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Eduardo Cunha fez escola e Maia pediu para votar de novo urgência da reforma trabalhista que já tinha perdido



Além de conseguir reunir mais deputados em plenário, o Palácio do Planalto e os líderes governistas no Congresso conseguiram na aprovação do requerimento que acelerou a reforma trabalhista virar da noite para o dia o voto de vários deputados da base que haviam se rebelado na véspera.

Folha - A comparação dos mapas de votação de terça (18) e desta quarta-feira (19) mostram que, em menos de 24 horas, foi criada uma bancada de 24 deputados "vira-casaca": eles votaram contra a tramitação mais rápida da reforma na terça, mas mudaram de ideia e, nesta quarta, apoiaram a tese do governo.

A derrota do dia anterior foi simbólica para o governo porque ele pretende usar a aprovação da reforma trabalhista como um sinal ao mercado e ao país de que tem musculatura legislativa para aprovar a reforma da Previdência, que exige apoio maior dos congressistas (pelo menos 60%).

Com isso, o governo pressionou partidos que têm ministério e conseguiu reverter as defecções: o partido com mais vira-casacas foi o próprio PMDB de Temer. Quatro mudaram de ideia a favor do governo em menos de 24 horas.

Depois vêm PSB (3), PP (3), PTN (3) e PR (3), incluindo Tiririca (SP), deputado mais votado no Brasil em 2010 e o segundo mais votado em 2014.

"É foda, foi pressão do partido, pressão muito grande, mas meu voto na reforma tá declarado, eu sou contra qualquer reforma. O que aconteceu é que o partido ligou, nem foi pra mim, foi para o meu chefe de gabinete, e a pressão foi muito grande. Uma porrada de gente mudou o voto. Aí pra não bater de frente com o meu partido, aceitei votar nessa urgência, mas falei pra deixar claro que quando vier a reforma eu bato de frente, meu voto é contra", disse Tiririca.

Veja abaixo os 24 deputados que mudaram o voto da noite para o dia, a favor do governo:

VIRANDO A CASACA

24 deputados mudaram o voto na urgência da reforma trabalhista

Deputado
Partido
Estado
Roberto Góes
PDT
AP
Alexandre Serfiotis
PMDB
RJ
Kaio Maniçoba
PMDB
PE
Sergio Zveiter
PMDB
RJ
Walter Alves
PMDB
RJ
Beto Salame
PP
PA
Mário Negromonte Jr.
PP
BA
Waldir Maranhão
PP
MA
Arnaldo Jordy
PPS
PA
Brunny
PR
MG
Silas Freire
PR
PI
Tiririca
PR
SP
Jhonatan de Jesus
PRB
RR
Jony Marcos
PRB
SE
Gonzaga Patriota
PSB
PE
Hugo Leal
PSB
RJ
Tenente Lúcio
PSB
MG
Professor Victório Galli
PSC
MT
Victor Mendes
PSD
MA
Pedro Cunha Lima
PSDB
PB
Dr. Sinval Malheiros
PTN
SP
Ezequiel Teixeira
PTN
RJ
Luiz Carlos Ramos
PTN
RJ
Zé Silva
SD
MG


Chico Alencar (PSOL - RJ) protesta na Câmara dos Deputados, em Brasília. Foto: Pedro Ladeira/ Folhapress.

Por que FHC, Aécio, Aloísio e sua turma não conclamam o povo pela reforma política?



A tucanalha entreguista, FHC, Aécio Neves, Aloísio Nunes e sua turma, se estivessem realmente preocupados com os destinos do país, no lugar de insuflar o golpe deveriam conclamar a sociedade para sair as ruas pela reforma política.

Mas só que não. Quanto mais indícios de envolvimento de seus nomes em falcatruas, mais intensificam sua missão diária de espalhar o ódio e pregar o impeachment contra Dilma.

Se pra isso for preciso que haja mais mortes nas ruas, como aconteceu em junho de 2013, eles não se importam. Não agem como estadistas, políticos experientes, cidadãos sensatos.

Querem ver o circo pegar fogo. Assim as atenções se voltam para os distúrbios de rua e as reais mudanças necessárias neste país, ficam pra depois, ou se depender deles, para nunca.

