O que ninguém fala sobre a Princesa Isabel


Ela não concedeu a alforria a um escravo tuberculoso, chamava os seus serviçais de pretos e debochava dos abolicionistas mais combativos – assim era a “Redentora”, hoje candidata à canonização.

Ensina-se nos livros escolares que a princesa Isabel (1846-1921) foi uma heroína nacional, a redentora que sancionou a Lei Áurea em 13 de maio de 1888, libertando os negros da escravidão. No momento em que até se cogita a sua canonização, o livro “O Castelo de Papel” (Rocco), da historiadora Mary Del Priore, desfaz essa imagem de santa progressista. Com base em documentos inéditos dos arquivos do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e do Museu Imperial, em Petrópolis, Mary sacramenta o que outros estudiosos suspeitavam: a herdeira do trono não defendia as causas sociais nem se indignava contra os açoites recebidos pelos escravos. Era apenas isso: uma mulher mais preocupada com a família e a sustentação da realeza.

Toda época tem limites no que diz respeito aos avanços políticos, mas a omissão da princesa era flagrante. Em 1881, ou seja, quase uma década antes da abolição, Isabel fingiu não ouvir os lamentos das senzalas ou mesmo as vozes exaltadas dos púlpitos republicanos. Recém-chegada de uma viagem à Europa em companhia de seu marido, o conde D’Eu, ela evitou o clamor que já dominava as ruas do Rio de Janeiro e se refugiou na residência imperial na região serrana, em Petrópolis. As cobranças, no entanto, eram feitas até por aqueles de quem menos se esperava, caso de sua aia, Luisa de Barros Portugal, a condessa de Barral, que cuidou de sua educação na juventude. A princesa respondeu assim às reprimendas da velha senhora, com quem mantinha correspondência: “Que demônio pode ter-lhe contado tantas coisas, querida? São os horríveis artigos de José do Patrocínio? Se você não pode ignorá-los, mostre que eles lhe são desagradáveis.” O deboche era endereçado ao combativo abolicionista.

A suposta generosidade da monarca não se comprovava na prática. Sempre cercada de mucamas, o tratamento que dirigia aos descendentes de uma raça pela qual ela teria lutado para emancipar não era nada lisonjeiro. Já aos 18 anos, assim listou os seus escravos: “Marta, negrinha de quarto, Ana de Souza, sua mãe, Francisco Cordeiro, preto do quarto, Maria d’Áustria, mulher dele, Minervina, lavadeira, Conceição, Florinda e Maria d’Aleluia, engomadeiras. José Luiz, preto músico, Antonio Sant’Ana, preto que me serviu algum tempo.” Isabel era indiferente aos sofrimentos dos serviçais. Mary traz à luz o caso de um escravo de sua residência, que, já velho e tuberculoso, teve de recorrer ao imperador dom Pedro II, pai da governante, para conseguir a alforria.

Embora se colocasse como liberal, ela se mostrou irritada com a decisão da Câmara dos Deputados que aprovara a Lei do Ventre Livre, promulgada contra a sua vontade em 1871, dando liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. As discussões na Câmara foram muito acaloradas e os conservadores usaram de vários meios para impedir a aprovação da nova lei. Mais preocupada em evitar a animosidade dos donos de terra que davam sustentação à Coroa, Isabel qualificou a votação de precipitada. Escreveu ao pai: “O espírito dos fazendeiros anda agitado.” Somente quando a situação se tornou insustentável ela tomou da pena e oficializou a sua adesão ao abolicionismo. A essa altura, o movimento já tinha conquistado grande parte da opinião pública e a rebelião tinha se espalhado pelas senzalas.

Mary mostra que Isabel não tinha vocação para o reinado ou uma clara preocupação pelos rumos políticos do País. Já no início dos estudos, demonstrava pouco interesse por temas nacionais. Aos 25 anos, assumiu pela primeira vez o trono como regente e depois confessou ao pai: “Quando entrei na sala, fiquei abismada, cinco enormes pastas recheadas, algumas de uma maneira monstruosa, estavam-me esperando.” Uma indisposição que vinha de longa data. “Na documentação, percebe-se que os sentimentos do seu marido pelo Brasil são muito mais visíveis e palpáveis do que os de Isabel”, disse a historiadora. “Em sua correspondência, a palavra política aparece sempre como sinônimo de coisa entediante. É vista como desconhecida e cansativa.” (As informações são de Michel Alecrim, ItstoÉ e, publicado no Pragmatismo Político).


