Machado de Assis e a sua fina ironia sobre a Abolição da Escravatura



Em crônica publicada no dia 19 em maio de 1888 – mês em que foi abolida a escravatura no país –, Machado de Assis descreve um cenário bem atual e ironiza a “liberdade” que negros e negras passaram a ter com o fim da escravidão.

Crônica publicada no jornal Gazeta de Notícias, em 19 de maio de 1888, seis dias após a abolição da escravatura.

Bons dias!

Eu pertenço a uma família de profetas après coup, post factum, depois do gato morto, ou como melhor nome tenha em holandês. Por isso digo, e juro se necessário fôr, que tôda a história desta lei de 13 de maio estava por mim prevista, tanto que na segunda-feira, antes mesmo dos debates, tratei de alforriar um molecote que tinha, pessoa de seus dezoito anos, mais ou menos. Alforriá-lo era nada; entendi que, perdido por mil, perdido por mil e quinhentos, e dei um jantar.

Neste jantar, a que meus amigos deram o nome de banquete, em falta de outro melhor, reuni umas cinco pessoas, conquanto as notícias dissessem trinta e três (anos de Cristo), no intuito de lhe dar um aspecto simbólico.

No golpe do meio (coup du milieu, mas eu prefiro falar a minha língua), levantei-me eu com a taça de champanha e declarei que acompanhando as idéias pregadas por Cristo, há dezoito séculos, restituía a liberdade ao meu escravo Pancrácio; que entendia que a nação inteira devia acompanhar as mesmas idéias e imitar o meu exemplo; finalmente, que a liberdade era um dom de Deus, que os homens não podiam roubar sem pecado.

Pancrácio, que estava à espreita, entrou na sala, como um furacão, e veio abraçar-me os pés. Um dos meus amigos (creio que é ainda meu sobrinho) pegou de outra taça, e pediu à ilustre assembléia que correspondesse ao ato que acabava de publicar, brindando ao primeiro dos cariocas. Ouvi cabisbaixo; fiz outro discurso agradecendo, e entreguei a carta ao molecote. Todos os lenços comovidos apanharam as lágrimas de admiração. Caí na cadeira e não vi mais nada. De noite, recebi muitos cartões. Creio que estão pintando o meu retrato, e suponho que a óleo.

No dia seguinte, chamei o Pancrácio e disse-lhe com rara franqueza:

– Tu és livre, podes ir para onde quiseres. Aqui tens casa amiga, já conhecida e tens mais um ordenado, um ordenado que…

– Oh! meu senhô! fico.

– …Um ordenado pequeno, mas que há de crescer. Tudo cresce neste mundo; tu cresceste imensamente. Quando nasceste, eras um pirralho dêste tamanho; hoje estás mais alto que eu. Deixa ver; olha, és mais alto quatro dedos…

– Artura não qué dizê nada, não, senhô…

– Pequeno ordenado, repito, uns seis mil-réis; mas é de grão em grão que a galinha enche o seu papo. Tu vales muito mais que uma galinha.

– Justamente. Pois seis mil-réis. No fim de um ano, se andares bem, conta com oito. Oito ou sete.

Pancrácio aceitou tudo; aceitou até um peteleco que lhe dei no dia seguinte, por me não escovar bem as botas; efeitos da liberdade. Mas eu expliquei-lhe que o peteleco, sendo um impulso natural, não podia anular o direito civil adquirido por um título que lhe dei. Êle continuava livre, eu de mau humor; eram dois estados naturais, quase divinos.

Tudo compreendeu o meu bom Pancrácio; daí pra cá, tenho-lhe despedido alguns pontapés, um ou outro puxão de orelhas, e chamo-lhe bêsta quando lhe não chamo filho do diabo; cousas tôdas que êle recebe humildemente, e (Deus me perdoe!) creio que até alegre.

