O Racismo se responde com Educação e Políticas Públicas e ao Racista com o rigor da Lei


A população afrodescendente brasileira e negra sempre foi alvo de violência e tida, de acordo com a estratificação social e a diferenciação da cor da pele, como incapazes, inferiores, sem cultura e, que por tanto, o mínimo que as classes dominantes lhes poderiam oferecer era a condição escrava, nos moldes do sistema político colonial, regencial e imperial brasileiro e ainda lhes podem oferecer, como herança desse modelo, a condição de empregado, de submisso e, sendo assim, o negro é visto como o inferior nas suas diversas facetas.


A história demonstra através de fatos que o negro e os descendentes nunca se deixaram abater e, que mesmo diante das situações mais difíceis em que se encontravam – do navio negreiro passando pelos castigos físicos e pelas proibições de executarem suas crenças, sempre foram fortes o bastante na formas de enfrentamento as adversidades a eles impostas. O negro sempre buscou ser o autor de sua própria história. Os abortos, as fugas, as revoltas, cita-se aqui, a dos Malês como símbolo, a capoeira e, principalmente a formação e manutenção dos Quilombos aprecem aqui como exemplos memoráveis na luta não só para saírem da condição de escravo, mas para demonstrar aos feitores, capitães-de mato, a igreja católica e aos senhores de engenho que eles tinham orgulho de serem NEGROS e, que não eram melhores e nem piores que ninguém. O SENTIMENTO DE PERTENCIMENTO é a marca desse povo.

A história, já nos dizia Marc Bloch e Lucien Febvre é feita de mudanças e permanências. As permanências, infelizmente, são mais visíveis, são mais sentidas pela sociedade. As mudanças quando surgem, não atendem as mínimas necessidades da comunidade. O Brasil mudou e, em 1888, a partir da Lei Áurea construiu-se o mito de que a escravidão havia terminado. Terminou institucionalmente, mas o negro foi jogado as traças. Não foi lhes dadas às condições de socialização, de participação na vida política, econômica e cultural. De escravo a mendigo. Foi essa a principal consequência da Lei Áurea. Uma lei criada para satisfazer as necessidades de um grupo político/econômico que não mais via no trabalho escravo do negro lucratividade para a incipiente industrialização. Mudou-se para permanecer.

Foi Marx que nos legou a definição de que “a história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes”. E nesse quesito, o povo NEGRO tem se mostrado atuante. Perceberam e percebem a condição de sujeito oprimido e com vigor lutaram e lutam para sair dessa condição. Sejam mediante sujeito histórico individual, seja através de sujeitos históricos coletivos. Os diversos Movimentos Negros espalhados pelo Brasil nos aparecem com maestria na luta por melhores condições na habitação, na saúde, na cultua e por ampliação da participação na vida política e, principalmente no combate ao Câncer social que se gerou ainda na invasão portuguesa, no século XVI e, que hoje, é alimentado, o RACISMO.

Por falar em alimentação do RACISMO contra o classe NEGRA, a Universidade Regional do Cariri – URCA, campus do Pimenta, em Crato-CE, foi palco de mais um caso de racismo em suas dependências, quando um estudante do curso de história, Pedro Victor dos Santos, 21 anos, teve seu nome pichado no interior do banheiro masculino com referencias a sua cor de pele e em tom de ameaça de morte. O fato veio a se dar no último dia 13 de março com a seguinte frase – “Pedro Victor anêmico desgraçado. Morre seu negro". Debates foram realizados com o intuito de fortalecer a luta pelo combate a essa forma de preconceito por movimentos sociais do cariri cearense. Segundo Karla Alves, membro do Pretas Simoa - Grupo de Mulheres Negras do Cariri, Pedro teve múltiplas convulsões e que cobraram da instituição de ensino superior supracitada providências, dentre as quais merece citar a prestação de amparo ao estudante e a abertura de investigação do fato.