Foto: Reprodução/ Pragmatismo Político.

Professor altaneirense entra para a equipe do Nova Escola


O site Nova Escola publicou nesta quinta-feira, 28, a lista dos professores, mentores e especialistas, dentre os mais de 13 mil inscritos em processo seletivo, que farão parte de sua nova equipe de autores. 

Os (as) selecionados (as) irão produzir 1.500 planos de aula de Matemática para turmas do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Ao todo, serão 150 professores (as), 30 mentores (as) e 5 especialistas que produzirão os planos entre novembro deste ano e fevereiro de 2018. Ainda segundo o Nova Escola, há profissionais de todas as regiões do Brasil. Toda essa turma se reunirá num grande encontro de formação, entre 2 e 5 de novembro, para dar discutir sobre a metodologia que será adotada na produção e sobre a Base Nacional Comum Curricular.

O projeto Planos de Aula NOVA ESCOLA é resultado de uma parceria entre a Associação Nova Escola, que publica a NOVA ESCOLA, a Fundação Lemann, mantenedora da Associação, e o Google.org, braço filantrópico do Google. Os planos de aula de Matemática estarão disponíveis gratuitamente para todos os professores do país a partir de janeiro do ano que vem. Os materiais de Língua Portuguesa, Ciências, História, Geografia, Inglês e Educação Infantil serão produzidos e disponibilizados ao longo de 2018.

Na nova equipe está o altaneirense Reginaldo de Sousa Venâncio, professor e diretor da Escola de Ensino Fundamental Joaquim Soares da Silva, no Bairro Zé Rael. Ele integrará o grupo na função de Mentor. Em seu perfil no facebook, o professor comentou acerca da felicidade em fazer parte de um “um grupo tão seleto de educadores pensantes desse país” e de estar representando o município de Altaneira.

Estou muito feliz, agradeço eternamente aos meus familiares que sempre me apoiam nas minhas decisões. É muito gratificante ser partícipe de um grupo tão seleto de educadores pensantes desse país. Além disso, estarei representando minha querida cidade e todos os educadores cearenses. Sei que serão momentos de intensas aprendizagens que subsidiará muito para minha formação”, escreveu.


Professor Reginaldo Venâncio. Foto: Reprodução/ Facebook.

O Congresso, o Brasil e dois generais


Quem tinha esperança pode ir tirando o cavalinho da chuva. Embora a pesquisa CNI-Ibope tenha mostrado Temer no fundo do poço, com apenas 3% de aprovação, está tudo pronto na Câmara para a rejeição da denúncia que o acusa de organização criminosa e obstrução da Justiça. Com o relator escolhido, José Bonifácio de Andrada, aecista e governista empedernido, embora jurista lustrado, desta vez o governo nem terá o trabalho de aprovar um substitutivo na Comissão de Constituição e Justiça, como na tramitação da primeira denúncia. Ele dará um parecer pela rejeição, que será aprovado pela Comissão e referendado pela maioria do plenário. Tudo na base do jogo rápido. O governo está “zerando todas as pendências” com os deputados, como diria Joesley Batista. Quem tem razão é o general Leal Pujol: os deputados e senadores só ouvirão o Brasil quando (e se) os 77% que rejeitam Temer forem para a rua.

- Se vocês estão insatisfeitos, vão para a rua se manifestar, mostrar, ordeiramente. Mas não é para incendiar o país, não é isso -, disse o comandante militar do Sul em Porto Alegre.

Pujol, ao que parece, não é da mesma corrente do general Mourão, o que defende a intervenção militar se os poderes constituídos não resolverem a crise. Se depender do Congresso, não haverá solução e sim aumento da irritação com os políticos. O Congresso tornou-se um mundo apartado do Brasil real, do Brasil dos brasileiros. São mundos incomunicantes. O Senado se encaminha para peitar o STF e desautorizar o afastamento e o recolhimento noturno do senador Aécio Neves. A Câmara vai novamente garantir a permanência de Temer no cargo, e a sobrevivência de seu governo pautado pela corrupção e a pilhagem até janeiro de 2019. Pois com ele também escapam da acusação de formação de organização criminosa os ministros Moreira e Padilha. Outros membros da organização já estão presos ou já viraram réus: Henrique Alves, Geddel, Eduardo Cunha e Rodrigo Loures.

