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Panelaço marca arrancada por impeachment de Bolsonaro

 

Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo. Nas ruas e nas redes, cresce indignação e mobilização para dar fim ao pior governo da história do Brasil. (FOTO/ Reprodução).

A primeira noite de panelaço de 2021 expressou o crescimento da indignação contra o governo de Jair Bolsonaro. Manifestações foram registradas em diversas cidades do país na noite desta sexta-feira (15) em protesto pela condução desastrosa de Bolsonaro ante a pandemia do novo coronavírus, que passou a casa dos 208 mil mortos no Brasil. Com gritos como “Fora Bolsonaro!”, “Genocida!” e “Assassino!” a mobilização também aumenta a pressão para que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, dê início ao processo de impeachment contra Bolsonaro. Os protestos foram ouvidos em diversos bairros de capitais como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, João Pessoa e Fortaleza, além de várias outras cidades do país.

É fácil entender por que não há panelaço contra Michel Temer, explica Paulo Nogueira



Uma das queixas mais frequentes entre os simpatizantes de Dilma é esta: onde foram parar as panelas?

No DCM

A cada denúncia de corrupção, a questão reaparece nas redes sociais: e aquele pessoal que batia panela o tempo todo?

Pois bem.

Houve nas redes sociais registros de panelas no pronunciamento de Temer no Natal.

Mas nada comparável aos panelaços de antigamente.
Que houve com elas, as panelas? O fato é que elas já não são as mesmas.

Os panelaços eram não exatamente contra a corrupção. Eram contra o PT e Dilma. Por isso sumiram.

Qualquer coisa servia de pretexto para ir para a janela do apartamento com uma panela. Os tolos estavam sendo manipulados, mas pensavam estar fazendo história.

Era uma atitude que para sempre estará vinculada a uma classe média reacionária e visceralmente analfabeta política.

É um tipo de gente que aceita corrupção nos outros, e até em si própria. Mas no PT qualquer boato, qualquer suspeita de corrupção é um horror de proporções ciclópicas.

Outra diferença vital entre as panelas está na mídia.

A imprensa decide a repercussão que vai dar a qualquer manifestação. O jornalismo de guerra dá volume máximo para protestos contra o PT, e mínimo ou nenhum para os outros.

Ainda que houvesse uma adesão maciça às panelas na fala televisiva de Temer, isto não teria sido notícia.

Há panelas e há panelas. Aquelas que vinham envoltas em xingamentos contra Dilma e o PT só sairão das cozinhas quando — e se — o PT voltar ao poder.

Até lá, pode esquecer.


Por quem as panelas dobram?




Impossível não comentar o famoso panelaço realizado por setores de classe média e alta de algumas cidades do sul, sudeste e centro-oeste do país, durante o pronunciamento da presidenta da república, realizado domingo último em rede nacional.

Porém, para quem testemunhou — felizmente não de corpo presente, com receio de ser com eles confundido — a Presidenta Dilma ser mandada tomar no c… e vaiada por um público maciçamente de classe média e alta durante a abertura dos jogos da Copa de 2014, deixando o mundo inteiro boquiaberto, para dizer o mínimo — sim, aquela Copa que não iria acontecer, onde haveria quebra-quebra, os ônibus, metrôs e trens não funcionariam, os aeroportos não ficariam prontos, etc. —, depois o hino chileno ser vaiado durante a solenidade que precedeu ao jogo disputado pelo Chile com o Brasil (que vergonha!), confesso que não vi nada demais no panelaço ou nas vaias. Claro que o som das vaias e panelas não lhes satisfazem, e o xingamento machista execrável haveria de vir: vaca!, bradaram os covardes.

Mas como dizia, o panelaço e as vaias são próprios da democracia. O que me deixa intrigado, tentando considerá-los resultantes de uma construção mental racional, é contra o quê, exatamente, batiam.

Seria porque em apenas dois meses de governo Dilma há maior transferência de renda do que a soma dos oito anos de mandado do governo FHC? Seria porque a empregada doméstica de alguns teria passado no ENEM e a filha dos patrões, não? Seria, ainda, porque mais de quarenta milhões de brasileiros teriam ingressado na classe média, a viajar de avião até para o estrangeiro, sentados na poltrona ao lado da irresignada paneleira? Ou simplesmente seria porque a corrupção, ao ser combatida como jamais o foi antes do governo Lula, ao atingir servidores subalternos e altas autoridades do país atingem, também, os que lhes fornecem o combustível à sua existência, a propina milionária, o financiamento empresarial de campanha?

Há alguns anos atrás tentaram mudar o nome da Petrobras para Petrobrax, reduziram o seu papel e pretendiam entregá-la, completamente, ao capital privado. As denúncias de corrupção não iam à frente. Veio o governo Lula e a Petrobras tornou-se umas das maiores empresas petrolíferas do mundo.

Agora, o maior vício de que padece boa parte dos brasileiros, a corrupção, está sendo de lá extirpada, espera-se com a amplitude necessária.