Karla informou através de nota na rede social facebook que o caso teve reincidência e que o universitário recebeu ameaças de morte através de uma carta anônima deixada dentro do seu caderno. “Seu desgraçado, se prepare que dessa vez vai acontecer coisa pior. Se prepare para morrer. Seu negro de merda. E dessa vez vc vai ter o q merece por que nada lhe aconteceu ainda. Mas lhe digo, se prepare para MORRER”, constava a carta.

De acordo com a professora do Departamento de Educação da URCA, Cicera Nunes, neste dia 06 de maio a URCA foi palco uma vez mais de debates visando o combate ao preconceito e discutir a necessidade de se implantar estratégias e políticas públicas de enfrentamento ao racismo de forma séria e efetiva dentro da universidade. Para elas há que se pensar em rediscutir planos que devem ser norteadas a parti de questionamentos que perpassam por temáticas como as leis 10.639/03 e 11.645/08 e formação dos docentes na sua aplicação, conforme abaixo elencadas:

1.     Quantos programas curriculares abordam a temática afro-indígena? Quantas disciplinas obrigatórias foram implantadas para atender as determinações das Leis Nº. 10.639/03 e 11.645/08? Quantas são optativas? Qual a formação dos professores que a ministram?

2.     Quantas pesquisas cadastradas na Pró-Reitoria de Pesquisa com a temática afro e indígena? Quantos alunos atendidos? Quantas comunidades negras envolvidas? Quais estudos já foram produzidos por esta universidade sobre a realidade das comunidades rurais negras e quilombolas do Cariri cearense? Quantos cursos de especialização com a temática afro-indígena foram oferecidos para a comunidade caririense?

3.     Quantas ações de extensão já foram desenvolvidas?

4.     Quantos são os alunos negros da URCA por curso? Quantos estão no curso de Direito? Quantos estão no curso de Enfermagem? Quantos estão no curso de Pedagogia? Destes, quantos/as são mulheres? Qual é o perfil socioeconômico desses alunos?

Percebendo o Racismo como uma construção histórica em que nesse processo há a manutenção da exclusão social do negro, há que se notar que a luta em prol da eliminação desse câncer tem se tornado mais do que nunca, uma luta diária, um sentimento de pertencimento e que precisa envolver toda a sociedade. Por tanto, a Universidade, como espaço onde o fato ocorreu e vem ocorrendo com Pedro, precisa dar uma resposta clara e efetiva no enfrentamento a esse ódio contra o negro. Ela precisa sair da luta evasiva para a expansiva. Lembremos, outrossim, o que afirmou Nelson Mandela “até o dia em que todas as pessoas percebam que a cor da pele de alguém é menos importante do que a cor de seus sonhos, termos que manter essa luta”.


Sobre bananas e ódio


O futebol, como todos os demais esportes de caráter popular e massivo depois do início do século XX, foi alvo, e palco, de manifestações racistas. Nos primeiros tempos, na época da fundação dos grandes clubes e associações (ainda no final do século XIX), eram as elites que dominavam as instituições esportivas, que mantinham um férreo controle sobre o mundo dos esportes, considerado um privilégio – o ócio – das classes superiores. Na Inglaterra, ou no Brasil, as associações e ligas de futebol impunham regras que excluíam pobres e estrangeiros – das áreas coloniais na Inglaterra, é claro – e negros e pardos – no caso do Brasil – da participação efetiva nos esportes. Regras que impunham o “desinteresse” e o “amadorismo” aos esportistas, quer dizer, não poderiam ter remuneração de qualquer dito, afastava todos aqueles que não tinham rendas elevadas da prática regular de esportes.

Daniel Alves, lateral do Barcelona, foi alvo recentemente de Racismo.
No dizer de Peter Gay, um historiador que se debruçou sobre a chamada “Era Vitoriana”, as elites das “public school” (escolas das classes superiores inglesas) não queriam seus filhos sofrendo caneladas de operários, caixeiros, ou taverneiros. Assim, durante sua época “heroica”, o futebol foi placo de um amplo espaço de exclusão e discriminação social. Ao mesmo tempo, outras modalidades esportivas, como tênis, hipismo, iatismo, críquete e polo eram considerados esportes mais nobres, menos “suados” e que evitavam as “paixões” das multidões.

