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Advogado Raimundo Soares Filho participa de “Debate Contencioso” na URCA sobre Impeachment


O blogueiro altaneirense, advogado e consultor jurídico no município de Penaforte Raimundo Soares Filho participou nesta sexta-feira, 15 de abril, a convite da Liga Acadêmica Padre Cícero de um “debate contencioso” acerca do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) previsto para ser votado pelo plenário  da Câmara dos Deputados neste domingo (17).

Liga Acadêmica Padre Cícero promove "debate contencioso" sobre impeachment da presidenta. Foto compartilhada na rede social facebook.
O tema “Impeachment: golpe ou solução?” foi desenvolvido no salão de atos da Universidade Regional do Cariri (URCA) e contou ainda com a participação do Dr. Inaldo Bringel que, segundo informações de Soares “defendeu a legalidade do processo e que o processo de impedimento é um remédio constitucional”.

Ainda segundo Soares o debate foi estruturado em quatro blocos. No primeiro cada debatedor teve dez minutos para apresentar sua tese inicial acompanhadas posteriormente de perguntas livres entre si. Perguntas dos oradores um ao outro sobre temas sorteados sustentou o segundo bloco. No terceiro bloco os oradores responderam a perguntas dos estudantes e da comissão organizadora. Para cada pergunta foi assegurado o tempo de 1 minuto, dois minutos para respostas um minuto e meio para réplica e 1 minuto tréplica. Foram várias perguntas dos estudantes que foram respondidas pelos debatedores de forma alternada. No quarto bloco os debatedores aprestaram suas considerações finais.

O blogueiro altaneirense sustentou a tese “de que não a presidente não cometeu crime de responsabilidade” e que “dessa forma o processo de impedimento não passa de Golpe dos setores de direita do Brasil”. No final, Soares afirma que foi surpreendido por um grupo de estudantes que o aguardavam fora do Salão de Atos onde foi parabenizado pela postura e argumentos apresentados.




Ao som de João do Crato, manifestantes do cariri vão às ruas em prol da democracia e contra o golpe



Centenas de manifestantes lotaram a praça Siqueira Campos, no centro do município de Crato, localizado na região do cariri cearense nesta quinta-feira, 31 de março e,  assim como em todo o país eles defenderam a continuidade do regime democrático de direito e se posicionaram  contra o impeachment do governo federal representado pela presidenta Dilma Rousseff (PT).

A Universidade Regional do Cariri (URCA) representada por professores, universitários e servidores, além de artistas e movimentos sociais com atuação na região fizeram parte da manifestação e contribuíram para exercerem o papel de protagonistas da HISTÓRIA.

O historiador e professor universitário da URCA Darlan Reis Jr ao compartilhar imagens em seu perfil na rede social facebook aproveitou o momento para tecer críticas a alguns reitores que, segundo ele, atacaram os docentes em greve realizada pela classe recentemente e foi taxativo ao afirmar:

Só um senão interno: aos reitoristas que atacaram duramente nossa greve docente na URCA, que atacaram até a cor vermelha (e hoje vestiam vermelho), que não respeitaram a Assembleia dos Professores, eu vos digo: estivemos juntos, porém, não misturados.
Somos contra o golpe político e contra todos os ataques aos trabalhadores.

A luta continua, nas ruas e na Universidade”.

João do Crato canta a música "Vai Passar", de
Chico Buarque, durante manifestação em Crato.
Imagem capturada do vídeo compartilhado
na rede social facebook por Henrique Alves;
Durante a manifestação o artista e membro da Rede de Educação Cidadã (RECID) João do Crato cantou a música  “Vai Passar”, do cantor e compositor Chico Chico Buarque. Centenas de vozes o acompanhavam nos versos mais fortes como esses:

A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos
Erravam cegos pelo continente
Levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais....”

“Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral
Vai passar”.

Professores, Universitários e Movimentos Sociais em ato em favor da democracia e contra o golpe próximo da Universidade Regional do Cariri (URCA). Foto: Prof. Darlan Reis Jr.
Além da Praça Siqueira Campos, a própria URCA foi palco do encontro. Dentro e fora da universidade era perceptível o protagonismo de uma juventude que ainda acredita no poder da mobilização.

