21 de julho de 2014

Lampião não morreu em Angico?


Virgulino Ferreira da Silva (1898 – Pernambuco), mais conhecido como “Lampião”, marcou a história do país com o seu movimento reacionário e violento pelas cidades nordestinas nas décadas de 1920 e 1930.

Após a morte de seu pai por policiais em 1919, Lampião, jurou vingança e acompanhado do seu grupo de cangaceiros, foi acusado de atacar pequenas fazendas e cidades em sete estados além de roubo de gado, sequestros, assassinatos, torturas, mutilações, estupros e saques, durante 19 anos.

Versão Oficial

A chocante fotografia acima registrada por um fotógrafo anônimo ocorreu alguns dias depois, após a madrugada do dia 28 de julho de 1938, dia em que um grupo de soldados da polícia alagoana fortemente armados e liderado pelo tenente João Bezerra, invadiu o acampamento e matou aos 10 cangaceiros que ali repousavam, em Angico – Sergipe, incluindo Lampião e sua mulher Maria Bonita. O bando foi decapitado e suas cabeças expostas como troféus na escadaria da Igreja de Santana do Ipanema.

Versão Extra

Apurando mais sobre a fatídica imagem, confrontamos com contraditórios e diversos depoimentos sobre a morte do rei do cangaço. Virgulino Ferreira da Silva não teria morrido nesse dia, e sim, em 1993 de causa natural, no interior de Minas Gerais. O fotógrafo, historiador e escritor, José Geraldo Aguiar, autor do livro “Lampião o Invencível – Duas vidas, duas mortes, o outro lado da moeda”, pesquisou a vida do cangaceiro por 17 anos e é o nome mais forte entre os defensores da tese de que Lampião não morreu em Angico.

Aguiar, que entrevistou Lampião em 1992, descobriu em sua pesquisa que o cangaceiro tinha vários sósias na época usados para distrair as autoridades, que as cabeças foram apresentadas apenas quatro dias depois de serem decapitadas e em mal estado de conservação, que o tenente Bezerra responsável pela sua morte, era na verdade seu amigo e fornecedor de armas e munição ao grupo, e que diante de um alto suborno deixou que o cangaceiro, sua amada e outros homens do grupo escapassem.

Outra Teoria:


O verdadeiro Lampião, à esquerda. O pretenso Lampião de Buritis, à direita. Notar o formato diferente do queixo. Foto do livro Lampião – Entre a Espada e a Lei” do Pesquisador e escritor potiguar Sérgio Augusto de Souza Dantas.

As evidências estão sobre a mesa.

Via Nação Nordestina

Eleições 2014: Mobilização das lideranças política de Altaneira ainda não chegou ao município


A campanha entra em seu décimo quinta dia hoje (20/07), mas, até agora, pouco se viu da estrutura das coligações majoritária e proporcionai nas ruas de Altaneira. A principais lideranças políticas do Município se mobilizaram, mas apenas em eventos regionais das campanhas majoritárias.

Esquinas das ruas Dep. Furtado Leite e Padre Agamenon
Coelho: Foto: Raimundo Soares Filho
O prefeito Delvamberto Soares (Pros) acompanhado da presidente da Câmara Municipal, Leila de Oliveira (PCdoB) e dos vereadores Antonio Leite (Pros) e Edezyo Jalled (Solidariedade) e de vários secretários participou da primeira caminhada de Camilo Santana na cidade de Barbalha.

O ex-prefeito Dorival de Oliveira (PSDB) acompanhado dos vereadores Genival Ponciano (PTB), Professor Adeilton (PP) e da vereadora Zuleide Oliveira (PSDB) participaram de uma reunião com Eunicio e Roberto Pessoa em um hotel de luxo na cidade de Juazeiro do Norte.

Em Altaneira, ainda não se viu adesivos, bandeiras, militantes, nem tão poucos carros de som. O único ato de campanha visto se deu nas redes sociais com a colocação da marca do candidato a deputado Julio Cesar Filho no avatar do vereador Adeilton na sua conta do Facebook.

O presidente do Democratas, Lourival da Silva Bezerra, confirmou o apoio do grupo de oposição as candidaturas majoritárias de Eunicio e Tasso e para as proporcionais Mauro Macedo (Federal) e Julio Cesar Filho (Estadual).

No grupo da base do prefeito está confirmado o apoio ao deputado federal Genecias Noronha (Solidariedade) e ao deputado estadual Sineval Roque, mas existem rumores de promessa de votos para o também deputado estadual Daniel Oliveira (PMDB).
Nenhum dos dois maiores grupos políticos do município definiram datas para os atos de campanha, o que deve acontecer nos próximos dias.

