Prefeito de Altaneira muda de sigla e é seguido por professores, empresária e comerciante


Seguindo o mesmo rumo político dos ex-governadores do estado do Ceará, os irmãos Cid e Ciro Gomes que, durante a semana trocaram a legenda do Partido da Ordem Social (PROS) pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), o atual prefeito do município de Altaneira, Delvamberto Soares anunciou durante encontro na noite deste sábado, 05, no restaurante Recanto Bom Gosto” com sua base aliada e alguns líderes comunitários a sua saída da legenda partidária que ora possui abrigo para encaminhar a filiação ao PDT.

Prefeito Delvamberto Soares anuncia mudança de sigla durante encontro no Restaurante Bom Gosto. Foto: João Alves.
Delvamberto assim como os demais prefeitos, vereadores e deputados terão um prazo para oficializarem a sua entrada na nova agremiação que visam se organizarem para o processo eleitoral do próximo ano. Há que se notar, porém que todas as mudanças na legislação eleitoral e partidária precisam estar de forma oficial integrada ao ordenamento jurídico nacional até o próximo dia 02 de outubro, 365 dias antes das eleições.

Segundo informações constantes nos portais locais A Pedreira e Blog de Altaneira, o encontro teve a presença a  participação do ex-prefeito João Ivan Alcântara, do ex-vice-prefeito Raimundo Nogueira Soares, dos vereadores Antonio Leite (PRB), Deza Soares (Solidariedade) e Gilson Cruz (Sem Partido), dos secretários municipais Ariovaldo Soares (Administração), Ceza Cristóvão (Agricultura), Dariomar Soares (Governo) e Dhony Nergino (Educação), diretores de escolas, coordenadores, professores, servidores municipais, empresários, comerciantes e lideranças políticas e comunitárias.

Ainda em conformidade com esses portais, o prefeito em seu discurso reprisou a parceria mantida com o ex-governadores da família dos Ferreira Gomes e ainda cogitou a possibilidade do Cid Gomes ser pelo PDT candidato a Presidente da República, solicitando o acompanhamento dos correligionários a sua mudança.  

Os parlamentares, o secretariado e os ex-gestores desta municipalidade presente no encontro se comprometeram a trocar de agremiação. Porém o atual gestor teve a companhia do professores Reginaldo Venâncio e Clécio Sousa, a empresária Fabíola Freire, o comerciante Gleudson Sousa, o contador Cristiano Freire, e o agricultor José Basto.

Antes da adesão ao PDT (seu partido de origem), Delvamberto já passou pelos partidos PMDB, PSB e PROS. Foi inclusive pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) que ele conseguiu se eleger prefeito em outubro de 2012. 

Revisando a História do 07 de setembro: “Datas são pontas de iceberg”


D. Pedro, detalhe do quadro "O grito do
Ipiranga", de Pedro Américo, em 1888.
A data oficial da independência do Brasil, o Sete de Setembro, está associada à proclamação feita pelo príncipe D. Pedro, em 1822, às margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo. Mas somente décadas depois a data começou a ganhar importância no calendário de comemorações oficiais do Império. Antes disso, outras datas foram pensadas para comemorar a independência do Brasil: a convocação da Assembleia Constituinte, a coroação ou mesmo o aniversário do imperador.

No final do século XIX, os paulistas trataram de marcar o feito ocorrido em seu território: entre 1885 e 1890, construíram o majestoso “Museu do Ipiranga” (Museu Paulista), no suposto local do famoso “grito”. Em 1888, Pedro Américo concluiu a emblemática pintura O grito do Ipiranga (popularmente conhecida como Independência ou morte) para decorar o museu ainda em obras.

Com a República, o Sete de Setembro tornou-se data nacional, virou feriado e foi festejado com desfiles militares, discursos de autoridades e outras manifestações.