A expressão que mais ouvi na Câmara esta semana foi a de que a votação da denúncia já está “precificada”. Ou seja, tudo já foi negociado na votação da primeira, embora o governo não tenha resgatado as promissórias. Agora, vai “zerar as pendências” e ganhar de novo. O PSDB, que rachou literalmente ao meio em agosto, agora dará mais votos a Temer do que da primeira vez. Então, não dá para ter ilusões. Dou razão novamente ao general Pujol.

- Se os nossos representantes não estão correspondendo às nossas expectativas, vamos mudar. Há uma insatisfação geral da Nação, eu também não estou satisfeito – disse ele  ressalvando que, pessoalmente,  como militar, não pode ir para a rua. Os que podem, entretanto, seguem apenas reclamando, ou  com seus botões ou nas conversas privadas.  

É ilusória também a expectativa de que, se chegarmos sãos e salvos às eleições de 2018, tudo pode mudar num acerto de contas do eleitorado. Fica claro a cada dia que dificilmente Lula poderá ser candidato. Plano B a esquerda não tem. Haverá um candidatos da direita, alguém que ainda será inventado. Não Doria, não Bolsonoro, que são óbvios demais, despreparados demais para dar conta da agenda que o alto da pirâmide já nos impõe mas quer levar bem mais adiante. A do desmonte do Estado, da entrega das riquezas, da abdicação da soberania, da radicalização da pobreza e da desigualdade, transformando o país numa grande pastagem para o capital predador.


No ponto em que chegamos, no lugar das palavras de um líder, de um condutor em tempo de crise, temos as exortações de dois generais. Ou vamos para a rua, como sugeriu Pujol, ou vamos esperar que se cumpra o desiderato de Mourão, com um golpe militar que varrerá o sistema político, levando junto o que nos resta de democracia. (As informações são de Tereza Cruvinel, colunista do 247).

Reprodução/ 247.

“Trevas”. Juristas comentam decisão do STF em autorizar o ensino público religioso



Por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF), considerou constitucional o ensino público religioso confessional, ou seja, ligado a uma crença específica. Ministros rejeitaram a ação da Procuradoria Geral da República para que as aulas fossem genéricas e abordassem aspectos históricos e sociais das religiões. A partir do julgamento, a matéria confessional pode ser oferecida pelas escolas públicas de forma facultativa.

Votaram pela manutenção do ensino confessional os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Edson Fachin, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia, que desempatou o caso.

Os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Marco Aurélio, Celso de Mello votaram contra.

Apesar do placar apertado, a decisão causou espanto na comunidade jurídica. Para quem não entendeu a dimensão do que foi julgado, vale destacar que a corte autorizou que escolas públicas de todo o país instituam para seus alunos e alunas ensino religioso confessional – isto é, com crença religiosa. Logo, um ensino confessional teria oração, costumes e tudo o que está ligada à determinada religião. No Brasil, de imensa maioria cristã, é possível imaginar quais religiões serão professadas.

O Justificando conversou com diversos pensadores do Direito e de outras áreas do conhecimento, que rebateram a decisão sob o argumento da violação ao estado laico, das evidentes prioridades reacionárias da corte, e do “ingenuidade” da corte ao estabelecer a ideia de que o ensino será pluralista. As declarações sobre a decisão podem ser lidas abaixo:

Eloísa Machado, Doutora em Direito Constitucional e Coordenadora do curso de Direito da FGV-SP

A decisão do STF é um grande retrocesso. Toda uma pauta liberal e progressista que vem sofrendo investidas conservadoras no legislativo e no executivo e que ainda aguarda posição do STF fica em suspenso: de código florestal a direito mudança de registro civil das trans.

Assumir a confessionalidade do ensino, além afetar profundamente a lógica do que deve ser a educação pública, laica e inclusiva, abre espaço para uma infinidade de outros problemas. É inadmissível, por exemplo, que os escassos recursos públicos sustentem a doutrinação religiosa nas escolas. Mas o STF não se pronunciou sobre isso”.

Joice Berth, Feminista negra:

Trevas. Essa decisão é mais uma assunção de racismo por parte do nosso sistema judiciário, pois sabemos que não será ensino religioso de maneira abrangente e democrática, será sim um esquema de doutrinação neopentecostal, uma imposição de pensamento evangélico, já que essa é uma bancada que só cresce dentro de todas as estruturas políticas. Lamentável e que os pais estejam atentos a essa agressão fascista a laicidade do estado brasileiro”.

