UNE promove IX Bienal. Participe e inscreva seu trabalho


As inscrições de trabalhos para as mostras selecionadas da 9a Bienal da UNE já estão abertas para todos os estudantes do Brasil. O prazo máximo para inscrição é até o dia 07 de janeiro. A divulgação dos trabalhos selecionados será feita pela internet por meio do portal da UNE ou no hotsite da 9ª Bienal a partir do dia 14 de janeiro.

As inscrições de trabalho são feitas por um formulário online. Ao clicar no link, você deve escolher a área em que deseja inscrever o seu trabalho, preencher seus dados e pronto! Não será cobrada uma taxa para ser efetuada a inscrição. Não deixe de ler o Regulamento da 9a Bienal antes de inscrever um trabalho.


O estudante que não tiver seu trabalho selecionado precisará realizar também a sua inscrição de participante e o pagamento da taxa para poder participar das atividades da 9a Bienal e ter acesso ao alojamento.

Como enviar o arquivo do seu trabalho pela internet

Nesta edição, os trabalhos inscritos, seja qual for a categoria, serão recebidos online, no momento do preenchimento do formulário.

Para os que inscreverem nas categorias Música, Audiovisual, Artes Visuais e Artes Cênicas, os trabalhos devem, obrigatoriamente, estar hospedados em algum canal da internet de sua escolha, como Youtube e Vimeo para vídeos, SoundCloud para áudio, Flickr ou Instagram para fotos ou Issuu para outros tipos de imagens.  No momento da inscrição, você deverá colar o ‘permalink’ do seu trabalho no campo requisitado para a avaliação dos coordenadores da 9a Bienal.

Os que inscreverem em Literatura deverão postar o texto diretamente no formulário online. Já aqueles que se inscrevem nas áreas Ciência e Tecnologia e Projetos de Extensão deverão anexar um arquivo em ‘pdf’ ou ‘doc’ ou ‘docx’,  conforme a orientação do Regulamento da 9a Bienal.

Quem pode inscrever trabalhos?

Para inscrever um trabalho é necessário que o estudante esteja matriculado na universidade no ano de 2014. A comprovação deve ser feita através de declaração fornecida pela instituição de ensino, boleto de mensalidade ou cópia da carteira da UNE, UBES ou ANPG. Cada autor poderá inscrever, no máximo, 3 (três) trabalhos de sua autoria em cada categoria.

Os trabalhos coletivos devem conter pelo menos 50% (cinquenta por cento) de estudantes em suas equipes. Os coletivos poderão ser formados por estudantes de instituições de ensino diferentes. Havendo menores de idade no grupo é indispensável a declaração do responsável autorizando a participação no evento.

Ao inscrever meu trabalho, a que eu tenho direito?

O estudante que tiver seu trabalho selecionado para a mostra estará isento do pagamento da taxa de inscrição de participante. A coordenação da 9a Bienal entrará em contato com os selecionados para tratar sobre a apresentação do trabalho no Rio de Janeiro.

Aos selecionados para apresentação de trabalhos, a organização da Bienal se responsabiliza pela hospedagem dos participantes e acondicionamento dos equipamentos em espaço reservado. Os gastos com transporte, cachês, cenários ou qualquer outro tipo de despesa são de responsabilidade do participante.

Além disso, a UNE estará isenta do pagamento dos direitos autorais para a edição, publicação, exibição e gravação dos trabalhos inscritos, desde que estas tenham como objetivo apresentar os resultados da 9ª Bienal da UNE.

Todos os estudantes que tiverem trabalhos selecionados e apresentados em qualquer área da 9ª Bienal da UNE receberão um certificado de premiação e um certificado de participação do evento.

Não vou inscrever meu trabalho, mas quero participar, como faço?

Também é possível acompanhar as atividades da 9ª Bienal da UNE como participante. Para isso, basta, apenas, acessar o formulário de inscrição online e preencher os dados solicitados até o dia 18 de janeiro.

Será cobrada uma taxa de R$ 60 para efetivar a inscrição. O pagamento poderá ser feita por boleto bancário, depósito bancário ou cartão de crédito por meio do programa PagSeguro. Estudantes prounistas, cotistas ou que tem financiamento no Fies estão isentos da taxa. Posteriormente ao dia 18 de janeiro, a taxa de inscrição subirá para R$ 120. O pagamento da tarifa confirma a inscrição no evento.