No último dia 18 de março as ruas do município de Juazeiro do Norte ficaram sem espaços durante o fim de tarde e início de noite em face de uma grande mobilização promovida por professores, universitários, movimentos sociais e demais membros da sociedade civil objetivando defender a democracia e se posicionarem contra o golpe que vem se desenhando nos últimos meses.

Membros da diretoria da URCA lançam nota em favor da democracia no Brasil


Do site da URCA

Nós, professores da Universidade Regional do Cariri – URCA, membros da Reitoria, dirigimo-nos à comunidade acadêmica e à sociedade em geral nos posicionando na defesa da Democracia Brasileira ameaçada pelas recentes manobras políticas, institucionais e midiáticas em curso no país. Somos contrários aos processos que visam promover, sob acusações sem comprovação, a restrição de direitos fundamentais conquistados à custa de uma longa luta da sociedade brasileira. Opomo-nos ao impeachment da Presidenta da República Dilma Rousseff, sem as devidas garantias constitucionais ao processo justo de investigação e apuração dos fatos.


A Democracia Brasileira fortalecida com a inclusão de classes sociais historicamente excluídas de direitos fundamentais como educação, renda mínima, moradia, saúde, lazer, acesso à informação, outrora acessíveis apenas às classes privilegiadas, não pode parar o seu curso, no que pese a enorme desigualdade que ainda campeia e divide o Brasil.

Os altos custos sociais, políticos e institucionais que pagamos com os 21 anos de regime autoritário, assim como, as dificuldades de atingirmos nossa maturidade democrática pós “Golpe Militar” de 1964, foram suficientes para não desejarmos e/ou aceitarmos discursos fascistas de ódio e intolerância, bem como, tentativas de golpes às instituições políticas do país. Estas práticas ferem a liberdade das atividades partidárias, intimidam o exercício do voto e a consequente representatividade e legitimidade dos eleitos em processo público, amplo e irrefutável.

A Universidade é o locus fundamental para a produção de reflexões e divulgação da produção intelectual e não pode compartilhar com o retrocesso político ou com a negação da alteridade e do espírito de cooperação e solidariedade. Defendemos acima de tudo a liberdade de ideias, o franco debate que propicia o crescimento humano e o respeito às conquistas das sociedades do século XXI. Aquisições que vislumbram um horizonte de fortalecimento das identidades étnico-raciais e de gênero, a liberdade de associação e manifestação, a filiação partidária, o respeito e a tolerância para com as minorias. Um espaço que busca incansavelmente a inclusão social e o fortalecimento das conquistas sociais, políticas e constitucionais. Posicionamo-nos, portanto, veementemente contra:

- Qualquer forma de usurpação do poder estabelecido em mandatos políticos sem o respeito ao devido processo legal-constitucional justo, em que se resguardem a ampla defesa, o contraditório e as garantias previstas na Constituição Federal de 1988.

- Qualquer medida das instituições públicas, privadas ou associativas ou da mídia que incitem o ódio e/ou enfraquecimento da Democracia como único regime político de prevalência e afirmação dos direitos humanos e dignidade humana.

Por conseguinte, defendemos:

- A investigação ampla e irrestrita de agentes sociais ou políticos envolvidos em corrupção e/práticas criminosas no exercício de mandatos ou fora deles.

- As instituições e a liberdade de expressão; divulgação de informações dentro da legalidade que conduzam ao esclarecimento da verdade, sem ocultação de fatos, dados ou subsídios que ajudem ao fortalecimento da Democracia e suas instituições.

Crato – Ceará, aos 23 de Março de 2016.

Prof. José Patrício Pereira Melo
Reitor

Prof. Francisco do Ó de Lima Júnior
Vice-Reitor

Porfa. Maria Arlene Pessoa da Silva
Pró-Reitora de Extensão

Prof. Allysson Pontes Pinheiro
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa

Francisco Egberto Melo
Pró-Reitor de Graduação

Profa. Ana Roberta Duarte Piancó
Pró-Reitora de Planejamento e Avaliação

Prof. Roberto José Siebra Maia
Pró-Reitor de Assuntos Estudantis

Profa. Fátima Romão
Pró-Reitora de Administração

Curso pré-vestibular Opção em Nova Olinda divulga lista de aprovados (as) no vestibular da URCA


O Instituto do Desenvolvimento Socioambiental Sustentável – IDSS, órgão responsável pela organização e manutenção do curso pré-vestibular Organização Popular pela Educação – Opção, no município de Nova Olinda, na região do cariri cearense, divulgou na tarde da última segunda-feira, 13, lista dos alunos e alunas que lograram êxito no vestibular da Universidade Regional do Cariri – URCA, processo seletivo 2015.2.