No entanto, a força do próprio futebol, sua capacidade de empolgação e seu caráter democrático – afinal todos podem jogar futebol, posto que o “equipamento” (ao contrário do polo, do críquete, do iatismo, por exemplo) é mínimo e barato, e tudo pode ser uma bola e uma baliza – acabou por se impor como um esporte de multidões.

As ligas e associações britânicas procuraram, ainda, ter o cuidado de separar os filhos de sua aristocracia da massa de trabalhadores, providenciando campos e equipes que não deveriam ser frequentadas indiscriminada ou mutuamente, originando equipes elitistas e outras, excluídas, de caráter “popular”. Os trajes e o comportamento do público eram vigiados e serviam como elemento de “separação”, além da criação de camarotes e lugares “VIPs” para as elites no interior dos estádios. Contudo, desde cedo, os clubes de futebol “operários”, como foi o caso Arsenal, acabaram conquistando os corações e a fidelidade das massas de esportistas ingleses, rompendo com a pretensa hegemonia aristocrata nos esportes. Desde sua origem, obra de um grupo de trabalhadores da “Woolwich Arsenal Armament Factory”, que decidiram ter seu próprio time em 1886, o Arsenal pode facilmemnte superar as agremiações da elite universitária das grandes “school” e, em seguida, superar o criquete, o pólo e o hoipismo como um esporte de massas.

Na Alemanha, onde o futebol tornou-se popular desde o final da Grande Guerra, superando os esportes de tipo ginástica coletiva, as associações tentaram afastar estrangeiros e trabalhadores dos gramados oficiais (inclusive os católicos), o que ocasionou uma longa disputa, em especial em torno de uma equipe de jogadores do Schalke 04, que nos anos de 1920, colocou em campo um time de trabalhadores ( eram mineiros ) e com alguns jogadores de origens polonesa e católica, chocando a elite “ariana” das ligas esportivas alemã. Contudo, a firmeza do Schalke 04, o “azulão”, tornou-o, então, o papel de clube socialmente integrador.

Na Alemanha, até 1919, antipatia com o futebol era bastante grande, em particular entre os adeptos do “Turn”, a ginástica coletiva e praticada ao ar livre. Somente o “Turn” era considerado um esporte tipicamente alemão, ligado bem mais ao aperfeiçoamento físico e a disciplina do que a competição (esta seria a noção de “esporte”, competição regrada, tipicamente britânica e contrária a uma “Kultur” germânica). Somente depois da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a com a morte de milhares de atletas do “Turn” – quase todos voluntários no conflito – que o futebol se generaliza na Alemanha, passando dos campos de rua nas cidades da Renânia para as fábricas. Assim, surgem clubes de feição “operária”, que terão forte oposição e das elites locais, em especial no tocante ao tema do amadorismo – ou seja, o monopólio daqueles que tinham rendas e podiam se dedicar aos esportes “desinteressadamente”.  O Schalke 04 (fundado em 1904, daí o “04”), com uma equipe de jogadores-operários (a maioria mineradores), nos anos ´20 – contemporaneamente ao enfrentamento do Vasco da Gama com a Associação carioca – será punido e desliga da Liga de Futebol por incorporar operários ao time. Na Alemanha como no Brasil a história do futebol é uma história da luta pela inclusão social e pela construção da identidade nacional.

No Brasil, após a experiência notável de Francisco Carregal, o primeiro jogador negro no Brasil, que brilhou entre 1905 e 1910, pelo time do Bangu A. C. – afastado, contudo, dos gramados por insistência da AMEA, a Associação Metropolitana de Esportes Amadores ( uma associação monopolizada então pela elite carioca, com os Guinle à frente ) , coube o Vasco da Gama, no memorável torneio de 1923, trazer negros, pardos e populares para o interior de time de primeira grandeza, mesmo tendo como consequências o rompimento com as instituições dirigentes – divisão essa só sanada com o Jogo da Amizade (América versus Vasco, nos anos de 1930), já sob insistência do Governo de Getúlio Vargas. Destacou-se aí o jogador “Bolão” (que viria a ser treinador do clube, o primeiro negro nesta posição).

