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(FOTO/ Mateus Ross/ Divulgação/ Socialista Morena). |
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(FOTO/ Mateus Ross/ Divulgação/ Socialista Morena). |
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(FOTO/ Reprodução/ Nexo). |
Já a Fuvest, que também registrou queda acentuada na candidatura de pretos, pardos e indígenas (33% em relação à edição 2021), relativizou os números e afirmou que ele é “semelhante ao visto em outros anos desde que esse sistema de cotas foi implementado”. Menos estudantes de escolas públicas também vão pleitear uma vaga na USP para o próximo ano (uma redução de 25%).
“Eles se desvincularam do processo de aprendizagem e é uma pena, porque essa inclusão incipiente que vinha ocorrendo no ensino superior, de alunos negros e de baixa renda, se interrompeu” Claudia Costin, diretora-geral do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas, em entrevista ao UOL
A situação mais preocupante, no entanto, é a do Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio. O Enem é a maior porta de entrada para universidades públicas e privadas de todo o país e foi também o que registrou a maior queda na adesão de estudantes negros (52%) e de escolas públicas (31%) em relação à edição anterior. O cenário poderia ser ainda mais grave se uma decisão do Supremo Tribunal Federal não tivesse garantido a isenção para os estudantes que faltaram ao exame de 2020 em função da pandemia.
A avaliação de especialistas é que a baixa adesão desses estudantes aos grandes vestibulares é reflexo dos impactos da pandemia no ensino público. “Quando ficamos com escolas públicas fechadas por tanto tempo, sabendo que não há conectividade e equipamentos necessários para uma boa parcela dos alunos da rede pública, temos um cenário como esse pela frente”, afirmou ao UOL Claudia Costin. Para ela, a queda de inscritos negros e de escolas públicas aponta para um ensino superior “mais excludente e elitista” nos próximos anos.
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Com informações do Nexo.
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Cida Pedrosa. (FOTO/ Reprodução/ WhatsApp). |
A
Roda de Poesia no Gesso acontecerá no dia 31 de outubro, (domingo), às 18h,
pelo canal do Youtube do Coletivo Camaradas e contará com a participação da
escritora comunista Cida Pedrosa, Prêmio Jabuti no ano de 2020, nas categorias
de Poesia e também de Livro do ano com a obra “Solo para Vialejo”. A Roda
contará ainda com a participação das poetas Paloma Sá e Nezite Alencar.
Cida
Pedrosa, além de escritora, é vereadora do Partido Comunista do Brasil – PCdoB.
Nasceu em Bodocó- PE, no ano de 1963, atuou como militante em movimento de
escritores emancipados do seu estado, compôs o Coletivo Vozes Femininas que
objetivava recitar e dar performance a poemas com temáticas de gênero. Possui
sete (7) livros de poemas publicados como por exemplo: “As filhas de Lilith”
(2009), que foi transformado em curta metragem, sob o título “Olhares sobre
Lilith” e “Claranã” (2015), ambos os escritos selecionados pela Prêmio Oceanos
de Literatura. Cida Pedrosa mantém, ainda, o canal “Frestas” no Youtube, em que
apresenta poemas de escritores
brasileiros e tem um quadro no canal da Fundação Maurício Grabois, onde divide
espaço com intelectuais como: Dani Balbi, Fábio Palácio, Manuela D'Ávila, Elias Jabbour
e Olivia Santana. Cida Pedrosa é umas das escritoras que mantém proximidade
com o Coletivo Camaradas.
Paloma
Sá é bibliotecária e mestra em Ciência da Informação. Nasceu em Juazeiro do
Norte-CE e hoje é um pássaro que vive
‘avuando’, como diria uma bela canção. Escreve há certo tempo, mas não se
considera poeta. Paloma Sá descreve o
ato de escrever como sendo um meio de falar em voz alta o que a boca não é
capaz de expressar. Com seus textos, já participou do “Poste Poesia”, projeto
do Coletivo Camaradas, “Literatura de Quinta”, outro projeto de extensão
vinculado à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Atualmente está
trabalhando no seu primeiro livro “Amarelada”, que será publicado ainda em
2021.
