Puxado por Tasso, bens de candidatos ao senado supera em 4 vezes os dos governamentáveis


Patrimônio declarado pelos candidatos a senador no Ceará alcança casa dos R$ 390 milhões. Puxado por Tasso Jereissati (PSDB), o valor ultrapassa em quase quatro vezes o que foi divulgado pelos candidatos ao governo do Estado, que ficou em R$ 100 milhões.

Quadro montado por este blogueiro com os quatro candidatos ao senado pelo Ceará.
De acordo com informações prestadas pelos próprios candidatos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tasso lidera a lista com patrimônio de R$ 389 milhões. Ele está em chapa com Eunício Oliveira (PMDB). Em segundo aparece o senador na aliança de Camilo Santana (PT), Mauro Filho (Pros), que declarou R$ 832 mil.

Geovana Cartaxo (PSB), candidata na chapa de Eliane Novais (PSB), declarou R$ 517 mil. Já Raquel Dias (PSTU), que apoia Ailton Lopes (Psol) ao governo, disse ao TSE não possuir quaisquer bens.

Conforme O POVO desta segunda-feira, 7, mostrou, patrimônio dos candidatos a governador chega aos R$ 100 milhões. O valor é puxado pelos bens de Eunício Oliveira, que soma R$ 99 milhões.
Via O Povo

O peso da escravidão ontem e hoje


A escravidão marcou profunda e irreversivelmente a memória e a história do Brasil. Não é possível esquecer que, entre o final do século 16 e o meado do século 19, milhares de seres humanos originários de diversas partes do continente africano foram introduzidos à força na América portuguesa, constituindo um dos negócios mais lucrativos da fase de implantação do capitalismo. Nem que o tráfico negreiro nutriu um número considerável das grandes fortunas da época.

Mesmo se consentido o encarado como negócio lucrativo,
o tráfico negreiro não orgulhava muito dos que o praticavam.
(Imagem: "Mercado de escravos", tela de Jean Baptiste Debret)
Grandes comerciantes, homens públicos de destaque e até aqueles que, depois, se disseram defensores da supressão do vil comércio – imposta pelos ingleses em 1850 – e da implantação do trabalho livre, que só se generalizaria após a abolição, ocorrida em 1888, puseram dinheiro nas embarcações que comerciavam africanos entre um e outro lado do Atlântico. Mesmo se consentido e encarado como negócio lucrativo, o “trato dos viventes” – título do livro clássico do historiador Luiz Felipe de Alencastro – não orgulhava muitos dos que o praticavam, assombrando-lhes a consciência e levando-os, assim que possível, a tentar apagar seu passado de negreiros.

Consciência que pesa ainda e continuará a pesar, sob as mais diversas formas. Na defesa das cotas encontra-se o sentimento de reparação ante as iniquidades do tráfico e da exploração do trabalho escravo. Na crença de que todos os nossos males advêm da escravidão também. A escravidão é tema recorrente em alguns dos principais ensaios de compreensão do Brasil, como Casa grande & senzala, de Gilberto Freyre, e a desqualificação do trabalho é um dos fios condutores de Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda. Boa parte da melhor historiografia produzida hoje no Brasil versa sobre a escravidão e temas dela derivados.

Tema para historiadores

Conforme ouvi há anos de uma conhecida historiadora norte-americana, o tema da escravidão é, ao mesmo tempo, qualidade e defeito dos estudos historiográficos brasileiros. Não se pode jamais esquecê-lo ou minorá-lo, mas é preciso, também, ultrapassá-lo. Há quantidade de assuntos para se abordar nos trabalhos acadêmicos, ainda mais em universidades tão jovens quanto as nossas – as mais velhas não alcançam sequer um século.

O Haiti, que na época da Revolução Francesa (1789) se chamava São Domingos e era conhecido como a ‘pérola das Antilhas’, contava com uma população na qual 85% eram escravos. 

Conheceu a primeira grande revolta de escravos negros da história, aboliu a escravidão em 1794 e proclamou a independência em 1804. O processo teve início sob a Revolução Francesa e atingiu o ponto crítico – o da supressão do vínculo colonial – já na época de Napoleão Bonaparte.

Talvez essa triste história de longa duração ajude a compreender os motivos que fazem pesar nossa consciência

Tanto a maioria dos radicais revolucionários (os jacobinos) quanto a dos homens do nascente império napoleônico eram contra a independência e a favor da escravidão, evidenciando as contradições que sacudiam as relações entre as metrópoles e suas colônias. Na França, pregava-se a igualdade entre os homens; nas colônias, deixava-se que interesses mercantis – então obrigatoriamente colonialistas e escravagistas – falassem mais alto.

Para reconhecer a soberania do Haiti, o governo francês exigiu uma indenização de 150 milhões de francos-ouro: algo como 2% do produto interno bruto da França na época (Le Monde, 3/5/2014). Abatida a soma, a ilha pagou 90 milhões e arrastou, até a metade do século 20, uma dívida gigantesca para com o país europeu.

Uma vez independente, o Brasil honrou pagamentos e contraiu dívidas, mas manteve a escravidão por todo o Império, só a abolindo às vésperas da República. Talvez essa triste história de longa duração ajude a compreender os motivos que fazem pesar nossa consciência e que continuam a nortear as escolhas temáticas de nossos historiadores.


Texto de Laura de Mello e Souza sob o título original de “O Peso da Escravidão” e foi publicado originalmente na CH 315 (junho de 2014). Clique aqui para acessar uma versão resumida da revista.