Revisão da História

A historiografia atual tem revisto a construção do Sete de Setembro como data nacional da emancipação do Brasil. O episódio do Ipiranga, com exceção das províncias de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, não teve repercussão no resto do país no momento em que ocorreu.

Sequer havia consenso entre os diferentes segmentos da sociedade em apoiar a separação do país de sua metrópole. Além disso, as enormes distâncias dificultavam a comunicação de muitas províncias com a capital. O Piauí, o Maranhão e o Pará tinham pouca (ou nenhuma) comunicação com o Rio de Janeiro e obedeciam a Portugal.  Após o Sete de Setembro, quase metade do país estava mergulhada em conflitos armados que ameaçavam retomar o domínio português.

Câmara Municipal de Cahoeira, Bahia.
Cachoeira, a cidade pioneira da independência

Em 25 de junho de 1822, a Câmara Municipal de Cachoeira, cidade do Recôncavo Baiano, a 120 km de Salvador, proclamou seu rompimento com Portugal, apoiada pela população e pelas tropas locais. Sofreram, por isso, a intervenção militar da Coroa portuguesa.

No mesmo mês, um navio militar comandado pelo almirante português Madeira de Melo, chegou à Cachoeira pelo rio Paraguaçu decidido a submeter o povo às ordens de Portugal. A população reagiu e o confronto resultou em bombardeamento e tiroteio até a captura e prisão dos militares portugueses.

O Dois de Julho

O sucesso dos “brasileiros” de Cachoeira contagiou outras vilas do Recôncavo que aderiram à resistência e a rebelião se propagou. O movimento ganhou força e a guerra pela independência se alastrou por um ano. Nas lutas destacou-se Maria Quitéria de Jesus Medeiros que, vestida de homem (era chamada de “soldado Medeiros”), integrou o batalhão “Voluntários do Príncipe D. Pedro” e acabou sendo condecorada com a Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul. Outra participação feminina na guerra da Bahia foi a da negra Maria Felipa de Oliveira, natural da ilha de Itaparica; ela liderou um grupo de mulheres que ateou fogo em 42 embarcações portuguesas.

Festa do 2 de julho, Independência da Bahia.
Finalmente, em 2 de julho de 1823, Madeira de Melo e seus homens foram expulsos da Bahia. A notícia da vitória da Bahia chegou ao Rio de Janeiro quatorze dias depois, trazida pela sumaca São José Triunfante.

O Dois de Julho é festejado até hoje como a data da independência da Bahia e, em junho de 2013, foi oficializado como data histórica nacional. Nas comemorações, desfilam os tradicionais carros da Cabocla e do Caboclo que representam a participação indígena na guerra. Na cidade de Caetité, que festeja a data com grande pompa, a figura de uma cabocla surge num dos carros, matando o “Dragão da Tirania", que representa o colonizador português vencido.

Em reconhecimento histórico pelos feitos de Cachoeira em prol do país, a cidade ganhou o título de “Heroica” e, todos os anos, no dia 25 de junho, a capital do estado é transferida para esta cidade. Aliás, a Cachoeira já foi capital da Bahia por ocasião da revolta da Sabinada, em 1835, quando o governo deposto de Salvador refugiou-se naquela cidade.

A guerra no Piauí, Maranhão e Ceará

Em outubro de 1822, na cidade de Parnaíba, no norte do Piauí, o povo se levantou para aclamar D. Pedro I como imperador do Brasil. Imediatamente, de Oeiras, capital da província, partiu a tropa portuguesa comandada pelo major João da Cunha Fidié para sufocar a rebelião. Enquanto Fidié lutava no norte, a população de Oeiras também se sublevou.

Ao mesmo tempo, “brasileiros” do Maranhão e no Ceará aderiram à independência. No Ceará, o líder sertanejo José Pereira Figueiras, comandando o povo, tomou Fortaleza de assalto, depondo o governo português e formando um novo governo fiel à emancipação.