Todos os inscritos terão acesso às instalações, mostras artísticas, debates, seminários, conferências, culturata, feira e atividades esportivas.

Além disso, a organização da 9ª Bienal da UNE se responsabiliza pela hospedagem dos participantes em alojamento localizados em salas de aula e estruturas escolares. Os alojamentos possuirão chuveiros e sanitários coletivos. É importante que o estudante leve tudo aquilo que lhe for necessário para sua estadia, como colchões, barracas, e objetos de higiene pessoal.

IX Bienal

A 9ª. Bienal da UNE acontecerá entre os dias 01 a 06 de fevereiro de 2015 no Rio de Janeiro. O tema desta edição será “#VozesdoBrasil” e faz um convite à reflexão sobre a linguagem no Brasil. São esperados mais de 10 mil estudantes de todas as partes do país para celebrar a diversidade cultural produzida dentro e fora das universidades brasileiras.

Para fazer o seu cadastro, é só clicar aqui, acessar o formulário online, escolher a sua opção e preencher os seus dados.

Para ler o regulamento da 9a Bienal, clique aqui.


Segundo Paul Singer economia solidária se aproxima das origens do socialismo



O economista e sociólogo Paul Singer, titular da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) desde que esta foi criada, em 2003, no primeiro governo Lula, é um estudioso da economia solidária e se tornou uma das referências internacionais no tema, com vários livros publicados.

Paul Singer, durante entrevista ao primeiro número da Revista
do Brasil, em 2006. Argumentos não perecíveis.
Apesar de o nome ter sido criado no Brasil, economia solidária é um movimento que ocorre no mundo todo e diz respeito a produção, consumo e distribuição de riqueza com foco na valorização do ser humano. A sua base são os empreendimentos coletivos (associação, cooperativa, grupo informal e sociedade mercantil).

Hoje, o Brasil conta com mais de 30 mil empreendimentos solidários, em vários setores da economia, com destaque para a agricultura familiar. Eles geram renda para mais de 2 milhões de pessoas e movimentam anualmente cerca de R$ 12 bilhões.

Nesta entrevista, Singer mostra como o movimento surgiu no Brasil, inicialmente para combater a miséria e o desemprego gerados pela crise do petróleo na década de 1970, e se transformou em um modelo de desenvolvimento que promove não só a inclusão social, como pode se tornar uma alternativa ao individualismo competitivo das sociedades capitalistas.

Quando e como surgiu a economia solidária no Brasil?

Ainda sem esse nome, a economia solidária surgiu no Brasil no bojo da mais terrível crise pela qual o País passou desde Pedro Álvares Cabral. Foi a crise dos anos 70, que atingiu toda a América Latina, resultado do choque do petróleo. Os países não produtores de petróleo ficaram com dívidas enormes. Tiveram que comprar petróleo a preços cinco vezes maiores dos que pagavam antes da crise. E o Brasil foi um dos que mais se endividaram. Não tinha opção. O País já estava no processo de abertura, mas o regime estava sem nenhuma preparação para enfrentar o desemprego, que atingia milhões de brasileiros. Esse era o quadro.

A economia solidária foi uma alternativa para enfrentar o desemprego, a fome e a miséria que atingiram milhões de brasileiros?

Foi isso mesmo. Quem tentou fazer isso de uma forma correta foi a Igreja, através da Cáritas, que começou a organizar os desempregados para que eles voltassem a viver, a ganhar. Isso acabou sendo o impulso inicial para a economia solidária no Brasil. Portanto, a semente da economia solidária foi plantada nos anos 80 por uma ação extremamente adequada, e no momento certo, da Cáritas. Alguns anos depois, o esforço da Cáritas foi secundado pelos sindicatos e pelas universidades. A essa altura eu já estava envolvido.

Qual foi o papel dos sindicatos, nesse início da economia solidária no Brasil?

Os sindicatos viram que os trabalhadores de empresas que iam falir – e muitas faliram nessa época – poderiam arrendar a massa falida, preservar a empresa e, portanto, seus próprios empregos. Os primeiros casos causaram muita sensação: fábricas sem patrões. Logo mais, isso se tornou um modelo. Surgiu a Anteag (Associação de Empresas Recuperadas), que se especializou nisso, a partir do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). Então, foi o início da economia solidária no Brasil. Os sindicatos apoiaram seus trabalhadores na formação de cooperativas de trabalho.