Luis Felipe Miguel, Professor de ciência política na UnB:

O ensino religioso no Estado laico é uma excrescência. Se as famílias e as igrejas querem dar educação doutrinal às suas crianças, que o façam em seus próprios espaços. Ao interpretar a regra constitucional como sendo a necessidade de inculcação da “religiosidade”, o Supremo rasga a ideia da neutralidade estatal em relação aos diversos sistemas de crença”.

Márcio Sotelo Felippe, Procurador do Estado de São Paulo:

Não temos mais constituição. O STF julga ao sabor de injunções políticas ou para agradar setores da opinião pública. São tempos sombrios, uma reação termidoriana que enterra séculos de conquistas iluministas, de avanços no processo civilizatório. Este é um estado de exceção com sabor de fascismo. A inteligência está morta no Brasil

Renan Quinalha, Doutor em Direito e Professor na Universidade Federal de São Paulo:

A decisão do STF faz com que o Estado laico promova, nas escolas públicas, o ensino religioso confessional. Isso é um absurdo, pois se está permitindo que religiões se apropriem do espaço público da escola para propagar sua própria fé. Considerando o contexto atual, isso se torna ainda mais grave. Os discursos de “escola sem partido” e “combate à ideologia de gênero” poderão agora contar com o reforço do ensino religioso confessional nas escolas, minando o que restava de laicidade do Estado no sistema de ensino”.

Alexandre Melo Franco Bahia, Professor Doutor de Direito Constitucional na Universidade Federal de Ouro Preto:

A decisão do STF afirmando que o Estado Brasileiro deve custear um Ensino Religioso “Confessional Pluralista” ofende a tantas ordens diferentes do Direito que fica difícil definir por onde começar.

Como um Estado Laico pode atuar de forma Confessional? Em que mundo isso faz sentido? Ainda que a maioria queira dizer que esse ensino deve ser “pluralista”, ou eles são muito “inocentes” – e não sabem do que é o ensino religioso na maioria das escolas públicas do país, ou estão assumindo estarem prontos para receberem centenas de pedidos de Reclamação contra – o que acontece todos os dias e agora só vai piorar – o proselitismo fundamentalista e, claro, nada plural, que é feito em escolas públicas todos os dias”. (Com informações do Justificando).


Em sessão solene, agricultores (as) familiares de Altaneira são homenageados (as) e recebem Sipaf


O Secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Altaneira, Ceza Cristóvão, solicitou da mesa diretora da Câmara Municipal espaço para a realização de homenagens aos agricultores e agricultoras familiares em face da passagem do Dia Municipal da Agricultura Familiar a ser comemorado no próximo dia 30/09, por força de lei.

Agricultores (as) familiares de Altaneira recebem Sipaf durante sessão solene. Foto: Júnior Carvalho.

Segundo o Secretário, a antecipação para o dia 27 se deu em virtude de que a próxima sessão se daria só em outubro, o que faria que a realização da solenidade se desse fora do mês. Com um auditório lotado, Ceza, visivelmente emocionado, arguiu acerca da importância desse setor no município e que, diante de um cenário de retirada de direitos que vem se dando nos últimos meses, estar a frente da pasta apresentando resultado de ações relevantes que fortalecem e valorizam a agricultura familiar em Altaneira era gratificante. Não isentou o presidente Temer dos cortes de recursos, principalmente em programas agrícolas, mas frisou que o problema do país não é só ele (Temer). “Queria dizer Fora Temer, mas não vou dizer. Será que o problema do Brasil é só o Temer….”, e foi taxativo ao ressaltar que se tratava de um reflexão.

No bojo da apresentação, Ceza fez uma síntese da Lei Nº 521, de 20 de setembro de 2011 que fundamentou o momento e concluiu afirmando que mesmo diante dos problemas enfrentados pela agricultura familiar, como por exemplo - a expansão desenfreada do agronegócio - o setor vem ganhando incentivos, sendo, pois, responsável por quase 70% dos alimentos consumidos no país. E disse que se sentia feliz por ter recebido mais uma oportunidade da gestão para ficar a frente de secretaria e muito mais por proporcionar a entrega de certificados a 22 (vinte e dois) agricultores (as) que lhes permitirão ampliar seus poderes de comercialização intermunicipal e interestadual, ao passo que agradeceu as parcerias firmadas com a secretaria e o corpo de funcionários (as) desta.

