (duas telas).
Coleção
Permanente, Instituto de Estudos Latino-Americanos, Universidade Columbia, Nova
York.
Obras publicadas selecionadas
Livros
O
Griot e as Muralhas, com Éle Semog. Rio de Janeiro: Pallas, 2006 (236 pp).
Quilombo:
Edição em fac-símile do jornal dirigido por Abdias do Nascimento. São Paulo:
Editora 34, 2003 (127 pp).
O
quilombismo, 2a ed. Brasília/ Rio de Janeiro: Fundação Cultural Palmares/ OR Produtor
Editor, 2002 (362 pp).
O
Brasil na Mira do Pan-Africanismo. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais/
Editora da Universidade Federal da Bahia EDUFBA, 2002 (342 pp).
Orixás:
os Deuses Vivos da África/ Orishas: the Living Gods of Africa in Brazil. Rio de
Janeiro/ Filadélfia: Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros/Temple University
Press, 1995 (170pp).
A
Luta Afro-Brasileira no Senado. Brasília: Senado Federal, 1991 (35 pp).
Nova
Etapa de uma Antiga Luta. Rio de Janeiro: Secretaria Extraordinária de Defesa e
Promoção das Populações Negras – SEDEPRON, 1991 (32 pp).
Africans in Brazil: a Pan-African Perspective, com
Elisa Larkin Nascimento. Trenton: Africa World Press, 1991 (218 pp).
Brazil: Mixture or Massacre, trad. Elisa Larkin
Nascimento. Dover: The Majority Press, 1989 (224 pp.
Combate
ao Racismo, 6 vols. Brasília: Câmara dos Deputados, 1983-86 (Discursos e
projetos de lei.) (Aproximadamente 120 pp. em cada volume.)
Povo
Negro: A Sucessão e a “Nova República”. Rio de Janeiro: Ipeafro, 1985 (68 pp).
Jornada
Negro-Libertária. Rio de Janeiro: Ipeafro, 1984 (29 pp).
A
Abolição em Questão, co-autoria com José Genoíno e Ari Kffuri. Sessão
Comemorativa do 96o Aniversário da Lei Áurea (9 de maio de 1984). Brasília:
Câmara dos Deputados, 1984 (40 pp).
Axés
do Sangue e da Esperança: Orikis. Rio de Janeiro: Achiamé e RioArte, 1983
(poesia, 109 pp).
Sitiado
em Lagos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981 (111 pp).
O
Quilombismo. Petrópolis: Vozes, 1980 (281 pp).
Sortilégio
II: Mistério Negro de Zumbi Redivivo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. (Peça de teatro, 141 pp)
Sortilege: Black Mystery, trad. Peter Lownds. Chicago:
Third World Press, 1978 (55 pp).
Mixture
or Massacre, trad. Elisa Larkin Nascimento. Búfalo: Afrodiaspora, 1979 (224
pp).
O
Genocídio do Negro Brasileiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978 (184 pp).
“Racial Democracy” in Brazil: Myth or Reality, trad. Elisa
Larkin Nascimento, 2a ed. Ibadan:
Sketch Publishers, 1977 (178 pp).
“Racial Democracy” in Brazil: Myth or Reality, trad. Elisa
Larkin Nascimento, 1a ed. Ile-Ife: University of Ife, 1976 (83 pp).
Sortilégio
(mistério negro). Rio de Janeiro: Teatro Experimental do Negro, 1959 (141 pp)
(peça de teatro.)
Organização
de antologias, revistas, e obras coletivas
Thoth:Pensamento
dos Povos Africanos e Afrodescendentes, nos. 1-6. Brasília: Senado Federal,
1997-98.
Afrodiaspora:
Revista do Mundo Africano, nos. 1-7. Rio de Janeiro: IPEAFRO, 1983-86.
O
Negro Revoltado, 2a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982 (403 pp).
Journal
of Black Studies, ano 11, no. 2 (dezembro de 1980) (número especial sobre o Brasil)
(264 pp).
