EEEP Wellington Belém de Figueiredo, em Nova Olinda, promoverá IV Mostra de Ciências, Arte e Cultura


A Escola Estadual de Educação Profissional Wellington Belém de Figueiredo, situada no município de Nova Olinda e que atende além de alunos deste espaço social mais dois municípios - Altaneira e Santana do Cariri - de forma consorciada, realizará nesta sexta-feira, 1ª de setembro, a IV Mostra de Ciência, Arte, Cultura e Tecnologias.

Este ano, a mostra tem como temática “Tecnologias e Ciências: Teoria e Prática, Construindo Saberes” conforme convite (abaixo) que ilustra este artigo divulgado no perfil da instituição de ensino na rede social facebook na tarde desta terça, 29. O evento é parte integrante da X Feira Regional de Ciências e Cultura, edição 2017, organizada pela 18º Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação – CREDE 18, em parceria com as Secretarias Municipais de Educação – SMEs.

Está incluída entre as finalidades da mostra estimular a investigação e a busca de conhecimento de forma cotidiana e integrada com toda a comunidade escolar, conduzida e desenvolvida pelos estudantes; Estabelecer relações dinâmicas dos conhecimentos específicos das disciplinas da base comum do Ensino Fundamental e Médio, com problemáticas sociais, culturais, econômicas e ambientais, de caráter local, regional, nacional e/ou global; Promover o intercâmbio artístico, cultural e científico entre os visitantes e participantes do evento; Incentivar a participação dos alunos e professores em eventos científicos através de projetos, dentre outras.


Ainda segundo informações da escola, o evento é aberto para visitas aos projetos desenvolvidos pelo corpo discente entre os horários manhã e tarde. No período matinal entre às 09h30 e 11h30 e no vespertino entre às 13h30 e 15h30. 


De cada dez denúncias de trabalho escravo, MPT só tem condições de investigar uma


Todos os avanços históricos no combate ao trabalho escravo que o Brasil alcançou nos últimos 20 anos estão em xeque por conta das restrições orçamentárias que o governo Temer está impondo ao Ministério do Trabalho e demais órgãos públicos. O país pode em breve chegar a uma situação vergonhosa de ter “risco extremo” de escravidão contemporânea.

A atual situação do Ministério Público do Trabalho (MPT) é um bom exemplo: sem dinheiro para manter em plena atividade seu Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), que conta hoje com apenas quatro equipes – eram 10 em meados dos anos 2000 –, o MPT precisa fazer escolhas trágicas no dia a dia: de cada 10 denúncias de trabalho escravo recebidas, a equipe só tem condições de atender uma. E a situação tende a piorar.

A realidade é que as operações de setembro já estão comprometidas. Se não houver medidas suplementares, não teremos orçamento suficiente para seguir com as operações”, afirma o coordenador nacional da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conaete) do MPT, Tiago Muniz Cavalcanti, em entrevista ao site Investimentos e Direitos na Amazônia, do Inesc.

Segundo Cavalcanti, todos os órgãos que lidam com a questão do trabalho escravo estão com receio do retrocesso que haverá na política de enfrentamento a essa prática. Para tentar reverter esse quadro, o MPT entrou com uma ação civil pública contra o governo federal para garantir a manutenção do combate ao trabalho escravo do Grupo Móvel, que pode parar pela primeira vez em 22 anos.

O combate ao trabalho escravo é uma política pública que teve início na década de 90, é um compromisso internacional e não do governo de plantão”, lembra.

Outro aspecto que tem grande impacto na fiscalização do trabalho escravo é a precarização da legislação trabalhista, que afeta todos os trabalhadores do país e impõe a terceirização irrestrita. Cavalcanti lembra que de cada 10 trabalhadores resgatados, nove são terceirizados.
O Brasil consegue hoje resgatar menos de um terço dos trabalhadores em condição análoga à escravidão que foram identificados – de acordo com estimativa da ONG Walk Free, existiam 161 mil trabalhadores em condições análogas à escravidão em 2016. O Brasil figura atualmente na 33ª posição entre os países que mais praticam trabalho escravo, em um ranking de 198 países.