Os trabalhadores assumiram a direção dessas empresas falidas e as recuperaram?

Sim, assumiram a direção das empresas. Eles passaram a ser trabalhadores sem patrão, ou trabalhadores autoempregados coletivos ou sociais. Sempre associados.

E qual foi o resultado disso?

Centenas de empresas recuperadas no Brasil pelos seus próprios trabalhadores, mais de mil. A maior da América Latina administrada por trabalhadores é a Uniforja (Cooperativa Central de Produção Industrial de Trabalhadores em Metalurgia), que fica em Diadema.

Isso mostrou, na prática, a capacidade de gestão do trabalhador, de administrar com sucesso uma fábrica, coletivamente e sem patrões?

É preciso lembrar que, do ponto de vista capitalista, o trabalhador é alguém que cumpre tarefas. Ele não tem nenhuma participação na gestão, muito menos conhece os problemas do negócio. Os donos da empresa só divulgam o que lhes parece vantajoso. Portanto, os trabalhadores não têm aparentemente nenhuma capacidade de gerir uma empresa. A realidade mostrou o contrário. As empresas recuperadas pelos trabalhadores levam uma média de 2, 3 meses para voltar à plena atividade. Não mais que isso. É surpreendente.

E quando surgiu o conceito e o nome economia solidária?

A história é mais o menos o seguinte: quem não se lembra do Betinho (Herbert José de Sousa)? Sociólogo e ativista social, militante político que liderou o “Natal sem Fome”, mobilizou milhões e milhões de pessoas no Brasil. Isso também está na história da economia solidária.

De que forma?

Começou-se a perceber que era preciso fazer alguma coisa direta contra o desemprego. Como a campanha do Betinho avançou bem, tomamos a decisão de nos reunirmos nos anos 1990 (92 e 93) para lutar diretamente contra o desemprego, fomentando a economia solidária, que ainda não tinha esse nome. Incentivando a autoiniciativa econômica de trabalhadores associados.

Inclusive a campanha do Betinho foi muito apoiada pela Igreja. Ele mesmo era um católico, um cristão socialista. Militante da AP (Ação Popular, organização da esquerda cristã). Bem, esse foi o passo decisivo para a criação das incubadoras e cooperativas populares. Não surgiram imediatamente, mas não demorou muito. A primeira cooperativa foi criada no Rio de Janeiro, creio que em 1994, e agiu especificamente na Maré (Complexo da Maré). As incubadoras tecnológicas e cooperativas populares foram decisivas para o desenvolvimento da economia solidária no Brasil.

A origem dessa primeira incubadora vem da situação trágica dos trabalhadores daquelas favelas, que ficam ao redor do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz). E junto ao Instituto Oswaldo Cruz existe a Faculdade Nacional de Saúde Pública. Basicamente, as pessoas nas favelas viviam do tráfico e das lutas contra os traficantes… As balas passaram a voar e atingir os prédios da faculdade. Chegaram a cogitar de tirar o Oswaldo do Cruz de lá, mas os próprios professores tomaram a iniciativa maravilhosa: “Vamos pensar um pouco antes de fazer essa transferência”. Eles foram às favelas ver o que estava acontecendo e descobriram que 80% dos favelados, dos chefes de família, não tinham trabalho. Uma situação desesperadora e o tráfico era a única alternativa que lhes restava.

Os professores se reuniram e discutiram então o que fazer. O fato é que eles acharam que cooperativa seria a solução. Então entraram em contato com os vizinhos e sugeriram que formassem uma cooperativa de trabalho na própria instituição. E até hoje, eu acho, é assim. Os homens passaram a ter uma atividade e as mulheres também, em função daquele acordo.

E como o senhor entra nessa história?

Havia professores de Campinas, eu pela USP, mas não éramos muitos. Nós começamos a estudar o assunto. Em 1995, fizemos a primeira reunião brasileira do que viria a ser economia solidária, na PUC de São Paulo. A imprensa não dava nada disso, como até hoje. O MST fazia economia solidária sem dar esse nome. O Gonçalo Guimarães que até hoje dirige a mais antiga incubadora do Brasil, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, também. Vieram umas 30 pessoas e fui surpreendente.

O MST já havia conseguido assentar muita gente e em 1983 já havia decidido que em todo assentamento haveria cooperativas. Eles foram a essa reunião na PUC contar essa história. O MST tinha apoio da Cáritas, que o ajudou a desenvolver a agroindústria nos assentamentos.