O meu plano está feito; quero ser deputado, e, na circular que mandarei aos meus eleitores, direi que, antes, muito antes da abolição legal, já eu, em casa, na modéstia da família, libertava um escravo, ato que comoveu a tôda a gente que dêle teve notícia; que êsse escravo tendo aprendido a ler, escrever e contar, (simples suposições) é então professor de filosofia no Rio das Cobras; que os homens puros, grandes e verdadeiramente políticos, não são os que obedecem à lei, mas os que se antecipam a ela, dizendo ao escravo: és livre, antes que o digam os poderes públicos, sempre retardatários, trôpegos e incapazes de restaurar a justiça na terra, para satisfação do céu.

Boas noites.

Texto extraído do livro Assis, Machado de. Obra Completa, Vol III. 3ª edição. José Aguilar, Rio de Janeiro. 1973. p. 489 – 491.

Desfazendo mitos: Por que os negros não comemoram o 13 de maio, dia da abolição da escravatura?



A Lei Áurea, que aboliu oficialmente a escravidão no Brasil, foi assinada em 13 de maio de 1888. A data, no entanto, não é comemorada pelo movimento negro. A razão é o tratamento dispensado aos que se tornaram ex-escravos no País. “Naquele momento, faltou criar as condições para que a população negra pudesse ter um tipo de inserção mais digna na sociedade”, disse Luiza Bairros, ex-ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).

Após o fim da escravidão, de acordo com o sociólogo Florestan Fernandes (1920-1995), em sua obra “A integração do negro na sociedade de classes”, de 1964, as classes dominantes não contribuíram para a inserção dos ex-escravos no novo formato de trabalho.

Os senhores foram eximidos da responsabilidade pela manutenção e segurança dos libertos, sem que o Estado, a Igreja ou qualquer outra instituição assumisse encargos especiais, que tivessem por objeto prepará-los para o novo regime de organização da vida e do trabalho”, diz o texto.

De acordo com a Bairros, houve, então, um debate sobre a necessidade de prover algum recurso à população recém-saída da condição de escrava. Esse recurso, que seria o acesso à terra, importante para que as famílias iniciassem uma nova vida, não foi concedido aos negros. Mesmo o já precário espaço no mercado de trabalho que era ocupado por essa população passou a ser destinado a trabalhadores brancos ou estrangeiros, conforme Luiza Bairros.

Integrante da União de Negros pela Igualdade (Unegro), Alexandre Braga explica que “O 13 de maio entrou para o calendário da história do país, então não tem como negar o fato. Agora, para o movimento negro, essa data é algo a ser reelaborado, porque houve uma abolição formal, mas os negros continuaram excluídos do processo social”.

Essa data é, desde o início dos anos 80, considerada pelo movimento negro como um dia nacional de luta contra o racismo. Exatamente para chamar atenção da sociedade para mostrar que a abolição legal da escravidão não garantiu condições reais de participação na sociedade para a população negra no Brasil”, completou a ex-ministra.

Ela defende, porém, que as mudanças nesse cenário de exclusão e discriminação estão acontecendo. “Nos últimos anos, o governo adotou um conjuntos de políticas sociais que, aliadas à política de valorização do salário mínimo, criou condições de aumento da renda na população negra”.

Inclusão do negro ainda é meta

Apesar dessas políticas, tanto a ex-ministra quanto Braga entendem que ainda há muito por fazer.

O representante da Unegro cita algumas das expressões do racismo e da desigualdade, no país: “No Congresso, menos de 9% dos parlamentares são negros, enquanto que a população que se declara negra, no Brasil, chega a 51%. Estamos vendo também manifestações de racismo nos esportes, principalmente no futebol. Ainda temos muito a caminhar”.

Ainda estamos tentando recuperar a forma traumática como essa abolição aconteceu, deixando a população negra à sua própria sorte. Como os negros partiram de um patamar muito baixo, teremos que acelerar esse processo com ações afirmativas, para que possamos sentir uma diminuição mais significativa das desigualdades”, explicou Bairros.


