Luis Fernando Veríssimo pergunta se no céu há lugar para ateu




A Recepção

Por Luis Fernando Veríssimo

A recepcionista que me recebe na porta do céu é simpática. Digita meu nome no computador, sorrindo. Mas o sorriso desaparece de repente. É substituído por uma expressão de desapontamento.

Ai, ai, ai… – diz a recepcionista. – Aqui onde diz 

“Religião”. Está: “Nenhuma”

- Pois é…

- O senhor não tem nenhuma religião? Pode ser qualquer uma. Nós encaminhamos para o céu correspondente. Ou, se o senhor preferir reencarnação…

- Não, não. Não tem céu só pra ateu?

Não existe um céu só para ateus. Nem para agnósticos. Também não são permitidas conversões “post-mortem” ou adesões de última hora. E me deixar entrar numa eternidade em que nunca acreditei, talvez tirando o lugar de um crente, não seria justo, eu não concordo?

- Espere! – digo, dando um tapa na testa. – Me lembrei agora. Eu sou Univitalista.

- O que?

- Univitalista. É uma religião nova. Talvez por isso não esteja no computador.

- Em que vocês acreditam?

- Numa porção de coisas que eu não me lembro agora, mas a vida eterna é certamente uma delas. Isso eu garanto. Pelo menos foi o que me disseram quando me inscrevi.

A recepcionista não parece muito convencida mas pega um livreto que mantem ao lado do computador e vai direto na letra U. Não encontra nenhuma religião com aquele nome.

- Ela é novíssima – explico. – Ainda estava em teste.

A recepcionista sacode a cabeça mas diz que irá consultar o supervisor. Eu devo voltar ao meu lugar e esperar a decisão. Sento ao lado de outro descrente, que pergunta

- Você acredita nisto?

Eu… – começo a dizer, mas o outro não me deixa falar. – É tudo encenação. Tudo truque. Quem eles pensam que estão enganando?

E o outro se levanta e começa a chutar as nuvens que cobrem o chão da sala de espera.

- Olha aí. Isto é gelo seco! Você acha mesmo que existe vida depois da morte? Você acha mesmo que nós estamos aqui? É tudo propaganda religiosa! É tudo…

Salto sobre o homem, cubro sua cabeça com a camisola, atiro-o no chão e sento em cima dele. Para ele não estragar tudo. Claro que também acredito que aquilo é uma encenação. Mas seja o que for, durará uma eternidade.


Via Pragmatismo Político

Enquete registra participação pífia da juventude de Altaneira



Enquete registra participação pífia da juventude
de Altaneira.
Lançamos no último dia 02 de outubro, no grupo Jovens Politizados, da rede social facebook, enquete objetivando saber como está a participação dos jovens de Altaneira no que toca a política partidária local. Tínhamos como finalidade ainda perceber como esta classe social analisa o trabalho do seu representante no poder legislativo. Para tanto, perguntamos Como você avalia as discussões dos vereadores de Altaneira durante as sessões plenárias?

Foram longos vinte dias de espera angustiante. Clamando silenciosamente por um voto. Quando o silêncio não surtia efeito, esperneávamos, gritávamos e, as vezes, com o intuito de lembrar os que não esqueciam, pois vez ou outra percebíamos os diversos jovens curtindo, comentando e compartilhando fotos, status de amigos. Havia até quem se arriscava a publicar no próprio grupo, onde fizemos questão de fixar a pergunta. Pois tínhamos a convicção de que não correríamos o risco de algum jovem afirmar que não votou porque não viu. Porque passou despercebido. Ledo engano. Surpresa? Não.

O jurista e blogueiro Raimundo Soares Filho publicou no seu Blog de Altaneira artigo cujo título era exatamente a pergunta da nossa enquete. Devemos confessar que ainda havia um fio de esperança de que a participação viesse a aumentar. Afinal, é um dos portais mais acessados da Região do Cariri. Mas, mais uma vez, nos frustramos. Apenas um voto a mais.

44,4% dos vereadores de Altaneira são professores.
Foto: Júnior Carvalho.
Vamos aos números.
Foram seis alternativas. Excelente, Ótima, Boa, Regular, Ruim e Péssima. Para 34,6% dos internautas/eleitores as discussões dos parlamentares durante sessão plenária são regulares. Com um percentual um pouco menor, 30,7%, os vereadores estão discutindo os interesses coletivos de forma boa. Ruim ficou com uma parcela significativa desses internautas, 19,2%. Para 11,5% dos navegantes, os legisladores e fiscalizadores do município estão exercendo essa função de forma péssima, enquanto que para 3,8% dos que opinaram chegaram a responder que eles estão discutindo otimamente.  A única alternativa que não recebeu votos foi a Excelente. Ufa!! Menos mal, hein?

