Ciro Gomes: “Nem todos os políticos são ladrões. Eu não sou”


Em evento realizado em Santos, no litoral de São Paulo, o pré-candidato à presidência pelo PDT ressalta a desilusão do povo brasileiro com a classe política e debate temas nacionais, como a crise econômica e o processo sucessório.

A população começa o processo sucessório com uma desconfiança grave na própria narrativa da política e não faltam razões para isso. No entanto, o importante é perceber que os políticos não são todos iguais, como alguns querem fazer parecer. Nem todos são ladrões. Eu não sou”. 

A afirmação é de Ciro Gomes, pré-candidato à presidência da República pelo PDT. Ele participou do evento “Jose Martí discute o Brasil – Ciclo de Debates”, organizado pela Associação Cultural Jose Martí e realizado no auditório da Universidade Santa Cecília (Unisanta), em Santos, litoral de São Paulo. A Fórum transmitiu ao vivo a palestra do candidato, em sua página no Facebook, atingindo cerca de 25 mil visualizações.

Ciro dividiu a palestra em dois tópicos. Primeiro discutiu “O que aconteceu para o Brasil chegar onde chegou”, destacando a crise atual, que ele considera a mais grave da história do país. Em seguida abordou “O que fazer para mudar esse cenário”. Dentro desses temas, ele fez análises de assuntos como Educação, Previdência Social, processo sucessório, papel dos partidos progressistas, Economia, história do Brasil, entre outros.

O ex-ministro e ex-governador do Ceará justificou a desilusão do povo brasileiro em relação aos políticos em função da crise econômica, que jogou 13.400 milhões de pessoas para o desemprego. “Hoje, existem R$ 160 bilhões de déficit primário na conta pública, ou seja, essa é a diferença do que o país arrecadou em relação ao que gastou. Outro dado importante é que temos na atualidade a menor taxa de investimentos da história. Em síntese, a recessão á a pior possível e a população olha para a política.

Ciro faz um alerta. “O próximo presidente da República vai pegar 23 dos 27 estados quebrados. Se você não tiver a oportunidade de negociar com governadores um novo projeto nacional de desenvolvimento que redesenhe as finanças do país, um sistema tributário mais moderno, mais justo, um sistema previdenciário que sinalize que nossos filhos não vão pagar uma dívida e que nós vamos deixar uma poupança para os nossos netos, você não terá outra ocasião”.

Além disso, na avaliação do pré-candidato do PDT, a corrupção sistêmica também ajuda a criar esse cenário de desânimo. “Corrupção é uma inerência da obra humana, todos os homens são frágeis e na política sempre acontecerá. O que você pode prometer é que não vai aceitar a impunidade”, analisa.

O ex-ministro destaca que não deve generalizar quando se refere aos políticos, prática comum, que só serve a quem já ocupa o poder, segundo ele. “O que distingue é a ideia e o exemplo. A população, que está muito machucada, tem todas as razões para estar indignada com a política e o apelo por uma coisa nova é um apelo totalmente correto ao país. O que não podemos, a pretexto de qualquer tipo de respeito que se tenha ao povo, e o maior de todos é o meu, é aceitar a ideia de que fora da política há alguma solução pra quaisquer que sejam as questões. Não há. A saída para o Brasil está na política. Na boa política”.

Ciro Gomes não poupou o atual governo e reiterou a posição de que Dilma Rousseff (PT), apesar de todos os erros, foi vítima de um golpe.

“Quem estuda, sabe que a história do Brasil tem uma baixa tradição democrática. O que estamos vivendo é mais um golpe. Para a população isso é devastador, mas o Michel Temer é um ladrão. É inadmissível que, na mesma semana em que pede que a população tenha espírito público e faça o sacrifício de apoiar a reforma da Previdência, que é uma selvageria sem precedentes no mundo, este governo emite uma medida provisória proporcionando isenção de mais de R$ 1 trilhão para empresas petrolíferas estrangeiras”.

Adversários

O pré-candidato à presidência pelo PDT elogiou nomes como Manuela D´ Avila (PCdoB), Marina Silva (Rede) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), todos possíveis adversários na corrida presidencial, abrindo um capítulo à parte para falar do ex-presidente.