Dos 11 (onze) aprovados, os cursos de História e Letras agregam seis vagas, seguidos por Geografia com 2 (duas) e de Ciências Econômicas, Pedagogia e Teatro com 1 (uma) cada.  

Em reunião na sede do Instituto em Nova Olinda na noite desta terça-feira, 14, dois dos coordenadores do Opção, Francisco Pedro e Raquel Lima junto a professores e parte dos aprovados fizeram um balanço do curso que no primeiro semestre enfocou somente temas e questões de edições anteriores da Universidade Regional do Cariri – URCA. No ensejo os coordenadores agradeceram o empenho e a disponibilidade do corpo docente, fatores determinantes na contribuição do sucesso nas aprovações.

Lista dos 11 aprovados no vestibular da URCA divulgado
por Francisco Pedro.
Flávio Pedro, um dos aprovados no curso de História afirmou que estava muito feliz com o êxito no vestibular ao passo que dedicou o sucesso ao instituto e aos professores, mas fez questão de arguir a dedicação que teve extra aulas. “Os professores foram muito importantes aos nos orientar no sentido do que era mais cobrados na URCA, mas era apenas um norte. Tive muita dedicação em aprofundar o que era conversado no curso”, completou.

O curso de História teve os alunos Francisco Iêdo Lopes da Silva Filho na quarta colocação, Raimundo Yuri Gomes Avelino em quinto e Flávio Pedro da Silva na trigésima primeira colocação. Letras terá Maria Izabel Pedro da Silva (10º), Renata da Silva Calixto (17º) e Ruth da Silva Calixto (25º). Já Jardel Xavier de Alencar e Romário Cordeiro Feitosa lograram êxito em Geografia na colocações décimo primeiro e vigésimo sexto, respectivamente. André Henrique Alves de Oliveira cursará Ciências Econômica tendo ficado em quarto lugar e Renato Lima Teixeira cursará Teatro tendo ficado em décimo oito lugar, assim como também Gerlanio Alexandrino de Alencar no curso de Pedagogia ao obter o trigésimo sexto lugar no processo classificatório.

Segundo a coordenação, no segundo semestre o Opção focará no Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, conforme acordado no início do ano.


URCA tem aprovação de três Doutorados Interinstitucionais e um Mestrado



A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) divulgou parecer de aprovação de três doutorados interinstitucionais e um mestrado interinstitucional para a Universidade Regional do Cariri (URCA), em parceria com instituições de ensino do País.

Imagem recolhida da página do Governo do Estado do Ceará.
A Universidade comemora as aprovações dos Doutorados Interinstitucionais (Dinter) de Enfermagem, História e Linguística e um Mestrado Interinstitucional em Geografia, ampliando as oportunidades e facilitando as condições para a realização de pós-graduação na Instituição.

A Reitora da URCA, Professora Otonite Cortez, recebeu na tarde desta quinta-feira (27) os coordenadores locais dos cursos ‘strictu sensu’ e representantes dos departamentos de História, Enfermagem e Línguas e Literaturas, além de Geociências, e parabenizou a todos pelo esforço conjunto dos docentes em prol da qualificação. “Essa oportunidade de poder realizar os cursos aqui, em parceria com as instituições de ensino, acontece de forma facilitada, sem que os docentes tenham que se deslocar com tanta frequência, ocorrendo a forma de maneira mais acessível”, diz a Reitora. Ela estendeu as felicitações juntamente com o Vice-Reitor, Professor Patrício Melo.

A Reitora Otonite Cortez ainda destacou o benefício em prol do desenvolvimento institucional, que se fortalece para que no futuro novos cursos ‘strictu sensu’ sejam implantados pela própria Universidade, com um corpo docente qualificado para aprovação de projetos que beneficiem a URCA com cursos de mestrado e doutorado. A Reitora destacou o crescimento no número de doutores nos últimos anos Instituição, que atualmente tem seu quadro de 332 professores efetivos, sendo 105 doutores e mais 37 em fase de doutoramento.

