O
vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto
Martins, negou hoje (30) habeas corpus preventivopara evitar a prisão do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na
decisão, Martins, que está no exercício da presidência do STJ, negou pedido
feito pela defesa do ex-presidente para impedir a eventual execução provisória
da condenação, após o último recurso que será julgado pelo Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre.
Ao
negar o habeas corpus, o ministro entendeu que a decisão do TRF-4 garantiu que
Lula não será preso antes da apreciação do último recurso, e, dessa forma, não
há urgência que justifique a concessão da medida cautelar.
"Por outro lado, também não há plausibilidade
do direito invocado pelo impetrante, pois a possibilidade de execução
provisória da pena encontra amparo na jurisprudência das Cortes Superiores",
decidiu o ministro.
A
possibilidade de prisão para execução provisória da condenação do ex-presidente
ocorre em função do entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que valida
prisão de condenados pela segunda instância da Justiça, mesmo cabendo recurso
aos tribunais superiores.
No
habeas corpus preventivo, a defesa de Lula alegou que o entendimento do STF
sobre a prisão após a segunda instância não é vinculante, ou seja, de aplicação
obrigatória. Dessa forma, segundo os advogados, o TRF4 não poderia ter
determinado a execução provisória da condenação, na decisão da semana passada.
"Se não é possível o cumprimento antecipado
da pena a partir do acórdão que realiza simples menção aos julgados da Excelsa
Corte [STF] que o autorizaram, que dirá da decisão que apenas faz referência a
entendimento sumular do Tribunal Regional?", questionou a defesa. (Com informações da Agência Brasil e do
Brasil 247).
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(Foto: Reprodução/ Brasil 247). |