O Lula teve uma passagem benfazeja na presidência da República. Diferentemente dos petistas, eu sustento isso com números. O Lula tomou o salário mínimo, em poder de compra, a 76 dólares e entregou a 320. O Lula expandiu o crédito de 17% para 55% do PIB, dirigindo-o para a agricultura familiar, para a construção civil e criou uma rede de proteção social, que, mesmo compensatória, foi muito relevante. Apesar de não emancipar nação nenhuma, foi muito importante, especialmente para quem, como eu, vem do sertão semiárido. Agora, o que faltou ao Lula? Um projeto. Qual foi a reforma que o Lula propôs, fora a tomada de três pinos? Por que o país quebrou, já com a Dilma? Porque não tem projeto. E nós repetimos o filme. Lá atrás, o Fernando Henrique expandiu o consumo, a produção definhou, nós importamos, importamos e importamos e enquanto os preços das commodities são altos, a gente disfarça. Quando os preços caem, a gente quebra. É rigorosamente o mesmo filme. A Dilma chegou a botar a taxa de juros a 14,25% e nomear o Levy ministro da Fazenda. Isso não é progressismo”, critica.

Ainda a respeito de Lula, Ciro fez mais referências positivas e negativas:


Sou amigo do Lula, o respeito muito e reconheço o trabalho importante que ele fez, principalmente no aspecto social. O Lula, para mim, é um grande brasileiro, mas nem ele, nem o PT tinham um programa estrutural, capaz de enfrentar os graves problemas nacionais. Além disso, ele é o culpado pela ascensão do PMDB ao Palácio do Planalto. É o grande responsável por ter feito esse tipo de aliança, que botou o Michel Temer na vice-presidência e na linha de sucessão. Também é o grande responsável por ter dado poder ao Eduardo Cunha para e chegar à presidência da Câmara, comprar deputados e promover o golpe”. (Com informações da Revista Fórum).

(Presidenciável Ciro Gomes. Foto: Lucas Vasques).

Michel Temer nomeia ex-esposa de Gilmar Mendes para conselho de Itaipu


Michel Temer nomeou no governo outra pessoa próxima a Gilmar Mendes. Desta vez é a advogada Samantha Ribeiro Meyer, ex-mulher do ministro do Supremo Tribunal Federal. Ela foi nomeada para o cargo de conselheira da Itaipu Binacional, empresa que controla a Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu, Paraná.

A nomeação, assinada pelo presidente Michel Temer e pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, foi publicada no “Diário Oficial da União” desta terça-feira (12). O mandato de conselheira poderá ser exercido até maio de 2020.

Em maio, Samantha assinou parecer usado pela defesa do presidente na ação movida pelo PSDB que pediu a cassação da chama Dilma-Temer.

Também foi nomeado o engenheiro agrônomo Newton Luiz Kaminski para o cargo de diretor de Coordenação de Itaipu, de acordo com decreto publicado no Diário Oficial da União desta terça. Atual superintendente de Obras e Desenvolvimento da binacional, Kaminski entrará no lugar de Hélio Gilberto Amaral, que foi exonerado, a pedido. Amaral havia assumido o cargo em junho.

Outro conselheiro apontado foi o advogado Frederico Matos de Oliveira, que atua como diretor do Departamento de Articulação com os Estados da Secretaria de Governo da Presidência da República.

O ministro Gilmar Mendes foi procurado, por meio de sua assessoria, para comentar a nomeação. Até a última atualização desta reportagem o ministro ainda não havia respondido. Segundo a assessoria do ministro, ele está em viagem fora do país.

Em maio, Temer nomeou para cargo de diretor na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), o advogado Francisval Dias Mendes, primo de Gilmar Mendes, segundo “O Globo”. O mandato de Francisval vai até fevereiro de 2021. (Com informações do G1, Isto É e Revista Fórum).

(Foto: Reprodução/ Youtube). 

Dia da Consciência Negra pode se tornar feriado nacional


O projeto de Lei do Senado, de número 482/2017, pode tornar o dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, feriado nacional. Hoje, cinco estados e mais de mil municípios consideram a data como feriado local. O projeto tem autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A informação é do Exame.

O parlamentar disse que o estabelecimento da data como feriado nacional é de grande importância para que os contemplados pelo dia, que representam mais da metade da população, receba um "aceno público e oficial de sua importância para o Brasil".

O projeto está em tramitação na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), que tomará uma posição terminativa, quando a questão não vai ao Plenário do Senado, exceto se houver requerimento para que isso ocorra. O site do Senado Federal está com uma enquete sobre o tema.

Ceará

Embora o dia que relembra a morte de Zumbi dos Palmares tenha sido instituído por lei federal em 2011, fica a critério dos estados e municípios optar pelo descanso ou não. No Ceará, o dia 20 de novembro é feriado em três municípios: Redenção, Acarape e Aracati.

