17 de julho de 2021

Patrulha Maria da Penha e as mulheres negras e periféricas

 

Por Marina Silva, Colunista

Sabemos que violência doméstica é uma questão de gênero, e que estamos aqui para combate-la, e um dos meios de enfretamento é a Patrulha Maria da Penha. Desde a edição da Lei Maria da Penha em 2006 que a Policia Militar visa buscar formas de enfrentamento mais eficazes, pensando nisso surgiu o que chamamos de Patrulha Maria da Penha.

A Patrulha Maria da Penha é uma iniciativa para proteger os direitos das mulheres. Ela funciona como um policiamento comunitário, dando suporte a mulheres que são monitoradas pelo patrulhamento policial, feito pela Guarda Civil Municipal da cidade, através do telefone 153, que funciona como central de atendimento às vítimas.

Mulheres negras e periféricas, que já ocupavam os rankings de vítimas de violência doméstica, foram as mais afetadas durante a pandemia. A medida é importante e necessária, mas, chama a atenção para o acesso das mulheres periféricas ao patrulhamento.

Já que em grande maioria dos a Policia Militar se mostrou racista e misógina. Precisamos entender e tomar conhecimento de como essas abordagens estão sendo feitas,  porque quando uma patrulha está na comunidade, o preconceito, a discriminação está presente. 

A LUTA NÃO PODE PARAR!

Pesquisadoras de dança nordestinas lançam documentário sobre raízes do maculelê

 

(FOTO/ Divulgação).

Preservar a memória da dança afrodiásporica é uma das motiviações que levou a brincante e contramestra da Escola de Capoeira Angola Ifé, Gabrielle Conde, e a artista de dança, educadora e intérprete, Bruna Mascaro, produzirem um vídeo documentário sobre as origens do Maculelê. Expressão artística que simula uma arte marcial através da dança, faz parte da identidade cultural negra nordestina e será abordada através de representantes históricos das cidades de Salvador e Santo Amaro, ambas na Bahia. A produção audiovisual fica disponível no canal do projeto no YouTube a partir deste sábado (17), às 18h. 

Foi pensando para trazer de volta a prática corporal do maculelê, mas, também, para termos um registro oral, como uma espécie de atualização dessa cultura. Isso, tendo em vista que muitos grupos aderiram à uma prática de 'capoeira gospel’, trazendo elementos do fundamentalismo religioso às práticas de origens africanas e afroameríndias. Por isso, queremos, com o projeto, reacender essa chama da importância da gente salvaguardar as tradições e romper com uma lógica racista”, afirma a realizadora Gabrielle Conde. 

A realização do filme faz parte do projeto "Entre paus, grimas e cacetes: o Maculelê construindo sentidos pedagógicos", pesquisa que reúne como fontes diretas mestres, mestras, pesquisadores e fazedores da cultura da região e as suas relações com a prática artística estudada. O projeto visa mostrar, também, a relevância das cidades para a construção da expressão. 

Nós fomos atrás do maculelê que ainda é feito e ressignificado e atravessado pelas pessoas que mantêm, mas que tem, ali, uma preocupação de preservar os fundamentos dos antepassados, como Mestre Macaco. Com isso, buscamos o enfrentamento de um racismo estrutural, institucional e religioso e que as histórias sobre a expressão sejam contadas de forma oral e por seus fazedores e fazedoras”, finaliza Conde.

Em junho deste mês, as pesquisadoras ainda promoveram, virtualmente, um encontro que apresentou a corporalidade do Maculelê, aprofundando os participantes na mistura de dança. Movimentos do corpo, canto e percussão, estruturados em princípios que se alternam entre jogo, luta, ritual e brincadeira, foram abordados durante oficina por videochamada. 

A direção de fotografia e a montagem do próximo trabalho e pesquisa sobre o tema são realizadas por Rayanne Morais e a produção executiva é de Karuna de Paula, da Equinócio Produções. O projeto ainda conta com incentivo do Microprojeto Cultural, viabilizado pela Secretaria de Cultura de Pernambuco (SECULT-PE). Mais informações e novidades podem ser acompanhadas pelo perfil do coletivo de pesquisa no instagram

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Com informações da Alma Preta.

16 de julho de 2021

A pandemia não acabou

 

Integrante da Comunidade Quilombola da Bananeira, em Altaneira, recebe 1ª dose da vacina anti-Covid-19. (FOTO/ João Alves).