Memórias
do Exílio, org. em colaboração com Paulo Freire e Nelson Werneck Sodré. Lisboa:
Arcádia, 1976 (372 pp).
Oitenta
Anos de Abolição. Rio de Janeiro: Cadernos Brasileiros, 1968 (127 pp).
Teatro
Experimental do Negro: Testemunhos. Rio de Janeiro: GRD, 1966 (170 pp).
Dramas
para Negros e Prólogo para Brancos. Rio de Janeiro: TEN, 1961 (419 pp).
Relações
de Raça no Brasil. Rio de Janeiro: Quilombo, 1950 (75 pp).
Participação
em antologias e obras coletivas
“Quilombismo,
um conceito emergente do processo histórico-cultural da população
afro-brasileira”. In: Elisa Larkin Nascimento (org.), Afrocentricidade, Uma
abordagem epistemológica inovadora, Coleção Sankofa v. 4. São Paulo: Summus/Selo
Negro, 2004, p. 197-218.
“O
negro e o parlamento brasileiro”, co-autoria com Elisa Larkin Nascimento. In
Munanga, Kabengele, org., O negro na história do Brasil. Brasília: UnB/
Fundação Cultural Palmares, 2004, p. 105-151.
“Comentário
ao Artigo 4o”. In Direitos Humanos: Conquistas e Desafios. Brasília: Conselho
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil/ Comissão Nacional de Direitos
Humanos, 1998, p. 55-64.
“Quilombismo: the African-Brazilian Road to
Socialism,”in Asante, Molefi K. e Abarry, Abu S., orgs., African Intellectual
Heritage: a Book of Sources. Filadélfia: Temple University Press, 1996,
p.755-64.
Sortilege: Black Mystery, trad. Peter Lownds (peça de
teatro). Callaloo, A Journal of African-American and African Arts and Letters,
v. 18, n. 4 (1995), p. . Special Issue, African Brazilian Literature. Johns
Hopkins University Press.
Sortilege II: Zumbi Returns (peça de teatro).In:
Crosswinds: an Anthology of African Diaspora Drama, org. William B. Branch.
Bloomington: Indiana University Press, 1991, p. 203-49.
“Quilombismo: the African-Brazilian Road to
Socialism.”In: African Culture. The Rhythms of Unity, org. Molefi K. Asante e
Kariamu W. Asante. Trenton: Africa World Press, 1990, p.
174-91. (Primeira edição publicada em 1987 pela Greenwood Press.)
“African
Presence in Brazilian Art,”Journal of African Civilizations, v. 3, n. 2
(novembro de 1981), p. 49-68.
“Teatro Negro del Brasil: una Experiencia
Socio-Racial.”In: Popular Theater for Social Change in Latin America, a
Bilingual Anthology, org. Gerardo Luzuriaga. Los Angeles: UCLA Latin American Studies
Center, 1978, p. 251-80.
“Reflections of an Afro-Brazilian,”Journal of Negro
History, v. LXIV, n. 3 (verão 1979).
“African Culture in Brazilian Art,” Journal of Black
Studies, v. 8, n. 4 (junho de 1978), p. 389-422.
“Afro-Brazilian
Theater, a Conspicuous Absence,”Afriscope v. VII, n. 1 (Lagos, janeiro de
1977).
“Afro-Brazilian Art: a Liberating Spirit,”Black Art:
an International Quarterly, v. I, n. 1 (outono de 1976).
“Open Letter to the First World Festival of Negro Arts,”Présence
Africaine v. XXX, n. 58 (verão de 1968), p. 208-18.
“Carta
Aberta ao Festival Mundial das Artes Negras,” Tempo Brasileiro, ano IV, n. 9/10
(abril-junho de 1966).
“The Negro Theater in Brazil,”African Forum v. II, n.
4 (primavera de 1967).
“Mission of the Brazilian Negro Experimental
Theater,”The Crisis v. 56, n. 9 (outubro de 1949).