Precarização da legislação trabalhista impõe a terceirização irrestrita: de cada 10 trabalhadores resgatados, nove são terceirizados. Foto: Divulgação.

Comercial de moda tem como estrela uma família negra LGBT


Não há dúvidas de que hoje em dia uma mera foto postada em uma rede social pode transformar a vida de diversas pessoas. Se a foto for uma imagem em família, mostrando como o amor, o afeto e o cuidado não possuem gênero, cor nem orientação sexual, tal foto pode se transformar em um exemplo, a mudar a vida de muita gente além de quem aparece na postagem.

Do Ceert - Foi assim que, a partir de um simples post, Kardale Lewis e Kaleb Anthony, junto de seus quatro filhos, se tornou a primeira família negra e LGBT a estrelar uma campanha de moda.

A tal foto, postada em 2014 no Instagram, mostrava Kardale e Kaleb, pais de duas meninas e dois meninos, às 5 e meia da manhã arrumando o cabelo das meninas para que elas fossem à escola. Rapidamente o post alcançou50 mil likes, o que levou a família a estrelar primeiro um comercial da Nikon.

Esse mês, eles voltaram às páginas publicitárias, agora como o primeiro casal negro e gay a, junto de seus filhos, protagonizar uma campanha de moda.

A campanha é para a marca sueca Acne Studios, e mostra a família em looks combinados, divertindo-se em uma cama – com direito a saltos sobre o colchão.

Segundo o diretor da empresa, a campanha “ressalta que, enquanto cada família é diferente, todos nós temos o mesmo o amor e queremos o melhor para nossas crianças. Não há família ‘normal’ – todas as família são normais”, ele disse, coberto de razão.

Toda vez que o amor e o afeto, especialmente se de forma libertária e transformadora, se torna a estrela de uma campanha, trata-se, afinal, de uma boa notícia.

Esse é o primeiro comercial de moda a estrelar família negra LGBT. Foto: Divulgação/ Hypeness.

Atleta altaneirense conquista mais um pódio no Circuito de Corridas e Caminhadas Sesc em Juazeiro do Norte



O Serviço Social do Comércio Ceará (Sesc), unidade de Juazeiro do Norte, promoveu neste domingo, 27, Circuito de Corridas e Caminhada envolvendo atleta de cidades como Teresina, no Piauí, Garanhuns (PE), da capital cearense Fortaleza, além de representantes de vários municípios da região do cariri.

O evento reuniu desportistas maiores de idade que se inscreveram pelo site da entidade promotora, braço social do sistema Fecomércio no interior do Ceará contribuindo com 2 kg de alimentos não perecíveis.

O estudante do ensino médio integrado a educação profissional, Ravi Timóteo, representou o município de Altaneira na Categoria Sub 30. À redação do Blog Negro Nicolau, seu treinador, Tiago Alves, informou que Ravi vem se recuperando gradativamente de uma lesão forte que sofreu recentemente e que tem aumentando o ritmo de treinamento, por isso os bons resultando estão reaparecendo como o 2º lugar na II Corrida das Escolas Públicas Estaduais do Ceará.

Com mais de 1.500 inscrito na corrida de ontem, Ravi ficou em terceiro lugar em um percurso de 7Km. Segundo Tiago, o tempo de corrida ficou em pouco mais de 23 minutos. No geral, o altaneirense ostentou o animador nono lugar. Ainda segundo seu treinador, a equipe contou com o total apoio do governo municipal no que tange aos exames médicos e ao transporte para locomoção.

Ravi Timóteo durante o Circuito de Corridas e Caminhadas Sesc em Juazeiro do Norte. Foto: Tiago Alves.





Programa do PSDB mente ao dizer que há forte presença das mulheres em todos os países parlamentaristas


O programa político do PSDB de 17 de agosto defendeu a adoção do sistema parlamentarista no país. Anunciado no vídeo como um modelo que “obriga os políticos a terem mais responsabilidades”, utilizado “pelas democracias mais sólidas do mundo”, o parlamentarismo é adotado em países como Alemanha, Suécia, Espanha, França, Portugal, Japão e Canadá. Privilegia-se o papel do primeiro-ministro, escolhido entre os parlamentares, em detrimento da figura do presidente ou do rei, no caso das monarquias.