A Cáritas brasileira faz parte de uma rede de Cáritas no mundo inteiro e ela recolheu muitas contribuições das Cáritas europeias, dos Estados Unidos, porque a crise lá já estava superada, mas aqui não. Eles tinham recursos e os usaram para promover a economia solidária, que não tinha esse nome ainda. O nome surgiu durante a campanha eleitoral de 1996 para a prefeitura de São Paulo. A candidata do PT foi a Luiza Erundina, que acabou perdendo para o candidato do Paulo Maluf, o Celso Pitta. Fui secretário de planejamento do governo dela quando o desemprego atingiu o auge, naquele complicada política do (ex-presidente Fernando) Collor. Havia 1,6 milhão de desempregados em São Paulo. Sem o apoio dos empresários, o que sobrou dos nossos esforços foi uma importante cooperativa de catadores de lixo, que até hoje existe. Vieram as incubadoras, o MST, a CUT, ONGs. Eram movimentos sociais se organizando em torno de um objetivo comum.

Fizemos essa proposta de organizar os desempregados em cooperativas ao comitê do programa da campanha da Luiza Erundina, dirigido pelo Aloizio Mercadante. Ele acatou e perguntou: Singer como é você chama esse treco aí que você está propondo? Respondi: nem pensei nisso. Aí ele me perguntou se não queria chamar de economia solidária. Na hora percebi que era o melhor nome possível.

Até então ninguém havia usado esse nome?

Quem começou a escrever sobre economia solidária, mas com nome semelhante, economia de solidariedade, foi o chileno Luis Razeto, professor de economia aposentado. Mas só o conheci em 2008. Eu soube dele depois que a gente já tinha posto isso aí em marcha. Quem me apresentou a ele foi o Cláudio Nascimento, militante na época da ditadura, que foi exilado na Europa, e teve contato por lá com um movimento como o da economia solidária, mas não com esse nome. Descobrimos mais tarde que a economia solidária era praticada nos Estados Unidos, a partir do microcrédito, e as universidades americanas tiveram um papel importante nisso.

Como a economia solidária foi adotada de forma ampla pelo PT, a ponto de ganhar uma secretaria própria, a Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes)?

Em 1991, com o desaparecimento da URSS, houve o desaparecimento do chamado socialismo existente – mas que de socialismo não tinha mais nada. Acabou a ideia de comunismo, e isso repercutiu no PT. O partido tinha de mudar e o socialismo era a proposta do PT desde a sua fundação. Isso causou uma reação forte nas bases operárias, camponesas etc. Elas não queriam nem ouvir falar em jogar fora o socialismo. Tinham toda razão, esse socialismo fracassou, mas não quer dizer que outras tentativas não possam ter sucesso.

Em meio à chamada crise mundial do socialismo, o Lula deu mais uma vez prova do seu gênio. Procurou o intelectual mais importante do PT, o professor Antonio Candido de Souza, e pediu que ele organizasse uma discussão em profundidade sobre o socialismo, porque a discussão poderia levar a uma divisão do PT. Isso foi por volta de 93. Vários intelectuais participaram. A economia solidária não era muito conhecida na época, mas organizamos debates inclusive sobre esse tema. Depois, em debates sobre desemprego, o PT entendeu que a economia solidária poderia trazer respostas para a questão e o partido assumiu o tema. Foi depois de todos esses debates que Lula colocou a economia solidária no programa dele.

Por que a Senaes faz parte do Ministério do Trabalho e Emprego?

A Senaes foi criada em 2003, quando o Lula tomou posse pela primeira vez. A Senaes faz parte do Ministério do Trabalho e Emprego porque a economia solidária se reconhecia como parte do movimento operário. O MTE é um ministério de proteção ao trabalhador, portanto parceiro dos sindicatos e de todas as formas de organização da classe trabalhadora. Nós somos uma secretaria dos movimentos sociais. Uma das coisas que me deixam orgulhoso é que os principais movimentos sociais do Brasil hoje estão na economia solidária. Não é que apoiem de fora, fazem economia solidária. E as mulheres são a vanguarda da economia solidária, no Brasil e em outros países.

A criação da Senaes foi fundamental para que o País tivesse uma política pública de economia solidária?