O Minter em Geografia (Geografia Humana) será feito em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e contará com 10 vagas destinadas aos professores da URCA, concludentes do curso e interessados de área afins de outras instituições. Contará com a coordenação local do Professor Emerson Ribeiro.

O Dinter de Enfermagem, estará com a coordenação local do Professor Germano Pinto e será realizado com a parceria da Universidade Federal do Ceará (UFC).  Serão 10 vagas voltadas aos professores do Departamento; o Dinter de História, com coordenação local da Professora Sônia Meneses, será realizado em conjunto com a Universidade Federal Fluminense (UFF) e terá 15 vagas, sete delas para o Departamento de História da URCA e oito para outras instituições e professores da educação básica. Já o Dinter de Liguística acontece juntamente à Universidade Federal do Ceará (UFC), com a coordenação local do Professor Francisco de Freitas Leite, que espera nos próximos anos a formação pelo Dinter de pelo menos mais 10 professores do Departamento de Línguas e Literaturas.

Os coordenadores locais destacam a possibilidade de qualificação dos docentes, a partir do mestrado e doutorados, com a possibilidade de conquista futura na URCA de cursos de formação ‘strictu sensu’. Em quatro anos, a Universidade conquistou, além dos aprovados recentemente, três doutorados interinstitucionais, nas áreas de Direito, através do Programa de Pós-Graduação em Direito, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná; Artes, com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e, em Engenharia Mecânica, do programa de Pós-Graduação de Engenharia Mecânica, da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), além de já contar com o outro em Bioquímica Toxicológica, em parceria com a Universidade Santa Maria (UFSM), do Rio Grande do Sul. Além disso, detém o Mestrado Institucional de Bioprospecção Molecular.

A Reitora da URCA ainda destacou o seu apoio irrestrito ao processo de implantação dos cursos, que deve acontecer a partir do próximo ano, com o lançamento dos respectivos editais para o processo de seleção. A Capes é uma agência de fomento à pesquisa brasileira que atua na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados do país.

Fique por dentro:

DINTERS APROVADOS PELA CAPES  E INSTITUIÇÕES PROMOTORAS:

Dinter de História - Universidade Federal Fluminense (UFF)
Dinter de Liguística - Universidade Federal do Ceará (UFC)
Dinter de Enfermagem - Universidade Federal do Ceará (UFC).

MINTER APROVADO PELA CAPES E INSTITUIÇÃO PROMOTORA:

Minter em Geografia (Geografia Humana) - Universidade de São Paulo (USP)

DOUTORADOS INTERINSTITUCIONAIS (DINTERS) DA URCA E PROMOTORAS, JÁ EM ANDAMENTO:

Dinter Direito - Programa de Pós-Graduação em Direito, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná;
Dinter Artes - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);
Dinter Engenharia Mecânica -  Programa de Pós-Graduação de Engenharia Mecânica, da
Universidade Estadual de São Paulo (UNESP);
Dinter Bioquímica Toxicológica -  Universidade Santa Maria (UFSM).

URCA promoverá IV Simpósio Internacional sobre o Padre Cícero: E... Onde Está Ele?


Visando Perscrutar “onde está” o Padre Cícero nos mais diversos lugares: geográficos, religiosos, educacionais, econômicos, históricos, políticos e culturais, e entender “onde estão” os sujeitos sociais – beatos/as, romeiros/as, cantores, poetas, etc – que, com e pelo Padre Cícero, compõem a história política, social, cultural, religiosa, educacional, econômica local, regional e global e caminhando na perspectiva de perceber “onde está” a beata Maria de Araujo e qual seu papel político na constituição do movimento sócio religioso de Juazeiro do Norte que, este também, extrapola os limites da cidade abarcando o Nordeste e o País, apropriando-se das novas configurações acerca do milagre, do martírio e dos seus desdobramentos sociais, políticos e eclesiásticos locais, regionais e globais, a Universidade Regional do Cariri –URCA, ao atingir sua maturidade, no aniversário dos seus 28 anos e da sua trajetória acadêmica reforça, estará promovendo o IV Seminário Internacional sobre o Padre Cícero: E... Onde Está Ele?.