Por Francilene Oliveira, Colunista

Estamos iniciando um momento importante na retomada econômica no país. No Estado do Ceará, contamos com grandes avanços nos diversos setores. Porém, isso não significa acreditar que estamos livres da pandemia.

A pandemia afetou o quadro estrutural que movimenta um país. Diferente da Europa, o Brasil estagnou além da Saúde e Economia. Os aspectos culturais e sociais lidera o ranking dos abalos estruturais. A razão e a emoção tem papel fundamental, enfatizado em primeira instância dos aspectos citados. Uma doença que nos mostrou nossas principais doenças.

O desenrolar das emoções em todos os sentidos, abalou o mundo religioso, o sagrado e profano, o real sentido de espiritualidade e fé, foi exposto em praça pública. Nos tornamos verdadeiros juízes, em diversas bancadas. Anônimo, famoso, pobre, rico. A grande mídia, ou pequena mídia, é palco de grandes mudanças. A bancada do congresso perdeu espaço, e dessa vez, a voz do povo, é a voz de Deus.  Com isso, o momento permite um respirar mais aliviado, a vacina trouxe a esperança que a maioria já havia deixado pelo caminho. A ciência, sendo proporcionadora de grandes feitos.

Acreditar se tornou mais possível com as notícias positivas da vacinação! Líderes políticos tomaram a frente de importantes decisões. Empresários se juntaram a luta pela vacinação e a flexibilização da retomada. E com sua grande influência, as grandes empresas sinalizaram de forma sutil a retomada que vivenciamos.

No entanto, devemos continuar nos cuidando. A batalha ainda não acabou! Vamos trabalhar, e recomeçar juntos. Ajudando a salvar mais vidas. Inclusive a nossa.

Nosso país cultiva fortemente a Cultura do Machismo

 

Josyanne Gomes. (FOTO/ Arquivo Pessoal).
    

Por Josyanne Gomes, Colunista

A violência contra a Mulher não é só uma violência contra um corpo ou contra uma pessoa, outrossim ultrapassa barreiras físicas e limites visíveis. E esse elemento que ultrapassa aquilo que é permitido ser visto é justamente o fator pelo qual se começam as agressões e violência de fato. Muitos homens pensam que não são machistas porque nunca agrediram fisicamente uma mulher. Mas aí é onde começa o engano, a violência segundo a Lei Maria da Penha é caracteriza por cinco tipos, sendo elas: Física, Psicológica, Moral, Sexual e Patrimonial. Capítulo II, artigo 7, Incisos do I ao V.  

Geralmente a violência se inicia de forma sutil, com piadinhas humilhando e menosprezando o valor da mulher, começa em expressões do tipo “lugar de mulher é na cozinha”, “mulher só sabe pilotar fogão”, “mulher nasceu para sofrer mesmo”, “mulher gosta de dinheiro fácil”, “tá nervosinha? Só pode ser tpm”, ser interrompida ao falar, ser questionada sobre seus pensamentos e ações e por aí vai. Todos esses exemplos caracterizam violência, pois machucam e ferem a alma da mulher.

Ser privada de trabalhar fora de casa, ou trabalhar em cargo e função semelhante ao homem e ganhar menos é também violência, além de Moral, Psicológica e Patrimonial. Parecem coisas comuns não é mesmo? Afinal, nosso país cultiva fortemente a Cultura do Machismo. Sendo assim, muitas pessoas acham que a violência é só quando ocorrem agressões físicas graves ou até mesmo letais. Outros tantos beiram o cúmulo da ignorância e mau caráter ao indagar se a culpa é da vítima. Pois, para a maioria dos Brasileiros e Brasileiras é mais fácil julgar sem raciocinar é mais fácil apontar o dedo do que estender a mão.

Rotular uma mulher pela roupa que ela usa, pela forma que ela fala e pelo seu comportamento contribui e muito para que os dados sobre a Violência Contra a Mulher só aumentem e os crimes assumam proporções gigantescas e enredos de filmes de terror. Tudo começa na estrutura invisível que atravessa o pensamento de uma sociedade, quem não se recorda da morte da Jovem Eloá, que aos 15 anos de idade foi sequestrada, torturada e morta pelo ex namorado? O caso da jovem infelizmente representa a narrativa mal sucedida de tantas outras mulheres vítimas do machismo seguido por feminicídio.

Não raro estouram na mídia casos semelhante envolvendo famosos, o que de uma certa forma traz a discussão à tona e nos possibilita refletir e debater sobre os casos anônimos que conhecemos. A visibilidade de casos como o da jovem Eloá, em 2008, e agora da Pâmela, em 2021, possibilitam-nos expor a violência sofrida por Marias, Antônias, Franciscas, Cíceras, Reginas, Brunas, Gabis, Amandas, Eloisas, Márcias e tantas outras mulheres que conhecemos e convivemos, quiçá, nós mesmas.