Já em Altaneira, na região do cariri, a Lei Nº 674, de 1º de fevereiro de 2017, instituiu ponto facultativo nos setores públicos. A data de 20 de novembro fica incluída no Calendário Municipal de Eventos, sendo comemorada com atividades diversas relacionadas ao fortalecimento da consciência negra, promovidas principalmente, pelos setores de educação e cultura. (Com informações do O Povo/ Blog Negro Nicolau).


Professor Nicolau Neto por ocasião do uso da tribuna da Câmara de Altaneira no dia 25 de novembro de 2016 para falar acerca da simbologia do dia nacional da consciência negra.
(Fotomontagem: Professora Lucélia Muniz).

Tasso será candidato ao Governo do Ceará em 2018


Tasso Jereissati (PSDB) será candidato ao Governo do Ceará em 2018. A revelação é do tucano Luiz Pontes — aliado mais próximo do senador — ao jornalista Roberto Moreira. Tasso vem com tudo na oposição para enfrentar a oligarquia dos Ferreira Gomes.

Na sua chapa, o nome para o Senado é de Capitão Wagner, que deixa o PR e vai para o PROS.

A oposição, agora, tem dois nomes fortes para fazer frente ao grupo político dos FGs. (Com informações do Ceará News 7).


Tasso Jereissati e Capitão Wagner.  (Foto: Reprodução/ Ceará News 7).

Procuradora do Trabalho contesta dados sobre situação do trabalho infantil no Brasil, divulgados pelo IBGE


Na última quarta-feira (29), o IBGE divulgou os dados do trabalho infantil no Brasil, com base em nova metodologia utilizada na PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, que aponta 998 mil crianças e adolescentes trabalhando em atividades proibidas pela legislação, ou seja, em situação de trabalho infantil, tratando os demais casos mensurados como trabalho permitido.

Os números, embora alarmantes, não correspondem à realidade. Apontam falsa redução de mais de 1 milhão de crianças trabalhadoras, em relação ao ano 2015. Em pleno momento de retrocessos, em que se percebe cortes orçamentários nas políticas sociais estratégicas para o enfrentamento do trabalho infantil, como saúde e educação, assim como a precarização da fiscalização do trabalho infantil e escravo, a difusão destes números mais parece estratégia de invisibilizar o grave problema, por parte do atual governo. Trata-se de visível mascaramento da realidade social trágica de milhões de crianças e adolescentes que pode trazer efeitos perversos nas estratégias de enfrentamento do problema.

O IBGE deve uma explicação à sociedade brasileira sobre os dados apresentados, que contrariam uma série histórica e a realidade social, ocultando a triste realidade do trabalho que atinge um contingente de pelo menos 2,5 milhões de crianças e adolescentes brasileiros, em sua maioria pretos e pardos.

A série histórica do trabalho infantil apurada nos anos 1992 a 2015, pelo IGBE, apontou redução gradativa, de 9,6 milhões para 2,6 milhões, desde o período em que o Estado brasileiro reconheceu a existência de trabalho infantil e escravo e se comprometeu internacionalmente a erradicar essas duas chagas sociais, heranças de uma sociedade escravocrata e socialmente desigual. Foram intensificadas fiscalizações e criados programas sociais de transferência de renda e enfrentamento do trabalho infantil. O Brasil se tornou referência mundial nas políticas adotadas, inclusive com o aumento dos níveis de escolaridade e retirada de crianças do trabalho, embora com grandes desafios ainda nas políticas de enfrentamento ao núcleo duro do trabalho infantil, aquele invisível, que ocorre na informalidade, nas ruas ou dentro da própria residência.

Do ponto de vista qualitativo, a PNAD aponta que as crianças mais atingidas pelo trabalho infantil mensurado são negras, atingindo, na faixa etária de 5 a 9 anos, o contingente de mais de 70%. As crianças invisíveis na PNAD – que trabalham para o próprio consumo e estão no trabalho doméstico – também são negras em sua maioria. Pesquisas censitárias realizadas no ano 2006, em São Paulo, e 2011, no território nacional apontam que mais de 60% das crianças que estão rua trabalham, tem residência e desse total mais de 70% são meninos negros, com baixa escolaridade. Além de constituir uma das piores formas de trabalho infantil, o trabalho nas ruas está ligado ao genocídio da juventude negra, como se pode identificar em casos recentes, como o de Ítalo e João Victor, com histórico de trabalho infantil nas ruas, na cidade de São Paulo.