Foto retirada do sítio do evento/ URCA.
Tal proposta vem a reforçar a sua missão de atuar no desenvolvimento regional, promovendo este evento de significativa importância para a Região do Cariri. De acordo com informações no sítio desta instituição o evento busca também dar a conhecer aos pesquisadores do Brasil e do Exterior que se farão presentes, a repercussão que os Simpósios anteriores tiveram para as pesquisas de Instituições de Ensino em todo território nacional.

Ainda em conformidade com dados publicados no portal da URCA o presente  trabalho de elaboração e promoção do IV Simpósio tem se dado em colaboração com a UFCA – Universidade Federal do Cariri, a FJN – Faculdade de Juazeiro do Norte, a FMJ – Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte e a Diocese de Crato; parcerias profícuas e solidárias, que garantem o alto nível democrático e acadêmico para este evento.

Apresentação e Justificativa

Há muito tempo Padre Cícero extrapolou o limite da cidade que ele mesmo considerava sua criação. Transformou-se num ícone que abrange e abarca não só outras espacialidades, outros lugares, mas também especialidades diversas, com diversas linguagens.

O tempo que a ele se refere não cabe apenas nas cadeias cronológicas, pois a passagem do tempo é que, aqui, reconfigura os fatos. Essa temporalidade e essa espacialidade justificam a escolha da pergunta motivadora para o título: E... onde está ele?

O nome Padre Cícero suscita, no Brasil, interpretações, ainda hoje, polêmicas. Ainda hoje, nos 80 anos de sua morte, a imagem que se recolhe desse que é chamado “Santo do Nordeste” não é unívoca e seria impossível colocá-la numa Curva de Gauss, dada a polarização que ainda contém. Isto é, ainda hoje, em muitos lugares Padre Cícero é considerado um santo, em muitos outros persiste a figura do “heresiarca sinistro” cunhada por Euclides da Cunha no seu “Os Sertões”. Se a estratificação para a pesquisa fosse por camada social, ou por nível de escolaridade, o “achatamento” da Curva de Gauss seria ainda maior. Não tanto quanto 30 anos atrás. Se essa pesquisa fosse feita uns 30 anos atrás, provavelmente a incidência dos que o desqualificavam seria maior do que os que o consideravam santo, tendo como variáveis o tamanho do país, a densidade populacional e a escolaridade mais avançada no sul e sudeste, etc.
Muito mudou nestes últimos tempos. Mudou a mentalidade acadêmica,[...]

Das Inscrições

O período de inscrições se deu entre  os dias 25 de Fevereiro a 30 de Julho. Nesse intervalo de tempo os candidatos a se fazerem presentes podiam inscrever suas propostas para GTs e mesas redondas. O evento ocorrerá entre os dias 17 a 21 de novembro do corrente ano em Juazeiro do Norte.



Universitária Altaneirense desenvolve projeto Atlas Geográfico Escolar


A estudante concluinte do curso de Geografia da Universidade Regional do Cariri – URCA, Antônia Marinalva Rodrigues Feitosa em conjunto com as professores Antônia Carlos da Silva e Maria de Lourdes Carvalho Neta vem desenvolvendo desde o ano de 2012 um projeto de extensão universitária intitulado Atlas Geográfico Escolar de Altaneira.

Marinalva Rodrigues durante apresentação de trabalho
científico na URCA. Foto: Silvia Sousa.
De iniciativa das docentes mencionadas acima, mestres da referida instituição de ensino superior, o projeto as tem como coordenadoras e conta com colaboração nas pesquisas da universitária altaneirense Marinalva Rodrigues, visando fomentar o debate na produção de material didático e de apoio pedagógico direcionado a educação básica. 

Faz parte também dos objetivos desse ensaio promover e sistematizar diálogos entre a universidade e a escola por meio da produção de gêneros textuais que relacionem os recursos da cartografia escolar ao estudo da geografia local, por conhecer as dificuldades dos professores em encontrar produções para os estudos da localidade, como também da linguagem inadequada das fontes disponíveis, vindo a atender aos alunos da educação básica, bem como aos demais membros da comunidade. Segundo informações de Francilene Oliveira, em publicação sobre o projeto no blog da Rádio, este intento conta com o apoio da secretaria municipal da educação - SME, além de ter como parceiros universitários e outras instituições.