Propaganda do PSDB.
Por Patrícia Figueiredo, no DCM - Uma das vantagens do sistema, segundo o vídeo do PSDB, seria a maior representatividade feminina. Os narradores afirmam que “em todos os países parlamentaristas existe uma forte representação das mulheres”. O Truco – projeto de checagem de fatos da Agência Pública– descobriu que há 79 países parlamentaristas nos quais a representação feminina no parlamento está abaixo de 30%, porcentual considerado como o mínimo necessário segundo os padrões recomendados pela ONU. Por isso, a afirmação foi classificada como falsa. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do PSDB não informou qual foi a fonte do dado usado no vídeo e também não comentou o resultado da checagem.

Uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) publicada em 1990 indica que as mulheres devem ocupar ao menos 30% dos cargos de liderança em governos e partidos políticos para a promoção da igualdade de gênero. Segundo a União Interparlamentar (UIP), organização internacional que promove a colaboração e o diálogo entre parlamentos de todo o mundo, somente 47 países de diferentes sistemas atingem o porcentual indicado pela ONU atualmente em suas Câmaras. O Brasil possui hoje apenas 10,7% de mulheres na Câmara dos Deputados e 14,8% no Senado.

A UIP atualiza regularmente um ranking mundial da participação feminina nos parlamentos. A organização elenca os países segundo o número de mulheres nas casas inferiores (lower houses, equivalentes à Câmara dos Deputados) e nas casas superiores (upper houses, equivalentes ao Senado). Nem todos os Estados possuem casas superiores; por isso, os gráficos a seguir incluem apenas a participação nas instâncias inferiores, equivalentes à nossa Câmara.

Participação feminina no parlamento e sistema de governo

Com base nos dados da UIP associados a informações do The World Factbook da CIA e da Wikipedia, o Truco montou uma tabela relacionando duas informações principais: o sistema de governo e a representatividade feminina de cada um dos 193 países listados pela UIP. Entre os 47 países com maior representatividade feminina, 29 são parlamentaristas e 17 são presidencialistas.


Apesar de os dados mostrarem que os países parlamentaristas são maioria entre os que têm alta representatividade feminina, isso não significa que os números sejam altos para todos os que adotam esse sistema. O Truco analisou também os dados para Alemanha, Suécia, Espanha, França, Portugal, Japão e Canadá, citados no programa do PSDB como exemplos de nações parlamentaristas. Dois deles, o Japão e o Canadá, registram índices abaixo dos 30% recomendados pela ONU.



O Japão, inclusive, tem participação inferior à verificada no Brasil: apenas 9,3% das parlamentares são mulheres no país, o que o coloca na 164ª posição no ranking geral da UIP. A taxa representa menos da metade da média mundial, que passou de 11,3% em 1995 para 22,1% em 2017. O número deixa o Japão no grupo de 32 países onde a representação das mulheres no parlamento fica abaixo dos 10%.

Além do Japão, há outros 13 países parlamentaristas neste grupo: Botsuana, Belize, República Democrática do Congo, Mali, Butão, Tuvalu, Sri Lanka, Tonga, Kuwait, Papua Nova Guiné, Haiti, Ilhas Salomão e Vanuatu. Completam a seleção final da tabela outros 11 países presidencialistas e sete que seguem outros regimes de governo alternativos. Nota-se, portanto, que a maioria dos países na faixa abaixo de 10% é parlamentarista. Portanto, tanto no grupo com os melhores resultados em representação das mulheres quanto no grupo com os piores índices verifica-se a prevalência de repúblicas ou monarquias parlamentares.

É possível verificar que há países presidencialistas onde o número de mulheres na política é alto, como Ruanda, Bolívia e Nicarágua, assim como há repúblicas parlamentares que registram índices elogiáveis, como Islândia, Suécia e Senegal. Da mesma forma, no outro extremo da tabela, onde estão os países com os mais baixos índices de representação feminina, há tanto países presidencialistas, caso de Nigéria, Líbano e Congo, como parlamentaristas, como Japão, Sri Lanka e Botsuana. Não se pode afirmar, portanto, que em “todos os países parlamentaristas existe uma forte representação das mulheres”.