No final de semana FHC convocou a cúpula do partido, com certeza preocupado com as afirmações do jornalista Ricardo Boechat de que não endossava mas também não duvidava das denúncias de que o nome de Aécio Neves estaria na lista de políticos investigados na Lava Jato, analisada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

E o que disse FHC durante o encontro? fez uma intervenção pregando que o PSDB estimule as manifestações do dia 15 mas mantenha distância institucional do mote Fora Dilma. Ou seja, sabe que pregar o impeachment é golpe mas quer o povo na rua, lenha para o fogo maior. Aloysio Nunes garantiu que vai participar.

Ao comentar a respeito das denúncias envolvendo seu nome, Aécio usou mais uma vez, para variar, sua frase predileta: é mentira, é piada. Disse também que o Brasil está se transformando no país da mentira. Com certeza, com sua indispensável colaboração.

A expectativa é de que nesta semana Rodrigo Janot apresente a lista de políticos que apareceram nas investigações da Lava Jato, que apura a lavagem de cerca de R$ 10 bilhões envolvendo fraudes principalmente na Petrobras. Já veremos quem está mentindo ou elegendo nomes que “devem aparecer, ou não” de uma grande lista.

Outro grande escândalo que está deixando a elite e seus defensores sem dormir é o caso swissLeaks, ou suiçalão, como ficou conhecido, que mostra que a sonegação dos ricos é a maior corrupção global e o Brasil não fica de fora.

O ‘Swissleaks teve como fonte original um especialista em informática do HSBC, o franco-italiano Hervé Falciani, segundo o qual em declarações à imprensa francesa, entre os correntistas, estão 8.667 brasileiros, responsáveis por 6.606 contas que movimentam, entre 2006 e 2007, cerca de US$ 7 bilhões. Deste montante, grande parte pode ter sido ocultada do fisco brasileiro.

O número de brasileiros que utilizaram o mecanismo criminoso disponibilizado pelo HSBC foi divulgado divididos da seguinte forma: 10%, das contas estão vinculadas a empresas no exterior em paraísos fiscais (que é o método de esconder o dono do dinheiro); 20% das contas estão em nome de seus proprietários; e 70% são contas numeradas que é o tradicional artifício para ocultar seu proprietário.

Por que o suiçalão do HSBC apareceu pouco nos noticiários da mídia comercial ? por que não se interessam em explicar ao povo como acontecem as operações de sonegação fiscal ? por que não fazem matérias esclarecendo quais são os métodos usados para permitir que os impostos que deveriam pagar e ser usados em infraestrutura no Brasil, são escondidos em instituições vistas como legítimas fora do Brasil?

No site Megacidadania, o repórter Alexandre Teixeira revela como o ex-assessor de FHC, que integrava o programa de privatização da década de 90, Saul Dutra Sabba, dono do Banco Máxima, foi protegido pela mídia conservadora e teve seu nome retirado da primeira lista divulgada no país, sobre o escândalo do HSBC. Por que será?

O blog Diário do Centro do Mundo está desenvolvendo uma série de reportagens sobre o escândalo da sonegação/corrupção da Rede Globo e identificou o paraíso fiscal das Ilhas Virgens como sendo o local onde a Globo executou seus crimes. É exatamente nestes paraísos fiscais que estão centenas de contas de brasileiros, via mecanismos fraudulentos do HSBC.

E então vejamos, é notório o vínculo político existente entre a mídia empresarial e os tucanos. E o HSBC é sabidamente um grande financiador publicitário destas famílias que controlam a mídia brasileira. Portanto, não é difícil que algumas delas tenham utilizado os mesmos mecanismos de sonegação.

Concordo com o editor do Megacidadania que exige a divulgação integral da lista dos saqueadores camuflados pelo HSBC. Acredito ser de extrema valia para os destinos do país e altamente esclarecedor, além de um dever de consciência política de todos que dizem lutar contra a corrupção.

Eu disse e volto a repetir: no Brasil, finalmente, o combate à corrupção chegou aos corruptores e mostrou que o esquema estava na maioria das vezes relacionado ao sistema eleitoral. Daí a necessidade de uma reforma política urgente hoje no país.Sobre isso os golpistas não falam. Por que não conclamam a população para ir as ruas se manifestar a favor da reforma política?
Outro indício claro de que os tucanos e a imprensa comercial familiar jogam no campo dos inimigos do povo e são contra a reforma política de verdade é o silêncio em torno do comportamento de Gilmar Mendes.

No próximo mês de abril faz aniversário de um ano o engavetamento na mesa do ministro de uma ação que pede o fim de doações de empresas para candidatos, comitês eleitorais ou partidos políticos. 