Marinalva já apresentou trabalhos tendo como norte de discussão o atlas escolar em vários espaços acadêmicos. Cita-se aqui a XVI semana de iniciação científica da URCA em 2013, o Encontro Universitário da Universidade Federal do Cariri-UFCA no mesmo ano. Fez parte do palco de apresentações de Marinalva com a temática “Uma contribuição ao estudo da geografia local: os percursos metodológicos da produção do Atlas Escolar de Altaneira-Ce”, o VI Congresso Brasileiro de Extensão Universitária – VI CBU, que se deu em Belém-Pará.

A estudante altaneirense também demonstra preocupação com os problemas ambientais, principalmente os advindos dos lixos jogados e espalhados a céu aberto, tanto que já escreveu um artigo tendo como um dos enfoques os problemas dos lixões, os aterros sanitários com um olhar para esta localidade. Ela deve concluir sua graduação ainda este ano.


URCA vira palco de discussões sobre africanidade e papel da mulher negra


A Universidade Regional do Cariri – URCA foi palco de uma intensa discussão nesta quinta-feira, 03/07, sobre africanidade e também no que toca o papel que a mulher negra ocupou durante o período escravocrata e as suas diversas formas de resistir a essa condição.

Em mesa redonda professores debatem sobre "os mundos da África no Brasil". Foto: Profª Beatriz Benevenuto.
A temática teve início pela manhã através de uma iniciativa do Núcleo de Pesquisa em Ensino de História e Cidadania – NUPHISC da referida instituição de ensino superior que promoveu uma mesa redonda com o propósito de discutir “os mundos da África no Brasil”. As professoras Simone Pereira da Silva, Marcela dos Santos Lima, ambas da URCA e Maria Firmino, da Secretaria de Educação do Município de Juazeiro do Norte, trabalharam o assunto a partir da vertente religiosa e que foi mediada pelo professor Joaquim dos Santos.

Simone em uma exposição oral chegou a compartilhar um trabalho de pesquisa que vem desenvolvendo sobre as manifestações do reisado nos municípios de Crato e Barbalha, na região do cariri, a partir das contribuições negras. Em um relato minucioso a professora demonstrou a riqueza e a diversidade como que se apresentam.

Já a professora Marcela apresentou dados de uma pesquisa de gênero realizada a partir do campo religioso Umbanda. Na pesquisa foi trabalhado o feminismo e dentro deste o imaginário da mulher ameaçadora, dona e senhora do corpo. Marcela relata e explica que a pesquisa científica foi feita a partir do seu espaço de pertencimento e desenvolve o que ela chamou de oralidade da pesquisa através do seu pai de santo Daniel de Xangô, da Casa de Oxossi e, claro, da entidade da umbanda. De forma sintetizada ela partilhou a conceituação de umbanda e suas linhas, em direita e esquerda, assim como a origem da palavra pomba-gira.

Nessa mesma linha de raciocínio Maria Firmino discutiu a história do povo banto e a rota de migração feita de forma forçada por intermédio do tráfico negreiro para o Brasil. Ainda aqui, Firmino lembrou da diáspora negra e de forma categórica afirmou ser este o maior genocídio da história da humanidade. Como filha de santo, ela contou sua experiência de fazer parte do Candomblé e os preconceitos que sofre no cotidiano, fruto, inclusive da falta de conhecimento da história do povo negro e suas manifestações culturais.

Este signatário (foto ao lado – Profª Beatriz Benevenuto) ressaltou sobre a importância de se pesquisar e compartilhar trabalhos em momentos como esse relacionado ao povo africano, ao povo negro. E mais importante ainda é variar as formas e as linhas de pesquisa que venha a tentar compreender a relevância dos negros e das negras africanos (as) nas mais diversas linhas, cultural, social e organização política. Deve-se levar em consideração ainda que tão necessário quanto essas pesquisas, esses estudos é saber como fazê-lo. Sendo assim, é preciso buscar contar a história dos africanos pela vertente africana, quebrando preconceitos e estereótipos que sempre acompanhou a história negra contada pela visão do europeu, do opressor. E por último, há que se pensar em estratégias que possam colaborar com o cumprimentos por parte dos municípios da Lei 10.639/03 e 11.645/08 que tornam obrigatório o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira e indígena nas escolas.