Assim, mesmo, em várias equipes, muitas vinculadas a clubes de perfil elitista, o público e, principalmente, o jogador negro (também árbitros) foram, ainda, durante bastante tempo alvo de discriminação, como nas famosas histórias do encobrimento das características étnicas de negros com o uso da “boina” e do “pó de arroz” em pleno gramado, como construiu-se a imagem do Fluminense carioca. Talvez tenha sido o grande jogador “Tesourinha”, já em 1952, no Grêmio, o último grande nome do futebol brasileiro a enfrentar de forma clara as agruras da discriminação racial.

Porém, o preconceito ainda imperou, e atrapalhou, o futebol por bom tempo. O caso clássico foi em 1925, quando o presidente da CBD, Oscar Costa, impediu que jogadores negros ou mestiços fossem escalados para a seleção brasileira que jogaria o Campeonato Sul-Americano em Buenos Aires. Suas razões eram claras: “era necessário preservar a boa imagem do país!”. Venceram os argentinos, em cuja seleção jogava o genial De Los Santos, um herói negro, artilheiro do campeonato!

A popularização do futebol, irresistível depois da popularização do rádio, do jornal da tela (o inesquecível “Canal 100”) e, enfim, com televisão, acabou por tornar o fenômeno esportivo massivo, popular e dar ao mesmo a cara do povo brasileiro: mestiço, empolgado, participativo. Neste sentido, as manifestações de racismo e de má educação, e de ausência de espírito esportivo tornaram-se raras nos nossos estádios até frequentemente. Alguns clubes escolheriam, mesmo, símbolos da negritude, como o “Urubu” flamenguista, como símbolo identitário. Da mesma forma, a Legislação brasileira, desde da Lei Afonso Arinos, de 1951, até a Constituição “cidadã” de 1988, passaram a punir com rigor manifestações racistas, reduzindo a casos esporádicos e, de qualquer forma, chocantes os atos de ofensa racial.

A globalização e a multiplicação de equipes em campos – com clubes jogando em áreas socialmente homogêneas e muitas vezes de mentalidade provinciana -, nos grandes campeonatos nacionais e internacionais, colocando face à face equipes de culturas e tradições diferentes, num momento que o fenômeno de massificação cultural assoma aos meios de comunicação, acentuou, por paradoxo, manifestações de estranheza, inconformismo e, no limite, de ódio étnico e recusa à diferença. A globalização pasteurizadora e, mesmo, a crise econômica mundial depois de 2008 – criando nichos de xenofobia e de desconfiança frente ao diferente e ao estrangeiro até o limite de manifestações fascistas em torcidas como do Lazio ou do Borrusia -  pode, infelizmente, trazer de volta aos nossos estádios – na Itália, Espanha, Inglaterra e também na América do Sul, incluindo o Brasil – manifestações de racismo contra jogadores e juízes, em especial negros e pardos.

Infelizmente, quando os casos começaram a se multiplicar, as associações e federações esportivas, foram lenientes e evasivas. Trataram de tapar o sol com a peneira da miopia. Tal ausência de resposta pronta e direta, incentivou a transformação de manifestações de frustração social e de decepção perante as atuais condições de crise social e desemprego, em ódio racial. Em especial na Europa, em países atingidos por um brutal desemprego (na Espanha cerca de 45% entre os jovens), a força, o sucesso e a boa remuneração de outros jovens, estes jogadores de sucesso e de origens etnicamente diversas, constitui-se em alva de ódio. O combate a este ódio, originado na frustração no atual ambiente de crise, deve ser, claro, enfrentado pela educação e pelo esclarecimento. Mas, tais medidas, de longo prazo, não podem justificar a ausência de uma ação direta das associações, a busca de direitos junto à justiça por parte dos ofendidos.

O racismo é a raiva de uns que causa dor em outros. Assim, além da educação e do uso da lei, importa também, e muito, a corajosa e inteligente reação dos próprios jogadores, negando-se a aceitar a regra do silêncio e do desconhecimento “olímpico” do ódio gratuito. O racismo se responde com educação e ao racista com a força da lei.