O que esses resultados representam? Corresponde de fato, a realidade na casa legislativa?

Você sabia que 44,4% dos vereadores em Altaneira são professores? Não? E o que isso representa? Foi um artigo que publicamos nesse portal de comunicação em setembro do corrente ano. Temos nove vereadores. Desse número, três são mulheres. Uma comunista, uma social-democrata e outra socialista (PCdoB, PSDB e PSB, respectivamente). Porém, o que nos chama a atenção e nos deixa intrigados é que desse número, 4 (quatro) são professores. Um número bem significativo.

O que representa ser professor (a) e vereador (a) em Altaneira? Insistamos na pergunta. Em tese deveria significar uma melhoria na qualidade das discussões no plenário. Em tese, porque na prática o que vemos são debates (na sua grande maioria) infundados, às vezes até infantis. Ora, nenhum (a) vereador (a) está lá para se engalfinhar. Tão pouco para disputar quem tem um discurso mais bonito, ou para ver quem fala mais, etc. Não custa lembrar que cada parlamentar foi eleito pelo povo, é pago pelo povo e por este e com este deve-se trabalhar.

Os legisladores estão preferindo ir para a sessão com as mesmas armas. A oposição para criticar por criticar (quando o passado lhe condena) e a situação para se defender e se valer do passado que mutila a frágil oposição. O resultado disso são discursos enfadonho, saturado, repetitivo e sem grandes contribuições para a melhoria da sociedade altaneirense.

Mas será que a juventude está acompanhando esse cenário? As redes sociais facebook e Twitter demonstram que durante as sessões diversos jovens estão conectados. Mas não significa que essa ligação tecnológica seja nas discussões dos vereadores e vereadoras, seja através do Rádio Comunitária Altaneira FM, ou até mesmo e de forma mais rápida, pois não precisa nem sair de frente ao computador, uma vez que os Blogs já dispõem do link dá emissora radiofônica.

É comum perceber o plenário da câmara vazia durante as
sessões de terça-feira à tarde. Foto: Júnior Carvalho.
O fato é que a Câmara fica vazia durante a sessão. Raimundo Soares Filho afirmou em seu blog que “as sessões da Câmara Municipal de Altaneira estão praticamente esvaziadas e a audiência na rádio Altaneira FM, que transmite as sessões ao vivo, há muito tempo que não é a mesma”. Toda via, se o acompanhamento da comunidade nesse quesito é pouca, a da classe dos jovens, de forma específica, é menor ainda. O retrato do não acompanhamento dos jovens às sessões não se justifica simplesmente pela pouca credibilidade dada aos parlamentares, mas principalmente porque os jovens de altaneira, na sua esmagadora maioria aindanão se acostumou a discutir e participar de assuntos importantes, de interesse público. Exemplos desse deplorável cenário juvenil? Temos aos montes, inclusive já publicado aqui.

Está na hora da juventude acordar e procurar se inserir nos espaços de poder. Deixarem de ser coadjuvante. Deixarem de discutir infantilmente.  As festas são importantes? Participar das escolhas e sugerir atrações a seu gosto é necessário? Claro que é. E como é. O problema é que para por ai. Ainda não vi a classe dos jovens entrar nas redes sociais ou em qualquer outro meio para discutir pontos mais importantes como uma Semana Cultural com diversas atrações. Acredito que seria muito mais produtivo o debate. Lutar por uma cultura que venha a surtir efeitos positivos nos altaneirenses e que tenha constância e não em apenas eventos esporádicos e vinculados apenas aos aspectos religiosos (Festa da Padroeira e Paixão de Cristo).  Não adiante exigir lazer, tem que participar, acompanhar e opinar.

Ante a todo esse cenário, deixemos aqui uma pergunta que já foi alvo de discussão e publicada nesse espaço de comunicação, sempre a serviço da cidadania: Temos uma juventude politizada?

O Problema é social e racial: Negros são 70% das vítimas de assassinatos no Brasil



Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada na última quinta-feira, 17/10, reafirmou números que merecem ao menos, um momento de atenção:

A cada três assassinatos no País, dois vitimam negros;

A possibilidade de o negro ser vítima de homicídio no Brasil é maior inclusive em grupos com escolaridade e características socioeconômicas semelhantes.