Em São Luís, no Maranhão, onde o governo aliado a Portugal ainda tentava resistir, a independência foi aclamada pelo povo com a chegada da esquadra sob o comando do almirante Cochrane (28 de julho de 1823).

Batalha do Jenipapo, de Francisco Paz, 2003. Museu de
Campo Maior, Piaui.
A batalha do Jenipapo

No Piauí, a luta continuava e chegaram reforços de voluntários vindos do Ceará, do Maranhão e da Bahia que tomaram a cidade de Campo Maior. Nas vizinhanças dessa localidade, travou-se a Batalha do Jenipapo (13 de março de 1823) entre as tropas brasileiras e os soldados de Fidié.

A luta envolveu mais de 2 mil populares, entre vaqueiros, artesãos, roceiros, pequenos proprietários e até mesmo escravos. Ao final, com centenas de mortos, os sertanejos conseguiram expulsar o governador que refugiou-se no Maranhão, onde foi preso e mandado de volta para Portugal (31 de julho de 1823).

Documentário sobre a Batalha do Jenipapo, programa “De lá pra cá” da TV Brasil

                       

A tragédia do brigue Palhaço, no Pará

O governo da província do Pará mantinha-se fiel a Portugal quando, em abril de 1823, o povo se sublevou. Mas, esse primeiro levante foi rapidamente esmagado pelas tropas portuguesas. Em agosto, a população voltou a se revoltar quando chegou reforços militares enviados pelo Rio de Janeiro sob o comando do primeiro-tenente inglês John Pascoe Grenfell.

Brigue Palhaço, tela de Romeu Mariz Filho.
Animada com a perspectiva desse apoio, a população invadiu o palácio do governador, derrubou o governo e exigiu a entrega do poder aos líderes populares. Mas não estava nos planos das autoridades, nomeadas diretamente pelo governo central, que os chefes populares governassem o Pará. Sob as ordens de Grenfell, a repressão foi violenta: cinco líderes paraenses foram fuzilados e 256 foram lançados ao porão do brigue Palhaço, em Belém, e cobertos com cal.

Dois dias depois, aberto o porão, foram retirados os cadáveres dos paraenses sacrificados em sua luta pela liberdade e independência. Em outubro de 1823, em Cametá houve uma rebelião contra o morticínio no brigue Palhaço, bem como nas vilas de Baião, Oeiras, Portel, Melgaço, Moju, Igarapé-Miri, Marajó, Abaeté, Muaná, entre outras.

A Guerra da Cisplatina

Na província da Cisplatina, a situação era bem confusa em 1822. O governo provincial estava dividido entre os favoráveis a Portugal, os partidários da independência do Brasil e os que desejavam a própria independência da província.

Em agosto de 1823, Montevidéu foi submetida a um bloqueio por cinco navios enviados pelo governo do Rio de Janeiro. Em novembro, os portugueses se renderam e se retiraram definitivamente da província Cisplatina. A vitória, contudo, não significou a incorporação tranquila da província ao império brasileiro e logo eclodiu a guerra pela independência do país.

Concluindo

A independência do Brasil foi feita de várias datas, anteriores ao Sete de Setembro de 1822 e que vão muito além dele. Não foi um movimento pacífico e ordeiro, como ainda afirmam alguns. Ao contrário, foi marcado por conflitos sangrentos entre brasileiros e portugueses.

Tampouco a separação se firmou rapidamente. Na verdade, o Primeiro Reinado (1822-1831) foi um período turbulento em que D. Pedro I de herói popular foi, nove anos  depois, obrigado a abandonar o trono. Para alguns historiadores, a independência só se consolidou após a abdicação.

Como lembra Alfredo Bosi, em O tempo e os tempos, “datas são pontas de iceberg”. Em cada data que marca um acontecimento, existem outros acontecimentos submersos.


