“Globo parte para o ataque e JN faz matéria de sete minutos sobre “Bolsogate”


(Foto: Reprodução/TV Globo).

Ao que tudo indica, a Globo resolveu partir para o ataque contra Jair Bolsonaro. A edição desta sexta-feira (7) do Jornal Nacional dedicou sete minutos para divulgar uma ampla reportagem sobre o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que registrou movimentações financeiras atípicas de um ex-assessor de Flávio Bolsonaro. O caso está sendo chamado de “Bolsogate”.

William Bonner faz a introdução da matéria relatando a descoberta do Conselho. Em seguida, o repórter Paulo Renato Soares conta que o relatório do Coaf faz parte da investigação que prendeu dez deputados estaduais do Rio de Janeiro no mês passado e traz informações sobre 75 servidores da Assembleia Legislativa (Alerj), que apresentaram movimentação financeira suspeita.

Entre eles está Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito pelo PSL, Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente eleito Jair Bolsonaro. Segundo o Coaf, em apenas um ano, Fabrício de Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em uma conta. O relatório aponta que Fabrício ganhava R$ 23 mil por mês.

Ele cumpria a função de motorista de Flávio Bolsonaro e também tinha vínculo com a PM. O jornal O Estado de S.Paulo revelou o caso ontem (quinta) e a TV Globo também teve acesso ao relatório. O documento lista várias operações bancárias suspeitas e menciona a possibilidade de que isso tenha sido feito para ocultar a origem ou o destino do dinheiro.

Primeira-dama

Uma das movimentações de Fabrício tem como favorecida a futura primeira-dama Michelle Bolsonaro. O relatório cita que a ex-secretária parlamentar e atual esposa de Jair Bolsonaro recebeu R$ 24 mil.

Hoje (sexta), Bolsonaro explicou o depósito na conta da mulher. Ele falou com o site O Antagonista. Disse que o valor se refere a uma dívida do ex-assessor com ele próprio. O presidente eleito afirmou que eles eram amigos e emprestou o dinheiro a Fabrício porque o ex-assessor do filho estava com problemas financeiros.

Bolsonaro contou que não foram só R$ 24 mil e sim R$ 40 mil. Afirmou que se o Coaf pegar dados anteriores vai chegar a esse valor. O presidente eleito disse que Fabrício de Queiroz fez dez cheques de R$ 4 mil. Bolsonaro diz que poderia ter botado na conta dele, mas foi para a conta da esposa porque ele não tem tempo de sair.

Sobre a movimentação de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz, Bolsonaro falou que se surpreendeu com a identificação do Coaf e que cortou contato com o amigo até que ele se explique para o Ministério Público.

Na conta de Fabrício de Queiroz, o Coaf também encontrou saques em dinheiro, que somam R$ 324 mil ao longo de um ano; R$ 159 mil sacados de uma agência bancária do prédio da Assembleia Legislativa.

Família

Fabrício foi exonerado do gabinete de Flávio Bolsonaro no dia 15 de outubro. A mulher de Fabrício, Márcia de Oliveira Aguiar, e duas filhas, Natália e Evelyn Mello de Queiroz, também trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro, como revelou o jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Márcia aparece na folha de pagamento da Alerj de agosto de 2017 como consultora parlamentar e salário de R$ 9.200. Natália trabalhou com Flávio Bolsonaro na Alerj entre 2007 e 2016. Menos de uma semana depois de ser exonerada, Natália foi nomeada para exercer, no gabinete do deputado federal Jair Bolsonaro, o cargo de secretária parlamentar.

Natália deixou o cargo na Câmara Federal no mesmo dia em que o pai saiu do gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj, 15 de outubro deste ano. Natália é citada em dois trechos do relatório do Coaf.

O documento não deixa claro os valores individuais das transferências entre ela e seu pai. Mas junto ao nome de Natália está o valor total de R$ 84 mil.

A outra filha de Fabrício, Evelyn Mello de Queiroz foi nomeada em dezembro de 2016 como assessora parlamentar de Flávio Bolsonaro, na vaga da irmã Natália. O nome de Evelyn está na última folha de pagamento que aparece no site da Alerj, em setembro, com salário líquido de R$ 7.500.

MPF

O Ministério Público Federal, responsável pelas investigações, diz que nem todos os nomes citados no relatório foram incluídos nas apurações, porque nem todas as movimentações atípicas são necessariamente ilícitas. E não divulgou se deputados da Alerj que não foram alvo das operações estão sendo investigados ou podem vir a ser.

Hoje (sexta), jornalistas questionaram dois futuros ministros do governo Bolsonaro sobre as informações do relatório do Coaf. Onyx Lorenzoni, que vai ser o ministro chefe da Casa Civil, se irritou, e Sérgio Moro, que vai assumir o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, preferiu não responder.