Não é exagero caracterizar o Brasil como um país machista e que alimenta a cultura do estupro e violência de gênero, além do racismo, homofobia, e outros preconceitos que bem conhecemos no dia a dia. Se por um lado, existe essa cultura horripilante da violência em massa, e aqui chamo atenção para a violência de Gênero. Por outro lado, existe muita resistência e gente disposta a lutar, denunciar e combater os agressores e criminosos.

Não podemos nos calar ou nos diminuir diante da violência, por mais que assuste, iniba e cause medo, não podemos paralisar, desistir ou nos entregar. É preciso que a gente fale cada vez mais sobre esses temas considerados tabu e polêmicos e que a gente exponha esses agressores, criminosos e os denuncie sem medo e sem receio. A luta sempre será a melhor resposta, que a gente uma forças e some cada vez mais em ações que acabem com esse tipo de barbárie. Juntas e unidas somos mais fortes!

15 de julho de 2021

Escravizada por 38 anos, Madalena Gordiano é indenizada com imóvel onde trabalhou

Madalena Gordiano. (FOTO/ Divulgação).


Por Nicolau Neto, editor

Madalena Gordiano, de 48 anos, que foi mantida em condições análogas a escravidão por mais de três décadas, será indenizada. O fato sete meses após conquistar a liberdade ao fechar acordo com a família Milagres Rigueira.

Madalena ficará com o imóvel da família que foi avaliado em cerca de R$600 mil. Segundo informações constante no G1, o imóvel é o mesmo onde ela viveu nos últimos 15 anos. Além disso, também fica com um carro no valor de R$70 mil.  A audiência ocorreu de forma virtual, no Tribunal Regional do Trabalho da terceira região em Patos de Minas.

Para Alexander da Silva Santos, advogado de Madalena, o acordo foi avaliado como "uma vitória. Porque, se de um lado o pedido foi muito maior do que efetivamente se conseguiu, por outro lado sabemos que ações judiciais demoram muito tempo, podendo durar anos. "Ela pediu para que trabalhássemos na conclusão desse acordo”, destacou ao G1.

De acordo com o Ministério Público Estadual, Madalena morava na casa dos patrões, não tinha registro em carteira, descanso remunerado e nem salário mínimo garantido e estava em condições análoga a escravidão desde os 8 anos em Pato de Minas.

Plataforma de semiótica abre inscrições para curso sobre racismo e Mídia no Brasil

 

(FOTO/ Divulgação).

Com forte adesão de profissionais, estudantes e pesquisadorxs de Comunicação em todo o Brasil, o curso ‘Racismo e Mídia no Brasil: uma abordagem semiótica’ está com inscrições abertas para sua oitava edição. As aulas acontecerão nos dias 24 e 25 de julho, das 16h às 18h, em uma plataforma de reunião on-line. A inscrição (R$50) compreende dois dias de atividade, com emissão de certificado de 4h.

A discussão sobre o racismo ganhou um novo fôlego no Brasil e no mundo, a partir da circulação discursiva nas redes sociais. Pauta historicamente reivindicada pelo movimento negro, vem ganhando espaço nas preocupações institucionais de empresas, veículos de comunicação e nas disputas narrativas da contemporaneidade.

O curso ‘Racismo e Mídia no Brasil: uma abordagem semiótica’ busca contribuir para o aprofundamento de uma visão crítica e coletiva sobre a relação entre violência racial e o sistema de produção simbólico. O objetivo é tensionar as práticas de produção e consumo de mídia no Brasil.

A estratégia do curso é apresentar instrumental teórico-metodológico, a partir das principais teorias semióticas e antirracistas, para a análise de discursos midiáticos. A Plataforma Semiótica Antirracista é  uma iniciativa des jornalistes e doutorandes do PósCom/Ufba, Bruna Rocha e Cássio Santana.

SERVIÇO

O que é? Minicurso Racismo e Mídia no Brasil: uma abordagem semiótica

Quando? 24 e 25, das 16h às 18h.

Onde? Plataforma virtual de reunião on-line a ser divulgada para xs inscritxs

Investimento: R$50

Informações: semioticantirracista@gmail.com

Inscrições: https://forms.gle/j7suuKWQvJR1QpKX7

PROGRAMAÇÃO

Dia  24/07 – Aula expositiva: Apresentação dos conceitos fundamentais para a reflexão sobre o racismo midiático, desde uma perspectiva semiótica.