A chance de um adolescente negro ser assassinado é 3,7 vezes maior em comparação com os brancos.
Assassinatos atingem negros numa proporção 135% maior do que os não-negros;

Enquanto a taxa de homicídios de negros é de 36,5 por 100 mil habitantes, no caso de brancos, a relação é de 15,5 por 100 mil habitantes;

Há uma perda na expectativa de vida devido à violência letal 114% maior para pessoas negras;

Enquanto o homem negro perde 20 meses e meio de expectativa de vida ao nascer, a perda do branco é de oito meses e meio;

Pelo menos 36.735 brasileiros de entre 12 e 18 anos serão assassinados até 2016, maior nível desde que o índice começou a ser medido em 2005, quando a taxa era de 2,75 adolescentes assassinados por cada mil;

Em relação à desigualdade e à opressão racial no Brasil, nos habituamos ter acesso a índices que se repetem, se acentuam e cristalizam a barbárie vivida pela população negra em nosso país.

Para além da vivência empírica, as provas científicas de que o elemento racial estrutura as desigualdades e condenam negros a serem maioria entre os mais pobres, entre os analfabetos, entre os que não tem acesso à saúde, e principalmente entre as vítimas da violência, não tem sido suficiente para sensibilizar governos, políticos e mesmo a população.

Coincidentemente, na semana passada em Brasília, por conta das mobilizações pela aprovação do Projeto que dá fim aos “Autos de Resistência” nós, representantes de movimentos e artistas negros passamos um dia inteiro apresentando os números da barbárie racista para deputados, senadores e ministros, a fim de sensibilizá-los. Dias depois, novas provas surgiram e as manchetes gritaram:

“Dois terços das pessoas assassinadas no Brasil são negras”, ou: “A chance de um adolescente negro ser assassinado é 3,7 vezes maior em comparação com os brancos”, ou ainda: “De cada 3 vítimas e assassinatos, 2 são negros”.

Ora, se considerarmos que, segundo o próprio estudo,  36.735 brasileiros de entre 12 e 18 anos serão assassinados até 2016, poderíamos formular outra manchete: “De cada 100 vítimas e assassinatos, 70 são negros”.

Poderíamos fazer contas simples que chegariam aos seguintes dados: 25.714 jovens negros serão assassinados em 3 anos, o que equivale a mais de 8.570 por ano ou a 715 por mês! Analogia perfeita: Três aviões lotados de jovens negros, caindo todos os meses nos próximos três anos, sem nenhum sobrevivente.

Mas não! Seria sensacionalismo. Seria exagero. Seria “coisa da nossa cabeça”, afinal, o problema no Brasil é social e não racial.

E repito aqui perguntas batidas, mas necessárias:

E se as vítimas fossem filhos de empresários, médicos, advogados, engenheiros ou dentistas? E se os territórios de terror fossem na Lagoa ou em Ipanema, no Rio; no Alto de Pinheiros ou em Moema em São Paulo ou na Barra, em Salvador? E se o sangue jorrasse de corpos brancos, a reação social e política a esses números seria a mesma?

Onde está a comoção nacional? E a campanha no Facebook, com milhares de pessoas trocando suas fotos por de pretos ou os sobrenomes para “pretos” ou ainda as hashtag que demonstrem a revolta com essa realidade? Porque a morte negra não comove? Porque o corpo negro pouco ou nada vale?

E para além da frieza dos números, lembro que para cada uma destas vítimas, há uma família, uma mãe que chora e a imagem do velório e da nossa gente em cortejo.

Quantos mais e por quantos anos – e já são pra lá de 500, até que cesse a violência racista no Brasil?


Via Negro Belchior

Portuguesa e Maniçoba vencem, Caixa D’Água empata e Vila Rica volta a tropeçar pelo Municipal



A abertura do segundo turno do 15º Campeonato de Futebol Amador do município de Altaneira teve início nesse final de semana sem maiores surpresas e nenhuma alteração na parte de cima da tabela.