Comissão de Educação aprova projeto que inclui nome de Brizola no Livro dos Heróis da Pátria



A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou, nesta terça-feira (12), projeto que inclui o nome de Leonel de Moura Brizola no Livro dos Heróis da Pátria. Lançado na vida política por Getúlio Vargas, ele foi o único político do país eleito em votação popular para governar dois estados diferentes — Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Também se notabilizou pela atenção que sempre deu ao tema da educação e pela resistência ao regime militar instalado em 1964.

A matéria, que agora irá a Plenário para decisão final, teve origem na Câmara dos Deputados. De autoria do ex-deputado Vieira da Cunha, o projeto (PLC 67/2014) também altera a legislação para diminuir a exigência de 50 anos da morte do homenageado para a inclusão de seu nome no livro.

O autor sugere o tempo máximo de dez anos. Para isso, muda a Lei 11.597/2007, que trata da inscrição de nomes no Livro dos Heróis da Pátria. Para Vieira da Cunha, é de fato necessário um período de tempo entre a data da morte e a edição de lei para que os homenageados ganhem lugar no Livro dos Heróis. Porém, considera que 50 anos “é tempo excessivamente longo, que não se justifica”.

O Livro dos Heróis da Pátria fica exposto no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e serve de homenagem aos brasileiros que se destacaram em defesa do país. Nele estão inscritos, entre outros, Tiradentes, Zumbi dos Palmares e Santos Dumont.

Filho de camponeses pobres, Brizola nasceu em Carazinho, município do interior do Rio Grande do Sul, no dia 22 de janeiro de 1922. Batizado como Itagiba de Moura Brizola, cedo adotou o nome de um líder maragato da Revolução de 1923, Leonel Rocha.

Ele faleceu aos 82 anos, em 21 de junho de 2004. No ano passado, portanto, completou-se dez anos desde sua morte.

Papel marcante

A relatora da matéria na CE, senadora Ana Amélia (PP-RS), se manifestou a favor da aprovação do projeto. Mesmo sem ter chegado ao posto de presidente da República, conforme assinalou, Brizola marcou a história do Brasil e merece todo o reconhecimento.

Entre outros fatos, ela citou a atenção especial que Brizola sempre deu à educação, desde seu governo no Rio Grande do Sul. Lembrou que, no Rio de Janeiro, o político criou os Centros Integrados de Educação Pública, os conhecidos Cieps, escolas de tempo integral com toda a infraestrutura para estimular a aprendizagem.

— Penso que proposição para incluir seu nome no Livro dos Heróis é uma homenagem mais do que merecida — argumentou a senadora.

Cristovam Buarque (PDT-DF) destacou o papel de Brizola para garantir a posse do vice-presidente João Goulart no lugar de Jânio Quadros, que renunciou ao posto em 1961. Para isso, formou a chamada Rede da Legalidade, conectando emissoras de rádio de todo o país em defesa da solução constitucional, ante a ameaça de um golpe militar desde então.

— A Cadeia da Legalidade foi um marco da história desse país, o marco de uma ação de cidadania e uma demonstração de como alguém pode pegar o microfone e resistir, já que não tinha acesso a canhões para enfrentar os militares — comentou.

Lídice da Mata (PSB-BA) lembrou que, em sua reentrada na vida política após o retorno do exílio, Brizola apresentou ao país sua proposta de um “socialismo moreno”, ideia acompanhada de “forte abordagem da questão racial”. Por isso, atraiu para os quadros do PDT, que ele criara, destacadas lideranças do movimento negro, como Abdias Nascimento, que foi senador, e Carlos Alberto Oliveira, que chegou à Câmara dos Deputados.

— A luta de Brizola se inspirou em Joaquim Nabuco, quando abordou a educação e soube, com toda perspicácia, destacar a bandeira da questão racial, que até então os partidos de esquerda consideravam menor, já que não se referia à luta de classe — disse a senadora.

Histórico

Com 23 anos de idade, Leonel Brizola foi um dos fundadores do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) no Rio Grande do Sul. Um ano depois, em 1946, ele já seria eleito deputado estadual, iniciando sua longa carreira política. Em 1958, Brizola se elegeu governador do Rio Grande do Sul, com mais de 55% dos votos válidos.