Publicado originalmente no Blog de Altaneira

20 de julho de 2014

Eleitores em Altaneira representam mais de 80% da população


O município de Altaneira, localizado na região do cariri, é um dos poucos do Estado do Ceará onde o número de eleitores soma mais de 80 % do número de habitantes.

Altaneira registrada pelo Professor Fabrício Ferraz a
100 metros de altura.
Segundo dados do censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Altaneira conta com uma população equivalente a 6.856 habitantes. A pesquisa revela que houve um aumento de 1.169 pessoas em relação à população registrada no último Censo. Em 2000, o município contava com 5.687 habitantes. Dentre os fatores que permitem esse crescimento populacional pode-se apontar o retorno de nativos a terra natal, seja por falta de oportunidades de emprego no local onde estavam seja também pelas oportunidades registradas na terra “alencarina”, como é saudosamente denominada, em virtude de concurso público.

Um dado curioso é que desse total, 86,3% são eleitores. Nas eleições de 2010 o município tinha 5.685 eleitores. De acordo com levantamentos feitos no site do Tribunal Regional Eleitoral do Estado – TRE-CE, no último pleito, em 2012, o município teve 233 eleitores a mais, registrando, portanto, 5.918 pessoas aptas a votar, fazendo com que este espaço social tenha tido um crescimento de  1,7% se comparado o último período eleitoral.

Esta é a primeira vez, nos últimos 10 anos, que a evolução do eleitorado altaneirenses se assemelha com o crescimento dos eleitores no Estado (1,2%) e no País (1,5%) e coincide com a mudança de comando do Governo Municipal”, ressaltou o jurista e blogueiro Raimundo Soares Filho no seu Blog de Altaneira.

No quesito gênero esse município não foge a regra do registrado no país, haja vista serem as mulheres a grande maioria do eleitorado. Dos quase 6.000 eleitores, essa classe social alcança o número de 3.082, perfazendo mais de 50%. Os homens somam 2.864 eleitores.

19 de julho de 2014

Universitária Altaneirense desenvolve projeto Atlas Geográfico Escolar


A estudante concluinte do curso de Geografia da Universidade Regional do Cariri – URCA, Antônia Marinalva Rodrigues Feitosa em conjunto com as professores Antônia Carlos da Silva e Maria de Lourdes Carvalho Neta vem desenvolvendo desde o ano de 2012 um projeto de extensão universitária intitulado Atlas Geográfico Escolar de Altaneira.

Marinalva Rodrigues durante apresentação de trabalho
científico na URCA. Foto: Silvia Sousa.
De iniciativa das docentes mencionadas acima, mestres da referida instituição de ensino superior, o projeto as tem como coordenadoras e conta com colaboração nas pesquisas da universitária altaneirense Marinalva Rodrigues, visando fomentar o debate na produção de material didático e de apoio pedagógico direcionado a educação básica. 

Faz parte também dos objetivos desse ensaio promover e sistematizar diálogos entre a universidade e a escola por meio da produção de gêneros textuais que relacionem os recursos da cartografia escolar ao estudo da geografia local, por conhecer as dificuldades dos professores em encontrar produções para os estudos da localidade, como também da linguagem inadequada das fontes disponíveis, vindo a atender aos alunos da educação básica, bem como aos demais membros da comunidade. Segundo informações de Francilene Oliveira, em publicação sobre o projeto no blog da Rádio, este intento conta com o apoio da secretaria municipal da educação - SME, além de ter como parceiros universitários e outras instituições.

Marinalva já apresentou trabalhos tendo como norte de discussão o atlas escolar em vários espaços acadêmicos. Cita-se aqui a XVI semana de iniciação científica da URCA em 2013, o Encontro Universitário da Universidade Federal do Cariri-UFCA no mesmo ano. Fez parte do palco de apresentações de Marinalva com a temática “Uma contribuição ao estudo da geografia local: os percursos metodológicos da produção do Atlas Escolar de Altaneira-Ce”, o VI Congresso Brasileiro de Extensão Universitária – VI CBU, que se deu em Belém-Pará.

A estudante altaneirense também demonstra preocupação com os problemas ambientais, principalmente os advindos dos lixos jogados e espalhados a céu aberto, tanto que já escreveu um artigo tendo como um dos enfoques os problemas dos lixões, os aterros sanitários com um olhar para esta localidade. Ela deve concluir sua graduação ainda este ano.


Do Diário do Centro do Mundo: O que se aprende com o novo embate Lula-FHC


Clap, clap, clap.

Aplaudo de pé uma frase de Lula de hoje: “Não leio FHC”.

É um aplauso apartidário e apolítico. Quero com isso dizer o seguinte: aplaudiria também FHC se ele dissesse que não lê Lula.