A economia solidária só existe no Brasil todo, acredito, por causa da secretaria. E do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, nosso grande parceiro. Sem o Fórum não tínhamos avançado. Ele foi criado junto com a secretaria, somos irmãos gêmeos. Uma grande parte das políticas em economia solidária surgiu por meio do Fórum. O próprio Fórum foi fomentando a criação de fóruns estaduais e hoje há ainda centenas de fóruns municipais. Mais da metade dos estados têm hoje leis de economia solidária, nós temos convênios com eles e com centenas de municípios.

O senhor vê a economia solidária como solução para a miséria e também alternativa real à economia capitalista?

Sim, é uma alternativa. As raízes da economia solidária estão lá atrás, com Robert Owen, considerado o pai do socialismo e um dos fundadores do cooperativismo, que foi administrador de uma grande tecelagem. Ele reduziu as jornadas de trabalho (no século 18), tirou as crianças das fábricas. Foi realmente um humanista e mestre de Marx e Engels. Ele criou toda uma organização para defender o socialismo e foi o primeiro grande líder da CUT da Grã-Bretanha, a primeira grande central sindical do mundo. Os trabalhadores partidários de Owen inventaram a autogestão. O princípio fundamental era a democracia, ninguém mandava em ninguém. Todo mundo, homem, mulher, jovem, velho. Isso vale para as cooperativas até hoje. No mundo, 1 bilhão de pessoas participam de cooperativas, segundo dados da Aliança Cooperativa Internacional. E cooperativa não é só cooperativa de trabalho. As cooperativas que têm mais sócios chamam-se cooperativas de crédito e são bancos cooperativos. Nós temos mais de mil no Brasil hoje.

A economia solidária é uma volta às origens do socialismo? Uma outra economia, sem patrões nem empregados, mas com trabalhadores solidários?

Sim, essa é a minha tese e não é utopia. Está sendo praticada. Em pelo menos 200 países. No Brasil, a característica da economia solidária é a presença de muitas cooperativas. Na prática, nós somos um exemplo de que a economia solidária é aplicação do cooperativismo.


Para pesquisadores, uso intenso de smartphones provoca alteração no cérebro


O EEG monitora e registra a atividade elétrica do cérebro.
A utilização intensa de certos tipos de telefones celulares está provocando uma alteração no cérebro de usuários pela adaptação à nova atividade motora. A conclusão faz parte de um estudo feito pelo Instituto de Neuroinformática da Universidade de Zurique, que analisou as reações de um grupo de 37 voluntários.

Segundo os pesquisadores, os cérebros dos usuários dos chamados smartphones estão sendo alterados pela operação repetida das telas de toque.

Para medir a atividade cerebral do grupo, os cientistas utilizaram a técnica conhecida como eletroencefalografia ou EEG na sigla em inglês. Eles perceberam diferenças marcantes entre os usuários de smartphones e aqueles que utilizavam celulares "convencionais".

Analisando os resultados do EEG, os cientistas concluíram que os usuários de smartphones demonstravam maior destreza no uso dos dedos.

Dos 37 voluntários, 26 eram usuários de smartphones com telas de toque e 11 se mantinham fieis aos modelos mais antiquados de celulares.

Segundo relatório, condições ambientais melhoram no Brasil



As políticas públicas dos últimos dez anos para o meio ambiente desdobraram-se em resultados positivos para a proteção e conservação de espécies e biomas. De acordo com dados do Painel Nacional de Indicadores Ambientais (PNIA), no período entre 2011-2012, dentro das unidades de conservação federais, houve um aumento superior a 8% na proporção das espécies brasileiras ameaçadas de extinção.

O PNIA é uma amostra dos resultados da implementação de monitoramento ambiental, e tem como objetivo consolidar o Sistema Nacional de Informação do Meio Ambiente (Sisnima) como compartilhador de dados ambientais no âmbito do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).

As análises da série histórica 2004 a 2012, dos Planos de Ação Nacional (PAN) para recuperação e a conservação das espécies da fauna ameaçadas de extinção, revelam que no ano de 2008 houve um crescimento em mais de 12 vezes do número de espécies ameaçadas de extinção protegidas com PAN, representando 49% das espécies.

Em relação à análise da cobertura vegetal no período 2002 a 2009, os biomas Mata Atlântica, Pampa e Pantanal mantiveram suas áreas estáveis, pouco mais de 200 mil km², cerca de 120 mil km² e 150 mil km², respectivamente.

