O
Estado da Bahia em meados dos anos 40 do século XX abrigaria uma das mais
célebres ativistas contra o racismo. Filha de uma costureira e de um
motorneiro, Luislinda Dias de Valois Santos nasceu em 1942 e, aos nove anos já
deixava entrever o vigor ativista e de lutadora pelos seus ideias quando teve
um embate em sala de aula em face de um professor tê-la desprezado pela
simplicidade de seu material escolar. O professor teria afirmado que ela não
poderia estar estudando uma vez que não dispunha de recursos financeiros para a
compra do material e que seu lugar era cozinhando feijoada para os brancos.
Luislinda
Valois se tornou em 1884 a primeira negra a exercer o cargo de magistrado e a
primeira a sentenciar, em 1993, tendo como base a Lei do Racismo no Brasil. Conforme
apurou o Portal da Fundação Cultural Palmares, Luislinda já foi homenageada e
premiada em diversas esferas públicas e entidades no país e no exterior pelos
projetos de inclusão e acesso à Justiça que desenvolveu nas comarcas pelas
quais passou.
Ela,
já consciente de que é parâmetro de sucesso para a raça negra, defende o
sistema de cotas, acredita que a Lei contra o Racismo ainda não é muito bem
utilizada e afirma que o preconceito existe, sim, no Brasil, apesar de velado e
cita como sua pessoa como exemplo ao lembrar que já foi vítima de preconceito
no exercício da magistratura, mas afirma que com simplicidade, sinceridade e
altivez sempre resolve essas situações.
a luta é intensa, porém não nos cansamos jamais!
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