Nezite
Alencar é natural de Quixariú, Campos Sales, contudo, atualmente reside na
cidade do Crato. É cordelista e ocupante da cadeira 21° da Academia dos
Cordelistas do Crato e possui mais de quarenta (40) folhetos publicados. É
também Graduada em História pela Universidade Regional do Cariri (URCA),
especialista em História do Brasil, Pesquisadora do Cangaço, membro da
Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC) e tem vasta experiência
profissional no âmbito da educação, inclusive com dez anos de trabalho
voluntário. Nezite Alencar, em 2012, foi selecionada para o Prêmio “Mais
Cultura de Literatura de Cordel”, promovido pelo Ministério da Cultura (MinC)
e, em 2018, foi homenageada no III Encontro da Poesia no Gesso, outra ação do
Coletivo Camaradas.
Essa
ação compõe as atividades do Projeto Território Criativo do Gesso, aprovado no
edital de Prêmio Fomento Cultura e Arte do Estado do Ceará, da Secult-CE,
através da Lei Aldir Blanc. A Roda de Poesia no Gesso tem parceria com a
Pró-Reitoria de Cultura (PROCULT), da Universidade Federal do Cariri – UFCA.
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Texto encaminhado a redação do Blog
por Flávia Hellen.
Flávia é graduanda em Administração Pública pela Universidade Federal do Cariri - UFCA, e integrante do Projeto "Roda de Poesia no Gesso" desenvolvido no bairro Gesso em Crato - CE.
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Carolina Maria de Jesus e Lélia Gonzales foram as homenageadas da Flup 2020 – Foto: Reprodução. |
Completando
10 anos em 2021, a Festa Literária das Periferias (FLUP), que será realizada
entre os dias 30 de outubro e 8 de novembro, de forma virtual, celebra a
palavra falada e os povos originários e indígenas em edição especial, que
contará com a presença de grandes nomes, como Emicida e Djamila Ribeiro.
Segundo
a organização do evento, em 2021 o Festival finca sua bandeira na temática
indígena e apresenta o Slam Coalkan, o primeiro slam indígena mundial, reunindo
poetas das três Américas. “O mundo jamais
mudará enquanto não ouvirmos as vozes dos povos originários, particularmente
sua longa e rica tradição oral”, afirma Julio Ludemir, curador e um dos
criadores da Flup.
Ainda
de acordo com Julio, não é à toa a Flup 10 anos está reunindo poetas indígenas
da América do Norte e da América do Sul, justamente no ano em que se homenageia
a palavra falada, reconhecendo-a e enaltecendo-a como a mais inclusiva das
plataformas de formação de autores e leitores. “A Flup sempre foi o espaço da escuta radical, em que corpos negros,
LGBTQIA+ e agora indígenas sempre falaram por intermédio de suas próprias
vozes, sem a mediação que tanto tem inibido a fala dos lugares. Se a maior
preocupação do mundo em relação ao Brasil é o modo como tratamos nossas
florestas, temos que ouvir aqueles que de fato sabem cuidar delas”, afirma.
Julio
lembra que, no encontro online entre Boaventura de Sousa Santos e Emicida
debaterão a Diáspora Lusófona a partir do hip hop. “Eu acredito que não só a música rap, mas a cultura hip-hop como um
todo, ela funciona como um grande telefone que conecta todas as ramificações da
Diáspora africana a esse sentimento de que é necessário se construir um
sentimento de solidariedade que nos conecte com uma raiz comum”, comenta
Emicida.
___________
Com informações do Notícia Preta.
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Loja da Zara em Madrid, na Espanha. Foto: Cristina Arias/Getty Images/ Reprodução/ Cláudia). |
Após
uma denúncia de racismo na loja de departamento Zara, em Fortaleza, um código
secreto foi descoberto pela Polícia Civil do Ceará. A orientação do código era
para que funcionários ficassem atentos às pessoas negras ou com roupas
“simples” dentro do estabelecimento no Shopping Iguatemi.
A
divulgação da perseguição aos clientes, infelizmente comum na rotina de pessoas
negras, tornou-se ainda mais alarmante pelo modo sistematizado em que é
executada.
_________________
Com
informações do Ceert e da Claudia.
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Alexandre Lucas. (FOTO/ Reprodução). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
Existe
uma poesia no meio do caminho, mas nem tudo que está no caminho conseguimos
enxergar. A poesia pode ser um abridor de novos horizontes, mas é preciso
descobrir, evidenciar e deixar a epiderme social livre dos dedos moralizantes e
preconceituosos para não aniquilar a imaginação, a criatividade, o processo
lapidoso da palavra e o protagonismo literário.