O governo federal, assim, com o mascaramento do trabalho infantil nos dados oficiais agrava a desproteção social das crianças negras, mais vulneráveis aos trabalhos informais, precários, nas ruas, tentando se eximir da responsabilidade pela efetivação das políticas sociais necessárias ao acesso aos direitos sociais por estas crianças e suas famílias. A medida é muito grave e importa em negação de direitos fundamentais a uma parcela significativa da população infantil brasileira.

A sociedade deve estar atenta aos efeitos perversos do trabalho infantil, denunciar os casos identificados ao Ministério Público do Trabalho e outros órgãos de defesa, para que a responsabilização do poder público omisso seja levada a cabo e a proteção integral das crianças assegurada. A invisibilidade de mais de 1 milhão de crianças nos dados oficiais não pode passar invisível pela sociedade, que deve cumprir seu dever de proteger, denunciando assim, toda e qualquer situação de violação de direitos de crianças e adolescentes, sem desviar o olhar.

O IBGE deve uma explicação à sociedade brasileira sobre os dados apresentados, que contrariam uma série histórica e a realidade social, ocultando a triste realidade do trabalho que atinge um contingente de pelo menos 2,5 milhões de crianças e adolescentes brasileiros, em sua maioria pretos e pardos. (Por Elisiane Santos*, no Ceert).


*Elisiane Santos é Procuradora do Trabalho, Coordenadora do Fórum Paulista de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil em São Paulo, Vice-Coordenadora da COORDIGUALDADE (Coordenadoria de Combate à Discriminação do Ministério Público do Trabalho), Especialista em Direito do Trabalho pela Fundação Faculdade de Direito da UFBA, Mestre em Filosofia pelo Instituto de Estudos Brasileiros da USP.

Procuradora contesta dados sobre trabalho infantil, divulgados pelo IBGE. (Foto: Divulgação).

Maior Festival de Música do Brasil tem estrutura de som comandada por jovem altaneirense


Foi aberta na noite de ontem (09/12)  no estacionamento da Arena Castelão a 6ª edição do VillaMix, o Maior Festival de Música do Brasil. O Villa Mix Fortaleza ficou conhecido como uma das edições mais grandiosas do festival, com uma estrutura compatível a de renomados shows internacionais, com palco de gigantescas dimensões e o que há de melhor e mais moderno em termos de tecnologia, cenografia, iluminação, efeitos visuais e som.

Coube ao jovem altaneirense Sávio Soares, de 17 anos, o comando da equipe Mega Som, composta por 22 homens, responsável pelo som do Festival que contou com a participação dos das melhores atrações da música brasileira.

Na 6ª edição do VillaMix Fortaleza se apresentaram nomes como Jorge e Mateus, Simone e Simaria, Matheus e Kauan, Pedro e Benício, Xand Aviões, Luan Santana e Jonas Esticado dentre outros nomes de destaque.

O empresário Devanilton Soares, mais conhecido como Palito MegaSom, está em viagem ao Rio de Janeiro e compartilhou imagem de seu filho Sávio fazendo refeição nos preparativos do evento com a seguinte mensagem:

Queria diz o orgulho que tenho de vc e lhe dar os parabéns liderou uma equipe com toda responsabilidade com toda dedicação que deveria ter e tudo deu certo no maior festival de música do Brasil Villamix Mix Fortaleza eu precisava está ausente pra saber si realmente tinha a capacidade já que você tem tanta vontade de trabalhar na empresa e aprender, que sua força de vontade vença sempre é que Deus te abençoa em cada caminhar, esse é o começo de muitos novos projetos” escreveu Palito na rede social Facebook.

Sávio concluiu o ensino médio em Crato, foi aprovado em vestibular para os cursos de Administração e Direito, mas ainda não decidiu qual vai cursar.

Estou em dúvida onde estudar, mas não tenho nenhuma dúvida onde vou trabalhar. Vou seguir os passos do meu Pai e dar continuidade, melhorando ainda mais nesse ramo que mexe com corações e mentes das pessoas de todas as idades. Quero trabalhar e vou conciliar o trabalho com os estudos”, disse Sávio em contado com a administração do Blog. 
Sávio disse que também tem muito orgulho da história de seu pai, que começou em uma cidade de menos de cinco mil habitantes e hoje monta estrutura de som nos maiores eventos da Capital.