Após o golpe militar de 1964, Brizola, que era diretamente ligado ao presidente deposto, perdeu seus direitos políticos e se exilou no Uruguai. Em 1979, beneficiado pela Lei da Anistia, ele retorna ao país. No mesmo ano, funda o Partido Democrático Trabalhista (PDT), retomando sua vida política.

Em 1982, Leonel Brizola foi eleito governador do estado do Rio de Janeiro, cargo para o qual foi novamente eleito em 1990. Suas administrações foram marcadas pela criação de dezenas de Cieps, onde as crianças recebiam três refeições diárias.

Uma mochila, uma câmera, um microfone e uma viagem sem roteiro pela África



Documentarista brasileira viaja sozinha por cinco países e pela história de muitas mulheres. Tão Longe É Aqui, de Eliza Capai, traz o choque e o entendimento entre culturas diferentes.

Vendedoras, meninas, professoras, camponesas, advogadas...
Histórias de Vidas tão diversas quanto surpreendentes.
"Querida filha. Minha filha querida, pela primeira vez, cruzo o Atlântico. Do Brasil para a África. Sigo sozinha com uma mochila, uma câmera, microfone, fazendo umas reportagens. Nunca tinha embarcado para tão longe. Não planejei muito, saí sem roteiro. Eu quero dividir contigo o que fui encontrando."

Em 2010, às vésperas de completar 30 anos, a jornalista e documentarista brasileira Eliza Capai passou sete meses viajando sozinha pela África. O documentário Tão Longe É Aqui, lançado no mês das mulheres, é o resultado dessa imersão em um continente de histórias. O longa-metragem realizado por meio de financiamento coletivo é uma espécie de road-movie em que Eliza conta as impressões que ia tendo sobre a vida das mulheres que encontrou enquanto perambulava por Marrocos, Cabo Verde, Mali, Etiópia e África do Sul.

"Muitas vezes, era difícil imaginar viver como aquelas mulheres com quem eu conversava. Pouco a pouco, a incompreensão que nascia do choque entre universos tão diferentes – poligamia, meninas com clitóris cortados, leis punitivas para o sexo antes do casamento – gerou uma crise: encarei meu próprio preconceito, minha própria cultura machista", afirma a diretora, que durante todo o filme parece combater suas próprias noções pré-concebidas do que era ou deveria ser a África.

Capa de Tão Longe é Aqui.
No Mali, um dos países mais pobres do mundo, conhecido pela prática da mutilação genital feminina e pelo direito (dos homens) à poligamia, Eliza se abate e se sente culpada. "Eu realmente detesto a arrogância de vir a uma outra cultura e dizer 'Isso é bom. Isso não é bom' Mas é difícil de compreender”, assume a uma de suas entrevistadas, que responde com uma serenidade majestosa. "Eu penso que é apropriado que cada sociedade faça sua própria análise. Não há modelo perfeito da situação da mulher. É verdade que as mulheres têm problemas – na África, assim como na Europa e no Brasil. As situações são diferentes e eu acho que chegou a hora de dar a palavra às próprias mulheres. A gente não pode emancipá-las por elas, assim como não pode querer o desenvolvimento da África sem a participação dos africanos", rebate a malinesa Awa Meite.

Vendedoras, meninas, professoras, camponesas, advogadas, mulheres com Aids, marcadas pelo divórcio em um país muçulmano, lésbicas. Pelo caminho, Eliza deparou com histórias de vida tão diversas quanto surpreendentes, que deixam claras as barreiras culturais entre a diretora e as entrevistadas, mas que, acima de tudo, evidenciam a cumplicidade entre mulheres. Afinal, todas sabem onde dói cada ferida, seja ela causada por palavras ou chibatadas.

Tão Longe É Aqui pode ser assistido aqui

Na estreia do brasileirão 2015, Vasco só empata com o Goiás



Vasco e Goiás empataram sem gols, em partida disputada na noite deste domingo, em São Januário, no encerramento da primeira rodada do Campeonato Brasileiro. O primeiro zero a zero registrado na competição refletiu a má qualidade do jogo. O duelo dos campeões estaduais foi marcado por uma sucessão de passes errados e poucos momentos de emoção.