No Sábado, 19, dois jogam deram o ponta pé no segundo turno da competição. A Portuguesa recebeu a equipe do São Romão e não tomou conhecimento, sapecando uma goleada. As redes do time do distrito foram balançadas cinco vezes. Ao marcar em três oportunidades, o atacante luso, Valberto assumiu a artilharia com 10 gols. Completaram o massacre, Orlando e Zezinho. Com o resultado, o São Romão continua fora do G4, um ponto a menos que o juventude, mas já percebe que o quinto lugar está ameaçado pelo Chelsea.  Já a lusa altaneirense continua invicta e imbatível. São sete jogos, com seis vitórias e um empate garantindo uma liderança tranquila. Sete pontos o separa do vice-líder.

Ainda no sábado, o Maniçoba voltou a vencer. Desta vez a vítima foi Juventude. Cristiano, Tico Mandu e Dadazinho foram os responsáveis por furar o bloquei do adversário e garantir à vitória para os maniçobanos, garantido a permanência na terceira colocação. Mesmo com a derrota, os representantes dos SítiosTaboleiro/Taboquinha continuam entre os quatro primeiros. 

Vila Rica (vermelho) volta a tropeçar ante o Chelsea (verde).
Foto: João Alves.
No domingo, 20, mais dois jogos complementaram a primeira rodada do returno. O Vila Rica que havia somado os três primeiros pontos dentro da competição voltou a jogar mal e perdeu mais uma, a sexta em sete jogos. O dono do feito foi o Chelsea.  Marcaram para esta equipe Devvan, J. Paulo e Cândido.  Com a vitória, o clube de nome estrangeiro em terra altaneirense pula uma posição, vindo a ostentar a 6ª colocação.

O Caixa D’Água manteve a vice liderança ao empatar, no Sítio Serra do Valério, com o Serrano, em 1 x 1. Sérgio marcou para o time da casa e J. Paulo empatou para o Caixa, dando números finais ao marcador.

Nos quatro jogos, as redes foram balançadas em 13 (treze) oportunidades, computando uma média de 3,25 gols por partida.

Confira classificação geral

1 – Portuguesa – 22 Pts
2 – Caixa D’Água – 15 Pts
3 – Maniçoba – 14 Pts
4 – Juventude – 11 Pts
5 – São Romão – 10 Pts
6 – Chelsea – 08 Pts
7 – Serrano – 07 Pts
8 – Vila Rica – 03 Pts

Debate entre Ateu, Babalorixá, Protestante e Católico



Padre Jorjão, pastor Silas Malafaia, Ateu Daniel Sotto-Mayor
e o Babalorixá Ivanir dos Santos no programa Na Moral.

Foto: Na Moral/TV Globo.
O programa “Na Moral”, apresentado por Pedro Bial promoveu há dois meses atrás um debate entre Daniel Sotto-Mayor, representante da Associação de Ateus no Brasil, o Babalorixá Ivanir dos Santos, líder e chefe de um terreiro de Candomblé, uma das religiões afro-brasileiras, o padre Jorjão e o pastor Silas Malafaia.

Embora, reconheçamos que o programa seja exibido na globo que tem uma defesa clara do catolicismo, o debate proporcionou um leque interessante de discussão, de variedade de opiniões. Na oportunidade, muitos dos temas já levantado no Informações em Foco foram frisados, como o estado laico e a intolerância religiosa, a apoio da igreja católica a escravidão, a lei 10/639/03, etc. Conseguimos parte do debate.

Vamos ao vídeo

                          

Blogueiro e Jurista Raimundo Soares Filho afirma que se filiará ao Solidariedade em Altaneira



Presidente Palito recebe vereadores e simpatizantes ao
partido. Foto: Júnior Carvalho.
Os vereadores Deza Soares, Edezyo Jalled e Flavio Correia decidiram se filiar no Partido Solidariedade. Deza Soares que está licenciado para assumir a Secretaria Municipal de Educação confirmou filiação por telefone, uma vez que se encontra em viagem a serviço a Capital do Estado. Os Vereadores Edezyo e Flavio estiverem presentes na reunião que definiu a Comissão provisória do mais novo partido em Altaneira.

O empresário Devanilton Soares, mais conhecido por palito Megasom, é o articulador da sigla no Cariri será o Presidente municipal do partido. A reunião de instalação da Comissão provisória realizou-se na Sala das Comissões da Câmara Municipal de Altaneira.

Palito deu as boas vindas aos vereadores presentes e assegurou que o partido está sendo criado para construir uma história política em Altaneira. “Não seremos só mais uma sigla pra compor coligação, vamos influenciar diretamente no processo político, vamos eleger uma bancada forte na Câmara e disputar com chances reais o comando do Executivo” disse Palito.