A
decodificação da escrita é parte da decodificação do contexto histórico-social.
Caminhar para enxergar a poesia no meio do caminho se faz a partir da
apropriação dos códigos e dos contextos. Ler e escrever não é suficiente para
enxergar a poesia.
Ler
para além das palavras e escrever para além do previsível e do repertório
reduzido é o grande desafio que se apresenta. Junta-se a isso a construção da
autonomia e da autoestima como parte deste elo. É preciso esperançar em cada indivíduo e coletivamente a capacidade de
acreditar na potência produtiva e transformadora dos seres humanos.
A
autonomia e autoestima dos estudantes das escolas públicas são sistematicamente
abaladas. A violência psicológica é um modus operandi que se processa nos
espaços familiares e escolares constituindo descrença, insegurança e sentimento
de incapacidade. Expressões do tipo “burro”, “preguiçoso”, “desinteressado”,
“não quer nada” e suas variantes fazem parte do cotidiano de crianças,
adolescentes e jovens do nosso país. Esse aspecto deve ser alterado se
quisermos construir na classe trabalhadora um contingente ativo e amplo de
leitoras e leitores, escritoras e escritores.
É
preciso encontrar a poesia na apropriação da linguagem, no escavacar da
história e na prática social dos indivíduos.
A poesia é resultado da produção dialética da humanidade, a partir do
tempo e do espaço, das relações e contradições humanas. A poesia está longe de ser dom, como alguns
tentam impor, é antes que tudo resultado da vida.
Ampliar
o repertório de palavras para os filhos e as filhas da classe trabalhadora, é
contribuir para o processo de ampliação da capacidade imaginativa, inventiva e
argumentativa. Quanto maior for o quantitativo de palavras que se adquire,
maior será a possibilidade de extensão de repertório e da visão social de
mundo. Cada palavra carrega um universo
de ideias, ela nunca vem isolada e vai ganhando significados maiores a partir
do momento que o repertório vai se estendendo.
A
escola tem um papel decisivo na democratização da linguagem. Incentivar à
leitura é disponibilizar o conjunto da produção e das conexões historicamente
criadas pela humanidade na qual a palavra também se insere.
A
poesia pode está em todo canto, entretanto, a escola pode ser um dos espaços
para que ela possa ser enxergada de forma robusta, sistematizada,
contextualizada e que componha uma trivialidade para muitos, se contrapondo, ao
seu uso restrito e estratificado.
A
palavra das camadas populares precisa ser legitimada. Desesconder a palavra
imatura, destrinchar a escrita cheia de vida que ultrapassa a junção das
letras, incrementar os códigos negadas historicamente, ter o popular, o senso
comum, sempre como ponto de partida para apropriação do conhecimento
sistematizado e erudito. Consagrar o popular unicamente, é negar o direito da
classe trabalhadora de se apropriar dos conhecimentos necessários para o
exercício do poder.
É preciso romper com uma lógica que esconde a poesia e a capacidade de leitura e escrita da classe trabalhadora. Ler, produzir, publicar, ainda continua sendo um direito restrito e todos os dias crianças, adolescentes e jovens deste país são instruídos a desacreditar que são capazes de escrever e construir a história.
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Escritora Paulina Chiziane. (FOTO/ Divulgação). |
O
Prêmio Luís de Camões, de 2021, também vai para uma autora africana. Assim como
o Prêmio Nobel de Literatura foi dado ao escritor da Tanzânia, Abdulrazak
Gurnah, dessa vez foi a escritora moçambicana Paulina Chiziane a vencer o 33º
Prêmio Luís de Camões. Suas obras se destacam pelo protagonismo feminino e o
seu livro mais conhecido é Niketche: uma história de poligamia.
De
acordo com o Estadão, Paulina foi a escolhida por uma comissão julgadora
composta de seis membros (sendo dois de Portugal, dois do Brasil e dois
representantes do PALOPS – países africanos de língua oficial portuguesa), que
se reuniram no final da manhã desta quarta para anunciar o resultado.
Os
dois jurados brasileiros presentes na comissão foram Jorge Alves de Lima e Raul
Cesar Gouveia Fernandes.
Além
deles, este ano, fazem parte da comissão: Carlos Mendes de Souza, Ana Maria
Martinho, pela parte portuguesa; escritor Tony Tcheka (Guiné-Bissau) e Teresa
Manjate (Moçambique) pela parte dos países africanos de língua portuguesa.