Conheça o conto de tradição oral africana - O Filho do Vento


O portal Diálogo Assessoria publicou no dia 03 de junho do ano em curso um relato sobre o conto de tradição oral africana intitulado “O Filho do Vento”.

O conto diz respeito uma história da tradição cultural africana e pode ser lido em Livros Animados, uma publicação em domínio público, vindo a combinar narração e animação.

Se você tiver ficado interessado em conhecer e se aprofundar na leitura é só clicar aqui.


No 7 de setembro o tom será dado pelo Grito dos Excluídos



Os movimentos populares realizam nesta segunda-feira (7) o Grito dos Excluídos para cobrar a realização de reformas de base pelo governo e o Congresso brasileiro e posicionar-se contra a agenda conservadora manifestada em protestos pelo impeachment da presidenta da República, Dilma Rousseff.

Cartaz de edição deste ano: auditoria da dívida pública, e reformas política, tributária e das comunicações.

Também será alvo da manifestação a Agenda Brasil, de caráter conservador, proposta pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL). Entre as principais reivindicações da manifestação estão a auditoria da dívida pública, bem como as reformas políticas, tributária e das comunicações.

Na capital paulista, serão feitas duas atividades. Uma na Praça da Sé, que começa às 8h, com uma missa na Catedral. Outra manifestação, organizada por movimentos sociais, terá concentração na Praça Osvaldo Cruz, na avenida Paulista, às 8h30. Também haverá a 28ª Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras para a catedral de Aparecida, no norte do estado paulista.

A concentração na avenida Paulista será liderada pela Central de Movimentos Populares (CMP), com a presença de diversos movimentos populares, sociais e sindicais. Os participantes seguem pela avenida Paulista, descem a Brigadeiro Luiz Antônio e encerram as manifestações no Monumento às Bandeiras, em frente ao Parque Ibirapuera.

Para os organizadores do Grito, houve muitos avanços sociais na última década, mas também setores em que os avanços foram mínimos e sobre os quais é preciso pressionar o poder público para evitar retrocessos. O lema deste ano será “Que país é este, que mata gente, que a mídia mente e nos consome”. Dentre os objetivos estão o combate à violência, garantia dos direitos básicos e a construção de espaços políticos participativos.

“Nós, indígenas, somos humanos e queremos sobreviver...”, afirma professora indígena



A morte a tiros do jovem guarani-kaiowá Semião Vilhalva, de 24 anos, do tekohá (território) Ñanderu Marangatu, no município de Antônio João, em Mato Grosso do Sul, voltou a fazer da região um território à beira da convulsão social. Vilhalva morreu no último sábado (29), durante ataque de pistoleiros, a mando de fazendeiros da região, segundo denúncia da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

Após dez anos de espera por demarcação, guaranis-kaiowá tentam reocupar território demarcado e sofrem retaliação brutal
por pistoleiros, a mando de latifundiários da região.
Reportagens de Marilú Cabañas para a Rádio Brasil atual apontam que a área atacada já foi demarcada e homologada, em 2005, pelo presidente Lula, mas a homologação foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão do ministro Gilmar Mendes, a pedido dos fazendeiros. No último dia 21, “num ato desesperado”, relata a jornalista, os indígenas tentaram retomar o território, mas dias depois foram duramente retaliados pelos proprietários, numa ação à revelia da lei.

Num relato que pode revelar apenas parcialmente a gravidade da situação, a professora guarani-kaiowá Inaye Gomes Lopes estava no local quando Semião foi assassinado, e conta os detalhes: “Os fazendeiros entraram com (….) os pistoleiros deles. Houve massacres em dois lugares. Um na fazenda da proprietária Roseli, presidenta do Sindicato Rural, e em outra fazenda, do proprietário Dácio Queiroz, onde houve morte. Eles chegaram atirando, queimando motos, atirando com balas de borracha. Muitas pessoas se machucaram, ensanguentadas. Um jovem foi assassinado. Ele levou um tiro no rosto e morreu na beira do rio.”