Dia 25/07 – Aula metodológica: Apresentação de categorias, operadores teórico-metodológicos e estratégias de análise de conteúdos midiáticos.

QUEM MINISTRARÁ O CURSO

Bruna Rocha é jornalista, escritora, ativista e pesquisadora. É Assessora de Comunicação do Corra pro Abraço, programa de Redução de Danos do Governo do Estado da Bahia. Doutoranda e mestra em Comunicação e Cultura Contemporâneas (PósCom/UFBA), pesquisa a relação entre discurso, mediatização e acontecimento, a partir da cobertura do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.  Foi diretora de Mulheres da UNE e secretária de Mulheres do Coletivo Enegrecer. Coordenou o 7° Encontro de Mulheres Estudantes da UNE, em 2016. É idealizadora e uma das coordenadoras do curso Racismo e Mídia no Brasil: uma abordagem semiótica.

Cássio Santana é jornalista, escritor, mestre e doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas (PósCom) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), membro da coordenação do Centro de Comunicação, Democracia e Cidadania (CCDC/UFBA) e membro do Centro de Estudo e Pesquisa em Análise do Discurso (Cepad/UFBA). Pesquisa Análise do Discurso e Teorias da Comunicação, com interesse na discurso e mudança social. Jornalista da Editoria de Política do Jornal A Tarde. É um dos coordenadores do curso Racismo e Mídia no Brasil: uma abordagem semiótica.

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Com informações da Revista Afirmativa.

Amor e Amizade: Duas relações tóxicas na minha vida

 

Francilene Oliveira. (FOTO/ Arquivo Pessoal).

Por Francilene Oliveira, Colunista

Durate muitos anos (18 anos), me privei de confiar em alguém -relacionamento amoroso-, aquilo que todos nós sentimos, receio, confiar. Aquela história, do confiar desconfiando. Quando podemos confiar verdadeiramente?

Me chamo Francilene, e vou compartilhar com meus leitores, um pouco da minha vida emocional.

Foi aos 18 anos minha gente, que me permiti gostar de alguém, na verdade não queria, mas aconteceu! E sim, foi ali que tive a minha primeira desilusão amorosa, ao menos de forma intensa. Sabe aquela paixão entre tapas e beijos, assim era a gente. Consequentemente, por nossos traumas e medos, não continuamos. Chegou uma terceira pessoa e resolveu a situação, eles começaram a namorar. E o que eu disse? Cuida bem dele! Era o auge da música "cuida bem dela". Dona Fran, nunca fugiu de encarar um jogo, mesmo quando ela perde. Se é, que foi perca!

É sabido, que desde criança, Fran sempre viu os estudos, como meio de alcançar os seus objetivos. A prima -irmã- sempre foi inspiração.

Mudou-se de cidade! Sim minha gente, vim para o Crato-CE no ano de 2015. Foco e dedicação,  voltada  para o nível superior. A prova que ela ficou na lista dos classificáveis foi realizada, quando o cara que ela gostava já estava com outra, ela não tinha estudado da forma que deveria, ela encontrava ele e ela constantemente, -trabalho-. Ela realizava um desfile dedicado às mulheres negras, ela era sua parceira nessa organização, o que disse pra Ana -nome fictício-, quando vim fazer a prova? Mais ou menos, o seguinte: "Você vai me representar na minha ausência, você tem total autorização de ir atrás das meninas que falta e outras providências". Assim, como vários amigos me disseram, "você empurrou ela pra ele". E sim, minha gente, porque somos livres, e quem quer ficar, tem a opção de escolha.

A partir disso, fortaleci mais ainda minha barreira para relacionamentos, -amizade e amor-. Construí verdadeiras amizades na faculdade, -fuinhas-. No amor? Só no raso!

Em 2017, conheci muita gente nova, viagens do turismo, da família, eventos da faculdade,-saudades Guarabira-PB-, Morada da Jurema, e tantos outros lugares e espaços. Foi ali que fiz duas amizades tóxicas, um homem e uma mulher. Se conhecemos ali, e como já falei da toxidade, claro a amizade não começou exatamente naquele ano. Com ela iniciou em 2018, por motivos de um projeto que estava, e sua amiga também fazia parte. Uma amizade demorada, pois desde o nosso primeiro encontro a energia não bateu, na verdade elas repeliram, por termos energias parecidas. Porém, com essências diferentes!