O vice-prefeito, Charles Leite, defendeu que os investimentos no setor não podem e nem devem parar e chamou endossou as palavras do secretário ao arguir que a agricultura é a principal atividade econômica do município, ao passo que parabenizou os agricultores e agricultoras presentes.

Representando a classe de agricultores, João Bel, da Horta Dois Irmãos, fez uso da tribuna. João afirmou que era uma alegria estar participando do momento e foi elucidativo ao argumentar que para ele “não era uma obrigação ser agricultor, mas uma satisfação”.

Os servidores Flávio e Rafael fizeram uma explanação dos principais projetos, ações e conselhos da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (Seagri) e em parceria com outros setores, como a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), o Guia de Transito Animal (GTA), o Cadastro Ambiental Rural (CAR), o Sistema de Inspeção Municipal (SIM), o Hora de Plantar, Garantia Safra, o Conselho Municipal do Meio Ambiente (Condema), dentre outro.

Ao voltar com a palavra, o secretário Ceza convidou os (as) homenageados (as) para receberam o certificado alusivo ao Selo da Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf).

No uso da palavra, vereadores (as) se revezaram nos elogios a administração municipal e a secretaria, em particular, pela dedicação a um setor tão importante no município, ao passo que parabenizaram a equipe de trabalho da pasta e os (as) protagonistas da noite.

Plenário da Câmara de Altaneira lotado em sessão solene que homenageou agricultores (as) familiares. Foto: João Alves.

A sessão foi prestigiada também por vários (as) servidores (as), familiares dos (as) homenageados (as), o vice-prefeito, Charles Leite, os secretários de Governo, de Administração e Finanças, e de Cultura, Desporto e Turismo, Deza Soares, Humberto Batista e Antonio de Kaci, respectivamente, o procurador municipal, Milton Ferreira, o ex-prefeito João Ivan, o ex-vereador e ex-presidente da câmara, Raimundo Soares, Iran Amorin, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Altaneira (STRA), a represente da Associação Raízes Culturais de Altaneira, Lúcia de Luena, o vice-presidente da Associação Beneficente de Altaneira (ABA), Nicolau Neto e, Osvaldo David, representante da Adagri.

A Lei que institui 30 de setembro como o dia Municipal da Agricultura Familiar foi sancionada em 20 de setembro de 2011 pelo então prefeito Raimundo Rodrigues da Mota e é fruto do projeto do vereador na época, Deza Soares. (As informações são do Portal Oficial do Município).

STF coloca Aécio de castigo e o Senado ameaça tira-lo



Em nova batalha entre o Judiciário e o Legislativo, o Senado deve rejeitar a decisão tomada na terça-feira (26) pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que impôs a Aécio Neves (PSDB-MG) novo afastamento do mandato e recolhimento noturno.

Do 247/Folha de São Paulo - O julgamento da primeira turma do tribunal, por três votos a dois, provocou reações tanto no Supremo quanto no Senado.

Preocupados com o próprio destino, já que muitos são alvos de investigações, senadores passaram a cobrar do presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que leve o tema para votação em plenário.

Parlamentares se apoiam no argumento de que o afastamento não tem respaldo na Constituição. Tomam como base o artigo 53 do texto, que prevê prisão para senadores e deputados apenas em caso de "flagrante delito de crime inafiançável".

"O Supremo extrapolou a interpretação da Constituição. É uma teratologia patente o que se fez ontem [terça]. Aplicou-se sanções que não estão previstas", disse o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), vice-presidente do Senado.

Lideranças partidárias ouvidas pela Folha dão como certo que o caso deve ser levado ao plenário. Eunício evitou se posicionar sobre o assunto, à espera da notificação do tribunal, ocorrida na noite de quarta (27).

A votação pode ocorrer nesta quinta (28) se houver quorum. Bastam 41 votos, entre os 81 senadores, para o Senado não cumprir a decisão.



Afastado do mandato mais uma vez, Aécio Neves tem prisão rejeitada pelo STF


Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negaram nesta terça-feira 26, por 5 votos a 0, pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para prender o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Mas, por 3 votos a 2, determinaram o afastamento do parlamentar do mandato.

De CartaCapital - A decisão também determina que Aécio entregue seu passaporte, o que o impede de sair do país, e permaneça em recolhimento noturno, ou seja, que permaneça em casa à noite.