A professora de História da rede pública do município de Iguatu, Beatriz Benevenuto ao comentar sobre a mesa redonda pontuou “durante as apresentações e os debates, o sentimento era de como é bem mais proveitoso saber mais a respeito da cultura e religiões africanas através das experiências de pessoas que vivem tal cultura e religião, isso desmistifica muita coisa, muitos estereótipos arraigados na história do povo brasileiro que é essencialmente africana”.

A tarde este signatário esteve com o Grupo de Mulheres Negras do Cariri Pretas Simoa. Tínhamos como objetivo analisar e debater sobre obra de Ângela Davis - "Mulher, Raça e Classe”. Em pouco mais de duas horas de discussão foi apresentado os quatro primeiros capítulos do livro, a saber, O Legado da Escravatura: bases para uma nova natureza feminina; O movimento anti-escravocrata e o nascimento dos direitos das mulheres; Classe e raça no início da campanha dos direitos das mulheres e Racismo no movimento sufragista feminino. Ficou acordado que na próxima segunda-feira, 07 de julho, haverá um novo encontro de formação para a completa análise da obra.

URCA promove Mesa Redonda e debate sobre o golpe que instaurou a Ditadura Civil-Miliar


A Universidade Regional do Cariri – URCA, através do Laboratório de Imagem, História e Memória - LABIHM do Departamento de História, promoveu nesta segunda-feira, 31, junto a professores e estudantes uma Mesa Redonda intitulada “1964, 50 anos, é preciso falar” com finalidade de discutir os resquícios desse período em que o Brasil esteve mergulhado por mais de duas décadas e que se completa meio século desde sua instauração.

A Mesa foi coordenada pelo professor de História Econômica desta instituição de ensino superior, Carlos Rafael Dias. O evento contou no corpo de expositores com os professores Fábio José Queiroz Cavalcante, doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará – UFC, Fernando Anselmo, mestre em Ciências Políticas pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE e Sônia Maria de Meneses Silva, doutora pela Universidade Federal Fluminense – UFF, todos do departamento de história da URCA.

Fábio José, Sônia Meneses, Francisca Anselmo e
Carlos Rafael em Mesa Redonda, na URCA.
Foto: Professor Darlan Reis Jr.
O professor Fábio José discorreu sobre os fatores que permitiram a ligação entre as classes dominantes e os militares contribuindo para o período de exceção, além de analisar o revisionismo na historiografia brasileiro que tenta amenizar a ditadura. O professor Adjunto da URCA, Darlan Reis Júnior, doutorando em História Social pela UFC, registrou com precisão o discurso de Fábio.  “Precisão, conhecimento e didática. Abordou a questão da crise orgânica que ocorria e como as classes dominantes perpetraram a ditadura apoiando-se nos militares”, publicou na rede social facebook.

De acordo com publicação no Blog dos Bancários do Cariri, Francisca Anselmo veio a abordar a revisão historiográfica sobre o acontecimento realizada por várias expressões acadêmicas brasileiras, destacando algumas controvérsias teóricas sobre a temática. Já Sônia Meneses falou tendo como enfoque a memória das vítimas da Ditadura. Finalizando, foi instaurado debate com intervenção da audiência, composta por professores e alunos da URCA, além de pessoas da comunidade em geral.

Está programada ainda para o mês de abril a realização de uma mostra fotográfica sobre o golpe de Estado e a ditadura civil-militar que lhe sucedeu.

Racismo: problema de quem? Por Karla Alves


A estudante do curso de História, na Universidade Regional do Cariri – URCA, e Membro do Pretas Simoa -Grupo de Mulheres Negras do Cariri encaminhou a edição do blog Informações em Foco, via correio eletrônico artigo que aborda um problema crônico enfrentado por milhares de brasileiros e brasileiros e outros de pele negra que adotaram o Brasil como espaço social para viver, o racismo velado e os em evidência.

No artigo, Karla menciona que o racismo “nasce, se manifesta e se perpetua nas próprias Instituições do Estado, a exemplo das Instituições de ensino superior, como as Universidades brasileiras”. No relato, ela afirma que a URCA “presenciou mais um caso de racismo em suas dependências, quando um estudante do curso de história, Pedro Victor dos Santos (21), teve seu nome pichado no interior do banheiro masculino com referencias a sua cor de pele e em tom de ameaça de morte” e se baseia em uma imagem descrita ao lado.