Inaye diz que Semião saiu, em meio ao conflito, para procurar a mulher, que estava com o filho de 2 anos desmaiado no colo, quando foi atingido por um tiro no rosto.

A professora afirma ainda que Rozeli Maria Ruiz, proprietária de uma das fazendas, havia feito ameaças, há cerca de duas semanas. “‘Se os indígenas querem ocupar a minha terra, vou matar um deles primeiro,’ Foi o que ela falou, e ela cumpriu. Um guerreiro nosso está morto”, relatou.

O secretário-executivo do Cimi, Cleber Buzatto, concorda que o ataque foi premeditado e afirma que os fazendeiros se prepararam durante toda a semana que antecedeu o crime, divulgando mentiras e incitando a população local contra os povos indígenas e seus aliados. Ele classificou a operação ordenada pelos fazendeiros como “uma verdadeira ação paramilitar”.

Cleber afirma à reporter que, se as autoridades não tomarem iniciativas para restabelecer o estado democrático de direito naquela região, mais lideranças indígenas podem ser assassinadas.

A comunidade vive, há mais de dez anos, em menos de 100 hectares, mais de mil indígenas. Uma situação de confinamento. Durante todo esse processo, a comunidade sempre se manteve extremamente pacífica. Há uma semana, diante de uma situação de extrema vulnerabilidade, de angústia e morte de crianças, a comunidade fez a retomada de algumas fazendas, que incidem sobre o território, e, nesse momento, os fazendeiros os atacam. Em vez de buscar os amparos da legislação, estão preferindo fazer ações paramilitares, no ataque aos guarani-kaiowá”, denuncia Cleber.

Durante o conflito, um bebê foi alvejado por uma bala de borracha, o que levanta suspeita de que tenha sido atingido por policias, ou que os fazendeiros estariam de posse de armamentos de uso exclusivo das forças militares. “Tem que investigar. Infelizmente, o DOF (Departamento de Operações da Fronteira), tem atuado mais como um elemento de proteção aos fazendeiros do que na tentativa de evitar o conflito entre as partes”, denuncia o secretário-executivo do Cimi.

Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), o assassinato de Semião Vilhalva é a “crônica de uma morte anunciada”, e diz que os fazendeiros optaram por “fazer justiça com as suas próprias mãos”, ao não aguardar a decisão final da Justiça.

Ele afirma que, dentre as causas para o aumento da tensão entre indígenas e proprietários rurais na região está a instabilidade causada pela “morosidade do poder Judiciário” e “insuficiência das ações do poder Executivo”.

O deputado também acusa a polícia local de cumplicidade. “Há uma postura de contemplação a uma série de desmandos que, evidentemente, poderiam ser minimizados”, diz Pimenta, que ressalta a condição de completo desequilíbrio entre as partes envolvidas no conflito. “De um lado o poder político, o poder econômico e a contemplação da autoridade policial. E os índios, que contam, única e exclusivamente, com o seu povo, a sua história, sua trajetória.”

O presidente da CDH diz estar “muito empenhado e preocupado”, na busca de uma solução para o conflito. Ele cita uma série de procedimentos e ações a tomar, como o envio de peritos federais para garantir isenção nas investigações, e prometeu, ainda nesta semana, visitar a região do conflito, em missão oficial.

O Cimi anunciou que vai levar o caso do assassinato de Semião Vilhalva ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça.

A professora Inaye Gomes Lopes faz o apelo: “Nós, indígenas, somos humanos e queremos sobreviver. A gente não tem segurança. A qualquer momento, alguém pode chegar atirando e matar mais um. Por isso, gostaria muito que a Justiça resolvesse logo essa situação, porque senão a gente vai acabar morrendo. A gente está aflito. Queremos respostas”, prometendo: “A gente não vai desistir. Chegamos até aqui, e daqui a gente não sai”.