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Reforma tem que discutir baixa presença de negros no Parlamento, diz Ministra da Seppir


A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, disse nessa terça-feira (18) que o debate sobre a reforma política também tem que incluir o tema da baixa representação de negros e mulheres no Parlamento.

Comissão de cultura promove audiência pública para debater
financiamento da política de incentivo à cultura e às artes negra
em suas variadas linguagens. A audiência contou com a presença
da ministra da Seppir, Luiza Bairros. Foto: Agência Brasil.
Ela lembrou que, pela primeira vez, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) perguntou aos candidatos a cargos eleitorais sobre a cor da pele. Segundo a ministra, mesmo com a boa participação de negros e mulheres a cargos eletivos, a presença deles no Congresso ainda é pequena.

O problema continua sendo a taxa de sucesso dessas candidaturas. As proporções de negros e de mulheres e a presença no Parlamento praticamente se invertem. Os homens brancos, que eram cerca de 42% dos candidatos, constituem quase 80% dos parlamentares eleitos”, disse.

Segundo o TSE, dos 513 deputados eleitos em 5 de outubro, 79,9% se declararam brancos; 15,7%, pardos e 4,29%, pretos. Nenhum se declarou indígena ou amarelo.

Luiza Bairros participou, na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. de audiência pública para tratar do financiamento da política de incentivo à cultura e às artes negras. Na sua opinião, o debate sobre a reforma política tem que levar em conta essas questões.

Não restas dúvida que a maior presença de pessoas comprometidas com essa agenda de igualdade, seja de gênero, racial ou étnica aqui, dentro do Parlamento, facilitaria muito o debate de leis que favoreçam a igualdade racial e de gênero”, destacou.


Via Agência Brasil

44,4% dos vereadores em Altaneira são professores. O que isso representa?



44,4% dos vereadores são professores.
Foto: Júnior Carvalho
O poder legislativo do município de Altaneira é composto por nove vereadores. Desse número, três são mulheres. Uma comunista, uma social-democrata e outra socialista (PCdoB, PSDB e PSB, respectivamente). Completam o quadro, mais um comunista, um progressista, dois republicanos, um democrático trabalhista e um social liberal (PCdoB, PP, PDT e PSL, nessa sequencia).

Toda via, o que chama a atenção nesse panorama político não é evidentemente, o número de mulheres na casa, o que não deixa de ter a sua importância. Tão pouco é as seis agremiações no parlamento municipal.  O que nos chama a atenção e nos deixa intrigados é que desse número, 4 (quatro) são professores, em termos percentuais representa nada mais nada menos que 44,4%.  Um número bem significativo.

O que representa ser professor (a) e vereador (a) em Altaneira? Em tese deveria significar uma melhoria na qualidade das discussões no plenário. Em tese, porque na prática o que vemos são debates (na sua grande maioria) infundados, às vezes até infantis.  Na última sessão plenária, por exemplo, realizada dia 17/09, testemunhamos um daqueles que se o caso não fosse tão sério, afinal são os “representantes do povo”, daria no mínimo para expulsar qualquer cidadão de bom senso da casa.  Parlamentares que parecem desconhecer o regimento interno e, se considerarmos que o conhece, estão a todo vapor o rasgando. No calor do debate a Vereadora e também professora Zuleide (PSDB) interrompeu o discurso do Vereador (esse só vereador) Flávio Correia (PCdoB). Este demonstrou irritação e afirmou: “tenho certeza que se eu for debater com a senhora eu saio ganhando”. Zuleide, ironicamente refutou: “é porque eu sou boazinha e deixo o senhor ganhar”.  Se não fosse tão sério, seria uma boa piada.

Ora, nenhum (a) vereador (a) está lá para se engalfinhar. Tão pouco para disputar quem tem um discurso mais bonito, ou para ver quem fala mais, etc. Não custa lembrar que cada parlamentar foi eleito pelo povo, é pago pelo povo e por este e com este deve-se trabalhar.

Segundos dados do portal da Câmara, a última sessão pouco mais de duas horas de duração e apenas um requerimento. Nada mais. Toda via, o bate rebate continua sendo um circulo vicioso entre nossos legisladores-fiscalizadores. Nenhum projeto sequer. Poderíamos até dizer que sem nenhuma discussão importante no tema livre.

Os legisladores estão preferindo ir para a sessão com as mesmas armas. A oposição para criticar por criticar (quando o passado lhe condena) e a situação para se defender e se valer do passado que mutila a frágil oposição. O resultado disso são discursos enfadonho, saturado, repetitivo e sem grandes contribuições para a melhoria da sociedade altaneirense.

Até quando iremos testemunhar isso? E o que precisa ser feito? Está na hora da juventude acordar e procurar se inserir nos espaços de poder. Deixarem de ser coadjuvante. Deixarem de discutir infantilmente e colaborar nesse processo. Afinal de contas, a juventude sempre teve papel preponderante nos movimentos sociais, emprestando a eles sua força, irreverência e capacidade de protesto contra toda e qualquer forma de tirania e ditadura. Assim, os movimentos estudantis são fontes naturais de novas lideranças políticas, essenciais para a renovação de sistemas obsoletos e que perderam a capacidade de dialogar com os anseios atuais da sociedade.