No fim da tarde, Flávio Bolsonaro disse que conversou com o ex-assessor sobre a informações do Coaf e que recebeu explicações “plausíveis”. Ao final da reportagem, Bonner disse que não conseguiu contato com o ex-assessor Fabrício de Queiroz, a mulher e as filhas dele. (Com informações da Revista Fórum).


#Altaneira60Anos. A educação por um triz


A educação por um triz, por Nicolau Neto. (Foto: Lucélia Muniz).

Se eu lhe perguntar qual o melhor caminho para a transformação social, para a construção de um lugar onde haja comida e bebida para todos, você me dirá que é a educação.

Um dos maiores pensadores do Brasil já alertava para esse fato. Paulo Freire dizia “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda”. Ele sabia bem da importância dela para a vida, para o ato de cidadania. Afinal, não basta só ter acesso à educação. É preciso permanecer nela. Mas é muito pouco só permanecer na escola, na universidade. É fundamental que haja aprendizado e que este seja uma arma contra a tirania, contra os ditadores e contra os falsos democratas. É fato que para que isso aconteça aquele ou aquela que tem o poder de transmitir os “saberes” também tenha esse desejo.

É sabido que educar para a cidadania e para a politização é educar para a vida. É acima de tudo um dever social, pois garante que o educando seja agente transformador da sua própria história. Mas também é sabido que essa tem sido a tarefa mais árdua e difícil de se construir por vários motivos. O principal deles porque temos uma elite governante (a grande maioria) que não está preocupada com isso. Não é satisfatório para quem está no poder ter mentes pensantes. Recorro mais uma vez a Paulo Freire que afirmava “seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira crítica”.

As palavras de Freire ganham cada vez mais força diante de um cenário triste em que o Brasil passa, principalmente na educação. Primeiro a possibilidade já anunciada por Temer de acabar com a obrigatoriedade constitucional de se gastar com Educação 18% da receita resultante de impostos; em segundo lugar, some-se a isso a ideia de se acabar com todas as políticas públicas que fortalecem o acesso à educação a grupo que sempre lhes foram negadas oportunidades como negros e indígenas. Aqui, a ideia é acabar com o sistema de cotas e impedir que o Brasil seja de fato o que é, um país predominantemente negro; cortes nos investimentos nas universidades; Em terceiro, o governo não quer quem pesquisa; Quarto, suspendeu as novas vagas para o Pronatec, ProUni e Fies e a última ideia repugnante quer acabar com os programas que tem como finalidade reduzir o analfabetismo.

Por fim, o presidente eleito em outubro último é uma versão piorada do que ai está.

Pensem em um adjetivo para quem destrói a educação pública. Pensaram? Então lhes apresento Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PSL). A educação está por um triz.
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Nicolau Neto é professor; palestrante na área da Educação com temas relacionados a história e cultura africana e afrodescendente, desigualdades raciais, preconceito racial, diversidade e relações étnico-raciais; ativista dos direitos civis e humanos das populações negras; membro do Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec); membro da Academia de Letras do Brasil/Seccional Araripe (ALB/Araripe); servidor público no município de Altaneira, diretor vice-presidente da Rádio Comunitária Altaneira FM e administrador/editor do Blog Negro Nicolau (BNN).


Nova Ministra dos Direitos Humanos é contra religião afro, diversidade sexual e feminismo


(Foto: Reprodução/Jornal GGN).

Jair Bolsonaro entregou a Damares Alves o Ministério dos Direitos Humanos turbinado com a Funai e a Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e Adolescente. A ironia - para dizer o mínimo - está no fato de a pastora e assessora de Magno Malta ter passado os últimos anos batendo cartão em templos, especialmente no Nordeste, pregando sobre o papel "missionário" da Igreja Evangélica na "restauração da Nação" e na evangelização das crianças, que "começa na barriga". Missão divina e decorrente da "falência das instituições".

Damares também é pessoalmente contra feministas, contra qualquer referência a religiões de matriz afro em sala de aula e contra a diversidade sexual. Hoje, confirmada no cargo, ela diz que "se preciso for" estará nas ruas com "as travestis" e nas portas das escolas pelas "crianças que são discriminadas por sua orientação sexual". Mas o discurso nem sempre foi este.

Novídeo, ela diz que crianças não devem pensar que é "legal" nem natural o relacionamento entre duas pessoas do mesmo sexo, e afirma expressamente que "a homossexualidade é aprendida no berço, na forma que se lida com a criança, mas ninguém nasce gay." Torna-se, portanto, evita-se.

Nomeada nesta quinta (6), ela já antecipou à imprensa as duas prioridades de sua gestão: as mulheres "invisíveis" - "a indígena, a ribeirinha, a catadora de siri, quebradora de côco", etc - e a "questão da infância". "O objetivo é propôr à Nação um pacto de verdade pela infância. Conversando com os demais ministros, a infância vai ser priodade neste governo. É a intenção do presidente e o presidente está motivado."
Não é preciso muito esforço para descobrir as motivações da Damares, ao menos enquanto pastora.