Grupo de amigos realiza I Campeonato de Xadrez em Altaneira


O auditório da Fundação Educativa e Cultural ARCA foi palco neste sábado, 04 de julho, do I Campeonato de Xadrez. A iniciativa do torneio partiu de um grupo de amigos que já vem tentando resgatar o gosto dos jovens altaneirenses pelo jogo, seja nas instituições publicas de ensino no município, ou ainda mediante a inserção da modalidade em outros espaços para além da sala de aula.

Emparceiramento dos seis confrontos iniciais do I
Campeonato de Xadrez. Foto: Fábio Barbosa.
O campeonato contou com a participação de 12 competidores segregados em seis duplas. De acordo com as regras do certame, cada partida tinha 30 minutos de duração e os seis ganhadores passaram a próxima fase. Dois dos outros seis que não lograram êxito na partida retornariam a disputa mediante sorteio para compor as quartas de finais. Um dos critérios de desempate foi avaliado na captura de um maior número de peças com maior peço no jogo.

O emparceiramento dos seis confrontos iniciais através de sorteio ficou assim definido – Fernando Henrique e Victor Oliveira, Pedro Rafael e Marcos Lima, João Paulo e Cláudio Gonçalves, Vinícius Freire e José Nicolau, Everton Amorim e Givanildo Gonçalves, Henrique e Antonio. Fernando, Marcos, Cláudio, Vinicius, Everton e Henrique saíram vitoriosos e se juntaram a eles João Paulo e Antonio.

A semifinal foi emparelhada por Fernando x Vinícius e Marcos x Everton. Vinícius em disputa com Everton alcançou o terceiro lugar. Na grande final, melhor para Fernando Henrique que em uma disputa equilibrada com Marcos ficou com o título simbólico de campeão.

09 (nove) desses 12 (doze) competidores formam um grupo de instrutores que estão ministrando aulas de xadrez desde o dia 1º do corrente mês para as crianças que fazem parte do Projeto ARCA. Ficou acordado que no próximo final de semana haverá um novo torneio e a intenção é agregar um número maior de competidores e competidoras. 

X campeonato de Futsal de Altaneira pode ter início ainda neste mês


Completou neste sábado, 05 de julho, dois anos do último campeonato de futsal, categoria adulto masculino. Em 2013 a X edição do torneio não foi realizada e ofuscada pelo bem organizado XV Campeonato Municipal de Futebol Amador que envolveu oito equipes distribuídos em jogos na sede, nos sítios e no distrito do São Romão.

Secretário da Cultura, Esporte e Turismo reunido com
alguns servidores e o presidente da AEA, Humberto Batista
com o propósito de pautar o campeonato de futsal.
Em conversas com o presidente da Associação Esportiva Altaneirense – AEA, Humberto Batista, este chegou a afirmar que a intenção é que o campeonato de futsal tenha início ainda este mês de julho. Questionado sobre a organização das equipes haja vista o longo tempo sem um olhar para essa modalidade, Humberto foi enfático ao dizer que encontrará dificuldades na formação de equipes, mas acredita que se a proposta surtir efeito, a formação dos clubes é detalhe. Segundo ele quantidade de participantes não é o mais importante, mas sim a qualidade dos times. Ele citou como exemplo o distrito do São Romão que em todas as edições vinham com duas equipes, mas que já existe a possibilidade de que este ano venha apenas com uma, com mais qualidade e com chances reais de conquistar o torneio.

Em 2012, 12 (doze) equipes estiveram participando da IX edição do torneio iniciado em 15 de abril e que contou, pela primeira vez, com um time fora do ciclo dos que sempre chegavam na final a conquistar o título. A moçada do Altacity se sagrou campeão ao bater a Juventus que brigava pelo bicampeonato.

Ainda não se sabe se o torneio de futsal masculino será realizado este ano e muito menos se terá início neste mês como intenciona Humberto. No sábado, segundo informações do servidor público municipal João Alves a Secretaria de Cultura esteve reunida com alguns servidores e o presidente da AEA com o intuito de discutir sobre a temática, mas apenas fotos que ilustram este artigo foram compartilhada pelo mesmo servidor, porém sem maiores detalhes do que ficou acordado no encontro. Até o final deste artigo nenhuma outra informação tinha sido divulgada.

Presidenciáveis preveem gastar 50% a mais que nas eleições de 2010


Os candidatos que disputarão a Presidência da República em outubro estimam gastar, juntos, um valor 49,5% maior do que na disputa de quatro anos atrás. Somado, o custo das campanhas dos 11 postulantes desse ano – dois a mais do que na última eleição – chega a quase R$ 1 bilhão.

Quadro montado por este blogueiro com 08 dos 11
candidatos ao palácio do planalto em 2014.
A estimativa para esse ano é de uma despesa máxima de R$ 918,4 milhões, ante R$ 482,5 milhões registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como teto na última disputa pelos nove candidatos a presidente.

O PT prevê gastar até R$ 298 milhões com a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT), montante 34% mais alto do que o de 2010. O PSDB, do senador Aécio Neves, deve registrar no TSE um valor máximo de R$ 290 milhões (26,5% a mais do que o gasto por José Serra na última eleição).

Já o PSB de Eduardo Campos (PSB) estima que a campanha do socialista custe até R$ 150 milhões, 31% a mais do que previu Marina Silva, hoje candidata a vice, há quatro anos.


Via Brasil 247