O julgamento, iniciado no dia 2 de abril de 2014, foi suspenso quando contava com 6 votos a favor e um contra.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4650), movida pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados no Brasil (OAB), pede mudanças nas Leis 9.096/1995 e 9.504/1997, que disciplinam o financiamento de partidos políticos e campanhas eleitorais. A entidade integra, juntamente com outras 102 organizações da sociedade civil, o projeto da coalização pela reforma política.

Até quando Gilmar vai impedir a discussão do tema pelo Supremo? Até quando todos se emudecerão a respeito ?

Os tucanos de alta plumagem do Brasil não defendem a reforma política porque se a lei eleitoral que hoje permite que grandes empresas financiem campanhas políticas for mudada, os interesses destes setores não terão representantes pagos dentro do Congresso Nacional e, portanto, as questões serão decididas de acordo com o interesse do povo e não de grupos econômicos.

E para se eleger eles terão que apresentar idéias criativas e consistentes, terão que defender os interesses do país e dos brasileiros e não comprar votos com campanhas milionárias; se eleger; e depois defender nas ruas golpes contra a democracia, como se isso fosse parte dela.

Antecipei a saída dos secretários para evitar que houvesse mistura de política e administração, disse Cid




Cid diz que as mudanças recentes no secretariado foi
para evitar mistura de política e administração.
Governo Cid diz que muda agora para evitar descontinuidade depois

Segundo o governador Cid Gomes, as mudanças que ele fez no secretariado vieram para incrementar o ritmo de trabalho em algumas áreas. Falou em humildade para reconhecer dificuldades. “Mais do que um ato eleitoral, o que queremos é que seja um ato administrativo”, disse ele, ressaltando que os secretários que saíram são os que vão disputar mandato em 2014.

Pela lei eleitoral, os secretários poderiam deixar o governo até abril do ano que vem, mas Cid disse ter preferido antecipar a saída para evitar que houvesse mistura de política e administração no seu último ano como governador.

Secretário da Fazenda desde o primeiro mandato de Cid Gomes, o deputado licenciado Mauro Filho (PSB) retornou à Assembleia Legislativa junto com os petistas Camilo Santana, saído da Secretaria das Cidades, e Francisco Pinheiro, que deixou a Secretaria da Cultura.

“O governador achou que, mudando muito tarde, o tomar de velocidade demora um pouco. É importante que ele fizesse agora, porque daqui a 60 dias já está todo mundo dentro de casa, e aí é um ano e um mês para poder tocar. Foi um ato foi muito mais administrativo do que político”, disse Mauro, quase repetindo as palavras de Cid.

O lugar de Mauro na Fazenda foi ocupado pelo secretário-adjunto da pasta, João Marcos. Ele e os demais novos secretários, diz Mauro, terão os recursos necessários para tocar suas pastas e aprimora a gestão. “O Estado tem o maior volume de investimento sobre receita corrente líquida do País. Então, obviamente, os novos secretários entram ainda mais motivados. Na Fazenda, por exemplo, fica um secretário que, além de ser fazendário, é o executor daquilo que pude implementar na secretaria. Ele conhece tudo e vai dar uma chacoalhada”.

Celeridade

O deputado José Sarto (PSB), líder do governo na Assembleia Legislativa, afirma que o governador antecipou a saída dos secretários candidatos para evitar acusações de uso da máquina, como as que alguns deputados têm feito contra Nelson Martins, a Secretaria de Desenvolvimento Agrário. Nelson, a propósito, afirma que não será candidato em 2014.

“O governador não quis que a administração sofresse descontinuidade. Não quis misturar política com administração. Primeiro, para que o governo não seja acusado, um ano antes da eleição, de uso eleitoreiro da máquina. Segundo, para que os secretários que assumissem pudessem já dar celeridade à política do governo”.

No começo do ano, Cid Gomes disse que anteciparia a saída dos secretários candidatos para dezembro deste ano. Questionado sobre as razões do governador para fazê-lo ainda antes disso, Sarto respondeu com outra pergunta: “De setembro para dezembro qual é a diferença que faz? Pelo contrário, (a antecipação) é até elogiável: não mistura administração com politica, afasta a possibilidade de uso eleitoreiro por parte dos deputados e dá tempo aos novos secretários para que deem a dinâmica e a celeridade que o Cid espera”.


Via O Povo