E ele? Fomos nos aproximar lá pra 2019, -final do ano- a partir de um mochilão. Ela? também fez parte dessa viagem!

No meio dessa história tinha um querido amigo, da turma, e a gente havia ficado uma vez. E na viagem, cada um tava focado em si trabalhar-autoconhecimento-. acampamos na praia, vendemos artesanato, consagramos ayhauasca no penúltimo dia do ano-Flor de Canoa-, viramos o ano em Pontal de Maceió-Fortim. Alegria e parceria não faltou com os mochileiros iniciantes. E quando a parceria faltava a gente sentava e resolvia. Fiquei com o amigo -segunda vez-  no último dia, no caso já 2020. E adivinha, ele teve uma atitude super machista,  havia sonhado na noite anterior, não era surpresa. E quem se preocupava comigo no sonho? O "amor platônico".

Na volta dessa viagem, eu sabia que tinha que voltar com ele , não gente! Não o que fiquei. E sim o que mais uma vez foi apontado como a pessoa pra mim se envolver-apontado pelas medicinas da floresta-. Uma amiga queria voltar também, o que disse? Decida logo: pois se você for, eu volto sozinha. Assim como fiz na vinda. Um amigo do grupo disse, "eita menina sozinha, gosta de ficar só." Respondi algo do tipo, que com a gente mesmo, sabemos lidar e não ficamos em divergências, que por muitas da vezes são desnecessárias.

Voltamos! Minha amiga com a pessoa que deveria voltar. E eu com com quem havia ficado. Detalhe -não ficamos na volta-.

Quer saber a continuação dessa história? Ou mais detalhes? Me siga no meu novo Instagram.

No entanto, adianto que como sempre, fui  exercer a educação que meus pais me ensinaram, a educação que os estudos proporcionaram e a educação que a melhor escola ensina, o mundo.

Voltando a escrita por aqui, espero que gostem!

Paz e Luz para tod@s!

14 de julho de 2021

3º Fórum Mulher Negra e Poder no NE discute estratégias políticas para 2022

(FOTO/ Divulgação).

Com pouco mais de um ano para as próximas eleições, lideranças negras já articulam estratégias para mais justiça e menos desigualdades na ocupação de espaços de poder. Pensando nisso, o 3º Fórum Mulher Negra e Poder do Nordeste reunirá ativistas mulheres que desejam, em 2022, ver mais mulheres pretas pensando e construindo políticas públicas. O início da programação, com duração de dois dias, está marcado para esta quinta-feira (15). 

Como programação, o evento promoverá rodas de debate sobre experiências, aprendizados e estratégias efetivas para os próximos passos dentro do campo político com objetivo comum de diminuição da disparidade de gênero atendendo interseccionalidades. 

O convite oficial, feito nas redes sociais, contou com a participação da Deputada Federal Benedita da Silva (PT/RJ), que falou da importância da participação das mulheres na continuidade da resistência pelos seus direitos.

Vocês são mulheres guerreiras, que sabem fazer os seus direitos e a diferença, pois, assim como aquelas mulheres negras que no passado lideraram revoltas nos quilombos, ajudaram a preservar a ancestralidade e a cultura do povo negro. Hoje, nós todas continuamos esse legado, fazendo diferentes frentes de luta e resistência. Estamos juntas pela inclusão das mulheres negras nas esferas político-partidárias”, declarou a parlamentar.

Valdecir Nascimento, da Articulação Nacional de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), Ingrid Farias, do Enegrecer a Política e Mônica Oliveira, representando a Coalizão Negra por Direitos abrirão o evento no painel  "Análise de Conjuntura dos desafios e estratégias que deram certo nas eleições 2020". O evento segue com mesa dividida em duas partes. O segundo painel contará com a presença das deputadas Vivi Reis (PSOL-PA), Robeyoncé Lima (PSOL-PE) e Leninha (PT-MG), todas na mesa “Aprendizados das Eleitas”, marcada para às 14h. A mesma temática será abordada pelas vereadoras Elenizia da Mata (PT-GO), Carolina Iara (PSOL-SP) e Benny Briolly (PSOL-Niterói). 

A cantora do Distrito Federal, Talíz, a rapper pernambucana Bione e a artista paraibana Bixarte também integram o evento enquanto representantes da nova cena artivista.  

Totalmente virtual, a ação está com inscrições abertas e podem ser feitas gratuitamente através do link. Horários de cada painel  e mais detalhes podem ser vistos através da página da Oxfam Brasil.

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Com informações da Alma Preta.