Ex-presidente Lula (Heinrich Aikawa/Instituto Lula).
Lula disse o que disse quando jornalistas lhe perguntaram o que achara de um artigo de FHC em que este acusava Lula de tergiversar quando o assunto é o Mensalão.

A sabedoria da resposta reside no seguinte: você não deve ler quem aborrece você.

Já escrevi sobre isso. Falei do “BIM”, o Brasileiro Indignado com a Mídia. É alguém de esquerda, homem ou mulher, e que gasta o seu dia lendo os blogueiros da Veja, ouvindo os comentaristas da CBN e vendo, à noite, os telejornais da Globo.

No dia seguinte a esse massacre jornalístico, ele posta sua raiva nas redes sociais.

Não se dá conta de que está alimentando o inimigo com seu consumo indigesto de notícias, e fazendo mal a si próprio.

Reinaldo Azevedo sempre tripudia sobre os “petralhas” que o lêem. (Azevedo parece mais orgulhoso por ter criado a palavra “petralha” do que Balzac por ter criado A Comédia Humana.)

Vejo alguns BINS alegarem que é importante conhecer o pensamento dos adversários. Ora, há maneiras menos penosas de fazer isso.

Há uma triagem natural que faz com que os textos ou vídeos importantes cheguem a você na internet.

Eu, por exemplo. Não tive que ouvir Jabor todo dia para, em determinado momento, saber que ele, na CBN, avisou em maio que o Brasil daria um vexame mundial na organização da Copa.

Penso em Gandhi, e vejo nele uma ação que deveria inspirar o BIM. Num determinado momento de sua vida, Gandhi comandou um boicote de produtos dos imperialistas ingleses.
Talvez um boicote funcionasse melhor do que posts irados nas redes sociais, e o desgaste físico e emocional dos indignados seria bem menor.

Lula faz isso. Boicota os artigos de FHC. Não é a primeira vez que o vejo agir assim. Ele já contou que, num certo momento de sua gestão, parou de acompanhar a mídia, ou enlouqueceria.
É o chamado manual de sobrevivência.

Na minha carreira jornalística, deixei um dia de ler a Folha, que me fazia mal por sua arrogância e negativismo. Também deixei de ver o Jornal Nacional, por achar maçante e obcecado com más notícias.

Minha carreira não sofreu prejuízo nenhum com tais decisões. O tempo ganho ao não ler a Folha e não ver o JN acabou dedicado a coisas mais proveitosas para minha ascensão pessoal e profissional.

Eventuais – raras – coisas importantes da Folha ou JN sempre acabaram chegando até mim.

Não ler o que enraivece você é um ato filosófico.

Aplaudi Lula, e aplaudirei FHC se um dia ele disser: “Não leio o Lula”.


A análise é de Por Paulo Nogueira e foi publicado originalmente no Diário do Centro do Mundo

18 de julho de 2014

No dia de proteção a floresta Trilha Sítio Poças ganha replantio compensatório


João Bel regando mudas na Trilha Sítio
Poças. Foto: Raimundo Soares Filho.
Desde que foi construída e inaugurada em começos de março do corrente ano a Trilha do Sítio Poças, localizado no município de Altaneira, em propriedade do ex-vice prefeito e atual vice-presidente da Associação Beneficente de Altaneira – ABA, entidade mantenedora da Rádio Altaneira FM, Raimundo Soares, conhecido popularmente como “seu mundim”, teve que passar de áreas antes pouco conhecidas para espaços que fosse necessário ao percurso humano. 

Para o surgimento da trilha ecológica foi necessário a descobertas de matas e o seu corte, o que demandou, por parte dos organizadores, um comprometimento em preservar vestígios históricos que comprovam a existência de moradores outrora naquele lugar, como restos de paredes de casas e, claro, uma consciência ambiental.

Participantes do curso de condutor de
trilha plantando mudas.
Foto: Raimundo Soares Filho.
Nesse espaço já foi realizado algumas competições esportivas, principalmente voltadas para o ciclismo e algumas visitas de professores para aulas de campo.  Ainda assim, a principal preocupação é com a recuperação da área a partir do replantio.  No início do ano foram doadas 300 (trezentas) mudas e logo plantadas ao redor do percurso.

Nesta quinta-feira, 17 de julho, dia em que se é comemorado o Dia da Proteção das Florestas a trilha ganhou mais vivacidade. Um dos grandes idealizadores desse projeto trilheiro no município, o jurista e blogueiro Raimundo Soares Filho, afirmou em no seu Blog de Altaneira que o espaço supracitado ganhou mais 30 mudas de arvores frutíferas e outras nativas, como aroeiras, angicos e pau ferro.