Inicialmente o objetivo de meu Pai era ser a melhor estrutura da região do Cariri, hoje estamos entre as melhores do Ceará e vamos trabalhar para entrar no seleto grupo das melhores do Brasil” disse o otimista Sávio Soares. (Com informações do Blog de Altaneira).

Sávio Soares (a direita) com o técnico de som Cobrinha nos bastidores do festival. (Foto: Divulgação).

Se as eleições fossem hoje, em quem você votaria para governador (a) do Ceará?


Foi lançado no último dia 26 de setembro no Blog Negro Nicolau enquete visando colher informações sobre a preferência de seus leitores e leitoras quanto a possíveis candidatos (as) ao Palácio da Abolição.

Quando do lançamento da enquete, afirmou-se que pretendia-se perceber como está o nível de politização de leitores (as) /eleitores (as) quanto ao acompanhamento do cenário trágico de crises econômica, política e de valores, ampliando a corrupção ao qual o país está acometido, bem como das ações desenvolvidas pelos atuais gestores e que para evitar qualquer angústia ou receio de quem pretenda participar da pesquisa, foi disponibilizado sugestões de nomes por ordem alfabética.

A pergunta é Se as eleições fossem hoje, em quem você votaria para governador (a) do Ceará? ”. Oito nomes foram colocados como sugestão, como Ailton Lopes (PSOL), Adelita Monteiro (PSOL), Camilo Santana (PT), Capitão Wagner (PR), Eunício Oliveira (PMDB), Renato Roseno (PSOL), Soraya Tubinambá (PSOL) e Tasso Jereissati (PSDB). Caso o (a) participante não se veja representado por nenhum destes (as), há a opção “outro (a)".

Quem ainda não votou, tem vinte e dois dias para participar da enquete que não se confunde com a pesquisa eleitoral na forma que se percebe no Art. 33, da Lei 9.504/97. Esta se configura simplesmente como um mero levantamento de opiniões, sem método científico e controle de amostra para sua realização, nesse tipo levantamento não existe rigor técnico e estatístico, dependendo, apenas, da participação espontânea do (a) interessado (a).

Para participar basta acessar o Blog Negro Nicolau a partir deste endereço e do lado superior direito escolher um dos nomes disponíveis. Estes não agradando, pode optar por “outro (a)".



Para votar, basta acessar o Blog Negro Nicolau e do lado superior direito escolher as opções. 

Geraldo Alckmin assume presidência do PSDB com discursos a favor das reformas


Defendendo as reformas trabalhista, Previdenciária e tributária, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assumiu oficialmente, durante a convenção nacional do PSDB neste sábado (9), a presidência da legenda pelos próximos dois anos. O novo presidente do tucanato fez forte e duro discurso contra o ex-presidente Lula (PT) e afirmou que o petista será derrotado pela legenda nas urnas.

Os brasileiros não são tolos e estão vacinados contra o método lulopetista de confundir para dividir, iludir para reinar. Mas vejam a audácia dessa turma. Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder. Ou seja, meus amigos: ele quer voltar à cena do crime”, ressaltou Alckmin.

Para o novo presidente do PSDB, Lula será condenado nas urnas. “Lula será condenado nas urnas pela maior recessão de nossa história. As urnas o condenarão pela frustração de projetos de milhões de famílias levadas ao desespero. As urnas o condenarão pelo desgoverno, pela destruição da Petrobras, por incitar o maior conflito entre os poderes da história recente”, afirmou.

Também com discurso contra Lula, que tem aparecido na liderança nas pesquisas sobre a disputa pelo Palácio do Planalto no próximo ano, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que, apesar dos seus 86 anos indicarem tempo suficiente de vida e história, ainda há energia e prefere derrotar o ex-presidente Lula nas urnas do que vê-lo na cadeia. “Eu já ganhei do Lula duas vezes e temos energia para combatê-lo cara a cara. Eu prefiro combatê-lo na urna do que vê-lo na cadeia”, ressaltou.

O povo está enojado e irritado como todos nós. Sente como uma grande traição nacional. Temos que respeitar a percepção popular. As pessoas querem coisas simples: decência, transporte, segurança, trabalho”, disse FHC.

Eleito novo presidente da sigla, em chapa única e por aclamação, Alckmin foi ovacionado ao ser anunciado no palco da convenção. Ele subiu acompanhado do prefeito da capital paulista, João Doria. Na votação, 470 pessoas votaram a favor de Alckmin, contra três votos contrários e uma abstenção.