A análise é de Francisco Carlos Teixeira, professor da UFRJ e, foi publicado originalmente no Carta Maior

Seduc de Altaneira promove culminância do Projeto Viajando pela Literatura Infantil


A Secretaria da Educação do município de Altaneira, por intermédio da Escola de Ensino Fundamental Joaquim Rufino de Oliveira, promoveu nesta quinta-feira, 08/04, a culminância do Projeto intitulado “Viajando pela Literatura Infantil”, do Eixo do Leitor Paic.

Tendo como propósito estimular no alunado o gosto pela leitura e escrita, o projeto buscou envolver ações de entendimento, formação de opinião, tendo como norte o princípio da formação de estudantes pensantes e participantes.

Entendendo a escola como espaço de produção e socialização do saber, compuseram os objetivos ainda “as dramatizações de parte das obras do escritor Monteiro Lobato” como requisito das leituras em sala por cerca de dois meses, publicou na rede social facebook, a Gerente Municipal do Programa Alfabetização na Idade Certa – PAIC, Micirlândia Soares, inclusive com fotos que ilustram esse artigo. Para tanto, a leitura e comentários de obras junto ao corpo discente é tido como eixo norteador para ajudar no desenvolvimento de leitores críticos.

Participaram da solenidade professores, a direção e a coordenação pedagógica da escola em evidência, núcleos gestores das demais instituições de ensino, o secretário da educação, Deza Soares, alunos e funcionários.

Confira outras fotos do evento














Inscrições para o Enem começam nesta segunda, 12


A edição desta sexta-feira, 09, do Diário Oficial da União trará as regras das provas da edição do Exame Nacional do Ensino Médio – Enem para 2014. As inscrições serão realizadas entre segunda-feira , 12, e o próximo dia 23 no site do exame. As provas serão realizadas nos dias 8 e 9 de novembro. Ciências humanas e ciências da natureza irão compor o primeiro dia no horário das enquanto que 13h às 17h30, enquanto que as provas de linguagens e códigos, matemática e redação, das 13h às 18h30, serão aplicadas no segundo dia.

O pagamento do boleto, no valor de R$ 35, deverá ser efetuado até o dia 28 próximo. A isenção da taxa vale para todos os estudantes de escola pública e para os que comprovarem renda familiar inferior a R$ 1.086.

Estudantes de Altaneira a caminho de Nova Olinda para
prestar o ENEM em 2012.
De acordo com informações do Ministério da Educação - MEC, a expectativa é que se tenha algo em torno de 8,2 milhões de inscrições no Enem, um milhão a mais do que em 2013. O número de alunos que participaram das provas em 2013 foi próximo de 5 milhões.

Ainda segundo o MEC, o edital foi traduzido em libras, a língua brasileira de surdos, e o site do Enem terá uma versão do edital incorporado a um sistema de computação acessível para cegos, chamado Dosvox.

O exame é obrigatório para acesso em instituições de ensino superior públicas e também para estudantes de escolas públicas interessados em bolsas de estudo parciais ou integrais em universidades particulares por meio do Programa Universidade para Todos (Prouni), bolsas de intercâmbio de graduação pelo Ciência sem Fronteiras e para universitários que querem financiar um curso superior pago por meio do Fies.

Com Rede Brasil Atual

Secult do Ceará divulga atividades relacionadas aos 20 anos sem Moreira Campos na Bienal do Livro


Esta quarta-feira, 7 de maio, marca os 20 anos desde o falecimento de um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos: o cearense Moreira Campos. A Secretaria da Cultura do Governo do Estado presta homenagem ao autor e divulga uma série de atividades relacionadas à vida e à obra do grande contista, que serão realizadas na programação da Bienal do Livro do Ceará 2014, marcada para 5 a 14 de dezembro, no Centro de Eventos do Ceará, com realização do Governo do Estado, por meio da Secult e de secretarias e instituições parceiras.