Confira o artigo completo de Karla Alves
O racismo deve ser reconhecido como uma construção sociológica, uma categoria social de dominação e de exclusão. Neste sentido, o debate em torno da superação do racismo no Brasil deve envolver tanto o Estado quanto a sociedade em geral, já que trata-se de um fato estrutural que produz desigualdades e hierarquias sociais determinados pela estrutura da sociedade e pelas relações de poder que a conduzem. Significa dizer que o racismo nasce, se manifesta e se perpetua nas próprias Instituições do Estado, a exemplo das Instituições de ensino superior, como as Universidades brasileiras.

No ultimo dia treze do mês corrente a Universidade Regional do Cariri – URCA – presenciou mais um caso de racismo em suas dependências, quando um estudante do curso de história, Pedro Victor dos Santos (21), teve seu nome pichado no interior do banheiro masculino com referencias a sua cor de pele e em tom de ameaça de morte.

Pedro Victor é portador de uma doença crônica, um tipo de anemia que ocasiona convulsões e, segundo relato da própria vítima, ao encontrar a mensagem com seu nome teve três convulsões seguidas, tendo que ser levado com urgência ao hospital para sobreviver. Segundo ele mesmo nos diz, este caso foi uma reincidência, pois no inicio de 2013 ele havia recebido um telefonema com a mesma mensagem, que o deixou em pânico ao ouvir a frase “morre seu negro”, vindo a sofrer graves efeitos físicos por consequência. Agora está correndo o risco de abandonar o curso por ocasião dos efeitos provocados pelo racismo.

O combate ao racismo vai muito além do que simplesmente punir as práticas preconceituosas, pois exige reparação e conscientização, fatores essenciais para uma educação democrática que além de garantir o acesso tem a obrigação de garantir a permanência dos estudantes. Deste modo, alertamos quanto ao fato de que a Universidade Regional do Cariri não pode permanecer sendo relapsa em relação aos casos de racismo na Instituição, principalmente, para não ser conivente e não permitir que a Universidade se torne um espaço favorável às práticas racistas na forma como vem se desenhando. Para isso é necessário o desenvolvimento e comprometimento institucional com políticas diferenciadas que venham suprimir as injustiças existentes para garantir a igualdade nos tratamentos, nas oportunidades e nos resultados.

Exigimos o comprometimento institucional para o desenvolvimento de políticas diferenciadas que venham suprimir as injustiças existentes para garantir a igualdade nos tratamentos, nas oportunidades e nos resultados, com medidas como a reativação da Comissão de Direitos Humanos, a instauração de uma sindicância que investigue o fato ocorrido e a criação de uma comissão de amparo e apoio as vítimas de discriminação, garantindo assessoria jurídica e um acompanhamento psicológico à vítima.

O racismo não é um problema só da vítima e do feitor, mas da sociedade brasileira. A juventude negra tem direito a um futuro.”

Pretas Simoa, no cariri, discute situação das mulheres negras


Sala do VII Semestre de Letras (URCA) recebe Grupos de
Mulheres Negras do Cariri. Fotos: Pretas Simoa
A Universidade Regional do Cariri – URCA foi paco nesta quinta-feira, 13, de encontro que evolveu os integrantes do Pretas Somoa, do Grupo de Mulheres Negras do Cariri com o propósito de debater sobre as diversas nuances das mulheres negras brasileiras.

No encontro, ocorrido na sala do 7º semestre do curso de Letras, foram expostos de forma dialética a vivência marcada pelo racismo e pelo sexismo, fatores que criam uma realidade de violação de direitos e exclusão estrutural.

As integrantes Karla Alves, Jessyca Diniz, Yasmin Rodrigues e Jarid Arraes argumentaram a respeito de temas ligados a sexualidade, religiosidade, mercado de trabalho, educação e saúde, respectivamente. Segundo informações do Pretas Simoa, os debates foram subsidiados de estatísticas oficiais de órgãos como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA e chamaram a atenção dos presentes para as especificidades das Mulheres Negras, sobretudo no contexto do evento, inserido na programação de Março organizada pelo Conselho de Mulheres de Crato/CE.

Foi muito revigorante. Todo o debate foi carregado de muito sentimento e emoção”, disse Karla Alves ao Informações em Foco.

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