A meta, visível na repetição do que apresenta nos cultos, é plantar e cultivar nos fiéis a sementinha do interesse em pautas que curiosamente os parlamentares da Frente Parlamentar Evangélica escolheram trabalhar nos últimos anos.

INDÍGENAS

Ela costuma fazer referência, por exemplo, a Magno Malta e uma lei aprovada na Câmara dos Deputados, sob a presidência de Eduardo Cunha, que obriga o governo federal a retirar crianças indígenas das aldeias. O motivo? Há povos que sacrificam quem nasce com deficiência.

Quando não está falando da evangelização de indígenas - ela sonha em ver Jeová louvado em 300 linguas nativas - Damares dá atenção especial aos assuntos que circundam a Escola Sem Partido, sob o pretexto de que crianças estão sendo sexualizadas e abusadas com "essa história de ideologia de gênero".

"O único lugar seguro para as crianças no Brasil é o templo. Não existe outro lugar no Brasil mais seguro para as crianças que a igreja", afirma.

"Todas as instituições que defendem crianças faliram e falharam na proteção da infância no Brasil. A escola falhou, não é mais um lugar seguro para as crianças. Os clubes não são seguros. Nem os consultórios médicos são mais seguros. Não existe lugar seguro. Todos falharam. Só há um lugar seguro: a igreja, o templo", insiste.

Na comunicação com mulheres evangélicas, Damares costuma dizer que "acabou a brincadeira na igreja". O tempo de se preocupar com casamento, filhos e trivialidades cedeu lugar ao tempo de guerra. A igreja tem uma missão, a de restaurar a Nação, e precisa formar soldados com urgência.

"A sua missão é treinar crianças para governar sobre esta terra. Estão nas suas mãos os princípes e princesas que vão herdar e governar esta terra porque todas as instituições faliram. É hora de treinar as crianças para governar essa Nação. (...) O Brasil vai se curvar diante do deus das nossas crianças."

ABORTO

O fim do aborto é o outro tema de discussão obrigatória, mas não é tratado como questão de saúde pública e tampouco relacionado aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Quando o assunto é interrupção da gravidez, não há que se falar em qualquer direito da mulher.

"'Mas pastora, é direito da mulher abortar'. É Mentira! 'Mas pastora, as feministas estão falando 'meu corpo, minhas regras'. Olha aqui, ministério infantil, fale para elas: 'o seu corpo é seu, faça o que você quiser com seu corpo, venda para quem quiser, dê a quem quiser. Mas o que está dentro da sua barriga não é seu corpo, é outro corpo, é vida, e você não pode decidir por outra vida."

ENSINO AFRO

Por volta da 1 hora de vídeo, Damares, em tom alarmante, entra na discussão sobre as leis federais que obrigam o ensino da cultura afro e indígena nas escolas.

"Estou preocupada, irmãos, com a questão do satanismo e do ensino afro em sala de escolas."

"Eu sou a favor, a lei é perfeita, e tem que ensinar a cultura afro para acabar com o preconceito, e a cultura indigena, para as crianças entenderam a formação do nosso povo. (...) Mas sabe o que estão ensinando para nossas crianças? A religião afro. Há diferença entre cultura afro e religião afro. Não se pode falar da Biblia e de Jesus, mas eles falam de orixás."

"Estão confundindo nossas crianças na sexualidade e na religiosidade." (Com informações do Jornal GGN).


Sesc homenageia com comenda “Mulheres de Fibra” 14 mulheres caririenses


Sesc homenageia com comenda "Mulheres de Fibra" 14 mulheres caririense. (Foto: Reprodução/ ACB).


Em sua 15ª edição o Sesc, unidade de Crato, homenageou a trajetória de vida de 14 mulheres da região do cariri cearense com o prêmio “Mulher de Fibra”. A cerimônia ocorreu no Teatro Sesc Adalberto Vamozi e contou com a participação de familiares e amigos e amigas das “mulheres de fibra”.

A repórter Alana Soares, da Agência Miséria, relatou em detalhes o sentimento daqueles que acompanharam de perto o evento. “Não houve uma pessoa sequer presente na plateia que tenha resistido a emoção que aflora ao ouvir as histórias de vida das 14 mulheres homenageadas”, escreveu.

Alana ainda descreve o que motivou a premiação do Sesc. “Por suas vidas dedicadas a causa maiores que elas mesmas, por suas histórias de altruísmo, dedicação, força e coragem, estas mulheres receberam a comenda”.