No mesmo período, a Caatinga perdeu cerca de dois mil km² e o Cerrado 190 mil km², aproximadamente. Em sentido oposto, entre 2004 e 2012 destaca-se a queda no desmatamento do bioma Amazônia, de 27,8 mil km² para 4,5 mil km². Uma redução de 83%.

Entre os anos 2002 e 2012, o número de unidades de conservação registradas no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC) passou de 1.160 para 1.800 unidades. Um aumento em 74% do território protegido.

Edezyo e Antonio Leite deixam Câmara de Altaneira e assumirão cargos de secretários em 2015


O Poder Legislativo do município de Altaneira composto por nove vereadores e conta atualmente no quadro de assento com um suplente em face da convocação do prefeito Delvamberto Soares (Pros) ao parlamentar eleito Deza Soares (Pros) para assumir o posto de Secretário da Educação, passará a partir de 2015 a ter dois suplentes assumindo oficio de legislador e fiscalizador.

Publicação de portarias de nomeação de Antonio Leite e
Edezyo Jalled para assumirem secretaria no executivo municipal
datam  do dia 18 de dezembro.
O fato se configurou tão logo foi eleita à nova mesa diretora da casa, onde Lélia de Oliveira com mandato pelo Partido Comunista do Brasil – PCdoB foi reeleita com votos do grupo oposicionista a administração municipal. Os vereadores Edezyo Jalled (SDD) e Antonio Leite (Pros) foram os que mais ficaram abalados com o ocorrido que os denominou de “traição” por parte da edil comunista. Os mesmos esperavam o seu apoio para a candidatura de Antonio previamente lançada.

Em conversa informal com este blogueiro Antonio afirmou que sua decisão em deixar a casa se deu em virtude de não se sentir representado pela vereadora reeleita e que pretende fazer muito a frente da Secretaria de Infraestrutura, cargo que já exerceu antes de se lançar candidato.

A portaria de nomeação do representante do Partido Republicano da Ordem Social como Secretário de Infraestrutura, assim como também de Edezyo Jalled para assumir o posto de Secretário de Governo já foi assinada pelo prefeito em Exercício, o vice José Eles de Oliveira (Dedé Pio) no último dia 16 de dezembro, porém suas publicações no Diário Oficial dos Municípios datam do dia 18 do mesmo mês. Nessa mesma data tem as publicações de exonerações de Albino Alves e Francico Dariomar Soares que exerciam as titularidades nas pastas da Infraestrutura e Governo, respectivamente.

Devem assumir as vagas na Câmara os suplentes Robercivânia Oliveira (PSB) Flávio Correia (SDD), já que há a expectativa do retorno de Deza Soares (Pros).

Em levantamento Roger e Neto são apontados como os piores comentaristas



Os ex-jogadores que hoje em dia atuam na crítica de televisão estão na mira dos boleiros. Dois deles foram eleitos o melhor e o pior comentaristas da atualidade. Caio Ribeiro está com moral com os atletas da elite do país, enquanto que Roger Flores é o que apresenta maior rejeição.

Roger Flores (da Rede Globo/Sportv) e Neto ( da Bandeirantes) são apontados no "Pesquisão 2014" como os piores comentaristas. Quadro montado por este blogueiro. 
É isso o que aponta um levantamento do UOL Esporte, que ouviu 108 jogadores, de 13 equipes que disputaram a Série A do Campeonato Brasileiro. A série "Pesquisão 2014" vem divulgando nos últimos dias as preferências dos boleiros sobre seus colegas, treinadores, árbitros, estádios, profissionais de TV, entre outros quesitos.

Neste trabalho, a reportagem ouviu jogadores de Botafogo, Atlético-MG, Atlético-PR, Chapecoense, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco.

Caio Ribeiro, da Globo, foi eleito o melhor comentarista com 33,64% dos votos. Em seguida apareceu Paulo Vinícius Coelho, que recentemente deixou a ESPN, com PVC. Logo depois, mais dois ex-jogadores: Juninho Pernambucano e Júnior.

Por sua vez, Roger foi eleito o pior comentarista, na votação entre jogadores. O comentarista de Globo/Sportv ficou com 25,92% das menções. Em seguida apareceram Neto (Bandeirantes) e Lédio Carmona (Sportv).

Outros ex-jogadores também apareceram em ambas as votações, como Casagrande, Muller, Belletti, Zé Elias e Denílson. Confira abaixo as listas completas.