Imagem capturada do vídeo entre Vasco e Goiás. 
Cercado de expectativa pela última conquista, o Cruz-Maltino decepcionou e saiu vaiado. O time dirigido por Doriva não mostrou qualquer criatividade e quase não incomodou o goleiro Renan. O Esmeraldino entrou disposto a não perder e acabou alcançando seu objetivo, uma vez que se preocupou apenas em dificultar as ações do adversário.

Na próxima rodada, o Vasco vai enfrentar o Figueirense, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. O Goiás vai receber o Atlético Paranaense, no Serra Dourada.

O JOGO

De uniforme novo, o Vasco começou a partida no ataque. Com Rafael Silva e Dagoberto caindo pelas extremas, o time cruz-maltino tentava abrir espaços na defesa goiana. O Goiás, muito cauteloso, só avançava com a bola dominada e procurava não dar espaços para a penetração da equipe carioca. A primeira investida mais perigosa da equipe da casa aconteceu aos cinco minutos em cobrança de falta executada por Dagoberto, mas a zaga do Goiás aliviou o perigo.

A pressão da equipe carioca continuou e, aos oito minutos, depois de algumas jogadas confusas, na entrada da área goiana, a bola sobrou para Cristiano que mandou a bomba rasteira, mas a bola bateu no atacante Gilberto e facilitou a tarefa da defesa visitante. Só depois dos dez minutos é que o time dirigido por Hélio dos Anjos se arriscou, de maneira tímida, a trocar passes na intermediária do Vasco.

O lateral-direito Madson era a melhor alternativa ofensiva da equipe comandada por Doriva, e era constantemente acionado,. Aos 15 minutos, o atacante Wesley foi lançado na corrida e acabou caindo na entrada da área, após choque com o zagueiro Luan. O árbitro marcou falta que Rafael Forster bateu em cima da barreira, desperdiçando uma boa chance.

Três minutos depois, o atacante Dagoberto foi derrubado ao investir pelo lado esquerdo da defesa do Goiás. Na cobrança, a zaga goiana não encontrou dificuldade para aliviar o perigo. Por volta dos 20 minutos, a partida caiu muito de qualidade. Os dois times erravam muitos passes e os goleiros Martín Silva e Renan não tinham qualquer trabalho.

Aos 24 minutos, Christiano arriscou, de fora da área, mas não levou o menor perigo para o goleiro do Goiás.

Insatisfeita com o desempenho da equipe, a torcida vascaína ensaiou as primeiras vaias depois de um lançamento muito ruim, executado pelo volante Serginho.

Só aos 34 minutos é que a torcida voltou a vibrar, quando Gilberto recebeu na área, girou diante da marcação e chutou com grande perigo. Dois minutos depois, Dagoberto bateu falta e Renan fez ótima defesa.

Depois desse lance, a partida voltou a cair de nível, com muitas faltas, principalmente do lado do Goiás, e erros de passe das duas equipes. E até o final do primeiro tempo, nada de interessante foi registrado na partida.

Os dois times voltaram sem mudanças e tentando mostrar mais agressividade. Aos três minutos, Gilberto arrancou pela direita e chutou cruzado, mas Renan defendeu com segurança. O time visitante também retornou um pouco mais ousado, tentando marcar a saída de bola da equipe carioca. Aos seis minutos, Madson arrancou pela direita e quando os atacantes esperavam o cruzamento na área, o lateral adiantou demais a bola e desperdiçou a oportunidade de fazer uma boa jogada.

Um minuto depois, Dagoberto foi derrubado por Felipe Macedo, mas a cobrança de falta foi rechaçada pela defesa do Verdão.

Aos 13 minutos, o goleiro Martín Silva fez a sua primeira defesa na partida, defendendo um chute cruzado de Rafael Forster. Logo depois, o técnico Doriva promoveu a entrada do meia Bernardo no lugar do volante Serginho, modificação saudada com entusiasmo pela pequena torcida presente ao estádio de São Januário.

