O
advogado Aldo Arantes, da comissão especial para a reforma política, da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB), em entrevista dada hoje (31) à Rádio Brasil
Atual, afirma que o plebiscito é a melhor forma de consulta popular por
acreditar que é mais ampla e que a população está preparada para tanto. Ainda
que a presidenta Dilma Rousseff, ao ser questionada nesta semana, admita a
possibilidade de um referendo, a entidade ressalta que esse não é o melhor
caminho.
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Congresso impõe resistência à propaganda de plebiscito que dependerá de mobilização popular para avançar. |
No
referendo, o Congresso discute e vota uma lei e, somente então, os eleitores
são convocados para dizer se são a favor ou contra o que foi aprovado pelos
parlamentares. Já no plebiscito, o modelo defendido pela presidenta Dilma
original e prioritariamente, os eleitores são consultados previamente sobre
cada um dos pontos para a construção da nova lei. O resultado é encaminhado
para o Congresso discutir, votar e aprovar, mas de acordo com a preferência do
eleitor.
Arantes
cita um dos pontos a ser abordados no plebiscito como exemplo: "Perguntar para a sociedade se ela quer ou
não o financiamento de campanha, tenho certeza que um simples trabalhador vai
ter opinião sobre isso". Ele ressalva: "A discussão, neste momento, não deve se centrar na forma de aprovação
da reforma, mas, sim, no conteúdo”.
O
integrante da comissão para a reforma política cobra mais participação da
população, além das assinaturas que continuam sendo colhidas, e dos mais de 7
milhões de votos apresentados pelo plebiscito popular, e sugere o movimento
"Diretas Já" como inspiração: "Considero que devemos desenvolver um amplo movimento na opinião
pública, transformar isso em algo semelhante às ‘Diretas’, acima de partidos,
de organizações, uma bandeira do povo brasileiro. Para que o Congresso possa
ter mais sensibilidade para o que o povo está querendo."
Murilo
de Aragão, também advogado e doutor em Sociologia da Universidade de Brasília
(UnB), que lança livro sobre o tema, defende que "o caminho para se fazer a reforma política, em um primeiro momento,
seria um pacto republicano, liderado pelos três poderes e pela sociedade civil,
pelas centrais, pela OAB, CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)".
Ele destaca que é preciso dar força à ideia de plebiscito, defendida pela
presidenta, já que a mesma enfrenta resistência de setores do Congresso.
Via
Rede Brasil Atual
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