Aécio foi afastado do Senado no dia 18 de maio no âmbito da Operação Patmos, desdobramento da Lava Jato baseado em delações da JBS e que também atingiu Michel Temer (PMDB). Na ocasião, foi divulgado o conteúdo de um diálogo entre Aécio e Joesley Batista, dona da JBS, no qual o senador pede 2 milhões de reais ao empresário para pagar sua defesa na Lava Jato.

Acusada de operar propina para o irmão, a irmã e braço direito de Aécio, Andrea Neves, foi presa, assim como o primo Frederico Pacheco. O ministro Edson Fachin, relator da operação no Supremo, negou o pedido de prisão do senador.

O inquérito foi redistribuído no dia 30 de maio e, na ocasião, Marco Aurélio Mello assumiu a relatoria do caso de Aécio. Em 30 de junho, Mello determinou a devolução do mandato a Aécio Neves. Ao decidir sobre o caso, o ministro contestou os argumentos da PGR de que Aécio atuava para interferir nas investigações.

A volta de Aécio

Em 4 de julho, Aécio retornou ao Senado após a decisão do STF.  Em discurso, ele reafirmou sua inocência e disse ter sido vítima de uma "armadilha" montada pelo empresário Joesley Batista, da J&F, cuja delação premiada fez o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedir a prisão do senador.

"Não cometi crime algum. Não aceitei recurso de origem ilícita. Não ofereci ou prometi vantagens indevidas a quem quer que fosse e tão pouco atuei para obstruir a atuação da Justiça como me acusaram", afirmou Aécio. Sem citar Joesley, o tucano disse que foi "vítima de uma armadilha, engendrada e executada por um criminoso confesso de mais de 200 crimes".

Aécio admitiu que procurou Joesley, mas por motivos pessoais. "Por meio de minha irmã, reitero, ofereci a ele a compra de um apartamento de propriedade de minha família", disse. "Essa venda, sim, me ajudaria a arcar com as novas despesas que passei a ter com advogados", afirmou. Segundo Aécio, ele precisa se desfazer de parte do patrimônio de sua família porque não obteve "jamais, em tempo algum, vantagens financeiras através da política".

Ainda segundo o senador tucano, os dois milhões de reais que pediu a Joesley seriam um empréstimo, que não envolveu dinheiro público ou contrapartidas, e que seria quitado.

Aécio é afastado mais uma vez do Senado. Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil.

Blog Negro Nicolau lança enquete sobre eleições para governo do Estado do Ceará


A pouco menos de um ano das definições dos principais grupos políticos partidários do Estado do Ceará sobre a formação de chapas visando as disputadas eleitorais de 2018, o Blog Negro Nicolau lançou na tarde desta terça-feira, 26/09, enquete visando colher informações sobre a preferência de seus leitores e leitoras quanto a possíveis candidatos (as) ao Palácio da Abolição.

A enquete pretende ainda perceber como está o nível de politização de leitores (as) /eleitores (as) quanto ao acompanhamento do cenário trágico de crises econômica, política e de valores, ampliando a corrupção ao qual o país está acometido, bem como das ações desenvolvidas pelos atuais gestores.

Para evitar qualquer angústia ou receio de quem pretenda participar da pesquisa, foi disponibilizado no blog sugestões de nomes por ordem alfabética. A pergunta é: “Se as eleições para governador do Ceará fossem hoje, em que você votaria? ”. Oito nomes foram colocados como sugestão, como Ailton Lopes (PSOL), Adelita Monteiro (PSOL), Camilo Santana (PT), Capitão Wagner (PR), Eunício Oliveira (PMDB), Renato Roseno (PSOL), Soraya Tubinambá (PSOL) e Tasso Jereissati (PSDB). Caso o (a) participante não se veja representado por nenhum destes (as), há a opção “outro (a)".

Para votar na enquete basta acessar o endereço negronicolau.blogspot.com.br e do lado direito clicar na opção desejada. Deve-se registrar ainda que esta enquete não se confunde com a pesquisa eleitoral na forma que se percebe no Art. 33, da Lei 9.504/97. Esta se configura simplesmente como um mero levantamento de opiniões, sem método científico e controle de amostra para sua realização, nesse tipo levantamento não existe rigor técnico e estatístico, dependendo, apenas, da participação espontânea do (a) interessado (a).

O tempo de participação na enquete termina na meia noite do dia 31 de dezembro e o resultado divulgado no dia seguinte neste blog.


Imagem capturada do Blog Negro Nicolau.