Aos 24 minutos, Christiano fez falta violenta sobre Bruno Henrique na entrada da área. Felipe Menezes bateu forte e Martín Silva fez defesa difícil, espalmando para o lado. A resposta do Vasco veio em lançamento para Gilberto, mas o goleiro Renan saiu da área e ganhou a disputa com o atacante, tocando para o lateral. Logo depois, Gilberto se antecipou aos zagueiros e cabeceou com grande perigo, mas a bola saiu junto da trave esquerda de Renan.

O Goiás quase surpreendeu o Vasco em contra-ataque de velocidade, mas o meia Felipe Menezes segurou demais a bola e permitiu que a zaga cruz-maltina aliviasse o perigo.

O técnico Doriva trocou Rafael Silva e Dagoberto por Yago e Mazinho, numa última tentativa de melhorar a produção ofensiva. O Goiás parecia satisfeito com o resultado e procurava retardar a reposições de bola, em faltas e laterais, com o objetivo de ganhar tempo.

Aos 44 minutos, Yago foi derrubado por Alex Alves na entrada da área. Bernardo bateu forte, mas a bola explodiu na barreira. O Vasco continuou tentando a marcação do gol, mas a falta de inspiração dos jogadores de meio-campo e ataque impediu que o campeão carioca conseguisse sair com a vitória.

Confira os melhores momentos de Vasco e Goiás no vídeo abaixo

          

ABA promove solenidade de entrega de certificados para participantes da II Formação de Comunicadores


Solenidade de entrega de certificados aos concludentes da II Formação para Comunicadores da e 
para a Rádio Comunitária Altaneira FM. 
A Associação Beneficente de Altaneira – ABA, entidade mantenedora da Rádio Comunitária Altaneira FM, promoveu na manhã deste domingo, 10 de maio, no auditório da Fundação Educativa e Cultural ARCA, solenidade de entrega dos certificados aos concludentes da II Formação para Comunicadores.

Os mais 20 (vinte) participantes foram acolhidos com um café da manhã. O presidente da ABA, Givanildo Gonçalves teceu agradecimentos aos que depositaram confiança na entidade e afirmou que os encontros tinham como principal objetivo contribuir para oportunizar aqueles e aquelas que sempre desejaram fazer parte deste meio de comunicação que atinge a todas as classes sociais desta municipalidade.

Sabrina Veríssimo - uma das novatas e
este blogueiro. 
Este signatário, ora estando no exercício da Diretoria de Programação, chegou a ressaltar a importância das formações tanto para os que almejam se inserir na rádio quanto para os veteranos. Para os primeiros torna-se necessário, pois lhe permitirá conhecer teórico e praticamente os principais eixos de uma rádio, passado pela parte técnica (aparelhagem) e também pela oralidade (entrar em sintonia com o ouvinte). Já para os veteranos é salutar, uma vez que lhes proporcionam a reciclagem das ideias e das práticas. Isso contribui de forma significativa para o desenvolvimento da rádio.

Cláudio Gonçalves e Gutemberg Estevão, Diretor Geral e Vice-presidente, respectivamente, parabenizaram os concludentes e frisaram que o mais breve possível estarão comunicando a todos sobre um novo encontro que visará instruir tecnicamente os veteranos e os novos comunicadores, além de discutir a nova grade de programação. 

Carta aberta a Mujica: ‘Perdão pela mídia canalha brasileira, Dom Pepe’


Mujica, perdoe nossa velha mídia que já não sabe o que fazer.


O senhor deve ter acompanhado com mais que justificada indignação o que o esgoto do jornalismo brasileiro tentou tramar contra a esquerda sul-americana essa semana, numa escala também continental de estupidez e cinismo.

Talvez sejam até mais estúpidos do que canalhas, por ainda não terem se dado conta de que já não controlam a informação como controlavam.

Se há poucos anos, o ritual tribal da nossa mídia era uma revista jogar uma acusação ao vento, o Jornal Nacional bater os seus tambores e a opinião pública estar formada, hoje quase em tempo real são desmascarados.

