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Malvina Tuttman ( Presidente do INEP) |
Em
uma entrevista exclusiva para o GUIA DO ESTUDANTE, Malvina Tuttman conta tudo
sobre o maior vestibular do Brasil
Quando
fica pronta o prova do Enem? Por que ela é tão grande? Haverá segurança no
exame deste ano? Essas são apenas algumas questões que os mais de 6 milhões de
estudantes que se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011
gostariam de saber sobre a prova que hoje é a principal porta de entrada para o
ensino superior no Brasil.
E,
ninguém melhor do que a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (Inep), órgão responsável pela elaboração e aplicação do Enem,
para responder essas questões.
Acompanhe a seguir a entrevista exclusiva com
Malvina Tuttman e saiba tudo sobre o Enem.
GUIA DO ESTUDANTE:
Como é feita a prova do Enem?
Malvina Tuttman:
Existe um Banco Nacional de Itens, que é elaborado com uma parceria entre
profissionais do Inep e professores de instituições de ensino superior (IES),
com milhares de perguntas. A prova do Enem é elaborada com essas questões.
Tendo em vista a importância de realizar mais de um exame por ano, fizemos uma
chamada pública nas universidades federais, para capacitar profissionais a
fazerem mais itens para o Banco. Isso nos possibilitará a elaboração de mais de
uma edição do Enem por ano.
GUIA DO ESTUDANTE:
O Enem precisa mesmo ter 180 questões?
Malvina Tuttman:
Neste momento sim. Os analistas do Inep consideram que é preciso esse número de
questões para avaliar da melhor forma as quatro grandes áreas do conhecimento
(ciências humanas, ciências da natureza, matemática e linguagens e códigos).
Porém, estamos sempre realizando estudos sobre como melhorar a prova, e o
número de questões faz parte de um desses estudos. Não afirmo que haverá
mudanças, mas pode ser que em 2012 a quantidade de perguntas seja alterada.
GUIA DO ESTUDANTE:
Quando a prova do Enem fica pronta? Vocês fazem mais de uma prova por edição?
Malvina Tuttman:
No mês de julho nós concluímos a elaboração da prova. O próximo passo do Inep
já envolve questões de logística. Estamos começando a ver toda a questão do
ensalamento da prova, que é a verificação dos locais de aplicação da prova.
Precisamos definir onde a prova será aplicada e quantos participantes terão em
cada local.
Fazemos
apenas uma prova a cada edição. Com o Banco Nacional de Itens, se houver
qualquer tipo de contratempo com a prova feita, podemos montar uma nova
rapidamente. Isso, porque todas as questões do BNI são testadas e consideradas
boas para o uso em qualquer exame.
GUIA DO ESTUDANTE:
Como será a segurança da prova? Os fiscais de sala terão algum treinamento?
Malvina Tuttman:
A Polícia Federal, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica serão responsáveis
pelo acompanhamento e guarda das provas. Sobre os fiscais de sala, o Inep vai
continuar insistindo no treinamento deles, como já estava acontecendo. Além
disso, neste ano, o consórcio responsável pela aplicação da prova contará com
uma parceria entre as instituições federais de ensino superior. Ouviremos a
experiência de aplicação de prova destas instituições e também poderemos
utilizar os aplicadores de provas delas.
GUIA DO ESTUDANTE:
Por que o Enem é realizado em um final de semana? Não poderia ser feito em duas
semanas?
Malvina Tuttman:
A prova é aplicada em apenas um final de semana por uma questão de logística e
segurança que envolve todos os nossos parceiros. Por exemplo, a Polícia Federal
ou o Exército se mobilizam para o acompanhamento e guarda do Enem e, para eles,
um período de uma semana faz uma diferença substancial para a segurança do
exame. Somamos a isso, a dificuldade em marcar duas datas para a prova em um
momento do ano em que acontecem vários vestibulares.
GUIA DO ESTUDANTE:
É certo usar o Enem como vestibular?
Malvina Tuttman:
O Enem é para o Inep uma avaliação de como está o ensino médio. Para o nós, os
resultados da prova interessam para verificar que dados podemos disponibilizar
para o governo organizar políticas públicas sobre educação.
Entretanto,
com a qualificação do exame, as IES - tanto públicas quanto privadas - passaram
a se apropriar do Enem como alternativa aos seus processos seletivos. E eu
considero este uso totalmente apropriado. Fui reitora da Universidade Federal
do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e, juntamente com toda a comunidade da
Unirio, acreditávamos na potencialidade do Enem. Antes mesmo de existir o
Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a Unirio destinava 50% das vagas para
estudantes que haviam realizado o exame.
Com Informações do guia do estudante
Seria de muito bom grado e bom senso se isso acontecesse...
ResponderExcluirEssa prova é muito cansativa, não há necessidade de tantas questões...
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