O Vereador Flávio Correia disse que decidiu migrar para o Solidariedade, pois ver no Partido uma chance de melhorar a luta em defesa de quem mais precisa e o partido oferece melhores condições do exercício da atividade parlamentar.

Já o Vereador Edezyo Jalled disse que se identificou com partido ainda mesmo no processo de criação, pois via na sua linha programática algo que assimilava com suas ideias, mas decidiu mudar para o Solidariedade após tomar conhecimento que o Deputado Genecias iria comandar o partido no Ceará.

O professor Paulo Robson disse que se filiava ao partido com a esperança que se inaugure uma nova formula de se fazer política em Altaneira, pois se faz necessário sair da mesmice política local.
Palito assegurou, ainda, que o partido receberá apoio integral do deputado Genecias Noronha e que os vereadores da bancada terão acompanhamento político e jurídico para o fiel desempenho de suas atividades legislativas.
Ficou decidido igualmente que o partido irá apoiar o atual prefeito Delvamberto Soares (PSB) e que integrará o bloco da maioria antes formado na Câmara Municipal.

A Comissão Provisória Municipal ficou assim composta: Presidente - José Devanilton Soares; Vice-presidente - Edezyo Jalled Teles de Sousa; Secretário-  Francisco Correia de Araújo; Tesoureiro - Antonio Ângelo de Sousa; 1ª. Vogal - José Geraldo Soares; 2ª. Vogal - Paulo Robson Leite de Oliveira; 3ª. Vogal - Ana Késia de Alcântara.

Os vereador Edezyo Jalled e Flavio Correia continuarão exercendo as funções de Líder do Bloco da Maioria e Líder do Governo na Câmara Municipal, respectivamente. (Via Blog de Altaneira).

O jurista e blogueiro Raimundo Soares Filho afirmou que
se filiará junto ao Solidariedade.
O Jurista e blogueiro Raimundo Soares Filho, ex PT, e que colaborou na parte burocrática da construção dessa agremiação no município, nos informou que pretende se juntar ao grupo e se filiará. Ainda de acordo com Soares, também incorporarão a sigla, o Secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Ceza Cristovão e o ex comunita e ex presidente do Sindicato dos Servidores Municipais e servidor municipal, Antonio de Kaci.

Dr. Soares foi um dos articuladores do Partido dos Trabalhadores – PT no município. O jurista e blogueiro, mais conhecido por Dr. Soares, ou ainda por Deusrisberto sempre foi conhecido por ser polêmico e bastante enfático no que diz.  

Defensor eloquente de suas convicções ideológicas, o jurista ainda é conhecido como estrategista importante nas campanhas eleitorais, sendo um dos principais símbolos nesse quesito sua contribuição nas últimas campanhas eleitorais do grupo oposicionista em Altaneira, hoje responsável pela administração municipal. Ele era um dos principais representantes e articuladores do PT municipal, além de ter sido o principal responsável pela manutenção e organização deste em Altaneira. Atualmente, o mesmo exerce a função de Consultor Jurídico no Município de Penaforte, localizado no extremo sul do Estado do Ceará.

Pelas características já elencadas, a ida do Soares para o Solidariedade sem dúvida irá contribuir e muito na organização e articulação, principalmente pela defesa eloquente de sua ideologia. 

A agremiação tem tudo para ser e fazer diferente. Pois conta no seu quadro com pessoas que possuem uma bagagem teórica muito grande. Espera-se que se possa ter uma práxis na política partidária local, onde os discursos possam ser condizentes com a prática, ou ao menos se aproxime. O povo ganha. 

Coalizão aumenta pressão por reforma política popular e democrática



Ato pela reforma política reuniu representantes de entidades
 e do parlamento no mês passado.
Descontentes com as propostas de reforma política até aqui apresentadas pelo Congresso Nacional - com medidas consideradas superficiais - algumas das maiores entidades sociais do país pretendem aumentar a pressão em favor do projeto de iniciativa popular que prevê mudanças profundas no sistema, como o fim do financiamento privado de campanhas eleitorais e do voto uninominal para o parlamento, pontos considerados fundamentais para o combate à corrupção no país.

Integrantes desse movimento, batizado de “Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas”, reúnem-se na próxima quarta-feira (23), em Brasília, para debater as estratégias de mobilização. Fazem parte do grupo a OAB, a CNBB, a UNE, a CUT, o MST e a Contag, entre outras entidades de trabalhadores e movimentos populares.

