O
livro “A origem das espécies”, do naturalista inglês Charles Darwin,
foi eleito o livro acadêmico mais influente de todos os tempos. O resultado foi
divulgado nesta terça-feira (10/11) pela organização da Academic Book Week,
evento que acontece nesta semana em vários lugares do Reino Unido. “A origem das espécies” (“On the origin
of species”, no original) já foi descrito por estudiosos como “um livro que mudou a forma como pensamos
sobre tudo”.
A
votação foi aberta ao público após profissionais de renome na área estipularem
uma lista de 20 finalistas (ver lista completa abaixo), incluindo “O
segundo sexo”, de Simone de Beauvoir, e “A riqueza das nações”, de
Adam Smith.
Uma
lista prévia com 200 títulos havia sido levantada por editores britânicos e
depois foi reduzida por livreiros, bibliotecários e editores até chegar a 20.
Entre estes, quatro escritos por mulheres: além de “O segundo sexo”, de Beauvoir, há “Primavera silenciosa”, de Rachel Carson, obra fundadora do
movimento ambientalista; “Reivindicação dos
direitos da mulher”, de Mary Wollstonecraft, um dos marcos do pensamento
feminista; e “The female eunuch” (A
mulher eunuco, em tradução livre), de Germaine Greer, também um texto
importante para o movimento feminista.
“A origem das espécies” introduziu à
comunidade científica a ideia da evolução, segundo a qual a diversidade
biológica é o resultado de um processo de modificações dos descendentes através
de gerações. Os seres que desenvolvessem capacidades mais eficientes para as
suas necessidades resistiriam à seleção natural. O livro foi resultado de anos
de estudo de Darwin, o que incluiu uma expedição a bordo do barco Beagle pelo
mundo, passando por cidades brasileiras como Salvador e Rio de Janeiro.
Além de ‘A Origem das Espécies’,
confira os outros 19 livros que integram a lista dos mais influentes (relação
em ordem alfabética):
“1984”,
de George Orwell
“A
formação da classe operária inglesa”, de Edward Palmer Thompson
“A
República”, de Platão
“A
riqueza das nações”, de Adam Smith
As
obras completas de William Shakespeare
“As
utilizações da cultura”, de Richard Hoggart
“Crítica
da razão pura”, de Immanuel Kant
“Manifesto
comunista”, de Karl Marx e Friedrich Engels
“Modos
de ver”, de John Berger
“O
macaco nu”, de Desmond Morris
“O
príncipe”, de Nicolau Maquiavel
“Orientalismo”,
de Edward Said
“Os
direitos do homem”, de Thomas Paine
“O
segundo sexo”, de Simone de Beauvoir
“O
significado da relatividade”, de Albert Einstein
“Primavera
silenciosa”, de Rachel Carson
“Reivindicação
dos direitos da mulher”, de Mary Wollstonecraft
“The
female eunuch” (A mulher eunuco, em tradução livre), de Germaine Greer
“Uma
breve história do tempo: do Big Bang aos buracos negros”, de Stephen Hawking