O professor e coordenador da Crede 20, Roberto Souza, também deu parecer favorável ao evento e as homenageadas. “Histórias de luta, superação e doação a causas humanitárias marcaram a entrega do Prêmio Mulheres de Fibra do Sesc-Crato”, comentou ao usar a rede social facebook. E concluiu argumentando que foi “com sentimento de alegria” que prestigiou o reconhecimento de suas duas amigas que admira -  Alda Ferreira e Socorro Silva. Segundo ele, o reconhecimento é “por suas vidas dedicadas a fazer o bem”. Alda e Socorro são da Associação Cristã de Base (ACB).

Socorro e seu esposo, Batista, durante cerimônia "Mulheres de Fibra", do Sesc. (Foto: Reprodução/ACB).

O site da ACB pontuou que Maria do Socorro Silva, ora na função de Coordenadora de Desenvolvimento Metodológico e Educacional, foi indicação da própria instituição. “Uma das fundadoras da instituição, com uma história de vida de luta e resistência. Filha de agricultores, cresceu em uma comunidade pobre, conseguiu vencer os obstáculos que vida lhe trouxe. Com muito esforço conseguiu realizar sonhos, como o de estudar e pode fazer isso com seus dois filhos Sandino e Samira que estão formados”, diz texto de Nelzilane, da ACB.

Em sua fala Socorro afirmou “Eu gostaria de dizer que o que nós somos e o que nós fazemos não somos sozinhas. A gente é e a gente faz com a família, com os companheiros de jornada e com os movimentos. Daí porque a perspectiva feminista é luta e uma bandeira nossa, atualmente para nós esse momento é muito importante porque nos valoriza, mas também nos dá grandes responsabilidades”.

Alda Ferreira de Andrade é Tesoureira e membro da Diretoria Executiva da ACB. Uma mulher que venceu as barreiras da vida, ajudou a fundar partidos como o PT (Partido dos Trabalhadores) no Crato e em outros municípios do Cariri e contribuiu na criação do Fórum Araripense de Combate e Prevenção à Desertificação.

Professora Zuleide Queiroz recebe comenda "Mulheres de Fibra", do Sesc. (Foto: Reprodução/ Rede Social Facebook).

Quem também recebeu a comenda foi Zuleide Queiroz. Ela é professora da Departamento de Pedagogia da URCA, membro do Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec) e contribuiu na fundação da Frente de Mulheres dos Movimentos do Cariri.

Na sua rede social ela agradeceu a premiação. Gratidão a todas as mulheres que me ajudaram na conquista deste prêmio! ”, escreveu. 

Confira abaixo a lista das outras homenageadas:

Ana Alencar Pereira: Trabalho Social com Idosos – Sesc Crato
Mª Izabel Lopes Feitosa: Professora – Cadeia Pública do Crato
Francisca Alves de Oliveira: Trabalho Social com Idosos – Sesc Crato
Kenia Quereno de Oliveira Luna Siebra: Empresária do Comércio do Município do Crato – Câmara dos Dirigentes Lojistas
Leide Alencar Jesuíno: Trabalho Social com Idosos – TSI em expansão Centro Pastoral
Lia Limaverde Cabral de Lima: Psicóloga – Idealizadora do Encontro de Cuidadores de Alzheimer do Cariri
Maricélia Meneses de Morais: Instrutora – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial ( Senac Cariri)
Marileide Pires de Holanda: Secretária Geral – Sindicato dos Empregados do Comércio de Crato
Rosa Oliveira Alves: Trabalho Social com Idosos – TSI em expansão (SCAN)
Celiane David Bispo: STTR – Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Crato
Maria Evandete Almeida: Coordenadora de Politicas Publicas de Assaré







                                                                                                        

Conselho Nacional de Educação vota hoje a Base Nacional Comum do Ensino Médio


(Foto: Reprodução).

O Conselho Nacional de Educação (CNE) vota hoje (4) a Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio. O documento vai definir o conteúdo mínimo a ser ensinado em todas as escolas do país nas escolas públicas e privadas.

A BNCC deverá ter como norte o novo ensino médio, que, entre outras medidas, determina que os estudantes tenham, nessa etapa de ensino, uma parte do currículo comum e outra direcionada a um itinerário formativo, escolhida pelo próprio estudante, cuja ênfase poderá ser em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino técnico.

A versão da BNCC apresentada pelo MEC e em discussão contém a parte comum para todos os estudantes do ensino médio. A pasta discute ainda o mínimo a ser aprendido em cada itinerário formativo, que pode ser escolhido pelos estudantes.

No ano passado foi aprovada a BNCC para o ensino infantil e fundamental. Esse documento já está em discussão em estados e municípios, que deverão definir a aplicação.

A discussão da construção da BNCC foi conturbada. Começou a ser discutida no governo de Dilma Rousseff, e com o impeachment, o documento foi modificado pelo governo de Michel Temer, o que gerou uma série de protestos. (Com informações da Agência Brasil).