Eles irão discutir os rumos da campanha pela coleta de assinaturas para a apresentação do projeto de lei de iniciativa popular, de forma a promover mudanças “que realmente façam a diferença”, conforme destacaram seus coordenadores.

A mobilização – a mesma que trabalhou pela aprovação da Lei da Ficha Limpa – conseguiu 300 mil assinaturas de apoio popular ao projeto. Para o encaminhamento da matéria ao Congresso e sua consequente formalização, são necessárias 1,5 milhão de assinaturas.

A proposta para reforma política defendida pelas entidades prevê o fim do financiamento empresarial das campanhas eleitorais. A sugestão é de que passe a ser permitida a contribuição individual no valor máximo de R$ 700 por eleitor e sem ultrapassar o limite de 40% dos recursos públicos recebidos pelos partidos nas eleições.

Um dos principais motivos da reunião de quarta-feira é o fato de a minirreforma eleitoral aprovada nesta semana no Congresso ter sido considerada mínima em seu conteúdo pelas entidades sociais, que também criticam o trabalho do grupo técnico da reforma política em atuação na Câmara.

Para o fundador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), o juiz Marlon Reis, a reforma política precisa ser incluída logo na pauta prioritária do país. Reis tem destacado a falta de transparência no sistema eleitoral e a necessidade de se discutir melhor o financiamento de campanhas.

“Nosso sistema eleitoral está comprometido pela falta de transparência. Peca por não dar ao eleitor uma ideia clara sobre a forma como ele vota. Ninguém entende nosso sistema caótico, que não permite ao eleitor ter uma clara noção das consequências do seu voto. Isso faz o voto outorgado a um candidato beneficiar outro, muitas vezes indesejado”, afirma. Reis lembra como exemplo o que ocorreu em 2010, quando o palhaço Tiririca, hoje deputado federal pelo PR de São Paulo, foi convidado pelo partido para se candidatar como puxador de votos.

A coalizão sugere, dentre os vários pontos abordados, a extinção do sistema de voto dado ao candidato individualmente, como hoje é adotado para as eleições de vereador, deputado estadual e federal e, em seu lugar, o sistema eleitoral do voto dado em listas pré-ordenadas, democraticamente formadas pelos partidos e submetidas a dois turnos de votação.

Financiamento obscuro

Segundo o juiz, essa falta de transparência também afeta o atual modelo de financiamento de campanhas. “Ninguém sabe quem doa e quanto doa. Os candidatos não são obrigados a revelar durante a campanha de onde está vindo o dinheiro que a sustenta e isso é muito sério. Viola a Constituição e os compromissos internacionais do Brasil em matéria de direitos humanos. Além disso, não há limites para as doações e muitas empresas participam do processo como forma de participar de licitações fraudulentas no futuro”, colocou.

O movimento por “Eleições Limpas” conta com o apoio direto da CNBB, cujo presidente, dom Raimundo Damasceno, afirmou no começo do mês durante solenidade que a democracia precisa ser participativa. “É preciso regulamentar mecanismos de participação popular, como o referendo, e fazer com que as camadas da sociedade, todas elas, tenham representatividade política”, enfatizou o cardeal na ocasião, também defensor da tese de que os partidos tenham programas sistemáticos de governo.

Já a OAB tem articulado mobilizações nos estados por meio das suas seccionais. O presidente da comissão criada dentro da Ordem para esse trabalho, o ex-presidente nacional Cesar Britto, destacou que considera o projeto Eleições Limpas “fundamental”. “Consiste numa iniciativa de defesa do aprimoramento da democracia e da participação da sociedade. Fazer essa reforma é deixar de estimular o caixa dois, é adotar um novo modelo político e novas regras de financiamentos de campanhas”, frisou.

Na UNE, que também se prepara para encaminhar representantes para a reunião de quarta-feira, os dirigentes destacam pesquisa feita em junho passado dentro do estudo Agenda Juventude Brasil 2013.

O levantamento, que tem o propósito de traçar um diagnóstico sobre como pensa a juventude brasileira, mostrou que, de uma lista de problemas que mais incomodam os jovens brasileiros com idade entre 15 e 29 anos, 67% responderam que era a corrupção, sendo este item citado em primeiro lugar por 36% destas pessoas.

“Defendemos o financiamento público de campanha porque, de fato, empresa não vota. O titular do voto é o cidadão. É fundamental debater o sistema de financiamento”, ressaltou o diretor da entidade Thiago José Aguiar da Silva.


Via Rede Brasil Atual