Alvo das delações da JBS, motivo que o fizeram se licenciar do partido, o senador Aécio Neves (MG) não compôs mesa e foi vaiado ao chegar à convenção. Na última semana enviou carta de despedida aos colegas fazendo um balanço positivo de sua gestão.

Pacificador

Alckmin foi convencido pelo ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman e pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a assumir o comando do partido para tentar pacificar a sigla. O PSDB vive uma crise interna desde a divulgação das delações da JBS, em maio deste ano. A agremiação rachou sobre a permanência na base de apoio de Temer, que foi denunciado duas vezes pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot em decorrência das delações. Nas votações que arquivaram ambas as denúncias contra Temer, metade dos deputados do PSDB votaram pelo prosseguimento das ações.

Após o então presidente do PSDB, senador Aécio Neves, se licenciar do comando do partido e indicar o também senador Tasso Jereissati para assumir a presidência interina do tucanato, a crise no partido se agravou. Tasso engrossou o coro dos tucanos que pediam desembarque do governo Temer e desagradou a ala governista do PSDB.

No início de novembro, o governador de Goiás, Marconi Perillo, comunicou pessoalmente a Tasso sua intenção de concorrer à presidência do PSDB. Uma semana depois, Tasso também oficializou sua candidatura. Em reação à candidatura de Tasso e com as acusações de que o cearense estava usando a máquina do partido para se reeleger, Aécio destituiu Tasso do comando partidário e indicou o ex-governador de São Paulo e vice-presidente da sigla, Alberto Goldman, para garantir “isonomia” na disputa entre os tucanos.

Goldman, com apoio de FHC, trabalhou para convencer Alckmin a assumir a presidência tucana, por ser o único nome por quem Tasso e Marconi abririam mão da disputa. O governador paulista só aceitou a incumbência quase 20 dias depois, no fim de novembro, em uma reunião com a presença de Goldman, FHC, Marconi e Tasso no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo.

Após aceitar assumir o partido, o governador paulista anunciou que o PSDB deixaria oficialmente o governo assim que ele assumisse o comando tucano.

Críticas e desembarque

A 14ª Convenção Nacional do PSDB começou com fortes críticas dos tucanos à permanência do partido na base aliada de Temer. “O PMDB é o partido mais desmoralizado desse país. [...] Tenho certeza que 99,9% do partido defende o desembarque do governo”, avaliou o deputado estadual do Rio de Janeiro Luiz Paulo no início da convenção.

Nitidamente dividido, os primeiros tucanos subiram ao palco para criticar o processo de votação e o fato de haver uma chapa única.

O que eu vejo é um partido dividido, mal falado e que não segue o projeto programático. Como pode uma votação como essa, que não tenha uma lista dos candidatos afixada?”, criticou um prefeito tucano, que não quis se identificar, ao Congresso em Foco.

Já Alberto Goldman criticou a relutância dos dois últimos ministros tucanos Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e especialmente de Luislinda Valois (Direitos Humanos) em abrir mão de suas pastas no governo, afirmando que eles ainda estão lá por vontade própria e do presidente Michel Temer (PMDB). Para Goldman, Luislinda Valois já deveria ter deixado o cargo no início de novembro, após “declaração infeliz” de que estaria trabalhando no ministério em condições de trabalho escravo por não receber acúmulo de salário do cargo de ministra e de desembargadora aposentada. “Eu diria que seria conveniente que ela deixasse o ministério porque ela foi muito infeliz na declaração que ela fez”, criticou Goldman. No início de novembro, Luislinda apresentou um pedido ao governo para acumular seu salário como ministra dos Direitos Humanos com sua aposentadoria como desembargadora.

Goldman disse ainda que o PSDB já desembarcou do governo e afirmou que o governo Temer é uma continuação do governo da petista Dilma Rousseff. “O que nós estamos vivendo hoje é o governo Dilma. Michel Temer é o vice-presidente do governo Dilma e nós não elegemos Michel Temer”. Apesar do desembarque, o discurso dos tucanos e do presidente interino é pró-reforma, mesmo com um partido dividido.

Antes do “desembarque” tucano do governo, o PSDB tinha quatro pastas no governo de Temer. Bruno Araújo e Antônio Imbassahy, que comandavam os ministérios das Cidades e da Secretaria de Governo, respectivamente, já entregaram suas pastas. Imbassahy entregou sua carta de demissão ontem (sexta, 8). (Com informações do Congresso em Foco).

Alckmin defendeu as reformas ao assumir presidência do PSDB. (Foto: Joelma Pereira/ Congresso em Foco).