Atletas criticam conduta de Roger

Roger se tornou uma espécie de 'persona non grata' entre os jogadores do Rio de Janeiro. Um exemplo foi o que aconteceu no camarote do Carnaval na Sapucaí neste ano. Muitos boleiros evitaram de passar perto do comentarista.

O UOL Esporte apurou que a bronca dos atletas se dá porque o comentarista costuma criticar a postura dos jogadores em campo, sendo que Roger, na época de atleta, não seria um exemplo de conduta. 

"Não dá para gostar de um cara que agora está do lado de lá e só fica nos queimando. Cumprimentei apenas por educação", disse um jogador que pediu para não ser identificado, em fevereiro.

Os jogadores votam: o melhor comentarista da TV

33,64%
Caio Ribeiro (TV Globo)

19,62%
PVC (ex-ESPN)

13,08%
Juninho Pernambucano (TV Globo)

11,21%
Júnior (TV Globo)

2,8%
Casagrande (TV Globo), Denílson (Bandeirantes) e Mauro Cézar Pereira (ESPN)

1,86%
André Loffredo (Sportv), Belletti (Sportv), Edmundo (Bandeirantes), Mario Sérgio (Fox Sports) e Mauricio Noriega (Sportv)

0,93%
André Rizek (Sportv), Armando Gomes (TV Santa Cecília/Santos), Carlos Eduardo Lino (Sportv), Renato Maurício Prado (Fox Sports) e Roger (Sportv)


Os jogadores opinam: qual o pior comentarista

25,92%
Roger (Sportv)

17,59%
Neto (Bandeirantes)

8,33%
Lédio Carmona (Sportv)

6,48%
Caio Ribeiro (TV Globo) e Carlos Eduardo Lino (Sportv)

5,55%
Bob Faria (Sportv/Globo)

4,62%
Casagrande (TV Globo)

3,7%
Edinho (Sportv)

2,77%
Paulinho Criciúma (Sportv)

1,85%
Baptista (Sportv), Júnior (TV Globo) e Muller (ex-Sportv)

0,92%
Alexandre Oliveira (Sportv), André Rizek (Sportv), Luiz Ademar (Sportv), Maurício Noriega (Sportv), Maurício Saraiva (RBS), PVC (ex-ESPN) e Zé Elias (ESPN)

6,48%
Não quiseram falar

O Che da Capa da Veja: Arqueologia de um Plágio



A capa da Veja é um plágio do grupo da ultra direita Virtous-Planet dos Estados Unidos, que tem a imagem protegida por direitos autorais.

O problema é que esta imagem protegida pelo grupo anti-comunista é também uma cópia de outra imagem recentemente protegida por direitos autorais – o retrato bicolor de Che do artista irlandês Jim Fitzpatrick (1967).


O problema é que a imagem bicolor também é uma cópia da fotografia de Alberto Kurda, que tirou o retrato mais famoso, mais compartilhado, mais amado e mais odiado da história.

Ainda bem que Korda era comunista e pouco se importava com os direitos sobre sua imagem Guerrilheiro Histórico, nem mesmo com a fama que o artista irlandês levou a custas de sua fotografia. Para ele, a livre circulação ajudou a reforçar as lutas marxistas e anti-imperialistas mundo afora.

***

Korda gostava mesmo era de fotografar mulheres bonitas.  Mas, segundo ele mesmo comentou, o comandante Fidel decretou uma coisa ainda mais bonita que beleza feminina: a revolução.

O que lhe rendeu fama não foi a bela silhueta feminina, mas a barba, a boina e o olhar de um guerrilheiro em um funeral.

No fim da vida, Korda decidiu começar a processar aqueles que faziam uso comercial e lucrativo de sua fotografia. Foi assim que processou e ganhou contra a Smirnoff. O dinheiro foi todo doado a um hospital de Cuba.


Jim Fitzpatick também passou a proteger a imagem para uso comercial e igualmente doa o dinheiro para o bem comum.

Se quiser usar a imagem de um guerrilheiro, faça isso para lutar pelas causas coletivas. Usos comerciais combinados com intenções reacionárias – como o caso da revista Veja – merecem o nosso repúdio e a devida punição.


Autoria, aberta ou protegida, deve ser sempre reconhecida. Este post é uma homenagem a Korda, que fotografou a imagem mais compartilhada do mundo. E que segue inspirando a todos nós, inclusive na luta contra a Veja e outros veículos que reproduzem o ódio.

A foto acima é de Julio Etchart