Soares ressaltou que desse total, 12 (doze) já foram de imediato plantadas pelos participantes do curso de condutor de trilha desenvolvida em grande parte nessa própria localidade. Ainda assim, ele frisa que o proprietário Mundim sente-se angustiado com a possibilidade de incêndio, haja vista a falta de chuva e as árvores perderem as folhas nesse período. Desta feita é preciso redobrar a atenção dos visitantes quanto à conscientização ambiental.




Fim do voto obrigatório é defendido pelo senador Paulo Paim


Ao defender o fim do voto obrigatório no país, o senador Paulo Paim (PT-RS), lembrou em Plenário nesta sexta-feira (18), que a maioria dos países democráticos do mundo não obrigam os eleitores a irem à urnas e nem por isso têm suas democracias fragilizadas.

Penso que está na hora de acabar com a ilusão de que o voto obrigatório gere cidadãos politicamente evoluídos. É uma falácia. O caminho para isso é a educação formal de qualidade. Uma massa de eleitores desinformados que vende o voto porque é obrigado a votar diminui a legitimidade do sistema - argumentou o senador, para quem o simples fato de não comparecer as urnas é uma forma de o eleitor se expressar. O senador afirmou que o voto é direito do cidadão e não dever. Portanto, compete aos políticos e partidos a apresentarem argumentos que façam o eleitor querer participar ativamente do processo eleitoral.
O parlamentar apresentou números de pesquisas segundo as quais os brasileiros não querem mais a obrigatoriedade do voto.

- Compete aos partidos, aos políticos ganharem a população para que vá votar, mas votar em programas, em consciência, em ideias. A decisão de votar deve ser do eleitor. E tanto mais ele se engajará quanto mais acirrada for a disputa e quanto mais ele perceber que o resultado vai influenciar na sua vida negativa ou positivamente - argumentou.

Paim também defendeu o financiamento público de campanhas eleitorais e a permissão para candidaturas avulsas.



Via Agência Senado

17 de julho de 2014

Pretas Simoa e professor Alex Ratts promovem nesta sexta-feira CINIGUETO


O Grupo de Mulheres Negras no Cariri - Pretas Simoa e o professor Alex Ratts estarão promovendo nesta sexta-feira, 18 de julho, no auditório do Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri – CCBNB, 7º andar, em Juazeiro do Norte, um CINIQUETO.

Segundo Karla Alves, militante do movimento negro no cariri, o evento tem como eixo norteador a exibição do Filme Ôri que retrata os movimentos negros brasileiros entre a década de 70 e 80 do século passado ao passo que se direciona para uma relação entre Brasil e África, tendo o quilombo como ideia central de um contínuo histórico, vindo a apresentar como fio condutor a história pessoal de Beatriz Nascimento. Esta é historiadora e militante negra. Beatriz veio a falecer de forma trágica e prematuramente no estado Rio de Janeiro em 1995. O filme também mostra a comunidade negra em sua relação com o tempo, o espaço e a ancestralidade, através da concepção do projeto de Beatriz, do "quilombo" como correção da nacionalidade brasileira.

A palavra Ôrí, significa cabeça, consciência negra, e é um termo de origem Yoruba (ref. à África Ocidental).

O filme tem fotografia de Hermano Penna, Pedro Farkas, Jorge Bodanzky e outros importantes profissionais; música original do percussionista Naná Vasconcelos, com arranjos de Teese Gohl; montagem de Renato Neiva Moreira e Cristina Amaral e texto de Beatriz Nascimento.

No último encontro do grupo Pretas Simoa realizado na Universidade Regional do Cariri – URCA, Karla Alves afirmou que o grupo surgiu com o intuito de promover debates alusivos as causas negras e o nome é uma homenagem a Tia Simoa que, dentre outras coisas foi uma negra liberta. Ao lado de seu marido (José Luís Napoleão) liderou os acontecimentos de 27, 30 e 31 de janeiro de 1881 em Fortaleza – Ce , episódio que ficou conhecido como a “Greve dos Jangadeiros”, onde se decretou o fim do embarque de escravizados naquele porto, definindo os rumos para a abolição da escravidão na então Província do Ceará, que se efetivaria três anos mais tarde.

Tão logo seja exibido o filme haverá um ciclo de debates e contará com a presença do professor Alex Ratts - doutor em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo, coordenador do Laboratório de Estudos de Gênero, Étnico-Raciais e Espacialidades do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da Universidade Federal de Goiás (LaGENTE/IESA/UFG). Ratts escreveu dentre outros, o livro "Eu sou Atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento".

O encontro está previsto para ter início a partir das 17 horas e a expectativa é que envolva muitos estudantes e professores interessados na temática.