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Com informações do Nototerapia.
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Continente africano, por exemplo, vacinou totalmente apenas 5% de sua população. Essa média fora da África é de 40%. (FOTO/ Brenda Alcântara / Oxfam Brasil). |
A
pandemia de covid-19 segue recheada de incertezas. Enquanto cientistas alertam
para perigos de retomada a partir do fim de medidas protetivas, pairam riscos
do surgimento de novas variantes. Especialmente com o vírus circulando de forma
intensa e descontrolada em boa parte do mundo. Também impacta no cenário da
pandemia a desigualdade vacinal extrema entre países ricos e pobres. Diante dos
fatos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a crise vai “facilmente
se arrastar profundamente em 2022”.
A
OMS reforçou as críticas sobre a mercantilização das vacinas que deixa boa
parte do mundo desassistida, enquanto mais de 70% das doses aplicadas foram em
cidadãos dos 10 países mais ricos do mundo. Por exemplo, o continente africano
vacinou totalmente apenas 5% de sua população. Essa média fora da África é de
40%. Mesmo o consórcio Covax Facility, criado pela OMS para entregar vacinas
para os países mais pobres, não deve alcançar 30% de sua meta de 2 bilhões de
doses. Até o momento, foram entregues menos de 371 milhões.
“Nós realmente precisamos acelerar, ou sabe o
que vai acontecer? Esta pandemia vai durar mais um ano do que precisa. Posso
dizer que não estamos no caminho certo”, disse Bruce Aylward, alto diretor
da OMS, em reportagem da BBC News. Ele reforçou que países com ampla
disponibilidade de vacinas devem realizar uma “moratória” sobre a aplicação das terceiras doses. A ideia da
organização é de vacinar, ao menos, 10% de todos os países antes que doses de
reforço sejam aplicadas em pessoas sem comorbidades ou imunossuprimidas. Assim,
o maior desafio para a superação da pandemia é a desigualdade.
Desigualdade chave
Em
outro comunicado realizado hoje (21) o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom,
apontou para a lentidão na vacinação dos profissionais da Saúde no mundo, além
de ampla desigualdade. De acordo com levantamento da entidade, apenas dois em
cada cinco trabalhadores estão completamente imunizados. O mesmo estudo indica
que morreram de 80 mil a 180 mil profissionais desde o início do surto, em março
de 2020. A grande margem de erro tem relação com a subnotificação de alguns
países, como é o caso do Brasil, que não adotou uma política pública em nível
federal de combate ao vírus. Ao contrário, o governo do presidente Jair
Bolsonaro desdenhou das mortes e minimizou os vírus, além de ser acusado de
diversos crimes na condução da crise.
A
OMS insistiu que esse grupo deve ser prioritário em todo o mundo no processo de
vacinação. Adhanom ponderou que também existe ampla desigualdade regional em
relação às mortes de profissionais de saúde durante a pandemia. “É óbvio que essa média esconde enormes
diferenças entre regiões e setores econômicos. Na África, menos de 1 em cada 10
profissionais da saúde foi completamente imunizado, enquanto na maioria dos
países de renda alta, mais de 80% estão vacinados com o esquema completo”,
disse.
Balanço
Com
quase 5 milhões de mortos em todo o mundo, a covid-19 é a maior crise sanitária
global desde a gripe espanhola, em 1918. No Brasil, foram registradas 604.228
mortes, de acordo com balanço do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde
(Conass), divulgado hoje. Além disso, é o país com mais vítimas do vírus em
2021 e segundo desde o início do surto, atrás dos Estados Unidos, com pouco
mais de 700 mil mortes e população 50% maior.
Nas
últimas 24 horas, foram 451 vítimas sem contar com dados do Ceará, não
informados até o fechamento do balanço. Também foram notificadas 16.852 novas
infecções, totalizando 21.697.341 desde o início do surto. A média de mortes e
casos diários segue em tendência de estabilidade com leve crescimento desde a
última semana. O índice, calculado em sete dias, está em 369 vítimas e 12.158
doentes. A métrica de mortes, que já foi a melhor desde abril de 2020, agora é
superior, além do período inicial da pandemia, ao “vale” (movimento de queda exibido no gráfico) apresentado em
novembro do ano passado.
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Com informações da RBA.