Fossem outros tempos, a “confissão” atribuída a Lula, com base no que afirmavam que o senhor teria dito e não disse, seria suficiente para que vencessem uma eleição.

Mas veja que já tentaram isso justamente nessas eleições e perderam.
“Eles sabiam de tudo” foi a manchete de uma lamentável revista brasileira dois dias antes do segundo turno que elegeu a presidente Dilma.

É verdade que foi por pouco, e é justamente isso que os leva às raias da loucura.

Não aguentam mais perder ou imaginar perder outra vez em 2018. Mas há doze anos essa mídia não elege o presidente da sua preferência, e só agora o governo parece disposto a enfrentá-la.

Regulamentação e democratização da mídia é o maior pesadelo das famílias que hoje ainda acreditam controlá-la e se veem acuadas como nunca.

Como um gambá assustado, antes de serem devoradas pela internet, soltam então um odor terrível, que atingiu até o senhor no Uruguai, mas que logo se dissipará no ar de um mundo novo. Em parte, já foram devoradas, e agora apenas apodrecem para servir de adubo.

Um pouco de História do Dia das Mães: Entre afeto, carinho e consumismo



É comum, no mundo contemporâneo, a comemoração do Dia das Mães em todo segundo domingo de maio. Essa data já se tornou sinônimo de afeto, carinho, consideração pelas genitoras e também símbolo de consumismo. A despeito do viés mercadológico, o Dia das Mães é uma data de singular importância para o mundo ocidental, sobretudo por reforçar os vínculos familiares. Mas como o segundo domingo de maio passou a ser considerado, mundialmente, como o Dia das Mães?

Desde a Idade Antiga há relatos de rituais e festivais em torno de figuras mitológicas maternas e de fenômenos como a fertilidade. Na Idade Média, havia também muitas referências a respeito da figura da Mãe, sobretudo o simbolismo judaico-cristão com as figuras de Eva e Maria. Mas foi apenas no início do século XX que as mães passaram a ter um dia oficial para serem homenageadas. A escolha da data (todo segundo domingo de maio) remete à história da americana Anna Jarvis.

Anna Jarvis perdeu sua mãe, Ann Marie Reeves Jarvis, em maio de 1905, na cidade de Grafton, no estado da Virgínia Ocidental, EUA. Com a morte da mãe, Anne, diante do sofrimento e da dor que sentiu, decidiu organizar com a ajuda de outras moças um dia especial para homenagear todas as mães e para ensinar as crianças a importância da figura materna.

Anne e suas amigas eram ligadas à Igreja Metodista da cidade mencionada acima. Em 10 de maio de 1908, o grupo de Anne conseguiu celebrar um culto em homenagem às mães na Igreja Metodista Andrews, em Grafton. A repercussão do tema do culto logo chamou atenção de líderes locais e do então governador do estado de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock. Glassock definiu a data de 26 de abril de 1910 como o dia oficial de comemoração em homenagem às mães.

Logo a repercussão da celebração oficial em âmbito estadual alastrou-se para outras regiões dos Estados Unidos e foi adotada também por outros governadores. Por fim, no ano de 1914, o então presidente dos EUA, Woodrow Wilson, propôs que o dia nacional das mães fosse comemorado em todo segundo domingo de maio. O importante a ser mencionado é que a decisão de Wilson foi tomada a partir de sugestão da própria Anna Jarvis, que ficou internacionalmente conhecida como patrona do Dia das Mães.

No cado do Brasil, o Dia das Mães foi comemorado pela primeira vez em 12 de maio de 1918, na Associação Cristã de Moços de Porto Alegre. Em outros lugares, houve também outros focos de comemoração de mesmo teor, geralmente associados a instituições religiosas. Mas foi somente em 1932, durante o governo provisório de Getúlio Vargas, que o Dia das Mães passou a ser celebrado segundo o molde dos Estados Unidos, isto é, em todo segundo domingo do mês de maio.