O autor de "Dizem que os cães veem coisas" será o homenageado especial da Bienal, contando com uma série de ações e lançamentos, em sua memória. Começando pela republicação, em dois volumes, da obra completa de Moreira Campos e pelo lançamento de uma obra inédita, "A Gota Delirante". E pela presença de referências a Moreira Campos, a seu tempo e a seus personagens, na ambientação de toda a Bienal. Incluindo uma reprodução do Bosque Moreira Campos, espaço da Universidade Federal do Ceará (UFC), que será recriado cenicamente no Centro de Eventos.

O autor também será celebrado através de uma das mais ricas manifestações da arte e da cultura nordestinas, a literatura de cordel. O renomado cordelista Klévisson Viana produzirá um "romance" especial sobre Moreira Campos, a ser lançado na Bienal do Livro e distribuído para os alunos das escolas da rede estadual de educação.

A Bienal também contará com um grande seminário sobre a obra de Moreira Campos, a construção de seus personagens, as especificidades da tessitura de sua prosa, os recursos de estilo e as várias referências presentes, além da repercussão de seu trabalho, nos planos local, nacional e internacional.

A homenagem a Moreira Campos na Bienal do Livro incluirá ainda duas exposições. "Uma delas será de capas de seus livros, e outra será uma grande exposição de seu acervo e de sua memória", destaca Glícia Gadelha, coordenadora de Ação Cultural da Secult e integrante da comissão de organização da Bienal do Livro 2014. "Haverá ainda exibição de filmes produzidos a partir da obra de Moreira Campos ", destaca Glícia.

Do debate à exposição

O Secretário da Cultura do Governo do Estado, Paulo Mamede, aponta que as atividades especiais em tributo a Moreira Campos e a presença do autor como principal homenageado da Bienal do Livro vão dos debates à difusão, sempre com o objetivo de ressaltar a importância do escritor e de colocar sua obra cada vez mais próxima do público.
"Teremos desde as reflexões e discussões do seminário, que certamente serão muito ricas e contribuirão para novas leituras possíveis da obra de Moreira Campos, até a publicação dos livros e as atividades de abordagem mais direta para um público mais amplo, como as exposições e exibições de filmes", afirma o secretário.

"Além das referências a Moreira Campos no próprio espaço da Bienal, inclusive com o Bosque, que se tornou um espaço importante não só para a Universidade, mas para toda a cidade", enfatiza Paulo Mamede. "Ao mesmo tempo em que teremos autores nacionais e internacionais, integrados em um mesmo evento com os escritores do nosso Estado, todos os cearenses estão convidados a comemorar o centenário de nascimento de Moreira Campos em uma Bienal em que pretendemos garantir um maior acesso popular, uma maior proximidade das pessoas com o livro e a leitura, como caminho para a cidadania cultural", complementa o secretário.

A Bienal 2014

A Bienal do Livro do Ceará 2014 será um evento de grandes dimensões, contemplando diferentes segmentos da cena literária, do infantil ao acadêmico, do juvenil às biografias, dos estreantes aos veteranos, dos livros para públicos mais específicos às publicações de maior apelo e resposta de público. "A ideia é contemplar, com destaque e visibilidade, tanto autores, editoras e livreiros locais quanto nomes e empresas consagrados no cenário nacional, além de escritores internacionais", destaca a secretária adjunta da Secult, Ana Márcia Diógenes.

"Trabalhamos para construir uma Bienal capaz de mobilizar e seduzir diferentes públicos, com variadas interfaces (feira de livros, lançamentos, debates, oficinas, apresentações artísticas), primando pela qualidade. Como objetivo geral, fomentar a cena local, estimular a leitura e aproximar leitores e autores", aponta Ana Márcia.

Outra diretriz da Bienal é a integração com as ações das políticas de educação e de livro e leitura do Ceará, com a presença de estudantes e professores das escolas da rede estadual, de representantes da rede estadual de bibliotecas, a participação dos agentes de Leitura e ações para visibilidade a livros de autores cearenses, publicados com apoio da Secretaria da Cultura através dos editais do Mecenato e de Incentivo às Artes.

Via Secult Ceará